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Fisiologia Endócrina Morfofuncional 2 Caso Clinico 1 Paciente de 16 anos, vem à consulta referindo aumento na velocidade de crescimento desde os 8 anos de idade, superando o padrão do canal de crescimento da família. Procurou o pediatra anteriormente, que realizou exames e a família foi informada que apesar da criança estar crescendo rapidamente, o hormônio de crescimento estava em baixas concentrações, porém com a IGF-1 elevada. Questões para orientação de estudo: 1. Trata-se de um defeito relacionado ao pré-receptor, receptor ou pós- receptor? O aumento da concentração do IGF-1 pode ser consequência de um defeito relacionado tanto ao próprio receptor quanto no pós-receptor do hormônio do crescimento GH. Isso se justifica porque o GH é um hormônio secretado pela adeno-hipófise e vai agir em decorrência da ativação de um receptor específico do GH que, por sua vez, faz parte da família dos receptores de citocina. Esse processo ocorre da seguinte forma: o GH, que possui 2 sítios de ligação, vai modificar sua estrutura conformacional após sua ligação com o GHR com o objetivo de ativar as funções da tirosina quinase do JAK-2. A JAK-2 vai agir na transdução dos sinais e ativar as STATS (signal transducers and activators of transcription), principalmente a STAT-5 que vai induzir a expressão do gene codificador de IGF-1. Já um possível defeito no pós-receptor é encontrado quando não houver a devida desativação da via apresentada acima - JAK/STAT - pelas proteínas SOCS, e então, a secreção de IGF-1 vai continuar ocorrendo descontroladamente. 2. Quais as características bioquímicas dos hormônios envolvidos nesse eixo hormonal? GH (hormônio de crescimento): Faz parte da familia mamosomatotrófica, sua producao esta regulada pelo cromossomo 17, sua estrutura química consiste em 191 aa’s com 2 pontes dissulfeto e possui duas isoformas circulantes: 22 kd, que é a forma bioativa e a de 20 kd. GHRH (Hormônio liberador do hormônio de crescimento): É um peptídeo derivado de um precursor de 108 aa’s que estimula a secreção do GH. Além de possuir 3 formas moleculares distintas: 1-44 NH2 que é a forma bioativa, 1-40 OH e 1-37 OH. Ele é um receptor que não cai na circulação sistêmica (então não é possível dosá-lo), cai na circulação restrita hipotálamo-hipofisária e dessa forma ele chega ao sistema porta com o objetivo de ser transportado do hipotálamo para a estimulação da célula somatotrófica. Quando ocorre esse transporte, ele consegue atingir o seu receptor na hipófise, um receptor para proteína G. Dessa forma, ele segue 3 passos: reconhecimento do hormônio pelo receptor, sofre dissociação das subunidades alfa, beta e gama (alteração conformacional) e por fim, a ativação de um efetor (adenilato ciclase) que gera um segundo mensageiro para permitir a ativação das quinases e, consequentemente, seu funcionamento. IGFs: Insulin-like growth factor, são responsáveis pelo crescimento osteoarticular, ou seja, pelo crescimento linear do indivíduo. ElA age no mesmo receptor da insulina que é a tirosina kinase. Que são transportadas pelas IGFBPs 1 a 6, sendo a IGFBP 3 a de maior afinidade pelo IGF-1. IGF-1: é a mediadora de algumas ações do GH, é um produto sintetizado a partir da ordem do GH. 70 aa’s. IGF-2: Expressa em tecidos fetais, 67 aa’s Somatostatina: É um hormônio inibitório do GH e do TSH, onde sua síntese ocorre no núcleo paraventricular, no pâncreas, TGI e células C tireoide. É um peptídeo derivado de um precursor de 116 aa’s e possui 2 formas moleculares distintas: SMS-14 e SMS-28 (no trato digestivo ele inibe a produção de insulina e glucagon). 3. Existem possíveis alterações bioquímicas nos hormônios envolvidos que possam justificar os achados clínicos desse paciente? Não houve alteração bioquímica dos hormônios envolvidos nesse processo, uma vez que a cascata de sinalização foi ativada corretamente desde o GHRH até o aumento da concentração de IGF-1. Portanto, isso reitera que o motivo desse gigantismo foi devido a um defeito no receptor ou no pós-receptor do hormônio ocasionado pela não regulação do eixo somatotrófico. Colocando no caso a mudança conformacional do GH por exemplo teríamos a falta da produção do GH e do estímulo de síntese do IGF-1, o que não é apresentado no caso clínico. Mudança conformacional da somatostatina: é provável que a concentração de GH estivesse elevada, já que a somatostatina é um inibidor desse hormônio de crescimento. E por último temos o IGF-1, tendo em vista o crescimento rápido da criança do caso, podemos considerar que a estrutura desse hormônio também não foi modificada. 