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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA ANAMNESE Queixa principal; HDA: o Início; o Modo de instalação; o Modo de evolução da doença; o Transtornos paroxísticos (filmar); História pessoal de comorbidades psíquicas; História familiar. IDADE DO PACIENTE - ORIENTAÇÃO DIAGNÓSTICA INFÂNCIA Processos inflamatórios, doenças malformativas. ADULTO Processos desmielinizantes, manifestações epilépticas. IDOSO Doenças vasculares, neoplasias, demências degenerativas. PRINCIPAIS SINTOMAS NEUROLÓGICOS CEFALEIA 1. Distinguir se é secundária ou primária através dos REDFLAGS: a. Primeira ou pior cefaliea da vida; b. Inicio com idade >40-50 anos; c. Progressiva em frequência ou severidade; d. Inicio súbito; e. Inicio rápido após exercícios extenuantes; f. Cefaleia que muda com o decúbito. g. Paciente com história de neo, HIV, uso de imunossupressores, gestante, uso de ACO, anticoagulantes. 2. Modo de inicio (súbito ou gradual); 3. Localização da dor (ocular, retro-ocular, occipital, nucal, frontal, unilateral, difusa); 4. Presença ou não de propagação da dor; 5. Tipo de dor (pulsátil, lancinante, em choque, queimação; 6. Intensidade da dor; 7. Presença de sinais e/ou sintomas associados. 8. Fatores que agravam e aliviam. DOR Colher sempre: caráter, topografia, duração, irradiação, fatores que agravam ou aliviam a dor; 3 tipos de dor: DOR NEUROPÁTICA: localiza-se no território de distribuição de um ou de vários nervos periféricos, sendo as características bem variáveis (queimação, alodínia). DOR RADICULAR: irritação das raízes sensitivas raquianas, sendo caracterizada por ser lancinante ou fulgurante e piorar com o aumento da pressão intrarraquidiana (tosse, espirro, defecação), sinal de lásegue +. DOR CENTRAL: não tem topografia precisa, sendo caracterizada por uma sensação de ardência, prurido ou de picada. DOR TALÂMICA (ocorrer após AVC): queimação, persistente ou intermitente); DOR DO MEMBRO FANTASMA: queimação; CAUSALGIA: após ferimento do n. mediano e fibular. Sendo uma queimação e sinais flogísticos. DOR PSICOGÊNCIA: imprecisa, persistente, não responsiva a tratamentos convencionais para dor, evolução bizarra. DISTÚRBIOS DA SENSIBILIDADE Positivos (sensação anormal e dor); o PARESTESIAS: sensações anormais decorrentes de lesão de nervo periférico ou central (lobo parietal) sendo caracterizada por formigamento, pinicamento. o DISESTESIAS: sensação desagradável determinada por um estímulo não doloroso. Negativos (diminuição ou perda da sensibilidade); o DORMÊNCIA: fraqueza, diminuição ou alteração da sensibilidade. AVALIAR SE DISTÚRBIO DE SENSIBILIDADE: Modo de instalação; Localização; Progressão; Persistente ou episódica. EPILEPSIA E ESTADOS CONVULSIVOS Questionar: Idade de inicio das crises; Frequência das crises; Ritmo horário; Fatores precipitantes; Relação com menstruação; Tratamentos já realizados. Importante saber se houve abalos musculares parciais ou generalizados, presença de cianose, mordedura de língua, liberação do esfíncter vesical, sonolência e confusão no período pós-critico. CRIANÇAS: se a crise ocorreu na vigência de febre. VERTIGEM (REDEMOINHO, TURBILHÃO) Alteração do sentido do equilíbrio: o Instabilidade e de aparente movimento rotatório do corpo (vertigem subjetiva); o Movimento dos objetos que rodeiam (vertigem objetiva). ANAMNESE – VERTIGEM Intensidade do sintoma; Direção do movimento ilusório; Duração do sintoma; Relação da vertigem com a posição da cebeça. Diferenciar: VERTIGEM CENTRAL PERIFÉRICA Sensação insidiosa, não intensa, persistente; Não piora com o mov. Da cabeça; Nistagmo horizontal, rotatório, vertical ou múltiplo, não-esgotável; Associação com sinais/sintomas do SNC: ataxia cerebelar, diplopia, disfagia, disartria. Sensação aguda, intensa e intermitente; Exacerbada pelo movimento da cabeça; Acompanhada de náuseas e vômitos; Pode ter zumbido e perda auditiva; Nistagmo é horizontal e/ou rotatório e esgotável. PARESIAS E PARALISIAS Paralisia ou plegia: perda total dos movimentos; Paresia: déficit parcial. Impotencia funcional: causas extraneurológicas (óssea e/ou articulares) ORIGEM: Central: déficit piramidal ou do primeiro neurônio – tônus aumentado; Periférico: flácidas ou do segundo neurônio – tônus diminuído ou abolido. DISTÚRBIOS DO SONO Insônia: redução do período de sono, acompanhado de sensação de cansaço e privação de sono no período de vigília; o Insônia intermitente: dificuldade em manter o sono por várias horas; o Insônia final: encurtamento do sono, determinado por um despertar precoce. Hipersonia: aumento do período do sono, com encurtamento da vigília. Parassonias: manifestações que aparecem no decurso do sono e cujo significado nem sempre é patológico. HÁBITOS DE HIGIENE DO SONO Regularidade do ciclo sono vigília; Evitar excessos alimentares no jantar; Evitar uso de estimulantes no período noturno; Promover um ambiente silencioso, obscurecido, com boa ventilação. Evitar exercícios físicos próximo ao horário de dormir. DISTÚRBIOS DOS ESFÍNCTERES Nervos parassimpáticos relacionados aos segmentos medulares de S2,S3,S4. Bexiga hipotônica ou atônica: paciente não consegue realizar a micção (micção por regurgitamento). Bexiga hipertônica e hiperrefléxica: paciente se urina (sd pseudobulbares). ANTECEDENTES PESSOAIS Período gestacional; Investigar trauma, DST, doenças, parasitoses, alergias. HAS! Medicações usadas ou em