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APOSTILA DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - UNIFESP
4º PERÍODO DE NUTRIÇÃO
DRA. PAULA ANDREA MARTINS
Larissa Araujo Valdivino
APOSTILA DE
RECOMENDAÇÕES ALIMENTARES &
ALIMENTAÇÃO NUTRICIONAL
________________________________________________________________________________
Santos, 2019.
●
2
SUMÁRIO
1. Avaliação antropométrica I- Métodos
1.1 Método Direto
1.2 Método Indireto
2. Avaliação antropométrica I - Aferição e avaliação
2.1. Técnicas de Aferição
2.1.1 Técnica de aferição de peso
2.1.2 Técnica de aferição de altura
2.2 Índice de Massa Corporal (IMC)
2.2.1. Classificação do estado nutricional de adultos
2.2.2. Classificação do estado nutricional de idosos
2.3 Porcentagem de mudança de peso
2.3.1 Avaliação de perda de peso (%)
2.4 Peso atual ajustado
2.5 Peso ideal
2.5.1 Adequação de peso
2.5.1.1 Classificação
2.6 Peso corrigido
2.6.1 Peso corrigido para amputados
2.6.1.1 IMC corrigido
2.6.2 Peso corrigido para endemia
2.7 Medidas estimadas
2.7.1 Peso estimado
2.7.2 Altura estimada
2.8 Técnicas de circunferência
2.8.1 Técnica de circunferência da cintura
●
3
2.8.1.1 Classificação
2.8.1.2 Razão cintura/altura
2.8.2 Técnica de circunferência do quadril
2.8.2.1 Razão cintura/quadril
2.8.3 Técnica de circunferência coxa
2.8.4 Técnica de circunferência panturrilha
2.8.5 Técnica circunferência abdominal
2.8.6 Técnica de circunferência do braço (CB)
2.8.7 Altura do joelho
3. Avaliação antropométrica II - Compartimentos corporais e avaliação da
composição corporal
3.1. Métodos de Avaliação
3.2 Circunferência do braço (CB)
3.2.1 Adequação
3.2.2 Percentis
3.2.3 Classificação
3.3 Cálculo da circunferência muscular do braço (CMB)
3.3.1 Adequação da CMB
3.3.2 Percentis
3.3.3 Classificação da CMB
3.4 Área Muscular do Braço (AMB)
3.4.1 Correção
3.4.2 Classificação
3.5. Área de gordura do Braço
3.5.1 Cálculo
3.5.2 Classificação
●
4
3.6 Prega Cutânea Triciptal - PCT
3.6.1 Adequação
3.6.2 Percentis
3.6.3 Classificação
3.7 Dobras Cutâneas
3.7.1 do Bíceps
3.7.2 do Tricipital
3.7.3 Subescapular
3.7.4 Suprailíaca
3.7.5 Supra-espinal
3.7.6 Abdominal
3.7.7 Panturrilha Média
3.7.8 Peitoral
3.7.9 Axial Média
3.7.10 Coxa
3.8 Estimativa da Composição Corporal
3.8.1 Densidade Corporal
3.8.2. Cálculo da % de GC total
3.8.2.1 Adultos
3.8.2.2 Crianças
3.8.2.3 Classificação
3.8.3 Massa corporal gorda
3.8.4 Massa corporal magra
3.8.5 Massa corporal ideal
4. Avaliação antropométrica III - Grupos específicos
4.1 Medidas para grupos específicos - Crianças e adolescentes
●
5
4.1.1 Técnica de aferição de peso
4.1.2 Técnica de aferição da estatura
4.1.3 Estimativa de estatura
4.1.4 Circunferência do braço
4.2 Avaliação das medidas antropométricas e classificação do estado nutricional
4.2.1 Índices Antropométricos
4.2.1.1 Representação
4.3.1.1.1 Percentis
4.3.1.21.2 Escore-Z
4.2.1.2 Estatura para idade E/I
4.3.1.2.1 Adequação
4.3.1.2.2 Ponto de corte
4.2.1.3 Peso para idade - P/I
4.3.1.3.1 Adequação
4.3.1.3.2 Ponto de corte
4.2.1.4 Peso para estatura - P/E
4.3.1.4.1 Adequação
4.3.1.4.2 Ponto de corte
4.2.1.5 IMC para idade - IMC/I
4.2.1.5.1 Classificação
4.2.1.6 Padronização para idade
4.2.1.7 Curva de referência para meninos e meninas
4.2.1.8 Resumo
4.3 Medidas para grupos específicos - Gestantes
4.3.1 IMC gestacional
4.3.2 Ganho de peso gestacional
4.3.3 Resumo
●
6
REFERÊNCIA
ANEXOS
●
7
1.Avaliação antropométrica I - Métodos
1.1 Método Direto
Antropometria
Peso, altura, pregas cutâneas, circunferências, índices antropométricos (IMC, P/I, P/A, A/I),
medidas de composição corporal
Exames Laboratoriais
Hemoglobina, albumina, transferrina; glicemia, perfil lipídico, etc.
Exames Clínicos
Sinais e sintomas clínicos
1.2 Métodos Indireto
Consumo Alimentar
Ingestão de alimentos, necessidades nutricionais, disponibilidade de alimentos
Estudos Demográficos
Distribuição da população de acordo com sexo, faixa etária, atividade física, morbidade e
mortalidade
Estudos socioeconômicos e culturais
Salário, renda, trabalho, escolaridade, hábitos, saúde
●
8
2. Avaliação antropométrica I - Aferição e Avaliação
2.1. Técnica de aferição
2.1.1 Peso LOHMAN et al., 1988
Montagem da Balança
1. Posicionar a balança em superfície regular e firme. 2. Evite colocar o equipamento sobre
tapetes, carpetes, ou quaisquer superfícies irregulares. 3. A balança é ligada automaticamente
ao subir nela. Espere aparecer o “zero” e peça para o entrevistado subir.
Calibração
1. Verificar as pilhas e observar as condições do equipamento.
2. Utilize um peso padronizado de 5 Kg para certificar-se da calibração, ou utilize 5 garrafas tipo
pet.
3. Retire o rótulo de todas as 5 garrafas do tipo pet de 2 litros, das marcas Guaraná Antarctica ou
Coca-cola, esvazie seu conteúdo e lave-as com água para remover completamente o líquido.
A quantidade de água a ser adicionada na garrafa para que a mesma tenha o peso exato de 2kg
deve ser medida com base na etiqueta cinza de 5,5 cm. Retire a etiqueta do adesivo e cole-a na
garrafa, imediatamente abaixo do bocal, conforme indicado na seta “1” (figura 1).
4. Para que a garrafa tenha o peso exato de 2,1kg deve-se adicionar água até a borda, fechando-a
em seguida. Posicione a garrafa em uma superfície lisa (ou mesa), sente em uma cadeira em
frente da garrafa e com um copo de água adicione, aos poucos Posicione a garrafa em uma
superfície lisa (ou mesa), sente em uma cadeira em frente da garrafa e com um copo de água
adicione, aos poucos.
A borda inferior da água deve estar alinhada exatamente com o limite inferior da etiqueta.
Tampe a garrafa e repita este procedimento nas demais.
5. Coloque as garrafas ou o peso padrão na balança antropométrica o mais rápido possível para
garantir que o peso de todas as garrafas seja aferido. Em seguida, anote o peso total mostrado
no visor. (Figura 2)
●
9
6. O peso final das cinco garrafas deve ser de 10,5kg, sendo que o intervalo permitido para
variação é de 10,3 a 10,7kg.
7. Se a variação estiver fora do limite aceito, a balança está descalibrada e você deverá
substituí-la por outra.
