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Bromatologia Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Me. Luciana Borin de Oliveira Revisão Textual: Prof. Me. Claudio Brites Química de Alimentos • Introdução; • Princípios; • Legislação; • Métodos de Análise; • Fontes de Erros, Vantagens, Desvantagens e Aplicações. • Conhecer os fundamentos de química de alimentos. OBJETIVO DE APRENDIZADO Química de Alimentos Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Química de Alimentos Introdução Segundo o Dicionário Houaiss (2001): Bromatologia substantivo feminino ALIMENTAÇÃO (HUMANA) ALIMENTO(S) 1. ciência cujo objeto são os alimentos, sua natureza, composição, qualidades e usos dietéticos; química bromatológica. 2. discurso, estudo ou tratado sobre os alimentos. Origem ETIM bromato (dos alimentos) + logia (estudo) Figura 1 Fonte: iStock/Getty Images Princípios A Química é uma ciência viva que está presente em tudo o que está ao nosso redor. Os materiais, a atmosfera e os alimentos são essencialmente compostos quí- micos, nos quais podemos determinar estruturas e comportamentos. Nessa linha, a Bromatologia pode ser entendida como a ciência que estuda a natureza química dos principais constituintes dos alimentos, como a água, os car- boidratos, as proteínas, os lipídeos, os minerais e as vitaminas. Essa ciência se preocupa com a composição química dos alimentos, estuda a estrutura dos componentes presentes nos alimentos (Figura 2) dando atenção espe- cial aos que apresentam concentração maior do que 1% – os componentes centesi- mais. Relaciona-se com tudo que é de alguma forma alimento para os seres huma- nos, desde a produção, coleta, matéria-prima, modo de comercialização, presença 8 9 de aditivos químicos, adulte- rantes, contaminantes, em- balagens e rotulagem. Dado que essa ciência se preocupa com a composição dos alimentos, ela possui mé- todos de análise para determi- nação qualitativa e quantitativa desses elementos, como a de- terminação de umidade, car- boidratos, proteínas, lipídeos, fibras e cinzas que permitam cálculo de volume calórico. Podemos, por exemplo, pesquisar metais pesados em peixes para saber se estão contaminados; lactose em produtos de confeitaria para saber se são seguros para pes- soas intolerantes a esse componente; e carboidratos em polpas para informar pessoas acometidas pela diabetes que têm restrição à ingestão de açúcares. Essas análises e seus resultados serão norteadores para as corporações verificarem a qualidade, os pro- cessos, a segurança alimentar e formação das características nutricionais dos produtos. A Bromatologia é constantemente definida como química de alimentos, mas vemos pelas aplicações apresentadas que é muito mais do que isso. Trata-se de um tema multidisciplinar que envolve conhecimentos de química, biologia, bioquímica e botânica, sendo muito mais do que uma ciência alimentar. Legislação A legislação de alimentos é extensa e complexa, tramitando na obediência às nor- mas (Figura 3) da Vigilância Sanitária, do Ministério da Agricultura e Ministério da Saúde, por exemplo. Sendo que existe legislação específica atribuída para cada tipo de alimento e de manipulação. Associados a esses órgãos, temos os departamentos de análise e fiscalização, como o Instituto Adolfo Lutz, a Embrapa e o Inmetro. LEGISLAÇÃO Figura 3 – Normas e legislações Hidratos de Carbono Proteínas Gorduras Vitaminas Minerais Água Figura 2 – Nutrientes dos alimentos 9 UNIDADE Química de Alimentos Ao mesmo tempo em que as análises possibilitam a investigação da composição e do valor nutricional dos alimentos como tabelas de composição e rotulagem, elas possibilitam a fiscalização e o controle da produção de alimentos pelos órgãos go- vernamentais e pelas indústrias que produzem e manipulam alimentos. Elas atuam na fiscalização