4. Quais os receptores envolvidos nesse eixo de regulação? Esse eixo ilustra os 3 tipos de receptores de membrana: GHRH, que age em receptores para proteína G, bem como a somatostatina. O GH que age sobre os receptores Jak-tir-kinase no fígado e em tecidos periféricos e, por fim, a IGF-1 que age no receptor tirosina kinase. A proteína G pertence a um grupo de proteínas que estão envolvidas com a transdução de sinais celulares e funcionam como mediadoras de vias metabólicas com suas subunidades alfa, beta e gama. Receptores associados à proteína G precisam cruzar 7 domínios transmembranares que são formados por alfa hélices. Isso ocorre quando a porção citoplasmática do ligante se conecta com o sítio de ligação da proteína G. Ocorrendo assim a ativação dos receptores que vão trocar o GDP por GTP e ativar a subunidade catalítica da adenilato-ciclase. Essa reação faz com que a concentração de AMP cíclico aumente e consequentemente ocorre a ativação da proteína kinase A (PKA) que vai fosforilar a proteína de ligação do elemento de resposta e vai aumentar o RNA mensageiro. Jak-tir-kinase é um receptor de membrana específico para GH, prolactina e citocinas no sistema imunológico. Para que haja seu funcionamento correto, é necessária a presença de 2 receptores. A presença da proteína JAK2 é necessária para permitir a fosforilação, mudança conformacional e ativação do receptor. Ela funciona da seguinte forma: o GH sai da hipófise (estimulado pelo GHRH) e cai na circulação, dessa forma, ele é reconhecido no fígado pelo seu receptor específico que é a jak-tir-kinase, quando ela é reconhecida pela proteína, ela é dimerizada e é nesse momento que ocorre o recrutamento da JAK2, das STATs e, por fim, ocorre a produção de IGF-1. Já com a Tirosina kinase não é necessário que haja uma pré dimerização como ocorre com a jak-tir-kinase. Quando esse receptor tirosina kinase recebe seu ligante ele sofre uma dimerização resultando em uma fosforilação, ou seja, em uma mudança conformacional, no resíduo da tirosina. Para que, em seguida, ocorra a ligação de proteínas efetoras (SH2 e GRB2) ativando o complexo RAS/RAF para que haja a posterior ativação de kinases MEK e MAP. https://farmacologiauefs.wordpress.com/topicos-gerais/receptores-acoplados-a- proteina-g/ Vias de sinalização do desenvolvimento (slideshare.net) 5. Existem defeitos no sistema de retrocontrole desse eixo? Não, , o hipotálamo vai produzir GHRH (hormônio liberador do hormônio de crescimento), posteriormente vai adentrar a circulação porto-hipofisária e passar a regular positivamente a secreção de GH pela porção anterior da hipófise, ao contrário da somatostatina possui ação inibitória. O GH vai induzir a produção de IGF-1 no fígado, o IGF-1 por sua vez vai participar da retroalimentação negativa do hormônio de crescimento. Além https://farmacologiauefs.wordpress.com/topicos-gerais/receptores-acoplados-a-proteina-g/ https://farmacologiauefs.wordpress.com/topicos-gerais/receptores-acoplados-a-proteina-g/ https://www.slideshare.net/Myllenne/vias-de-sinalizao-do-desenvolvimento disso, o GH também faz parte da sua própria retroalimentação negativa, realizando manutenção em seus níveis pulsáteis. Logo, podemos notar que o feedback está ocorrendo normalmente pelos hormonios no eixo somatotrófico. 6. O que você imagina como possibilidade de tratamento, baseado na sua hipótese diagnóstica? Considerando como possível diagnóstico o gigantismotem-se que o tratamento, de forma geral, pode ser: 1. Utilizando os agonistas da somatostatina, que conseguiria mimetizar o que acontece na fisiologia. Levando em consideração que ela é uma inibidora da secreção de GH; 2. Bloquear o receptor do GH; 3. E, como o GH é “primo” da prolactina por estar na familia mamosomatotrófica, pode-se utilizar tambem os agonistas da dopamina que tem um discreto efeito sobre a regulação do GH em condições patológicas. De forma mais especifica: Tendo em vista que a maioria dos casos de gigantismo são ocasionados por um tumor na hipófise, pode ser feita uma cirurgia com o objetivo de diminuir essa massa na região da hipófise. Juntamente com a cirurgia pode ser utilizada a