Figura 1 - Garrafa PET utilizada para a calibração da balança
Figura 2 - Entrevistador com os olhos ao mesmo nível do limite inferior da etiqueta e peso
padrão (10kg) utilizado para calibração da balança
●
10
Manutenção
1. Acondicionar a balança de maneira adequada na mochila.
2. Realizar a calibração todos os dias antes de ir a campo.
3. Verificar pilhas.
4. Limpar as balanças com pano úmido. Não é recomendada a utilização
de álcool.
Fonte: LANPOP & IBGE
Para aferição: Deve estar descalço e vestindo roupas leves; Balança calibrada;
Posicionar o paciente no centro da balança; Verificar se ele está em posição ereta, com
o peso distribuído em ambos os pés;
Realizar a leitura do peso (esperar estabilizar);
Registrar o peso corporal em kg, com três dígitos (00,0), imediatamente após leitura;
Repetir os procedimentos se possível e registrar o segundo valor obtido.
Figura 3 - Posição do indivíduo na aferição do peso
●
11
2.1.2 Estatura LOHMAN et al., 1988
1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02);
2. Equipamento: fita métrica inelástica, esquadro de madeira, fita adesiva e fio de prumo.
3. Técnica: escolher, na casa, uma parede ou porta sem rodapé. Afixar a fita métrica
inelástica, a 50 cm do solo.
4. A pessoa deverá ser colocada ereta, e, sempre que possível, calcanhares, panturrilha,
escápulas e ombros encostados na parede ou portal, joelhos esticados, pés juntos e braços
estendidos ao longo do corpo;
Quando não for possível encostar os cinco pontos (calcanhares, panturrilhas, região dos glúteos,
escápulas e parte posterior do osso occipital) na parede, posicionar ao menos três deles
(calcanhares ou panturrilhas, glúteos e escápulas).
5. A cabeça deverá estar erguida (fazendo um ângulo de 90º com o solo), com os olhos
mirando um plano horizontal à frente, de acordo com o plano de Frankfurt;6. Peça à pessoa que inspire profundamente e prenda a respiração por alguns segundos;
7. Neste momento, desça o esquadro até que este encoste a cabeça da pessoa, com
pressão suficiente para comprimir o cabelo. Realizar a leitura da estatura sem soltar o
esquadro.
8. Registrar o valor encontrado, imediatamente, sem arrendondamentos. (ex: 1,734m).
Figura 4 - Técnica de aferição estatura segundo plano de Frankfurt
●
12
2.2 Índice de Massa Corporal - IMC
Fórmula: IMC = Peso atual (kg)
Altura² (m)
2.2.1 Classificação de adultos
Quadro 1 - Classificação do estado nutricional segundo o IMC de adultos
Baixo Peso Eutrofia Sobrepeso Obesidade
<18,5 >18,5 e <25 >25 e <30 >30
Fonte: OMS, 2017
2.2.2.Classificação de idosos
Quadro 2 - Média da classificação do estado nutricional segundo o IMC de idosos de acordo
com diferentes referências internacionais (1994-2005)*
*Autores
Referência
Lipchitz (1994)
OPAS (2002)
Harris e Haboubi (2005)
Baixo Peso Eutrofia Sobrepeso Obesidade
<23 >23 e <27,3 >27,3 e <30 >30
Fonte: Adaptação de Tavares et al. 2015
●
13
2.3 Porcentagem de mudança peso
Perda de peso (%) = (peso usual – peso atual) x 100
peso usual
Quadro 4 - Classificação do percentual de mudança de peso de acordo com tempo.
PERÍODO PERDA MODERADA (%) PERDA GRAVE
1 semana 1,0 - 2,0 >2
1 mês 5,0 >5
3 meses 7,5 >7,5
6 meses 10,0 >,10
Fonte: Blackurn & Bistrain (1977)
2.4 Peso atual ajustado
É utilizada sempre que a % da adequação de peso atual for inferior a 90% ou
superior a 115% em relação ao ideal.
Peso ajustado (obesidade: IMC > 30kg/m2) = (peso atual – peso
ideal) x 0,25 + peso ideal
Peso ajustado (desnutrição: IMC < 18Kg/m²) = (peso ideal – peso
atual) x 0,25 + peso atual.
2.5 Peso ideal
Valores subjetivos ideais de peso, levam em consideração a estrutura, gênero e idade.
Podem ser subdivididos em:
Peso ideal mínimo = (altura)² X 19 para mulheres e x 20 para homens
Peso ideal médio = (altura)² X 21,5 para mulheres e x 22,5 para homens;
Peso ideal máximo = (altura)² x 24 para mulheres e x 25 para homens.
Fórmula de WHO (1985) = IMC médio x (altura)²
●
14
Sendo: IMC médio para homens = 22 kg/m²
IMC médio para mulheres = 21 kg/m²
IMC médio para idosos = 24,5 Kg/m²*
*Apostila Hospital das Clínicas de Goiás – HC / UFG, 2010
2.5.1 Adequação de Peso
Adequação do peso (%) = peso atual x 100
peso ideal
2.5.2 Classificação
Quadro 3 - Classificação da avaliação nutricional de acordo com adequação de peso
atual
Desnutrição <90
Eutrofia >90 e <110
Sobrepeso >110 e <120
Obesidade >120
Fonte: Adaptação de Blackburn & Thornton, 1979.
2.6 Peso Corrigido
2.6.1. Peso corrigido para pacientes amputado:
O peso estimado do membro amputado é subtraído pelo peso ideal, sendo:
Peso ideal: Peso determina como se não houvesse
amputação/peso antes da amputação
Peso estimado: Peso ideal x % amputação
Exemplo: 70kg (peso ideal sem amputação) x 16% (perna inteira
amputada) = 11,2kg
●
15
70 - 11,2= 58,8kg
Portanto, o peso ideal após a amputação seria de 58,8 kg.
Quadro 5 - Porcentagem de peso de acordo com o membro amputado
MEMBRO AMPUTADO PORCENTAGEM (%)
Mão 0,7
Antebraço e mão 1,6 + 0,7= 2,3
Braço até o ombro 2,7+1,6+0,7= 5,0
Pé 1,5
Perna até o joelho 4,4+1,5= 5,9
Perna inteira 10,1+4,4+1,5= 16
*ATENÇÃO: PARA CASOS BILATERAIS, DOBRAR O VALOR
Fonte: Osterkamp, 1995 (121)
2.6.1.1 - Para amputados
● Correção IMC para pacientes amputados:
Peso corrigido (kg)
Altura (m2) (1 - % amputação)
Fonte: Isosaki, M.; Cardoso, E. 2004.
●
16
2.6.1.1 - Para edema
● Peso corrigido para pacientes com edema:
Subtrair do peso atual valores específicos que variam de acordo com o
grau da retenção de líquidos e do local do edema.