de adulterações e de contaminações, assim como de interferências de processos tecnológicos na composição e nas características dos alimentos. Um exemplo interessante desta rede de legislações O Ministério da Agricultura do Abastecimento e da Reforma Agrária publica uma portaria que aprova os regulamentos técnicos de identidade e qualidade dos produtos lácteos sendo que esse regulamentos aprovados por essa portaria estarão disponíveis na Coordenação de Informação Documental Agrícola, da Secretária de Documental Agrí- cola, da Secretaria do Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura e do Abas- tecimento e da Reforma Agrária, e análises indicadas para essa classificação seguem métodos e princípios da AOAC: Official Methods of Analysis. Vemos nesse exemplo a preocupação com a padronização e a segurança que a área de alimentos requer. São vários os padrões de identidade e qualidade disponíveis na internet, como leite, molho de tomate, mel, iogurte, biscoito, farinha de trigo e linguiça. Um exemplo é o Regulamento téc- nico Mercosul de identidade e qualidade de tomate. Disponível em: https://goo.gl/M3fXoF Ex pl or Dado que a Bromatologia tem como objetivo o conhecimento e a determinação quantitativa e qualitativa dos principais componentes dos alimentos, antes, durante e depois do processamento, a regulamentação da rotulagem traz uma linha direta de comunicação entre as empresas e os consumidores sobre os produtos que estão sendo comercializados. São exemplos de informações contidas em um rótulo: • classificação do produto; • matérias-primas; • preparo; • nutrientes; • valor calórico. Os rótulos (Figura 4) trazem ao consu- midor informações que orientam a compra do produto e sua comparação entre seus pares nas prateleiras do ponto de venda. Legislação Rotulagem Anvisa RDC 259/2002 e RDC N° 26, DE 2 DE JULHO DE 2015 (alergêni- cos). Disponível em: https://goo.gl/CcdQRjEx pl or Figura 4 – Importância dos rótulos Fonte: iStock/Getty Images 10 11 A rotulagem nutricional é a descrição que informa ao consumidor as proprie- dades nutricionais dos alimentos pela declaração de nutrientes, que é a lista de nu- trientes do produto, e a informação nutricional complementar, que é a declaração de propriedades nutricionais. Importante! Um nutriente é aquele que alimenta, aumentando a substância do corpo animal e vege- tal. O nutrienteé um produto químico que origina do exterior da célula, sua quantidade serve para realizar satisfatoriamente as funções vitais dessa. Os nutrientes são absorvi- dos por células e transformadas por essas em substâncias que nos alimentam através de um processo metabólico de biossíntese chamado anabolismo, ou, na sua falta, a partir da degradação para obter novas células. Os alimentos são compostos por diferentes substâncias, portanto, são os elementos que mais participam das reações metabólicas. Disponível em: https://goo.gl/nyhsJd Importante! A seguir, serão apresentadas algumas declarações que devem aparecer nos ró- tulos e suas respectivas unidades de medida: Tabela 1 Indicação de Unidade Proteínas Gramas Gorduras Gramas Colesterol Miligramas Fibra alimentar Miligramas Cálcio Miligramas/microgramas Ferro Miligramas/microgramas Sódio Miligramas/microgramas Para alcance da segurança alimentar e nutricional, é fundamental o conhecimento da composição dos alimentos, e as informações disponíveis em uma tabela de compo- sição de alimentos e rotulagem são pilares para a educação nutricional da população. Métodos de Análise As análises de alimentos (Figura 5) visam determinar componentes dos alimen- tos, únicos ou combinados através da medida de uma propriedade física (potencial elétrico, massa, volume). As análises de alimentos apresentam dados de importância para diversos seto- res da sociedade, como controle de qualidade, de processos e vida de prateleira para as indústrias; acompanhamento de metodologias, pesquisas e prestação de serviços para universidades e institutos; registros de alimentos e fiscalização para os órgãos governamentais. 