uso; Antecedentes cirúrgicos. Atividade profissional. HÁBITOS DE VIDA Uso de bebida alcoólica; Tabagismo; Uso de drogas ilícitas; Tipo de dieta; Sedentarismo; ANTECEDENTES FAMILIARES Consaguinidade dos pais; Doenças hereditárias; Miopatias, doenças metabólicas, heredodegenerações espinocerebelares. EXAME FÍSICO EXAME FÍSICO GERAL – ECTOSCOPIA Estado de nutrição; Temperatura; Pele e anexos, sistema ósseo, muscular e linfático; Respiração; Pulsos periféricos. Exames dos nervos priféricos (inspeção e palpação): ulnar, fibular, radial, grande articular, supraorbitário, ramos peroneais superficiais. Exame do crânio: simetria, tamanho (macrocrania, microcefalia), deformidades (cranioestenoses), proporção craniofacial (distoses craniofaciais – escafocefalia, oxicefalia- hidrocefalias), depressão óssea, encefaloceles ou meningoencefaloceles², sinal do pote rachado e do sol poente¹ (hidrocefalias), presença de sopros a ausculta. ¹ ² Pescoço: implantação de cabelos, presença de desvio ou o pescoço curto; Coluna vertebral: deformidades, desvios, gibosidade, meningoceles, alterações sugestivas de espinha bífida oculta (hipertricose sacra, cisto pilonidal) contraturas musculares, dor a pressão das apófises, desvios da coluna. Extremidades distais: tamanho, simetria, presença de edema. EXAME FÍSICO DOS APARELHOS- QUAIS FAZER? 1. Exame físico cardiovascular: ausculta, medir PA nos dois membros superior, palpar e auscultar os vasos do pescoço, veririfca isocronismo dos pulsos radiais. 2. Se processo inflamatório do SNC: procurar focos infecciosos (otite, mastoidites, sinusites, fraturas de crânio, osteomielite). 3. Tumores intracranianos que comprometem função do eixo hipotálamo-hipofisário: fazer exame endocrinológico rigoroso (obesidade, amenorreia, galactorreia, hipertricose, puberdade precoce, acromegalia), palpar tireoide. 4. Exame físico do aparelho gastrintestinal; 5. Investigação de distúrbios metabólicos. FÁCIES, ATITUDE E MARCHA FÁCIES Em um primeiro contato com o paciente podemos observar a expressão emocionalestampada na mímica facial: ansiedade, apatia ou tristeza, indiferença ou euforia, labilidade emocional, olhar inexpressivo (demência). Fácie inexpressiva, fixidez do olhar, diminuição do piscamento ocular, diminuição ou abolição da mímica facial (hipomimia ou amimia), boca entreaberta -> mascara parkinsoniana. Boca entreaberta, hipersalivação, riso estereotipado, trismo, crises de choro e riso espasmódico -> fácies wilsoniana (degenração hepatolenticular). Fácies imóvel, monótona, labilidade emocional -> quadros pseudobulbares (Sd. Lacunares). Caretas, desvio dos lábios, portusão da língua -> atetoses. Assimetria da face, lagoftalmo, epífora, repuxamento da boca para um lado, apagamento do sulco nasolabial no lado comprometido -> paralisia facial periférica unilateral. Fácies amímica ou hipomimica, fendas plapebrais aumentadas e imobilidade dos lábios -> diplegia facial. Assimetria da face por atrofia de toda a metade -> hemiatrofia facial. Ptose palpebral com estrabismo (paciente hiperestende a cabeça para enxergar) -> miastenia grave. ATITUDE Inspeção dos segmentos corporais; Aspecto do paciente sentado, em pé; Deformidade corpórea evidente: cifose, pescoço curto, escoliose, torcicolo, pé cavo com dedos em martelo. DOENÇAS MUSCULARES Distrofia muscular progressiva: escapula alada, lordose lombar, atrofia, abdome proeminente, pseudohipertrofia das panturilhas, forma de levantar diferente (subir sobre si mesmo – levantar miopático). Hipotonia muscular da infancia: atitude semelhante a boneca de trapo (criança não sustenta a cabeça e não fica sentada). NEUROPATIAS PERIFÉFICAS Mão pendula -> paralisia radial; Mão simiesca -> paralisia do nervo mediano; Mão em garra -> paralisia ulnar; Pé equina -> paralisia do nervo fibular; Escoliose antálgica -> lombociatalgia; Rotação externa do pé -> hemiplecia flácida; Pé torto congênito. SÍNDROMES MENÍNGEAS Rigidez da nuca; Opistótono; LESÕES DOS CORDÕES POSTERIORES Ataxias sensitivas: paciente em posição ortostática apresenta base alargada, olhar fixo no chão e genu recurvatum. LESÕES DO TRONCO DO ENCÉFALO Membros superiores assumem atitude flexora (?); LESÕES VESTIBULOCEREBELARES Ataxias cerebelares: base alargada, corpo oscilante e dança dos tendões nos pés. LESÕES EXTRAPIRAMIDAIS Parkinsonianos: postura rígida, cabeça e tronco ligeiramente fletidos, braços acolados ao tronco com os antebraços e joelhos semifletidos; Coreias: movimentos involuntários anormais. MARCHA Melhor maneira de avaliar a marcha é observar o modo espontâneo de caminhar do paciente. Mas podemos solicitar que: Paciente acelere ou lentifique os passos; Ande de olhos fechados; Ande sobre a ponta dos pés ou sobre os calcanhares. Andar de lado e para trás; Andar com um pé acolado ao outro (marcha do funâmbulo). TIPOS MAIS COMUMS DE MARCHA PATOLÓGICA: MARCHA ESPÁSTICA Marcha ceifante ou felicópode. Pé toca o solo pela borda lateral e ponta (desgaste do sapato na porção lateral e bico). Marcha laboriosa, provoca cansaço, comparado ao ato de caminhar contra a correnteza. MARCHA ATÁXICA DA SD. CORDONAL POSTERIOR (ATAXIA SENSITIVA) Paciente caminha olhando para o solo, procurando regularizar os movimentos incoordenados dos MMII através do controle visual (paciente não tem informações proprioceptivas das sensibilidades profundas). Marcha insegura, passos desordenados, piora ou é impossível com olhos fechados. MARCHA ATÁXICA