Grau edema Local Peso hídrico
+ Tornozelo 1kg
++ Joelho 3-4 kg
+++ Raiz da coxa 5-6kg
++++ Anasarca 10-12kg
Fonte: Sampaio, 2012
2.7 Medidas estimadas
2.7.1 Peso
Recomendado para idosos ou pacientes acamados
A) Adulto
Homem= Peso Corporal (kg) = (0,5030 x circunferência de braço) + (0,5634 x circunferência
de abdome) + (1,3180 x circunferência de panturrilha) + (0,0339 x espessura de dobra cutânea
subescapular) – 43,1560
Peso Corporal (kg) = (altura de joelho x 0,68) + (circunferência de braço x 2,64) –
50,08
Homens negros: Peso Corporal (kg) = (altura de joelho x 1,09) + (circunferência de braço x
3,14) – 83,72
●
17
Mulher= Peso Corporal (kg) = (1,27 x circunferência de panturrilha) + (0,87 x altura de
joelho) + (0,98 x circunferência de braço) + (0,4 x espessura de dobra cutânea subescapular) –
62,35
Peso Corporal (kg) = (altura do joelho x 0,77) + ( circunferência do braço x 2,47)-
50,16
Mulheres negras: Peso Corporal (kg) = (altura de joelho x 0,71) + (circunferência de braço
x 2,59)– 50,43]
Fonte: Melo et al, 2014
B) Criança
3 a 12 meses = idade(m) + 9 ÷ 2
1 a 6 anos= idade x 2 + 8
7 a 12 anos = idade x 7-5 ÷ 2
2.7.2 Estatura
A) Adultos
1) Altura = 58,6940 – (2,9740 x sexo*) – (0,0736 x idade) + (0,4958 x comprimento de braço)
+ (1,1320 x semi-envergadura)
2) Altura = 63,525 – (3,237 x sexo*) – (0,06904 x idade) + (1,293 x semi-envergadura)
* 1 masculino; 2 feminino;
3) Mulheres brancas: Altura = 70,25 + (1,87 x altura de joelho) – (0,06 x idade)
Mulheres negras: Altura = 68,1+ (1,86 x altura de joelho) – (0,06 x idade)
4) Homens brancos: Altura = 71,85 + (1,88 x altura de joelho)
Homens negros: Altura = 73,42+ (1,79 x altura de joelho)
Fonte: Melo et al, 2014
●
18
2.8 Técnicas de circunferência
● Realizar sempre duas medidas;
● Marcar corretamente o ponto de medida, usando lápis;
● Evitar usar fita inelástica ou de pouca flexibilidade;
● Mensurar sobre a pele nua;
● Evitar deixar o dedo entre a pele e a fita;
● Evitar dar pressão excessiva ou deixar a fita frouxa;
● Evitar medir após atividade física.
2.8.1 CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA
LOHMAN et al., 1988.
Solicite que o indivíduo: Deixe a região da cintura livre
de roupas. Retire os sapatos. Caso vista uma roupa (vestido
ou macacão) que impossibilite a visualização da região do
abdômen, solicite a troca da vestimenta.
PARA MEDIR A CIRCUNFERÊNCIA:
1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02);
2. Equipamento: fita métrica inelástica;
3. Técnica: a medida deverá ser feita na ausência de roupas na região de
interesse.
4. O indivíduo deve estar ereto, com o abdome relaxado (ao final da expiração), os
braços estendidos ao longo do corpo e as pernas fechadas. A medida deverá ser
feita no plano horizontal.
5. Posicione-se de frente para a pessoa, solicite que ela inspire profundamente e
segure a respiração por alguns instantes e apalpe até localizar a 10ª costela, que é a
última costela fixa, peça para a entrevistada soltar a respiração e faça um risco com a
caneta. (Figura 5)
●
19
Localize a crista ilíaca, que é a parte mais alta do osso ilíaco, e marque o ponto com a
caneta. (Figura 5.1)
Localize o ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca.
6. A fita deverá ser passada por trás do participante ao redor deste ponto.
Verifique se a fita está bem posicionada, ou seja, se ela está no mesmo nível em
toda a extensão de interesse, sem fazer compressão na pele.
7. Pedir a pessoa que inspire e, em seguida, que expire totalmente. A medida deve
ser feita neste momento, antes que a pessoa inspire novamente;
8. Registre o valor obtido, imediatamente, sem arredondamentos, ex: 78,6 cm.
Figura 5 - Localização décima costela Figura 5.1 - Localização crista ilíaca
Fonte:IBGE
●
20
Figura 5.2 - Técnica de aferição da circunferência da cintura
Figura 5.3 - Pontos necessários para a medida da circunferência da cintura
●
21
2.8.1.1. Quadro 6 - Classificação de acordo com a circunferência da cintura.
Sexo
Risco de doenças cardiovasculares associada a obesidade
ELEVADO MUITO ELEVADO
MASCULINO >94 >102
FEMININO >80 >88
Fonte: OMS, 2019
2.8.1.2 Razão Cintura Estatura - RCE
Fórmula:
*É importante que ambas as medidas estejam usando as mesmas unidades
(centímetros, por exemplo).
Risco para problemas cardiovasculares segundo a Relação
cintura/estatura:
Sexo Aumentado
Masculino > 0,52
Feminino > 0,53
●
22
2.8.2 CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL
LOHMAN et al., 1988
Instrumento: Fita métrica com precisão de 0,1 mm.
Referência anatômica: maior proporção da região glútea (nádegas).
Posição do avaliado: O indivíduo deve estar ereto, com o abdome relaxado,
os braços estendidos ao longo do corpo e as pernas fechadas.
Posição do avaliador: ao lado direito do avaliado.
Técnica: a medida deverá ser feita com roupas finas ou íntimas na região
de interesse.
01. O examinador posiciona-se lateralmente ao avaliado de forma que a
máxima extensão glútea possa ser vista.
02. Uma fita inelástica deve ser passada neste nível, ao redor do quadril,
no plano horizontal, sem fazer compressão.
03. Verifique se a fita está bem posicionada, ou seja, se ela está no
mesmo nível em toda a extensão de interesse.
04. O zero da fita deve estar abaixo do valor medido.
05. Registre o valor obtido (o mais próximo de 0,1 cm), imediatamente,
sem arredondamentos. Ex: 104,7 cm.
Figura 5.4 - Circunferência do quadril na porção de maior aumento.
●
23
2.8.2.1 Razão Cintura Quadril - RCQ
Figura 6
Fonte: Bray, GA, 1988.
●
24
Figura 7 - Classificação quanto ao risco de problemas cardiovasculares
Fonte: Dâmaso, A., 2011.
●
25
2.8.3 CIRCUNFERÊNCIA DA COXA
1. Realize a medida com o paciente em pé, apoiando seu peso na perna esquerda
(que não será aferida);
2. Localize a linha inguinal e a patela, marcando o ponto médio entre ambos, na
parte anterior da coxa.
2.8.4 CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA
LOHMAN et al., 1988
1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02).
2. Equipamento: fita métrica inelástica;
3. Técnica: o antropometrista posiciona-se lateralmente ao avaliado. O avaliado
coloca-se em pé, com os pés afastados 20 cm um do outro, de forma que o peso
fique distribuído igualmente em ambos pés.
4. Uma fita inelástica é colocada ao redor da panturrilha (circunferência máxima
no plano perpendicular à linha longitudinal da panturrilha) e deve-se mover a fita
para cima e para baixo a fim de localizar esta máxima circunferência.
5. A fita métrica deve passar em toda a extensão da panturrilha, sem fazer
compressão.
6. O valor zero da fita é colocada abaixo do valor medido.
7. Registre o valor obtido, imediatamente, sem arredondamentos. Ex: 31,3 cm.
●
26
Figura 8 - Aferição da panturrilha
INFORMAÇÕES EXTRAS:
Fornece a medida mais sensível da massa muscular nos idosos. Indica alterações na
massa magra que ocorrem com a idade e com o decréscimo na atividade física.
É particularmente recomendada na avaliação nutricional de pacientes acamados.
Fonte: Araujo, GT., 2015.
2.8.5 CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL
LOHMAN et al., 1988.
1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02).
2. Equipamento: fita métrica inelástica;
3. Técnica: a medida deverá ser feita na ausência de roupas na região de
interesse. O indivíduo deve estar ereto, com os braços estendidos ao longo do
corpo e pernas fechadas. A medida deverá ser feita no plano horizontal.