radioterapia de alta voltagem na hipófise, é possível que mesmo assim a concentração de GH continue alta por alguns anos. Um outro tratamento que pode ser feito, apesar de nao ser utilizado em muitos hospitais devido ao seu alto risco de lesão de nervos cranianos e do hipotálamo, é o tratamento com acelerador de prótons (radiação com partículas pesadas) que permite uma maior distribuição de doses de radiação (equivalentes a 10.000 cGy) para a hipófise. Caso Clinico 2 Paciente feminina de 29 anos, procurou ginecologista para consulta de rotina, sem queixas. Apresentava ciclos menstruais regulares, sem galactorreia. A médica solicitou exames laboratoriais que demonstraram elevação da prolactina (Prl: 98 ng/mL; Estradiol: 123 ng/mL (50-150); FSH:0,8 (0,5-1,5); LH:1,2 (0,4-1,8) e TSH: 4,8 mUi/mL (0,5-5,0) Questões para orientação de estudo: 1. Trata-se de um defeito relacionado ao pré-receptor, receptor ou pós- receptor? Trata-se de um defeito no pós-receptor, tendo em vista que a formação dos complexos da prolactina ocorre após secreção e extra pituitária no espaço intravascular e que a regulação hormonal da prolactina está normal. É possível que ocorra e fenômenos pós-translacionais após a ativação do receptor e indução da síntese proteica hormonal e isso faz com que química na proteína formada, como fosforilação, glicosilação e polimerizações. Isso permite que haja a formação de isoformas isoformas biologicamente inativas, as diméricas e poliméricas, que apesar de não serem ligantes específicos dos receptores de prolactina, podem ser formadas através dessas mudanças químicas na estrutura proteica. Outra ponto que devemos levar em consideração é que só a concentração de prolactina que está alterada e que é provável que sejam as suas isoformas que estão em alta concentração no exame laboratorial feito. Pode-se afirmar isso porque não é citado sintomas como galactorréia e amenorréia - sintomas característicos da alta concentração de prolactina biologicamente ativa. 2. Descreva as características bioquímicas das isoformas de prolactina secretadas pela hipófise. Existem três formas de prolactina na nossa circulação: - Monomérica: possui 23 kd, é a isoforma biologicamente ativa, chamada de “prolactina livre”, representa 80-95% do total de prolactina; - Dimérica: possui 48-56 kd, é conhecida como big prolactin, isoforma biologicamente inativa, representa 15-30% do total de prolactina; - Polimérica ou macroprolactina: >100 kd, isoforma biologicamente inativa, “big-big prolactin”, está ligada a uma imunoglobulina ou em forma agregada e corresponde 0-10% da prolactina circulante. A Macroprolactina corresponde a complexos de prolactina com imunoglobulinas antiprolactina constituído fundamentalmente por PRL monomérica e imunoglobulina IgG unidos de forma covalente, outra forma é a PRL monomérica ligada a uma imunoglobulina A e por PRL monomérica glicosilada (as duas últimas formas são comumente encontradas em prolactinomas). Uma modificação na imunoreatividade. Existem alguns mecanismos que influenciam na formação dessas isoformas: splicing alternativo, clivagem proteolítica anômala, alterações pós-translacionais, fosforilação inadequada... 3. Quais as interações entre os eixos lactotrófico e tireotrófico? Os dois eixos se relacionam em duas situações: fisiológica e patológica. No eixo tireotrófico tem-se o TRH, um hormônio regulador da tireoide que libera o TSH, que possui algumas ações hipofisárias como o fraco estímulo fisiológico da prolactina (hormônio lactotrófico) e quando há uma situação patológica o TRH pode estimular o LH e FSH (dois hormônios que são controlados pela ação parácrina da prolactina, em que na própria hipófise ela bloqueia a produção do FSH e do LH diminuindo a sensibilidade hipofisária ao GnRH, que é o hormônio liberador das gonadotrofinas). Explicando melhor, se ocorrer um defeito no feedback do eixo tireotrófico, uma doença tireoidiana onde ocorre a diminuição do T3 e T4, vai resultar em uma elevação do TSH, TRH e da prolactina secundária ao hipotireoidismo. Portanto, quando temos alguma célula hipofisária doente ela responde paradoxalmente ao TRH, mesmo que essa célula não seja controlada pelo TRH. Uma outra relação se encontra no controle da secreção de TSH no eixo tireotrófico que pode ser inibido fracamente pela dopamina, que é um hormônio hipotalâmico que também faz um estímulo negativo para a liberação da prolactina no eixo lactotrófico. 