Fenômenos Cadavéricos na Necrópsia Patologia Veterinária

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PATOLOGIA 15/09/2021 
 
 
Morte somática e fenômenos cadavéricos 
 
→ Morte Somática: cessação dos 
fenômenos vitais 
 
→ Histórico: 
Bichat se preocupou com o diagnóstico 
de morte, uma vez que pessoas eram 
consideradas mortas sem estar realmente 
 “Vida era a soma das forças que 
resistem a morte” 
• Era necessário observar a tríade de 
Bichat: Coração + Pulmões + SNC 
SNC: algo que simule uma pressão na 
unha – observar resposta à dor 
Pulmões: colocava copo de água em 
cima do peito – observar movimento da 
água 
Coração: colocava espelho no peito – 
• Com a evolução da ciência e 
tecnologia, atualmente existem 
equipamentos para observar as 
alterações 
 
→ Natimortos ou abortos: 
Docimasia Hidrostática Pulmonar de 
Galeno: consiste na averiguação da 
existência ou não de respiração 
Por trás da técnica: 
• Quanto maior a quantidade de 
oxigênio no pulmão, maior a 
possibilidade do pulmão flutuar, 
diminuindo a densidade do indivíduo 
• Nasceu com vida  expandiu o 
pulmão  diminuiu densidade  flutua 
em água 
• Nasceu sem vida  não expandiu o 
pulmão  densidade maior  corpo 
não flutua e cai ao fundo do recipiente 
com água 
 
→ Morte Encefálica: perda completa e 
irreversível das funções encefálicas 
Meios de diagnóstico: 
• Variam entre países: em alguns países 
desenvolvidos, existe um assistente 
social no hospital veterinário 
• Pode ser observada pelo exame 
clínico 
• Determinadas nações exigem 
também provas adicionais, inclusive o 
Brasil 
O diagnóstico correto é especialmente 
importante quando se trata de animais 
com alto valor, seja ele sentimental ou 
econômico 
O diagnóstico é feito observando: 
• Sistema complemento 
• Apoptose 
• Citocinas 
• Respostas imunes 
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→ Eletroencéfalograma 
Funções do tronco encefálico: 
responsável 
pela homeostase → ritmo cardíaco, 
respiratório e motor 
Dos 12 pares de nervos cranianos, só não 
integram o tal processo o nervo I olfatório 
e II óptico 
• Picnose Neuronal: redução do 
neurônio 
 
• A morte é irreversível quando se tem 5 
a 8 minutos de hipóxia e, a partir daí, 
ocorre a falência dos outros órgãos 
 
→ Classificação da Morte Somática 
Morte aparente/Catalepsia: falsa 
sensação da interrupção de funções 
cardíacas, respiratórias e SNC. 
Morte encefálica: explicada acima 
Morte anatômica: perda das funções 
vitais e expressões dos fenômenos 
cadavéricos 
 
→ Tanatologia: segmento da patologia 
que investiga a morte 
Thanatos = morte; Logos = estudo 
Dois segmentos: 
• Taratognose: diagnostico da morte via 
fenômenos cadavéricos abióticos 
(imediatas) e transformativos 
• Cronotanatognose: determina o 
tempo transcorrido entre a morte e o 
exame necroscópico 
 
 
 
 
FENÔMENOS CADAVÉRICOS 
Abióticos Imediatos Abióticos Consecutivos 
Perda da consciência Desidratação cadavérica 
Perda da sensibilidade Esfriamento Cadavérico (Algor Mortis) 
Lesões avermelhadas: antes da morte 
Lesões esbranquiçadas: após a morte 
 
Tronco encefálico 
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Abolição da motilidade e do 
tônus muscular 
Manchas de Hipóstase Cutâneas (Livor Mortis) – 
causada pelo ácido lático e adenosina trifosfórico 
Algumas classificações são manchas de hipóstase, 
emebição hemofílica e embebição biliar. 
Cessação da respiração Rigidez cadavérica (Rigor Mortis) 
Cessação da circulação 
vascular 
Espasmo cadavérico (defesa) 
 
FENÔMENOS CADAVÉRICOS TRANSFORMATIVOS 
Destrutivos Conservadores 
Autólise (pH) Mumificação 
Putrefação 
A mancha cadavérica é chamada de 
sulfametahemoglobina 
Saponificação/Adipocera 
Machas Calcificação 
Gasoso Corificação 
Coliquação 
(Enfisema + maceração) 
Congelamento 
Esqueletização 
 
Classificação de coágulos (sempre pós morte) 
Tipo de coágulo (post mortem) Característica 
CALENDÁRIO DA MORTE CADAVÉRICA 
Fenômeno Cronologia Fatores influenciadores 
Flácido, quente e sem livor Menos de 2 horas 
• Meteorológicos 
• Idade 
• Espécie 
• Etiologia 
• Massa corporal 
Rigidez de músculos do 
crânio, cervical ou livor 
De 2 a 4 horas 
Rigidez generalizada e 
hipostase 
Mais de 8 horas, menos 
de 16 
Rigidez generalizada e 
mancha abdominal 
Mais de 16, menos de 24 
Enfisema e coliquação 
= fica vermelho 
Entre 48 e 72 horas 
• Meteorológicos 
• Idade 
• Espécie 
• Etiologia 
• Massa corporal 
• Bioma 
Desaparecimento de partes 
moles 
2 a 3 anos 
Esqueletização completa Mais de 3 anos 
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Coágulo cruórico (entre 24 e 72h) 
O coração morre em sístole (não tem sangue 
no ventrículo esquerdo) 
Elástico 
Coágulo larcácio Brilhante 
Coágulo cadavérico misto, com presença de 
coágulos cardácio e cruórico 
Elástico e brilhante 
 
→ Trombo x Coágulo pós mortem – importância do exame de vaso O trombo é uma lesão 
no vaso, enquanto o coágulo não adere 
Coágulo pós mortem: é um fenômeno pós mortem e ao retirá-lo a parede do vaso está 
saudável e esbranquiçado. 
Trombo: é um coágulo intra vitam e falha na coagulação, formando uma lesão no animal 
vivo. Na necrópsia, ao retirar o trombo, a parede está lesionada, indicando que houve 
adesão. Pode-se observar a artéria avermelhada pelo acúmulo de sangue e, quando é 
retirada, é possível observar a parede está lesionada devida a adesão do trombo. 
COÁGULO post mortem 
Etiologia: ausência de impulso cardíaco 
COÁGULO intra vitam: TROMBO 
Etiologia: alterações nos fatores de 
coagulação 
Tipo Características Características 
Cruórico Elástico Inelástico 
Lardáceo Brilhante Sem brilho 
Superfície regular 
Não adere a parede do vaso 
Superfície irregular 
Adere ao vaso 
 
Resumindo 
FENÔMENOS CADAVÉRICOS 
Abióticos/Imeadiatos Transformativos 
Respiração Rigidez Destrutivos 
Tônus muscular Coagulação sangue Conservadores 
Consciência Esfriamento 
Causa da morte Fisiologia 
 FATORES QUE INFLUENCIAM 
Causa da morte Fisiologia Ambiente