Posicione-se de frente para a pessoa. Posicione a fita na maior extensão do
abdome num plano horizontal. Aperte o botão central da fita e passe a fita na
parte posterior do avaliado, seguindo a extensão a ser medida, sem comprimir a
pele, com a extremidade zero abaixo do valor a ser registrado. A medida é feita
ao final da expiração normal e registrada o mais próximo de 0,1 cm;
●
27
4. Registre o valor obtido, imediatamente, sem arredondamentos. Ex: 98,7 cm.
Figura 9 - Forma correta de medir a circunferência abdominal
2.8.6 CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO
LOHMAN et al., 1988
1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02).
2. Equipamento: fita métrica inelástica;
3. Técnica: Posicione-se atrás do avaliado. Solicite ao indivíduo que flexione o
cotovelo a 90º, com a palma da mão voltada para cima. Por meio de apalpação,
localize e marque o ponto mais distal do processo acromial da escápula e a
parte mais distal do olécrano. Faz-se, então, uma pequena marcação do ponto
médio entre estas duas extremidades. Peça ao indivíduo, que em posição ereta,
relaxe o braço, deixando-o livremente estendido ao longo do corpo. O avaliado
deve estar com roupas leves ou com a toda a área do braço exposta, de modo a
permitir uma total exposição da área dos ombros. Com a fita métrica inelástica,
fazer a medida da circunferência do braço em cima do ponto marcado, sem fazer
compressão;
4. Registre o valor obtido, imediatamente, sem arredondamentos. Ex: 33,6 cm.
●
28
Figura 10 - Realização da circunferência do braço
Fonte: IBGE
●
29
2.8.7 ALTURA DO JOELHO
LOHMAN et al., 1988
1. Número de vezes a realizar a medida: duas (02);
2. Equipamentos: antropômetro de madeira;
3. Técnica: o indivíduo deve estar sentado. Dobra-se a perna esquerda de modo a formar
um ângulo de 90º com o joelho. Posicionar a base do antropômetro no calcanhar do pé
esquerdo. Estender o cursor do antropômetro paralelamente à tíbia até a borda superior
da patela (rótula do joelho). Obter pelo menos duas medidas sucessivas, as quais deverão
ter variação máxima de 5 mm. Se o valor obtido for superior a isto, realizar a terceira
medida.
4. Registre o valor imediatamente, sem arredondamentos. Ex: 58,5 cm.
●
30
3. Avaliação antropométrica II - Compartimentos e
avaliação da composição corporal
3.1 Métodos de avaliação
Existem vários métodos e maneiras para determinar as características da composição
corporal e estado nutricional. Elas são classificadas de acordo com o nível de validação:
Nível I, II, III. (Figura 4)
Nível I: Única medida direta (dissecação de cadáveres), há dificuldade na extrapolação
desses resultados já que o método utilizou cadáveres adultos caucasiana, não sendo,
portanto, aplicado a outra raça ou crianças.
Nível II: Medida indireta (p. ex., potássio 40, densitometria óssea, água corporal total),
obtida por meio de cálculos quantitativos provindos da medida direta (Princípio de
Arquimedes), apresenta dificuldade técnicas e financeiras, envolvendo altos custos na
sua aplicação.
Nível III: Medida duplamente indireta (antropometria, bioimpedância, infravermelho,
etc.), obtidas com base nos métodos de avaliação dos níveis I e II - A maioridade das
pesquisas utiliza pelo baixo custo e fácil aplicação.
Figura 11- Nível de validação da composição corporal
Fonte: Dâmaso, A., 2001
●
31
3.2 CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO
3.2.1 Adequação
Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100
CB percentil 50*
3.2.2 Classificação
Quadro 7 - Estado nutricional segundo a CB.
Desnutrição grave Desn. moderada Desn. leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
<70% 70 a 80% 80 a 90% 90 a 110% 110 a 120% >120%
3.2.3 Percentil 50
●
32
Figura 12 - Percentis da circunferência do braço de acordo com Frisancho, 1990.
●
33
Fonte: Frisancho AR. Anthropometric standards for the assessments of growth and nutritional
status. University of Michigan,1990. 189p.
●
34
3.3 CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO -
CMB
CMB (cm) = CB – (3,14 x DCT ÷ 10)
CB: circunferência do braço (cm)
DCT: dobra cutâneatricipital (mm)
3.3.1 Adequação
Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100
CMB percentil 50*
3.3.2 Classificação
Quadro 8 - Classificação do estado nutricional de acordo com a adequação da
CMB. Blackburn, 1977.
ADEQUAÇÃO % ESTADO NUTRICIONAL
<70 Desnutrição grave
70-80 Desnutrição moderada
80-90 Desnutrição leve
>90 Eutrofia
O ideal é não utilizar para a determinação de excesso de peso (sobrepeso e/ou
obesidade)
●
35
3.3.3 Percentil
Figura 13 - Percentil 50 da adequação da circunferência muscular do braço
segundo valores de referência de Frisancho, 1981.
●
36
3.4.1 ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA
(AMBc)
Reflete a magnitude das mudanças do tecido muscular. Sendo melhor de que
utilizar a apenas a CMB e/ou CB.
AMBc = (CMB)² - 10 cm² OU (CMB)² - 10 cm²
Homem 4 x ∏ 12,56
AMBc = (CMB)² - 6,5 cm² OU (CMB)² - 6,5 cm²
Mulher 4 x ∏ 12,56
Onde:
Π (pi)=3,14
CMB = circunferência muscular do braço (cm)
CMB = CB – (0,314 x DCT)
●
37
3.4.2 Classificação
Quadro 9 - Classificação do estado do tecido muscular, segundo Frisancho, 1990
Percentil Diagnóstico
categoria I 0.0 – 5.0 Baixa musculatura
categoria II 5.1 – 15.0 Abaixo da média
categoria III 15.1 – 85.0 Média
categoria IV 85.1 – 95.0 Acima da média
categoria V 95.1 – 100.0 Alta musculatura
3.5 ÁREA DE GORDURA DO BRAÇO - AGB
3.5.1 Fórmula
3.5.2 Classificação
Quadro 10 - Classificação de acordo com Frisacho, 1990.
< P5 DESNUTRIDO
P5 a P10 RISCO DE DESNUTRIÇÃO
P10 a P85 EUTROFIA
P85 a P90 SOBREPESO
>P90 OBESIDADE
●
38
3.6 PREGA CUTÂNEA TRICIPITAL - PCT
Prega Cutânea Triciptal (PCT) é a dobra mais utilizada para avaliar o tecido subcutâneo
de gordura, que expressa reserva energética do organismo.
3.6.1 Adequação
% adequação da DCT = _PCT atual (do paciente)_ x 100
PCT percentil 50*
3.6.2 Classificação
Quadro 11 - Classificação de BlackBurn (1977): % de adequação
Classificação PCT (% adequação)
Depleção Grave ≤ 40
Depleção Moderada 40 - 50
Depleção Leve 50 - 60
Eutrofia 60 - 110
Sobrepeso 110 - 120
Obesidade ≥ 120 3.2
●
39
3.6.3 Percentil 50
Figura 14 - Percentis da prega cutânea triciptal de acordo com Frisancho, 1990.
●
40
●
41
3.7 DOBRAS CUTÂNEAS (DOC)
Método que permite estimar a quantidade de gordura corporal total; Medem a espessura do
tecido adiposo subcutâneo.