11 UNIDADE Química de Alimentos Figura 5 – Análise de alimentos Fonte: iStock/Getty Images Como exemplo dessas resoluções, podemos trazer para discussão a Resolução RDC n.º 12, de 02 de janeiro de 2001 – Regulamento Técnico sobre Padrões Microbiológicos para Alimentos, que considera a necessidade de constante aper- feiçoamento das ações de controle sanitário na área de alimentos, visando à prote- ção da saúde da população e à regulamentação dos padrões microbiológicos para alimentos. Essa resolução considera também a definição de critérios e de padrões microbiológicos para alimentos, indispensáveis para a avaliação das Boas Práticas de Produção de Alimentos e Prestação de Serviços, para aplicação do Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC/HACCP) e avaliação da qualidade microbiológica dos produtos alimentícios, incluindo a elucidação de doenças transmitida por alimentos (DTA). Esse regulamento estabelece, assim, os padrões microbiológicos sanitários para alimentos e determina os critérios para a conclusão e interpretação dos resultados das análises microbiológicas de alimentos destinados ao consumo humano. Traz também informações importantes, como o âmbito de aplicação das instruções e critérios para estabelecimento de padrões microbiológicos sanitários em alimento. Resolução RDC n.º 12, de 2 de janeiro de 2001 – Regulamento Técnico sobre Padrões Micro- biológicos para Alimentos. Disponível em: https://goo.gl/mL4D95Ex pl or A aplicação da analise de alimentos segue três pilares: Tabela 2 CONTROLE DE QUALIDADE PESQUISA FISCALIZAÇÃO São análises que a indústria faz em todas as fases do processo. São análises conhecidas e o desenvolvimento de novos métodos de análise mais exatos, precisos e eficientes. São análises oficiais exigidas para cumprimento da legislação. Os métodos convencionais trabalhados com vidrarias, reagentes e equipamen- tos simples e os métodos instrumentais com equipamentos sofisticados são os mé- todos de análise de alimentos. 12 13 A escolha do método de análise está ligada a diversos fatores, dentre eles: re- cursos disponíveis, tipo e composição química da amostra a ser analisada, precisão dos resultados e sensibilidade pela quantidade do componente a ser analisado. Um dos métodos de análise muito utilizado na indústria de alimentos é a Análise Senso- rial. Esse método baseia-se nos órgãos dos sentidos – visão, olfato, paladar, audição e tato – quando um alimento é ingerido. Inicialmente, ela baseava-se inteiramente na avaliação subjetiva das observações dos provadores relacionadas à aparência, odor, textura e sabor. Através dos tempos, contudo, e com o desenvolvimento de novas técnicas, hoje se pauta na avaliação de forma científi ca e objetiva das características que infl uenciam na aceitabilida- de ou não do produto pelo consumidor. Para se ter uma ideia da importância desse método, apresentamos a seguir uma lista de aplicações: • Controle de qualidade; • Seleção de provadores e treinamento; • Aceitação e preferência do consumidor; • Desenvolvimento de produto; • Estabilidade de armazenamento; • Adaptação de embalagem. Ex pl or Veja um exemplo de aplicação de Análise Sensorial em: GUILHERME, D. O; DE PINHO, L; CAVALCANTI, T. F. M; COSTA, C. A; ALMEIDA, A. C. Análise sensorial e físico-química de frutos tomate cereja orgânicos. Revista Caatinga, v. 27, n. 1, p. 181-186, enero/marzo. 2014. Disponível em: https://goo.gl/Eg1mKn Ex pl or Dentre os métodos de análise utilizados, seria interessante conversarmos sobre um deles que afeta a digestão dos alimentos e o aproveitamento dos nutrientes e age diretamente na conservação dos alimentos: o pH. Potencial hidrogeniônico ou pH é uma grandeza física e química que indica se uma substância é acida, básica ou neutra. 