DA SD. CEREBELAR Ampliação da base de sustentação; Posição ereta pode ter oscilações do corpo e aparecer a dança dos tendões do dorso do pé. Paciente apresenta tendência a queda para qualquer direção. Paciente anda como se estivesse embriagado. MARCHA PARÉTICA – NEU. MOTOR PERIF. Comprometimento do N. Fibular: flacidez da perna, déficit na dorsiflexão do pé (marcha escarvante) Nervo tibial: paciente fica incapaz de andar na ponta do pé e subir escadas. MARCHAS NAS AFECÇÕES EXTRAPIRAMIDAIS Doença de Parkinson; Caráter da marcha é em bloco, cabeça e tronco inclinados para frente, passos curtos, marcha vagarosa. Doença avançada: dificuldade de andar. MARCHA MAGNÉTICA/APRÁXICA Parecem que estão presos no solo; Patologias bilaterais do lobo frontal, hidrocefalia, dist. demenciais progressivos. MARCHA INSTÁVEL DO IDOSO Idosos se queixam de insegurança ao andar e referem o medo de cair, pode ser devido a redução de estímulos sensitivos e sensoriais de vários sistemas aferentes, mesmo sem anormalidade do exame neurológico. MARCHA MIOPÁTICA/ANSERINA Atrofia dos músculos da cintura pélvica, marcha com afastamento das pernas, lordose exagerada, movimentos oscilatórios da bacia. Marcha anserina. MARCHAS DO TIPO MISTO Compromete mais de uma estrutura nervosa. MARCHA HISTÉRICA Aspectos extravagantes; Camptocormia (paciente com tronco fletido para frente, quase um ângulo de 90 graus com a bacia). EQUILÍBRIO Estruturas que participam da manutenção do equilíbrio: Sistema motor; Sensibilidades proprioceptivas; Aparelho da visão; Sistema vestibular: o Trato vestibuloespinhal (contração tônica dos muculos antigravitários) Cerebelo: o Vermis (presidi a coordenação da musculatura axial do corpo). EXPLORAÇÃO 1. Observar equilíbrio estático e dinâmico. 2. Sinal de Romberg: paciente ereto, pés unidos e olhos fechados (+ -> pacientes com distubio das sensibilidades profundas conscientes). 3. Sinal de Romberg sensibilizado: pedir para o paciente colocar um pé na frente do outro ou ficar em um só pé. SISTEMA MOTOR Comandado pelo sistema piramidal (via corticospinal/corticonuclear); o ORIGEM DA VIA: córtex do lobo frontal, constituído por células piramidais (de Betz) da área 4 de Brodmann. Bineuronal: primeiro neurônio termina nos cornos ANTERIORES da medula espinhal e núcleo dos nervos cranianos motores de onde começa o segundo neurônio ou neurônio motor periférico. Homúnculo de Penfield (organização da área motora cortical): Os axônios da via piramidal descem passando pelo centro oval -> capsula interna -> tronco encefálico. No tronco encefálico ele distribui fibras paras os núcleos dos nervos cranianos motores (fibras corticonucleares). No bulbo espinhal essa via piramidal segue duas rotas: 1. Algumas se crusamna decussação piramidal; 2. Outras passam direto. As fibras se dirigem para o CORNO ANTERIOR (feixe corticospinal), de onde emerge o neurônio motor periférico. MOTRICIDADE AUTOMÁTICA Sistema extrapiramidal; Núcleos da base: o Neostriado: lesão determina hipercinesia e hipotonia muscular (coreia de Sydenham). o Paleostriado (movimentos automáticos primários): lesão leva a redução ou perda dos movimentos automáticos primários e por rigidez muscular ou hipertonia plástica (Sd. Parkinsonianas). TRANSTORNOS DA MOTRICIDADE Tem como característica dois tipos de sintoma: Primários ou diretos (consequência imediata da lesão): são geralmente negativos (paresia ou parilisia, hiporreflexia, hipotonia, acinesia e apraxia); Secundários ou indiretos: liberação entre centros motores associados, geralmente são positivos. MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA INVESTIGANDO TÔNUS Movimento passivo, comparando um lado com o outro. Palpação para investigar hipertonia. MOVIMENTOS ATIVOS Solicitar que o paciente realize todos os movimentos possíveis nos diferentes segmentos do corpo, devendo avaliar: o Mobilidade, velocidade, habilidade, energia, amplitude. o REALIZAR DE MANEIRA SISTEMATICA E COMPARATIVA. FORÇA MUSCULAR Escala de quantificação da força muscular: MANOBRAS DEFICITÁRIASMANOBRA DOS BRAÇOS ESTENDIDOS Paciente sentado ou de pé deve manter seus membros superiores na posição de juramento, com os dedos afastados uns dos outros. Depois de 30s a 1 min o membro parético tende a abaixar-se. Deve ser realizada com os olhos abertos e depois fechados. MANOBRA DE RAIMISTE Paciente em decúbito dorsal, antebraços fletidos sobre os braços e mãos estendidas com dedos separados. + se mãos e antebraço do lado comprometido cair sobre o tronco de modo rápido ou lento. MANOBRA DE MINGAZZINI (DEFICIT DO QUADRICEPS, PSOAS) Paciente em decúbito dorsal flete as pernas sobre as coxas e estas sobre a bacia. Há déficit quando o paciente não consegue manter por muito tempo, surgindo oscilações e/ou queda da pena, da coxa ou de ambos os segmentos. MANOBRA DE BARRÉ (DÉFICT MM. FLEXORES DA PERNA) Paciente em decúbito ventral, pernas fletidas formando um ângulo de 90 com as coxas. PROVA DA QUEDA DO MI EM ABDUÇÃO Paciente em decúbito dorsal com as pernas fletidas. É + se houver queda das pernas em abdução. Pode ser feito em pacientes comatosos superficialmente ou em vigília. COORDENAÇÃO MUSCULAR Cerebelo o Arquicerebelo: regula equilíbrio; o Paleocerebelo: regula motricidade automática, tônus postural e cinético; o Neocerebelo: regularia a motricidade voluntária. EXPLORAÇÃO DO CEREBELO DANÇA DOS TENDOES DO DORSO DO PÉ Pacientes cerebelopatas não possuem sinal de