1. Efetuar todas as medidas das pregas adiposas do lado direito do corpo;
2. O pinçamento da dobra cutânea deve ser feito com a mão esquerda e com os dedos
polegar e indicador a ±1 cm acima do local marcado da medida;
3. Destacar a prega, colocando o polegar e o indicador a uma distância de 8 cm, numa linha
perpendicular ao eixo longo da prega. É nas extremidades destes 8 cm (4+4) que a
elevação da prega vai ser realizada
* Entretanto, para indivíduos com pregas adiposas extremamente grandes, o polegar e o
indicador necessitam de separar mais de 8 cm para que se consiga destacá-la;
4. colocar as hastes do compasso perpendicular à dobra, ±1 cm abaixo do local pinçado, e
soltar lentamente as hastes do compasso;
5. as hastes do compasso não deverão passar do ponto pinçado pelos dedos;
6. manter a dobra pressionada enquanto à medida é realizada e fazer à leitura no compasso
±3 segundos após a pressão ter sido aplicada na dobra;
7. afastar as hastes do compasso para removê-lo e fechá-las lentamente;
Dicas extras:
- ler o mostrador em sua escala mais próxima;
- realizar no mínimo duas medidas para cada local, caso os valores
diferenciam em mais de 10%, realizar novas medidas;
- realizar as medidas em uma ordem rotativa, em vez de leituras
consecutivas;
- realizar as medidas sob a pele seca e sem loções;
- não medir as dobras imediatamente após o exercício;
- evitar usar compassos de plástico caso se trate de um avaliador
inexperiente;
- treinar com outros avaliadores e comparar seus resultados (HEYWARD,
STOLARCZYK, 2000).
Limitação: São medida duplamente indireta, assumindo valores equacionais resultantes de
outros métodos e tendo como variação aproximadamente 2,3% e erro de estimativa entre 3,3 e
4,5%
Fonte: Dâmaso, A., 2012.; Rev. Motricidade, 2019
●
42
3.7.1 BÍCEPS
SENTIDO DA DOBRA: Vertical (linha média)
REFERÊNCIA ANATÔMICA: Ponto maior aumento
PROCEDIMENTO:Dobra na região anterior do braço; Adipômetro aplicado 1 cm abaixo dos
dedos.
Figura 15 - Dobra cutânea do bíceps
●
43
3.7.2 TRÍCEPS
SENTIDO DA DOBRA REFERÊNCIA ANATÔMICA
Vertical (linha média) Ponto Meso-umeral
PROCEDIMENTO
Peça para o paciente fazer um ângulo de 90° com o braço e antebraço; Posicione a fita métrica
na face posterior do braço, do acrômio até o olécrano; Faça a marcação no ponto médio;
Figura 16
Peça para o paciente relaxar o braço direito; Destaque a dobra 1 cm acima do ponto marcado;
Posicione o adipômetro exatamente no ponto marcado.
Figura 17
●
44
3.7.3 SUBESCAPULAR
SENTIDO DA DOBRA REFERÊNCIA ANATÔMICA PROCEDIMENTO
Diagonal ¹ Ângulo inferior da escápula 45 graus de inclinação em relação
ao plano horizontal natural,
o pinçamento será exatamente
abaixo do ângulo inferior da escápula
Oblíqua ²Borda medial da escápula Dobra localizada abaixo e após 2
cm (2 dedos) do ângulo inferior da escápula.
Peça para o paciente encostar o punho da mão direita na lombar; isso irá destacar o ângulo
inferior da escápula (“asa”); Marque dois dedos (2 cm) abaixo do ângulo inferior da escápula;
Figura 18
●
45
Destaque a dobra 1 cm acima do ponto marcado; Posicione o adipômetro exatamente no ponto
marcado.
Figura 19
3.7.4 SUPRAILÍACA
SENTIDO DA DOBRA
Oblíqua ou Vertical
REFERÊNCIA ANATÔMICA
Crista ilíaca e escápula
PROCEDIMENTO
Oblíqua: Dobra localizada em cima da linha axilar média e logo acima da crista ilíaca
Vertical: Dobra localizada logo acima da crista ilíaca em um ponto coincidente com a linha
axilar anterior.
●
46
Marque o ponto médio entre os pontos anatômicos, sobre a linha axilar média;
Destaque a dobra 1 cm acima do ponto marcado; Posicione o adipômetro exatamente no ponto
marcado; Medida obliquamente em relação ao eixo longitudinal.
Figura 20
Figura 20.1
●
47
3.7.5 SUPRAESPINAL
SENTIDO DA DOBRA
Destacada em ângulo de 45°
REFERÊNCIA ANATÔMICA
5 a 7cm (dedos) acima da espinha ilíaca
Figura 21
Figura 21.1
●
48
3.7.6 ABDOMINAL
SENTIDO DA DOBRA: Horizontal ou Vertical
REFERÊNCIA ANATÔMICA: Cicatriz umbilical
PROCEDIMENTO:
HORIZONTAL: Dobra localizada lateralmente de 3 a 5 cm da cicatriz umbilical ne 1 cm abaixo
do centro da cicatriz umbilical
VERTICAL: Dobra localizada lateralmente a 2 cm (2 dedos) à direita da cicatriz umbilical.
Verifique se não há uma grande distorção de pele da cicatriz umbilical; isso pode significar que
há erro na aferição.
Figura 22 Figura 22.1
●
49
3.7.7 PANTURRILHA MÉDIA
SENTIDO DA DOBRA
Vertical (região média da perna)
REFERÊNCIA ANATÔMICA
Máxima circunferência da perna
PROCEDIMENTO
Dobra localizada no ponto de maior circunferência da perna na parte medial da mesma. O
avaliado deverá estar sentado, sem apoio no pé, e joelho flexionado 90°.
Figura 23
●
50
3.7.8 PEITORAL
SENTIDO DA DOBRA
Diagonal
REFERÊNCIA ANATÔMICA
Linha axilar anterior e mamilo
PROCEDIMENTO
Dobra localizada no ponto médio entre a linha axilar anterior e o mamilo p/ ambos os sexos.
Dobra localizada no ponto médio entre a linha axilar anterior e o mamilo p/ sexo masculino, e
1/3 para o sexo feminino.
Figura 24 Figura 24.1
●
51
Figura 25
3.7.9 AXIAL MÉDIO
SENTIDO DA DOBRA
Horizontal, vertical ouoblíqua
REFERÊNCIA ANATÔMICA
Junção xifoesternal e linha axilar média
PROCEDIMENTO
HORIZONTAL: Dobra localizada na linha axilar média e ao nível da junção xifoesternal
VERTICAL: Dobra localizada em cima da linha axilar média ao nível do processo xifóide
OBLÍQUA: Dobra localizada no ponto de intersecção da linha axilar média com uma linha
imaginária que passa pelo apêndice xifóide.
●
52
Figura 26.1
Figura 26.2
Figura 26.3
●
53
3.7.10. COXA
SENTIDO DA DOBRA
Vertical (linha média femoral)
REFERÊNCIA ANATÔMICA
Dobra inguinal e borda superior da patela
PROCEDIMENTO
DOBRA INGUINAL: Dobra localizada na região anterior da coxa no ponto médio femoral
BORDA S. DA PATELA: Dobra localizada na região anterior da coxa a ⅓ da prega inguinal e
borda superior da patela.
Realize a medida com o paciente em pé, apoiando seu peso na perna esquerda (que não será
aferida); Localize a linha inguinal e a patela, marcando o ponto médio entre ambos, na parte
anterior da coxa.