0 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 7 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 14 Ácido Básico Neutro De acordo com o Inmetro, a determinação do pH, grau de acidez ou de alcalinidade, é uma das técnicas analíticas mais realizadas em laboratórios de controle de qualidade de indústrias químicas, de alimentos (tabela 3), bebidas, cosméticas, farmacêuticas, em laboratórios de pesquisa, de análises clínicas, na biotecnologia e no controle da preservação do meio ambiente. Devido à neces- sidade do fornecimento da rastreabilidade às citadas medições, que garante a confiabilidade e exatidão dessas. 13 UNIDADE Química de Alimentos Tabela 3 – atividade de pH de alguns alimentos VEGETAIS (DIVERSOS) NÍVEIS DE pH Palmito em conserva Milho verde em conserva Feijão Brócolis Aspargos Couve-Bruxelas Batata Cenoura Milho Azeitona 4,0 – 4,3 5,5 – 6,2 4,6 – 5,5 6,5 5,7 – 6,1 6,3 5,3 – 5,6 4,9 – 6,0 7,3 3,6- - 3,8 BEBIDAS NÍVEIS DE pH Carbonatadas Sucos cítricos Sucos de frutas (alguns) <3,7 <3,7 <3,7 Fonte: https://goo.gl/UFvpGv A indústria de alimentos e os institutos de pesquisa publicam incessantemente artigos baseados em medições de pH por essa ser uma medida de qualidade e de fácil manipulação e de baixo custo. Para se medir pH em alimentos, utilizamos os medidores de pH (Figura 6) disponíveis no mercado. Figura 6 – Medidor de pH Fonte: iStock/Getty Images Como exemplo, vale a pena conferir o artigo Determinação do pH e acidez titulável da farinha de semente de abóbora (Cucurbita maxima), que teve como objetivo determinar a acidez titulável e o pH da farinha de semente de abóbora. Sendo o pH um parâmetro in- dicativo do campo eletrostático do meio, no caso do alimento, que condiciona as naturezas das presenças microbianas, das interações químicas e das atividades enzimáticas, alvo das ações de conservação que podem alterar o referido meio ou alimento, foi observado que o pH acima de 6,0 da farinha de semente de abóbora (Cucurbita maxima) é susceptível à contaminação por bolores e leveduras e à reação de Maillard. Leia o artigo na íntegra em: https://goo.gl/PrXi8D Ex pl or 14 15 Fontes de Erros, Vantagens, Desvantagens e Aplicações A estatística é uma ferramenta poderosa que auxilia nas tomadas de decisão e agiliza cálculos (Figura 7). É uma ferramenta que organiza dados, dando condições de determinar tendências e planejamentos com maior precisão. Figura 7 – Estatística e a organização de dados Fonte: iStock/Getty ImagesVale a pena recordar: 1. Valor médio (X) é a soma dos valores medidos dividida pelo número de medidas (n). 2. Desvio-padrão (S) mede a proximidade dos valores agrupados em torno da média. Assim, quanto menor for o desvio-padrão, mais perto os dados estarão agrupados em torno da média. 3. Coefi ciente de variância (CV) ou desvio-padrão relativo percentual representa o des- vio-padrão relativo em termos de percentagem. Estima a precisão de uma medida. 4. Variância (S2) representa o quadrado do desvio-padrão Ex pl or Fonte: https://goo.gl/F5TXt7 Ao se trabalhar com alimentos, essas ferramentas auxiliam a expressar os resul- tados de análises de forma coerente e próximos ao valor real. As medidas possuem um grau de incerteza que deve ser mantida em níveis baixos e toleráveis para a obtenção de resultados aceitáveis. As ferramentas estatísticas trazem luz para aceitação ou não aceitação dos resultados medidos. Por definição, chamamos de ERRO a diferença entre o valor medido e o valor exato de uma grandeza (Figura 8). 