romberg, mas com as bases alargadas apresentam um instabilidade postural, não piora com olhos fechados. PROVA DO COPO D’AGUA Solicita-se que o paciente pegue um copo com água em cima de uma mesa. Poderemos observar uma incoordenação bem evidente. PROVA ÍNDEX-NARIZ Tocar a ponta do nariz com a ponta do dedo indicador. Deve-se realizar a prova, inicialmente, com os olhos abertos e, posteriormente, fechados. Ataxia piora com os olhos fechados. Pode-se utilizar variantes da prova: Index-index; Index-nariz do examinador; Index-lobo da orelha. PROVA DO CALCANHAR-JOELHO Solicitar que o paciente, em decúbito dorsal e pernas estendidas, toque o joelho com a ponta do calcanhar do lado oposto. Após isso, solicitar que ele deslize o calcanhar ao longo da crista da tíbia. PROVA DOS MOVIMENTOS ALTERNATIVOS DIADOCOCINESIA Solicitar que o paciente estenda os antebraços e mãos e efetue, na maior velocidade possível, os movimentos de pronação e supinação (bater na coxa). No individuo cerebelopata o movimento é mais lento no lado afetado ou mal executa ou impossível de ser realizado (adiadococinesia). Com os pés também. PROVA DE STEWART-HOLMES (RECHAÇO) Solicitar que o paciente faça flexão do antebraço contra a resistência. O examinador vai diminuindo a força aplicada aos poucos. Nos cerebelopatas não conseguem controlar o movimento se chocando violentamente com a região peitoral. PROVA DA ASSINERGIA TRONCO-MEMBROS (SENTAR) Solicitar que o paciente sente-se mantendo as mãos na região peitoral. + quando não consegue, ficando igual uma gangorra. DISTURBIOS DO MOVIMENTO – ATAXIA o Dismetria: prova índex-index mal feita; o Hipometria: o dedo pega antes do nariz; o Hipermetria: o dedo pega depois. ATAXIA SENSITIVA: depende de envolvimento das estruturas sensitivas profundas (propriocepção). Sinal de romberg +, índex- nariz, calcanhar-joelho +. ATAXIA CEREBELAR/MOTORA: pode ter ataxia axial ou do tronco (paleocerebelo) e ataxia apendicular (dismetria, adiadococinesia, tremor cinético). ATAXIA CEREBELAR: pode ter vertigem, nistagmo, romberg esteriotipado, desvios na marcha. Pacientes possuem uma fala partida, diferente de guagueira. TRANSTORNOS DO MOVIMENTO Positivos – hipercinesia; Negativos – hipocinesia; o Bradicinesia – lentidão dos movimentos Caracterizar quando: forma, regularidade, frequência, velocidade, ritmicidade, localização, amplitude, influencia de estímulos, circunstância do aparecimento. Ocorrem com maior frequência nos gânglios da base (sistema extrapiramidal). TREMORES Oscilações rítimicas, involuntárias que envolvem todo ou parte do corpo em torno de sua posição de equilíbrio, é resultante de contração alternada de grupamentos musculares opostos. Tipo mais comum dos distúrbios do movimento. Pode-se classificar os tremores como: 1. De repouso (parkinsoniano): movimento ritimico, lento, mais comum nas mãos; 2. Postural; a. Tremor essencial: mãos, bilareal, sendo o tipo mais comum de tremor. b. Tremor provocado por drogas (ATD, lítio, ANTC, álcool). 3. Cinético; a. Tremor rubral: grosseiro, batimento de asas, rítmico. b. Asteríxis: lapos arrítmicos. 4. Misto. O que fazer? Exame do segmento interessado na posição de repouso; Provas que possam evidenciar as oscilações (prova dos braços estendidos, prova de oposição dos indicadores); Execução de movimentos voluntários (prova índex-nariz); Observar tremor de pés colocando as pernas perduradas. MOVIMENTOS COREICOS Movimentos sem finalidade aparente, desordenados, irregulares, bruscos, breves e arrítmicos. Importante colher: Idade de inicio; Modo de instalação; Tempo de evolução; História familiar; Manifestações associadas. MOVIMENTOS ATETÓTICOS Movimentos lentos, ondeantes, irregulares e arrítmicos, sucedendo-se quase continuamente. Localizam-se nas extremidades distais dos membros, podendo atingir extremidade cefálica e pescoço. Movimentos bizarros com as mãos, dedos, torção, caretas, protusão da língua. BALISMO Grande amplitude, abruptos, contínuos, rápidos, rítmicos, capazes de arremessar o membro em diversas direções. DISTONIA Contrações musculares lentas e intensas, podendo produzir torção do tronco, pescoço, cabeça. Os doentes possuem atitudes grotescas e bizarras. É propiciada por marcha, atitude ereta, emoções, fadiga. MIOCLONIAS Abalo muscular brusco, breve e involuntário. Podem ser de 3 tipos: 1. Elementar: contração de um músculo, sendo a contração visível. 2. Complexa ou segmentar (clonia): contração de um músculo pode ser sincrônica com a de músculo funcionalmente sinérgico, podendo levar a movimentos bruscos de um segmento. 3. Maciças: pode até arremessar um paciente de uma cadeira. Podem ser fisiológicas ou patológicas: FISIOLÓGICAS: mioclonias do sono (sobressalto), soluço (contração do diafragma). PATOLÓGICAS: o Essencial: sem manifestação neurológica associada; o Epilépticas o Sintomáticas: encefalopatias, doença de Wilson. ESPASMO TETÂNICO Predomina na musculatura distal das extremidades (espamo carpo-pedal), podendo ser provocada por hipercalcemia e/ou alcalose. o Sinal do Trousseau: compressão do braço, aspecto de mão de parteiro. o Sinal de Chvostek ESPASMO HEMIFACIAL Contrações involuntárias da musculatura facial, podendo envolver uma hemiface, podendo iniciar no músculo orbicular das pálpebras (blefarospasmo) e/ou músculos da comissura labial. Quando a causa não é definida: espasmo facial idiopático. CRISES OCULÓGIRAS Espasmos tônicos na musculatura ocular