Figura 27 Figura 28
Fonte: Machado, AF
●
54
3.8 ESTIMATIVA DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
Pressupostos do método de aferição da densidade corporal
para a estimativa da composição corporal:
1. A densidade da gordura é de 0,901 g/cm³
2. A densidade da MLG é de 1,10 g/cm³
3. As densidades de gordura e dos componentes da MLG
são as mesmas para todos os indivíduos;
Método de dois compartimentos:
a) Obtenção da Densidade Corporal
b) Obtenção do percentual de gordura corporal (%)
c) Cálculo da massa de gordura corporal (kg)
d) Cálculo da massa livre de gordura (kg)
●
55
3.8.1 DENSIDADE CORPORAL (DC)
Protocolos que determinam a Densidade Corporal (DC):
• Pollock 3 dobras
• Pollock 7 dobras
• Guedes
• Entre outros
Guedes (1994)
Homens : Tríceps, supra-ilíaca e abdome.
Mulheres: Coxa, supra-ilíaca e subescapular
Cálculo de Densidade Corporal:
HOMENS: DC = 1,17136 - 0,06706 log (TR + SI+AB )
MULHERES: DC = 1,16650- 0,07063 log (CX + SI+ SB)
📌Após, utilizar a fórmula de Siri (1961) para encontrar o
% de Gordura
●
56
Jackson & Pollock
308 indivíduos do sexo masculino com idade entre 18 e 61 anos.
Para 7 dobras:
DC= 1,11200000 - [0,00043499 (X1) + 0,00000055 (X1)²] -
[0,0002882 (X3)]
Onde:
X1 = soma das 7 dobras (tórax, axilar média, tríceps, subescapular, abdominal,
suprailíaca e coxa)
X3 = idade em anos
Para 3 dobras:
DC= 1,10938 – 0,0008267 (X2) + 0,0000016 (X2)
2 – 0, 0002574 (X3)
Onde:
X2 = soma das 3 dobras (tórax, abdominal e coxa)
X3 = idade em anos
📌 Após, utilizar a fórmula de Siri (1961) para encontrar o % de Gordura.
●
57
Jackson & Pollock
249 indivíduos do sexo feminino com idade entre 18 e 55 anos.
Para 7 dobras:
DC= 1,0970 - [0,00046971 (X1) + 0,00000056 (X1)²] -
[0,00012828 (X3)]
Onde:
X1 = soma das 7 dobras ((tórax, axilar média, tríceps, subescapular, abdominal,
suprailíaca e coxa)
X3 = idade em anos
Para 3 dobras:
DC= 1,0994921 - 0,0009929(X2) + 0,0000023 (X2)² -
0,0001392 (X3)
Onde:
X2 = soma das 3 dobras (tríceps, supra-ilíaca e coxa)
X3 = idade em anos
📌 Após, utilizar a fórmula de Siri (1961) para encontrar o % de Gordura.
●
58
Slaugthter et al (1988)
310 indivíduos de 8 a 29 anos. Leva em consideração o nível maturacional e o
aspecto Social. Utiliza somente as obras de Tríceps e Subescapular.
SEXO MASCULINO
1. Equação para soma de DC inferior ou igual a 35 mm:
% Gord = 1,21 (Σ DC) – 0,008 (Σ DC)²- CTE
2. Equação para soma de DC maior que 35 mm:
% Gord = 0,783 (Σ DC) – CTE
Onde:
Σ DC = somatório das dobras tríceps e subescapular
CTE = Nível maturacional e raça. (varia conforme quadro a seguir)
Quadro 10 - CTE nível maturacional e raça masculina.
Fase maturacional Raça negra Raça branca
Pré adolescente 3,5 1,7
Adolescente 5,2 3,4
Adulto jovem 6,8 5,5
●
59
SEXO FEMININO
3. Equação para soma de DC inferior ou igual a 35 mm:
% Gord = 1,33 + (Σ DC) – 0,013 (Σ DC)2 + CTE
• Raça negra CTE = 2;
• Raça branca CTE = 3
4. Equação para soma de DC maior que 35 mm:
% Gord = 0,546 (Σ DC) + 9,7
●
60
3.8.2 PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL (%)
3.8.2.1 Adultos
Faulkner (1968)
Avalia o percentual de gordura diretamente
%G = [0,153 x (tríceps + subescapular + suprailíaco + abdominal) +
5,783]
Siri (1961)
Avalia o percentual de gordura a partir da Densidade Corporal (DC) encontrada
em outros protocolos.
%G = [(4,95/Densidade Corporal) - 4,50] x 100
Quadro 12 - Fórmula para o cálculo de densidade corporal segundo Durnin & Womersley (1974)
Fonte: Cuppari (2005)
●
61
Figura 29 - Tabela de fórmulas da %GC para população específica
●
62
Figura 30
Fonte: Dâmaso, A., 2001;2011.
3.8.2.2 Criança
Figura 30.1
●
63
Figura 30.2
3.8.2.3 Classificação do % de gordura
Lohman (1992)
●
64
Pollock & Wilmore (1993)
Foss & Keteyian (2000)
3.8.3 Massas Corporal Gorda (MCG)
MCG = (MCT x %G) / 100
●
65
Ex: MCT = 75 Kg % Gordura = 25 %
MCG = (75 x 25) / 100)
MCG = 1875 / 100
MCG = 18,75 Kg
3.8.4 Massas Corporal Magra (MCM)
MCM = MCT – MCG
Ex: MCM = 75 Kg – 18,75 Kg
MCM = 56,25 Kg
% = (MCM x 100)/ MCT
% = (56,25 x 100)/ 75
% = 75
3.8.5 Massa Corporal Ideal (MCI)
MCI = MCM / {1 - (% G desejado / 100)}
Ex: MCM = 56,25 Kg
% G atual = 25 %
% G desejado = 10
MCI = 56,25 - {1 – (10 / 100)}
MCI = 56,25 - {1 – 0,1}
MCI = 56,25 – 0,9
MCI = 55,35 Kg
●
66
4. Avaliação antropométrica III - Grupos específicos
4.1 Crianças e Adolescentes
4.1.1 PESO - Crianças de 0 a 2 anos de idade (Fernandes, 2002)
1. Balança pediátrica manual ou eletrônica com prato ou berço de acrílico
2. acoplados;
3. Sem fraldas, roupas leves, pés descalços;
4. Criança no centro do prato ou berço de acrílico;
5. Apoiar a balança em uma superfície plana, sem inclinação.
São utilizadas a balança pediátrica manual com capacidade para 15 kg e variações de 10
gramas, na qual é acoplado um prato ou a balança pediátrica eletrônica, portátil com boa
sensibilidade e capacidade para 15 kg e variações de 5 gramas, na qual é acoplado um berço de
acrílico.
Figura 31
● Nunca pesar crianças com fraldas, roupas pesadas, com objetos, pulseiras, presilhas ou
adereços no cabelo e pescoço.
● Superfície onde a balança esteja apoiada tem que ser a mais reta possível
● Tarar a balança a cada medida.
●
67
Acima de 2 anos de idade é usada a balança do tipo plataforma com capacidade para pesar
crianças e adultos até 150 kg e a balança eletrônica portátil com boa sensibilidade e
capacidade para pesar crianças e adultos até 180 kg.
Figura 32
●
68
4.1.2 ESTATURA- Crianças menores de 2 anos de idade (Fernandes, 2002)
Utiliza-se infantômetro.
➢ Colocar sobre uma superfície firme e dura e a criança deitada entre as
placas de madeira do medidor.
➢ Há duas plataformas de madeira acopladas à régua de madeira,
graduada em cm, formando ângulos de 90º.
➢ Na fixa, com a marca zero, encostar a cabeça da criança. Na móvel,
ajustar aos pés da criança para permitir a leitura de sua estatura.
➢ Uma pessoa deve segurar a cabeça da criança e outra as pernas e os
pés.