15 UNIDADE Química de Alimentos Figura 8 – Erros de Análise Fonte: iStock/Getty Images Toda medida possui um grau de incerteza que chamamos de erro experimental. Tipos de erros: • Determinados ou sistemáticos: São os erros que podem ser determinados, evitados ou corrigidos: » Erros do método: Usar indicador inadequado em análise volumétrica; » Erro operacional e pessoal: Dificuldade de observar mudança de cor em solução; » Erros de reagentes e instrumentais: Calibração e impurezas. • Indeterminados ou aleatórios: São erros inerentes ao sistema que não po- dem ser corrigidos: » Necessidade de tratamentos estatísticos baseados em valor médio, desvio padrão, coeficiente de variância e variância. Exato e preciso Preciso mas não exato Não preciso e não exato Exato mas não preciso Centro do Alvo Repetitivo Exato Centro do Alvo Não Repetitivo Exato Centro do Alvo Não Repetitivo InexatoCentro do Alvo Repetitivo Inexato Figura 9 16 17 Chamamos de algarismos significativos o número de dígitos que expressa a precisão de uma medida: • Diretamente: na medida do volume de um reagente com uma pipeta volumé- trica; e • Indiretamente: no cálculo de densidade de uma solução a partir da massa e do volume medidos. Em metrologia, os termos exatidão e precisão são considerados como características do processo de medição. Exatidão: Associada à proximidade do valor verdadeiro. Precisão: Associada à dispersão dos valores resultantes de uma série de medidas. Ex pl or Para efeito de cálculos e demonstrações: • Na adição e subtração, o resultado deverá conter tantas casas decimais quantas existirem no componente com menor número delas: 8 5 7 156 1 456 8 5 7 156 1 4 2 2 0 1145 2 3145 2 2 0 1145 2 3 , , , , , , , , , , , , � � � � � � • Na multiplicação e divisão, o resultado deverá conter tantos algarismos quanto tiverem expressos no componentes de menor número de significativos: 7 156 8 5 60 826 7 156 8 5 61 960 5 15 92 60 33 , , , , , , , , � � � 17 UNIDADE Química de Alimentos Associado ao conceito de algarismos significativos, temos também o conceito importante de notação científica. Essa se trata de escrever os números em po- tência de 10 com a particularidade de conservar à esquerda da vírgula apenas um dígito, diferente de zero, ou seja: 125 1 25 10 3 22 34 2 234 10 4 2, , , × × algarismos significativos algarismoos significativos algarismos significativos 0 00350 3 50 10 3 1 3 , , × ,, , 0052 1 0052 5 algarismos significativos A importância e grande utilização da notação científica em cálculos de análises de alimentos é a rápida visualização de resultados e algarismos significativos. Outro conceito que vale a pena rever é o de Sistema Internacional de Unidades (SI). Esse Sistema traz um conjunto de unidades de medidas oficiais para cada grandeza física a ser trabalhada. Veja a seguir as sete unidades fundamentais do SI: Tabela 4 Unidade Medida Símbolo Tempo segundos s Massa quilograma kg Comprimento metro M Corrente elétrica ampère A Temperatura kelvin k Quantidade de matéria mol mol Intensidade luminosa candela Cd 18 19 E a partir dessas medidas, temos suas escalas de medidas. Como exemplo de massa: Tabela 5 Múltiplos Padrão Submúltiplos Quilograma Hectograma Decagrama Grama Decigrama Centigrama Miligrama kg hg dag g dg cg mg 1000g 100g 10g 1g 0,1g 0,01g 0,001g • Medidas especiais: » 1 Tonelada(t) = 1000 kg; » 1 arroba = 15 kg; » 1 quilate = 0,2 kg. O valor de uma grandeza é geralmente expresso sob a forma do produto de um número por uma unidade. A unidade é apenas um exemplo específi co da grandeza em questão, usada como refe- rência. O número é a razão entre o valor da grandeza considerada e a unidade. Para uma grandeza específi ca, podemos utilizar inúmeras unidades diferentes. Por exemplo, a velocidade (v) de uma partícula pode ser expressa sobre a forma: v = 25 m/s = 90 km/h; onde o metro por segundo e o quilometro por hora são unidades alternativas para expressar o mesmo valor da grandeza veloci- dade. Todavia, como é importante se dispor