extrínseca, os olhos podem ser desviados em qualquer direção, sendo mais frequente o desvio para cima. Metoclopramida e bromoprida podem levar a esse desvio. CÃIBRAS Espasmos musculares dolorosos que costumam ocorrer em resposta a uma forte contração de um músculo já encurtado, sendo aliviada por manobras que produzem estiramento do músculo acometido. Frequentemente associadas a fadiga e depleção de potássio. TIQUES Movimentos involuntários rápidos, súbitos, recorrentes, não rítmicos e estereotipados. PERNAS INQUIETAS Necessidade imperiosa de movimentar as pernas, acentuada por atividades que exigem postura mais ou menos fixa do indivíduo. DISCINESIA TARDIA Provocadapor fármacos, principalmente neurolépticos. Movimentos mastigatórios, abertura forçada da boca, enrolamento da língua, estalos ou súbita retração dos lábios, movimento de sucção, movimento de beijar ou fazer bico. ACATISIA (NECESSIDADE DE SE MOVIMENTAR) Paciente tem toque para se movimentar, senta e se levanta, geralmente ocorre em pacientes com altas doses de neurolépticos de depósito. Pode ocorrer na doença de Parkinson. FASCICULAÇÕES Contrações involuntárias visíveis durante o repouso. Não provoca deslocamento dos segmentos corpóreos. Traduzem patologias do neurônio motor periférico. CONVULSÕES Inicio súbito, caráter Tonico-clonico e tendência a recorrência; TIPO GRANDE MAL: perda súbita da consciência seguida de contração Tonica generalizada, com os MMSS flexionados e MMII estendido. Pode existir relaxamento do esfíncter vesical e salivação abundante e espumosa. REFLEXOS Resposta motora ou secretora a um estímulo adequado, externo ou interno. REFLEXO ESTILORRADIAL (BRAQUIORRADIAL): C5 – C6, C7-C8, T1. Percute-se a apófise estiloide do rádio podendo obter como resposta flexão e ligeira pronação do antebração e contração dos flexores da mão e dedos. REFLEXO PRONADOR:C6-T1. Percute-se a apófise estiloide da ulna, obtendo-se a pronação da mão. REFLEXO BICIPITAL: C5-C6. Percussão do tendão distal do bíceps, com interposição da mão do examinador. Reposta: flexão e supinação do antebraço. REFLEXO TRICIPITAL: C6-C8. Percussão do tendão distal do tríceps obtendo a extensão do antebraço. REFLEXO PATELAR: L2-L4. Paciente sentado, pernas pendentes ou cruzadas. Percussão do tendão rotuliano levando a extensão da perna pela contração do quadríceps femoral. REFLEXO AQUILEU: L5-S2. Percussão do tendão de Aquiles com extensão do pé sobre a perna. REFLEXOS EXTEROCEPTIVOS Cutâneo-abdominal (t6-t12); Cremastérico (L1-L2) Sinal de Babinski (extensão lenta do hálux – lesão piramidal). REFLEXOS MUCOSOS Reflexo corneano: estimulação da córnea com mecha de algodão, obtem-se como resposta a contração do músculo orbicular das pálpebras (via afarente – nervo trigêmeo e via eferente- nervo facial). Reflexo velopalatino (ou do véu): estimulação por meio de espátula ou contonete provoca retração da úvula e elevação do palato mole. (via aferente – nervo glossofaríngeo e via eferente nervo vago). REFLEXOS VISCEROCEPTIVOS S2,S3,S4; Lesão central alta: bexiga é hiperreflexa (micção imperiosa e bexiga automática); Lesão medular: bexiga retencionista (hiporeflexa e hipotônica). SINCINESIAS Movimentos involuntários provocados pela realização de atos voluntários. Existem 3 tipos: Sincinesias de imitação; Sincinesias de coordenação; Sincinesias globais. TÔNUS MUSCULAR Estado de tensão permanente dos músculos, dependente de vários fatores de ordem física e outros nervosos. Lesão de estrutura inibitórias (paleocerebelo, núcleos da base)-> hipertonia; Lesão de estruturas facilitadoras (neostriado, ponte, mesencéfalo, diencefalo) > hipotonia. 3 tipos de tônus: Repouso: tônus residual. Postural: determina manutenção de atitudes. Cinético: durante execução do movimento. EXPLORAÇÃO DO TONUS MUSCULAR Inspeção: músculos hipotônicos se achatam facilmente sobre o leito. Observar de forma comparativa. Palpação: consistência muscular (aumentada ou diminuída) Percussão: percussão do músculo pode levar a contração anormal prolongada do local percutido. Movimentação passiva: avalia passividade e extensibilidade. o Hipotonia: redução da resistência aumento da amplitude. o Hipertonia: aumento da resistência e redução da amplitude. Balanço passivo das articulações. Descartar lesões articulares e ósseas ou ligamentares que podem estar comprometendo o movimento. PROVAS DE AVALIAÇÃO DO TONUS MUSCULAR PROVA DA QUEDA DA CABEÇA Paciente em decúbito dorsal, sustentamos a cabeça e depois relaxamos a sustentação: Ligeira queda; Ou paciente continua na mesma posição. MOVIMENTO DE PÊNDULO DAS PERNAS Paciente sentado e inteiramente relaxado com as pernas pendendo livremente. O examinador deve levantar as pernas e depois solta-las. PROVA DA EXTENSIBILIDADE DOS MMSS Paciente em ortostase e relaxado, examinador báscula a bacia a ponto de provocar movimento dos membros. SINAIS MENINGORRADICULARES Processos irritativos das meninges (inflamatórios, infecciosos, hemorrágicos, químicos) podem levar a síndrome meningeas, sendo a mais comum a meningite aguda causada por bactérias e vírus. Síndrome meningorradicular: rigidez da nuca, nucalgia,sinal de Kernig,Brudzinski,fotobia,perda da consciência, confusão mental. RIGIDEZ DE NUCA Resistência a flexão passiva da cabeça. Pode referir dor; SINAL DE BRUDZINSKI Tentativa de flexão passivada nuca determina flexão involuntária das pernas e coxas. Na síndrome radicular podemos realizar: Lasegue: flexão do quadril com perna extendida. Kerning, Brudzinski para evidenciar a dor; Manobra de Valsalva: aumento da pressão liquórica, que leva a compressão no nível das raízes envolvidas. SINAL DE LASÉGUE Paciente em decúbito dorsal, faz-se flexão passiva da coxa sobre a bacia, mantendo o membro estendido. Podendo aparecer dor no trajeto do ciático. Pode ser sensibilizada pela flexão dorsal do pé (Variante de Gowers). OUTROS SINAIS Neri: paciente sentado, flexão passiva da nuca, dor no trajeto ciático. Naffzziger: compressão das jugulares, paciente refere dor no trajeto do ciático. Lhermitte: paciente em decúbito dorsal, fazendo uma flexão do pescoço.Refere sensação de choque elétrico percorrendo a coluna vertebral. SÍNDROMES MOTORAS CENTRAIS SÍNDROMES PIRAMIDAIS Traduzem déficits motores que interferem na execução dos movimentos e não sobre os músculos. Pode ocorrer de duas formas: INSTALAÇÃO SÚBITA: primeiro tem-se déficit motor, hipotonia muscular e arreflexia profunda (sd. Piramidal deficitária) e depois a sd. Piramidal de liberação (hiper-reflexia, abolição dos reflexos cutâneos abdominais, espasticidade muscular, babinski). INSTALAÇÃO GRADUAL: liberação piramidal desde início (fase espástica). HEMIPLEGIA – PARALISIA DA METADE DO CORPO 1. Hemiplegia cortical: lesão da área motora, sendo menos extensa. 2. Hemiplegia subcortical: lesão do centro oval, sendo nítido o predomínio do déficit motor num dos membros. 3. Hemiplegia capsular: mais frequente, geralmente de causa vascular. Geralmente determinam hemiplegias maciças, podendo comprometer o tálamo (distúrbios sensitivos). 4. Hemiplegia talâmica: geralmente é menos intensa, sendo mais predominante o distúrbio sensitivo. 5. Hemiplegias alternas: envolvimento da via piramidal em nível do tronco encefálico. Caracterizada por paralisia de um hemicorpo (contralateral a lesão) e pelo déficit de um ou mais nervos cranianos (homolateral a lesão). 6. Hemiplegias pedunculares: a. Sd. De Weber: paralisia do III nervo no lado da lesão + hemiplegia completa contralateral. b. Sd. Benedikt: ataxia, tremor, anestesia, déficit no hemicorpo contralareal e paralisia do III nervo do mesmo lado. c. Sd. Foville peduncular: hemiplegia completa contralateral à lesão + paralisia do olho para o lado hemiplégico. 7. Hemiplegias pontinas: a. Sd. Foville pontina superior: paralisia conjugada dos olhos é para o lado da lesão. b. Sd. Foville pontina inferior: doente contempla de modo parcial; c. Sd. Millard-Gluber (lesão do pé da ponte): hemiplegia incompleta contralateral á lesão + paralisia facial periférica e paralisia do abducente do mesmo lado da lesão. 8. Hemiplegias bulbares: ausência do comprometimento do nervo facial. Lesão daporção ventral do bulbo determina HEMIPLEGIA CONTRALATERAL + PARALISIA DO NERVO HIPOGLOSSO IPSOLATERAL (língua do doente exteriorizada se desvia para o lado da lesão). 9. Hemiplegia espinhal: lesões localizadas acima do espessamento cervical da medula espinhal, apresentando a partiularidade de ser direta (via piramidal já se decussou no bulbo) e respeitar a face. PARAPLEGIA – PARALISIA DE DOIS MEMBROS HOMOLÓGOS Braquial – MMSS; Crural – MMII. Paraplegias determinadas por lesão do neurônio motor periférico são sempre FLÁCIDAS. Dois tipos de paraplegia: Em extensão: preservação de mecanismos posturais (músculos extensores). Em flexão: reflexos nociceptivos (Cutanea) predominam (músculos flexores). Sinal de babinski é a primeira manifestação. TETRAPLEGIA Paralisia dos 4 membros (lesão a nível de cervical). MONOPLEGIA Paralisia de um só membro. SÍNDROMES EXTRAPIRAMIDAIS SÍNDROME NIGROSTRIADA Mais comum; Depende de alterações da via dopaminérgica nigrostriatal: Sd. Parkinsoniana (acinesia (redução da quantidade de movimento) e bradicinesia (lentidão na execução do movimento)), paciente tem probreza dos mov. Voluntários, tendo marcha e fácies típicas, rigidez plástica, tremor de repouso. SINDROME NEOSTRIADA (COMPLEXO PUTAMINOCAUDADO Movimentos coreicos e de hipotonia muscular. SINDROME CEREBELAR Paleocerebelo: equilíbrio na posição de pé e na marcha; Neocerebelo: centro cinético, coordenação dos movimentos voluntáiros. Principais causas da síndrome cerebelar: tumores, doenças desmielinizantes, degenerações espinocerebelares, infecções, distúrbios vasculares. SÍNDROMES MOTORAS PERIFÉRICAS Fibras nervosas motoras periféricas: células da ponta anterior da medula, raízes ventrais, plexos e nervos periféricos. Paciente com comprometimento apresenta: déficit motor (paresia ou paralisia), arreflexia profunda, hipotonia e atrofia muscular. Paralisia flácida e com abolição de todos os tipos de motricidade (voluntária, automática e reflexa). Nervos Cranianos 12 pares; Independentes (não formam plexos) Doença que acomete o núcleo, LOCALIZAÇÃO DOS NÚCLEOS: MESENCEFALO: oculomotor e troclear. PONTE: Trigêmeo, óculo motor e facial -> ponte BULBO: olfatório e outros... NERVO OLFATÓRIO I É mais um trato nervoso exteriorizado do córtex cerebral (rinencéfalo) do que um nervo craniano propriamente dito. Aplicam-se substâncias conhecidas com olhos fechados em cada narina (hortelã, evitar ácidos, pode usar orégano, café); COVID: anosmia e hiposmia. Parosmia -> Cacosmia -> odor desagradável. Ex.: pacientes com epilepsia (aura olfatória, aura de enxaqueca e aura de epilepsia (cheiro de borracha queimada). NERVO ÓPTICO II Prolongamento do cérebro anterior (não é um nervo propriamente dito). EXPLORAÇÃO DO NERVO ÓPTICO Se faz por: 1. Medida da acuidade visual; a. Pedir que o paciente leia tipos pequenos de letras (35 CM AFASTADO DO ROSTO, USAR A TABELA VISUAL); b. Solicitar que o paciente leia algum papel c. Contar dedos. i. Ambliopia: redução da visão; ii. Amaurose: abolição da acuidade visual. DOENÇA: neurite,esclerose, amaurose múltipla. 