➢ Os joelhos devem estar esticados e os dedos dos pés apontando para
cima, para que a parte móvel do medidor se apoie contra os
calcanhares.
➢ Tomar as medidas até que duas delas não sejam diferentes entre si
em mais de 0,1 cm.
Figura 33
●
69
Crianças maiores de 2 anos de idade
Utilizar antropômetro vertical que acompanha a balança antropométrica,
antropômetro de madeira ou a fita métrica com divisões em centímetros e
subdivisões em milímetros.
A criança deve permanecer com os braços estendidos ao longo do corpo, os
pés juntos e os calcanhares, os glúteos e os ombros tocando a superfície da
parede.
★ FIxar a fita sobre uma parede, sendo que esta não deve ter rodapé e
ser plana.
★ As costas da criança devem ser apoiadas no local onde a fita métricaestá fixada e em seguida desliza-se um esquadro de madeira com
ângulo de 90º sobre a fita, até que ele toque a cabeça.
★ O vértice do esquadro que toca a fita (ângulo de 90º) marca a altura
da criança.
★ Tomar as medidas até que duas delas não sejam diferentes entre si
em mais de 0,5 cm.
Figura 34
●
70
4.1.3 Estimativa estatura
Em crianças de 2-12 anos com limitações físicas
Quadro - Estimativa, segmento e desvio padrão
MEDIDA DO SEGMENTO ESTATURA ESTIMADA DESVIO PADRÃO (cm)
CSB E= (4,35 x CSB) + 1,8 ±1,7
CT E= (3,26 x CT) + 30,8 ±1,4
CJ E= (2,69 x CJ) + 24,2 ± 1,1
Fonte: Weffort & Lamounier, 2009
Onde:
CSB - Comprimento do braço
CT - Comprimento da tíbia
CJ - do membro inferior a partir do joelho
4.1.4 CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO
Mesma técnicas que adultos
Meninos e Meninas de 1 a 5 anos → Desnutrição < 12,5 cm
Curvas de Referência para meninos e meninas
Escore-Z para idade
●
71
Escore-Z para estatura.
Fonte: OMS (1995 e 1997)
4.2 Avaliação das medidas antropométricas e classificação do estado
nutricional
4.2.1 Índices antropométricos
Figura 35 - Os índices antropométricos mais usados recomendados pela OMS e
adotados pelo Ministério da Saúde na avaliação do estado nutricional de crianças e
adolescentes
Fonte: Manual de Orientação – Departamento de Nutrologia
●
72
Figura 36- Índices antropométricos adotados para a vigilância nutricional, segundo
recomendações da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde
4.2.1.1 REPRESENTAÇÃO
4.2.1.1.1 Percentis
Posição do valor de um indivíduo em relação a população de referência, que expressa
qual porcentagem de indivíduos apresenta valores iguais ou menores.
Exemplos:
Uma criança com peso no Percentil 10, tem peso igual ou maior ao de 10% da população
de referência;
Uma criança com a estatura no Percentil 70, tem estatura igual ou maior que a de 70%
da população de referência
4.2.1.1.2 Escore-Z
Desvio do valor de um indivíduo em relação ao valor mediano da população de
referência, dividido pelo desvio padrão.
●
73
Exemplo: Menino de 30 meses; peso: 11,8 kg; Estatura: 86,5 cm
4.2.1.2 Estatura para Idade (E/I)
Reflete o crescimento linear para uma idade específica;
Déficits nesse índice indicam um prejuízo no crescimento de longa duração; Aumento
não significa nenhum risco.
4.2.1.2.1 % Adequação E/I
4.2.1.2.2 Ponto de Corte
Figura 37 - Pontos de corte de estatura-para-idade para crianças (0 a 10 anos)
4.2.1.3 Peso para Idade (P/I)
Avalia o peso em relação à idade cronológica;
Déficit neste índice pode ser resultante de um processo recente ou de longa duração;
Uma criança nos maiores percentis desse indicador pode apresentar riscos à saúde,
embora o IMC/I seja mais adequado para essa avaliação.
●
74
4.2.1.3.1 % Adequação P/I
Relação entre a medida observada e a medida esperada expressa em porcentagem.
Sendo a medida esperada a mediana do grupo avaliado, ou seja, o valor que separa metade
do grupo em uma categoria acima (50%) e outro abaixo (50%).
4.2.1.3.2 Ponto de Corte
Figura 38 - Pontos de corte de peso-para-idade para crianças (0 a 10 anos)
Fonte: SISVAN, 2011
*Índice antropométrico não recomendado para a avaliação do excesso de peso entre
crianças. Esta situação deve ser avaliada pela interpretação dos índices de
peso-para-estatura ou IMC-para-idade.
4.2.1.4 Peso para Estatura (P/E)
Reflete a harmonia do crescimento;
Déficit neste índice pode ser resultante de um processo recente ou de longa duração;
Valores altos deste índice indicam excesso de peso.
●
75
4.2.1.4.1 % Adequação P/E
4.2.1.4.2 Ponto de Corte
Figura 39 - Pontos de corte de peso-para-estatura para crianças (0 a 5
anos*)
Fonte: SISVAN, 2011
*A partir dessa idade, deve ser utilizado o Índice de Massa Corporal para idade para
avaliar a proporção entre o peso e a estatura da criança.
4.2.1.5 IMC para Idade (IMC/I)
- Expressa a relação entre o peso da criança e o quadrado da estatura.
- Utilizado para identificar o excesso de peso entre crianças e adolescentes.
*Para o cálculo do IMC, é utilizada a mesma fórmula de adulto
●
76
4.2.1.5.1 Classificação
Figura 40 - Pontos de corte de IMC-para-idade para crianças menores de 5 anos
Figura 41 - Pontos de corte de IMC-para-idade para crianças dos 5 aos 10 anos
Figura 42 - Classificação do estado nutricional de adolescentes para cada índice
antropométrico, segundo recomendações do SISVAN
●
77
Figura 43 - Quadro resumo das classificações do estado nutricional de crianças menores de
cinco anos para cada índice antropométrico recomendadas pelo SISVAN
Figura 44 - de crianças de 5 a 10 anos para cada índice antropométrico, segundo
recomendações do SISVAN
Fonte: SISVAN, 2011
●
78
Figura 45
●
79
Figura 45.1
Fonte: Manual de Orientação – Departamento de Nutrologia, 2009
4.2.1.6 Padronização para a idade: (SISVAN, 2011)
Para a avaliação dos índices antropométricos da criança é necessário saber com precisão sua
idade em dias ou meses de vida.
As informações nas curvas de crescimento são em meses. A regra de aproximação que deve ser
seguida para as idades não exatas é:
- Fração de idade até 15 dias: aproxima-se a idade para baixo, isto é, o último mês completado.
- Fração de idade igual ou superior a 16 dias: aproxima-se a idade para cima, isto é, para o
próximo mês a ser completado.
EXEMPLO: Eduardo nasceu em 09/07/2004 e Isabela em 06/11/2007. Eles foram a um EAS para
uma consulta de rotina no dia 22/01/2008. Quais as idades que devem ser procuradas nos
●
80
gráficos de crescimento infantil da Caderneta de Saúde da Criança para fazer o diagnóstico
nutricional?
- Eduardo: 3 anos, 6 meses e 13 dias = 3 anos e 6 meses
- Isabela: 2 meses e 16 dias = 3 meses
4.2.1.7 Curvas de referência
Sites onde encontrar
Ademais, em anexo 1 segue as curvas de meninos e meninas
●
81
4.2.1.8 RESUMO
EM RESUMO, OS PASSOS PARA A ANTROPOMETRIA E O DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL
DA CRIANÇA SÃO:
1º PASSO: Calcular a idade em anos completos e meses, fazendo as aproximações necessárias.