de um conjunto de unidades bem defi nidas, universal- mente reconhecidas e fáceis de utilizar, para a infi nidade de medições que suportam a complexida- de de nossa sociedade, as unidades escolhidas devem ser acessíveis a todos, supostas constantes no tempo e no espaço e fáceis de realizar com uma exatidão elevada. Para se estabelecer um sistema de unidades, como o Sistema Internacional de Unidades (SI), é ne- cessário primeiro estabelecer um sistema de grandezas e uma série de equações que defi nam as relações entre essas grandezas. Isso é necessário porque as equações entre as grandezas determi- nam as equações que se relacionam às unidades. É conveniente, também, escolher defi nições para um número restrito de unidades, que são denominadas unidades de base e, em seguida, defi nir unidades para todas as outras grandezas como produtos de potências de unidades de base, que são denominadas unidades derivadas. Da mesma maneira, as grandezas correspondentes são descritas como grandezas de base e grandezas derivadas. As equações que fornecem as grandezas derivadas, em função das grandezas de base, são utilizadas para exprimir as unidades derivadas em função das unidades de base. Assim, é lógico que a escolha das grandezas e das equações que relacionam as grandezas preceda a escolha das unidades. Fonte: https://goo.gl/Pzuj7M Agora é a hora de entrar nesse mundo da Bromatologia e começar a praticar. O supermercado é um bom laboratório, que está sempre a nossa disposição, topas? 19 UNIDADE Química de Alimentos Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Leitura Composição químico-bromatológica, fracionamento de carboidratos e cinética da degradação in vitro da fibra de três variedades de cana-de-açúcar (Saccharum spp.) AZEVÊDO, José Augusto Gomes et al. Composição químico-bromatológica, fracionamento de carboidratos e cinética da degradação in vitro da fibra de três variedades de cana-de-açúcar (Saccharum spp.). Revista Brasileira de Zootecnia, v. 32, n. 6, p. 1443-1453, 2003. https://goo.gl/d9wPAV Composição de cultivares de soja submetida a diferentes tratamentos térmicos DE MOURA, N. C. et al. Composição de cultivares de soja submetida a diferentes tratamentos térmicos. Alimentos e nutrição, v. 18, n. 2, p. 151-160, 2007. https://goo.gl/ZaLQYH Caracterização bromatológica de frutos e geleias de amora-preta SOUZA, ANGELA VACARO DE et al. Caracterização bromatológica de frutos e geleias de amora-preta. Rev. Bras. Frutic. [online]., v. 37, n. 1, p. 13-19, 2015. https://goo.gl/W9Qbrp Composição centesimal e valor calórico de alimentos de origem animal TORRES, E. A. F. S. et al. Composição centesimal e valor calórico de alimentos de origem animal. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 20, n. 2, p. 145-150, 2000. https://goo.gl/w977re20 21 Referências BOBBIO, F. O.; BOBBIO, P. A. Introdução à química de alimentos. 3. ed. São Paulo: Varela, 2003. BRINQUES, G.B. (Org.). Microbiologia de Alimentos. São Paulo: Pearson, 2016. (e-book) CAMPBELL-PLATT, G. (ed.). Ciência e Tecnologia de Alimentos. Barueri: Ma- nole, 2015. (e-book) DAMODARAN, S.; PARKIN, L.; FENNEMA, R. Química de Alimentos de Fen- nema. 4.ed. Porto Alegre: ArtMed, 2011. (e-book) HOUAISS, A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Rio de Ja- neiro: Objetiva. Versão 1.0. 1 [CD-ROM]. 2001. KOBLITZ, M.G.B. Bioquímica de alimentos: teoria e aplicações práticas. São Paulo: Guanabara Koogan, 2008. McWILLIAMS, M. Alimentos: um guia completo para profissionais. 10.ed. Barue- ri: Manole, 2010. (e-book) PICÓ, Y. Análise química de alimentos: técnicas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. SALAY, E. Composição de alimentos: uma abordagem multidisciplinar. Campi- nas: Nucleo de Estudos e Pesquisa, 2005. (e-book) 21
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