2. Avaliação dos campos visuais; Campo visual é o espaço dentro do qual um objeto pode ser visto enquanto o olho é fixado em determinado ponto. a. Podemos pedir para o paciente tampar um olho e depois o outro; b. Mover um objeto em todos os setores. 3. Fundos oculares. a. Cor da papila (objetivo de ver a papila); b. Bordas do disco capilar. c. Vasos (Artérias e veias) que emergem no centro da papila. OBS: Calibre das artérias são menores que os das veias. Responsividade das pupilas – reflexo fotomotor: direto e consensual: o Via eferente: terceiro nervo (contrai pupila); o Via aferente: não enxergar a luz – segundo nervo. NÃO REAGENTE – PENSA EM SEGUNDO NERVO, TESTA NO OUTRO OLHO PARA SABER SE HÁ LESÃO DO TERCEIRO NERVO. ALTERAÇÕES Hemianopsia: metade do campo visual dos dois olhos. o Homonimas: falha atinge o campo temporal de um lado e o nasal contralateral. o Heteronimas: defeito compreende ambos os campos temporais ou nasais. Quadrantanopsia: defeito em um quarto do campo visual. Lesões quiasmáticas: hemianopsias bitemporais. Lesão da região retroquiasmática: hemianopsias homônimas. OBS: uma lesão a direita determina uma hemianopsia esquerda e vice-versa. Edema de papila: intumescimento da papila (resultante de HIC), bordas borradas, veias engurgitadas, desaparecimento do pulso venoso. OCULOMOTOR III Apresenta fibras com função motoras e autonômicas (dois núcleos, núcleo óculo motor e de Edinger-Westphal respectivamente); Inervam os músculos extrínsecos do globo ocular: reto superior, reto medial, reto inferior, obliquo inferior, elevador da pálpebra superior. Fibras autonômicas: inervam o músculo constritor da pupila (esfíncter da pupila). Núcleos estão no mesencéfalo. NERVO TROCLEAR (IV) Inerva o músculo obliquo superior do olho. Localizado no pedúnculo cerebral. ABDUCENTE VI Inerva o músculo reto lateral. Nucleo na ponte. MOVIMENTO OCULAR Um défict nos músculos extrínsecos oculares (paresia ou paralisia) pode velar ao ESTRABISMO, consequentemente ele apresenta DIPLOPIA (imagem dupla) porque a imagem apanhada pelos olhos não se sobrepõem: Se o desdobramento da imagem se faz no sentido HORIZONTAL -> déficit nos músculos responsáveis pela lateralidade ocular (DIPLOPIA HORIZONTAL). DIPLOPIA VERTICAL: déficit nos músculos abaixadores ou elevadores do globo ocular. Solicita que o paciente acompanhe seu dedo em várias direções de forma oblíqua. ORIGEM DO MOVIMENTO OCULAR REAÇÕES RELFEXAS: o reflexo óculo-cefalico (olhos de boneca) e o nistagmo vestibular; REAÇÕES AUTOMÁTICAS: movimentos rápidos dos olhos quando há alguns estímulos visuais, ou movimentos lentos de acompanhamneto (integradas no cortex occipitoparietal). MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS: regulados pelo centro oculógiro central do lobo frontal. III NERVO: movimento de convergência ocular (quando um objeto aproxima: reflexo de acomodação, convergência e constrição pupilar). EXPLORAÇÃO DOS 3 NERVOS OCULOMOTORES (III, IV, VI) Solicita-se que o paciente acompanhe o dedo do examinador que se desloca nas direções fundamentais: Reflexo de acomodação e convergência (aproximar um lápis do olho); Reflexo fotomotor: incidir luz obliquamente, testando os dois olhos. Motricidade – faz um ateriscico Motricidade istrinseca – convergência - aproximidade ALTERAÇÕES DO MOVIMENTO OCULAR ALTERAÇÕES DO III NERVO: PTOSE PALPEBRAL (Paralisia do músculo elevador da pálpebra superior); ESTRABISMO DIVERGENTE (globo ocular desviado para fora pelo predomínio do reto lateral (VI)). Movimentos de adução e abaixamento do globo ocular estão comprometidos (falta de função do m. reto medial, superior e inferior). Midríase; Reflexo fotomotor (diminuído ou abolido). ALTERAÇÕES DO IV NERVO: Paralisia do troclear isolada é RARA, geralmente ta associada a paralisia do III. ISOLADO: diplopia é máxima ao olhar para baixo e para o lado contralateral a lesão, paciente tenta inclinar a cabeça para o lado sadio na tentativa de corrigir a diplopia. Lesão ocorre mais em traumatismo craniano. ALTERAÇÕES DO VI NERVO: Paralisia do abducente é a mais comum: o Estrabismo convergente pelo predomínio do músculo reto medial, fica impossível deslocar lateralmente o globo ocular. ALTERAÇÕES DO MOVIMENTO CONJUGADO Regidos por centros supranucleares; Paralisia de função: o Compromete área oculogira cortical: paciente desvia para o ladoda lesão; o Alterações irritativas (epilepsia): ocorre desvio para o lado oposto da lesão. Paralisia conjugada é sempre lesão do SNC. ALTERAÇÃO DA MOTRICIDADE PUPILAR ANISOCORIA: desigualdade do diâmetro pupilar. Lesão do nervo III: midriase. Lesão do III nervo (vias eferentes): fotomotor direto abolido e o consesual preservado. NERVO TRIGEMEO V Misto: o Fibras motoras: músculos da mastigação; o Fibras sensitivas: face e parte do crânio. Nucleo na ponte. PORÇÃO SENSITIVA Principal nervo responsável pela sensibilidade superficial da cabeça, sendo também responsável por parte da sens. profunda. A propiocepção deriva de impulsos nos músculos da mastigação, mímica, língua e art. Temporo- madibular. Fibras do ramo mandibular: dois terços anteriores da língua. EXPLORAÇÃO Pedaço do algodão testando comparando os lugares. Testar sensibilidade ao calor, frio, dor, tato e pressão. PACIENTE FECHA OS OLHOS. PORÇÃO MOTORA Ponto; Inerva músculo masseter, temporal, pterigoideo externo e interno, milo-hioideo e ventre anterior do digástrico. EXPLORAÇÃO Musculos mastigadores; Palpação; Solicitar que o paciente morda um abaixador da língua; Abertura da boca (mandíbula desvia para o lado da lesão) NERVO FACIAL(VII) Apresenta funções motoras, sensitivas, sensoriais e autonomicas; Nucleo motor -> ponte. 