2º PASSO: Pesar e medir a criança, utilizando as técnicas e os instrumentos adequados.
3º PASSO: Anotar os dados no formulário da Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN.
4º PASSO: Marcar nos gráficos de crescimento da Caderneta de Saúde da Criança o ponto de
interseção entre o peso e a idade, entre a estatura e a idade, e entre o Índice de Massa Corporal
e a idade da criança. 19 Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em
serviços de saúde
5º PASSO: Calcular o IMC da criança.
6º PASSO: Fazer o diagnóstico nutricional da criança, interpretando cada índice avaliado.
7º PASSO: Verificar a inclinação das curvas de crescimento para complementar o diagnóstico
nutricional.
8º PASSO: Compartilhar com a mãe/responsável o diagnóstico nutricional da criança.
9º PASSO: Fazer a intervenção adequada para cada situação.
10º PASSO: Realizar ações de promoção da saúde. Valorizar o diagnóstico nutricional é ter
atitude de vigilância!
EM RESUMO, OS PASSOS PARA A ANTROPOMETRIA E O DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL
DO ADOLESCENTE SÃO:
1º PASSO: Avaliar o adolescente, considerando sua idade em anos e seu sexo.
2º PASSO: Pesar e medir o adolescente, utilizando as técnicas e os instrumentos adequados.
3º PASSO: Anotar os dados no formulário da Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN.
4º PASSO: Calcular o IMC e fazer o diagnóstico nutricional do adolescente.
5º PASSO: Compartilhar com o adolescente e a mãe/responsável o diagnóstico nutricional do
adolescente.
6º PASSO: Fazer a intervenção adequada para cada situação.
7º PASSO: Realizar ações de promoção da saúde. Valorizar o diagnóstico nutricional é ter
atitude de vigilância!
●
82
4.3 GESTANTE
4.3.1 IMC GESTACIONAL
A avaliação do estado nutricional deve ser feita conforme descrito a seguir:
1. Calcule o IMC da gestante:
Índice de Massa Corporal (IMC)= Peso (kg) Altura² (m)
2. Calcule a semana gestacional:
Atenção: Quando necessário, arredonde a semana gestacional da seguinte forma: 1, 2, 3 dias –
considere o número de semanas completas e 4, 5, 6 dias – considere a semana seguinte.
Exemplo: Gestante com 12 semanas e 2 dias = 12 semanas
Gestante com 12 semanas e 5 dias = 13 semanas
3. Realize o diagnóstico nutricional:
Localize na primeira coluna do quadro a seguir a semana gestacional calculada e identifique,
nas colunas seguintes, a classificação do estado nutricional da gestante, a partir de IMC
calculado.
●
83
Figura 46- Avaliação do estado nutricional da gestante segundo Índice de Massa Corporal por
semana gestacional.
Fonte: SISVAN, 2011
●
84
Depois classificar o estado nutricional da gestante segundo IMC por semana gestacional da
seguinte forma:
Baixo Peso (BP): quando o valor do IMC calculado for menor ou igual aos valores
correspondentes à coluna do estado nutricional de baixo peso.
Adequado (A): quando o IMC calculado estiver compreendido na faixa de valores respondentes
à coluna do estado nutricional adequado. 25 Orientações para a coleta e análise de dados
antropométricos em serviços de saúde
Sobrepeso (S): quando o IMC calculado estiver compreendido na faixa de valores
correspondentes à coluna do estado nutricional de sobrepeso.
Obesidade (O): quando o valor do IMC for maior ou igual aos valores correspondentes à coluna
do estado nutricional de obesidade.
Figura 47 - Classificação do estado nutricional de crianças imediatamente após o nascimento
Fonte: Weffort & Lamounier, 2009
●
85
4.3.2 GANHO DE PESO GESTACIONAL
4. Estime a recomendação do ganho de peso para gestantes:
Em função do estado nutricional pré-gestacional, estime o ganho de peso total recomendado
até o final da gestação, conforme o quadro a seguir.
Para cada situação nutricional inicial (estado nutricional pré-gestacional determinado como
baixo peso, adequado, sobrepeso ou obesidade), há uma faixa de ganho de peso recomendada.
Para o 1º trimestre, o ganho de peso foi agrupado para todo período, enquanto que, para o 2º e
o 3º trimestres, é previsto por semana.
Portanto, já na primeira consulta, deve-se estimar quantos gramas a gestante deverá ganhar no
1º trimestre, assim como o ganho por semana até o final da gestação.
Figura 48 - Ganho de peso (kg) recomendado durante a gestação, segundo o estado nutricional
inicial
Fonte: SISVAN, 2011
●
86
Figura 49 - Avaliação do traçado da curva de acompanhamento do estado nutricional da
gestante, segundo o gráfico de Índice de Massa Corporal por semana gestacional.
*As linhas em azul foram desenhadas aleatoriamente apenas para exemplificar as possíveis
tendências de inclinação das curvas. Fonte: SISVAN, 2011
●
87
4.3.3 RESUMO
EM RESUMO, OS PASSOS PARA O DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DA GESTANTE SÃO:
1º PASSO: Realizar as medidas antropométricas. Pesar a cada consulta e medir a altura na
primeira consulta. No caso de gestantes adolescentes, a avaliação da altura deve ser realizada,
no mínimo, a cada trimestre. Calcular o IMC da gestante.
2º PASSO: Calcular a semana gestacional da mulher grávida.
3º PASSO: Localizar, no eixo horizontal, a semana gestacional calculada e identificar, no eixo
vertical, o IMC da gestante.
4º PASSO: Marcar um ponto na interseção dos valores de IMC e da semana gestacional.
5º PASSO: Classificar o estado nutricional da gestante segundo IMCporsemana gestacional,
conforme legenda do gráfico: BP, A, S, O. No caso de gestantes adolescentes, ver as observações
contidas no quadro apresentado anteriormente.
6º PASSO: Estimar a recomendação do ganho de peso para a gestante.
7º PASSO: A partir da 2ª consulta, ligar os pontos obtidos e observar o traçado resultante. A
marcação de dois ou mais pontos no gráfico (primeira consulta e subseqüentes) possibilita
construir o traçado da curva por semana gestacional. Considere: - traçado ascendente: ganho de
peso adequado; - traçado horizontal ou descendente: ganho de peso inadequado (gestante de
risco).
Fonte: SISVAN, 2011
●
88
REFERÊNCIA
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brasileira de nutrologia, 2015.
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Nutricional. Cap 6. In.Cupparri, L. Nutrição Clínica no adulto. 2ª.
Edição.Manole, 2005
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DÂMASO, A. Nutrição e exercício na prevenção de doenças. Guanabara Koogan, 2012.
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G.M.B & Sawaya, A.L. São Paulo: Saulus Paulista, 2002. Disponivel em:
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Desporto e Saúde Da Fundação Técnica e Científica do Desporto. 4(2): 441-45 Disponível
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Manual de Orientação – Departamento de Nutrologia, 2009. Disponivel em:
<https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/pdfs/MANUAL-AVAL-NUTR2009.pdf>
MELO, A. P. F. et al. Métodos de estimativa de peso corporal e altura em adultos hospitalizados:
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Ministério da Saúde. Disponível em:
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WEFFORT, VRS; LAMOUNIER,JA. Nutrição em pediatria: da neonatologia à adolescência.
Barueri, SP: Manole, 2009.
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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometricos.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometricos.pdf●
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ANEXO 1
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91
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92
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ANEXO 2

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