2/3 anteriores da língua. PORÇÃO SENSITIVA Sensibilidade gustativa dos dois terços anteriores da língua é de responsabilidade do nervo facial (função sensorial – bulbo). Sensibilidade do ouvido... PORÇÃO MOTORA Glândulas lacrimais, nasais, salivares; Nervo facial inerva toda a musculatura mímica, exceto o m. elevador da palpebra superior. EXPLORAÇÃO PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA Desvio dos traços fisionômicos para o lado são; Paciente pode ter disartria (dificuldade em pronuncias as consoantes). Sensibilidade gustativa (amargo, azedo, doce e salgado) – lesão no trajeto intrapetroso. PARALISIA CENTRAL Comprometimento do território inferior da face, com desvio da rima bulcal, apagamento do sulco nasolabial, disartria. Poupa território superior da face!!! Mímica facial; Dois terços anteriores da língua (gustação) – doce, salgado, ácido, amargo ou azedo; Sensibilidade tátil do pavilhão auricular, tímpano e canal auditivo. PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA: região total da face ipsilatera (SUBNUCLEAREES E NUCLEARES)l; CENTRAL: paralisia do andar inferior da face contralateral a lesão (SUPRANUCLEAR). NERVO VESTIBULO-COCLEAR (VIII) Nervo sensorial: acústico (audição – coclear) e vestibular (equilíbrio – vestíbulo). ACUIDADE AUDITIVA: o Teste de Weber (condução óssea): coloca o diapasão sobre o vértice do crânio ou na frote: Lateralização para o ouvido bom (hipacusia de percepção). Lateralização para o ouvido doente (hipacusia de condução) o Teste de Rinne: compara audição óssea e área. No ouvido doente (Rinne negativo – hipacusia de condução) a audição por via óssea é melhor que por via aérea. Quando a audição por via área é melhor que a óssea, mas ambas estão diminuídas chama-se rinne positivo encurtado (hipacusia de percepção). NISTAGMO: tremor associado dos olhos, sendo um movimento rítmico dos globos oculares: o Periférico: suprimido com a fixação do olhar e não muda de direção; o Central: não modifica com a fixação visual e pode mudar de direção. MARCHA E EQUILÍBRIO NERVO GLOSSOFARÍNGEO (IX), VAGO (X), ACESSÓRIO (XI) Origem bulbar; Raramente são acometidos isoladamente. GLOSSOFARÍNGEO Língua e faringe, misto. Sensibilidade gustativa (amargo, acido, doce, salgado). Testar reflexo do vomito tocando a faringe o palato, dos dois lados separadamente. VAGO Nervo misto; Constituído de fibras de várias naturezas; Desvio do véu do palato para o lado comprometido na inspeção estática, e para o lado oposto na inspeção dinâmica (fonação); Na faringe observa-se o sinal da cortina: desvio da parede posterior da faringe para o lado são durante fonação. ALTERAÇÕES: disfagia importante principalmente para líquidos. ACESSÓRIO Exclusivamente motor!! Inerva o esternocleidomastoideo e porção superior do trapézio e musculos da laringe. Inspeção, palpação dos músculos inervados! Comprometimento do complexo vago-acessório: fonação e respiração. Comprometimento do ramo externo: atrofia do esternocleidomastoideo (déficit na rotação da cabeça para o lado oposto a lesão) e porção superior do trapézio (dificuldade em elevar o ombro). NERVO HIPOGLOSSO (XII) Nervo motor da língua; Origem no bulbo. Fazer inspeção estática da língua (desvio, atrofias ou fasciculações), inspeção dinâmica (Exteriorização e pedir para o paciente lateralizar e verticalizar). PARALISIAS UNILATERAIS: desvio da língua para o lado da lesão quando o doente a exterioriza. PARALISIAS BILATERAIS: língua imóvel, atrofiada, fasciculações, mastigação comprometida e deglutição abolida. OBSERVAÇÕES DO PROFESSOR: SEMIOLOGIA DO SISTEMA MOTOR MOVIMENTOS ATIVOS Amplitude; Velocidade; Habilidade. PONTA DO PÉ: S1 SOBRE CALCANHAR: L5 GRAUS DE FORÇA MUSCULAR Paralisia ou plegia: ausência de movimentação voluntária; Déficit parcial: paresia. DISTRIBUIÇÃO Proximal; Distal; Global. MANOBRAS DE CONTRAPOSIÇÃO Abdução do braço 0-15 graus – supraespinhoso; Abdução do braço 15-90 graus - deltóide. Adução no braço – peitoral maior. Flexão do antebraço – bíceps braquial. Extensão do braço Extensão do punho Flexão do punho Preensão palmar Extensão da coxa - Glúteo maximo Flexão da coxa - ileopsoas MANOBRAS DEIFICITÁRIAS Utilizadas, sobretudo quando a diminuição da força é sutil ou quando há pouca cooperação do paciente. MANOBRA DOS BRAÇOS ESTENDIDOS – POSIÇÃO SUPINAÇÃO COM OS DEDOS AFASTADOS - FLEXORES DO OMBRO MANOBRA DE MINGAZINI Flete as pernas em ângulo reto as pernas em angulo reto e as sobre o quadril flexores quadril e extensores do joelho. MANOBRA DE BERRE Decubito ventral, pernas fletidas sobre as coxas – flexores do joelho. MANOBRA DE RAIMISTE Decubito dorsal, antebraços fletidos a 90 graus, mãos estendidas e dedos separados – flexores do cotovelo. MANOBRA DE QUEDA DOS MEMBROS INFERIORES REFLEXOS BICCIPITAL Tricipital Patelar l2/l3/l4
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