4. Quais os receptores envolvidos no eixo de regulação tireotrófico? Proteína G associada com a fosfolipase C: tem como função permitir a captação e o transporte de iodo Adenilato ciclase: responsável por ativar as proteinas NIS, TPO e Tg. Sendo uma importante estrutura para o fluxo de entrada e saída de iodo e sódio na célula, já que esse fluxo é regulado pela proteína NIS. Com a entrada do iodo, a TPO entra em ação para transportar esse iodo da região basal para a região apical. Outros receptores envolvidos nesse eixo de regulação tireotrófico são os receptores tireoidianos que se encontram no núcleo, ao invés da membrana como os outros receptores citados. T3 e T4: atravessam a membrana por serem lipossolúveis T3 é um T4 que perdeu um iodo pela ação da enzima deiodinase T3 vai se ligar com o receptor e o T4 vai ser a reserva de iodo, ja que o T3 é a forma bioativa. https://www.google.com.br/amp/s/slideplayer.com.br/amp/5657676/ https://www.google.com.br/amp/s/slideplayer.com.br/amp/5657676/ 5. Quais os receptores envolvidos no eixo de regulação lactotrófico? Regulação hipotalâmica, mas eminentemente negativa. A dopamina age inibindo a secreção de prolactina pela pituitária. Os receptores da dopamina são divididos em D1 e D2. Enquanto os receptores D1 agem estimulando a atividade da adenil ciclase, os receptores G2 inibem esta enzima. A inibição da prolactina é feita, sobretudo, pelos receptores D2 localizados e expressos tanto em lactotrofos normais quanto em tumorais. Jak-tir-kinase: (que também pertence ao grupo de receptores das citocinas), são receptores de membrana que precisam de uma proteína acessória, chamada de janus kinase, para que haja a sua mudança conformacional para a ativação da cascata pós-receptor. Obs.: O receptor para prolactina precisa de uma dimerização para que ocorra a sua ativação, e para isso, existem duas teorias que explicam como isso acontece: 1. A dimerização ocorre antes da ligação ao receptor 2. O hormônio se liga ao receptor, recruta uma segunda parte para que haja a dimerização, e só então a janus kinase vai ser recrutada para ocorrer a fosforilação no receptor. Three mechanisms of PIAS protein inhibition - JAK-STAT signaling pathway - Wikipedia 6. O que você imagina como hipótese diagnóstica e qual a sua sugestão para o tratamento? Levando em conta que na dosagem da prolactina todas as suas três isoformas são dosadas em conjunto e no exame apresentado a prolactina está em um alto nível, mas o paciente não apresenta os sintomas da hiperprolactinemia, pode-se chegar a conclusão que a isoforma que está em alta concentração é a biologicamente inativa. Portanto, o paciente apresenta uma macroprolactinemia. Então, nesse caso tem-se que a molécula de prolactina está associada a uma de IgG, o que leva a uma meia-vida mais longa e atividade biológica menor. E para confirmarisso é necessário que seja feita por cromatografia em coluna de gel filtração. E como ocorre um predomínio da isoforma biologicamente inativa e não há a presença de nenhum sintoma, não há necessidade de tratamento. Entretanto, é importante manter um acompanhamento médico, tendo em vista que em alguns estudos foi observado que a macroprolactinemia pode virar uma hiperprolactinemia posteriormente e aí deve ser tratada. https://en.wikipedia.org/wiki/JAK-STAT_signaling_pathway#/media/File:Three_mechanisms_of_PIAS_protein_inhibition.png https://en.wikipedia.org/wiki/JAK-STAT_signaling_pathway#/media/File:Three_mechanisms_of_PIAS_protein_inhibition.png Caso Clinico 3 Paciente masculino de 49 anos, procurou o cardiologista para controle da pressão arterial. Tem diagnóstico de hipertensão desde os 30 anos, com difícil controle, chegando a usar 4 classes de medicamentos anti-hipertensivos para manter a pressão normal. Refere ganho de peso recente, estrias abdominais e aumento de pelos. Questões para orientação de estudo: 1. Considerando os hormônios produzidos pela adrenal, que esteroides poderiam estar envolvidos no quadro do paciente? 2. Descreva as características bioquímicas, mecanismo de ação e ações metabólicas da aldosterona A aldosterona é um hormônio sintetizado na região da zona glomerulosa do córtex da glândula suprarrenal. Sua fórmula molecular é C21H28O5 e entra na classificação de mineralocorticoide por estar participando do controle da absorção de íons inorgânicos (Na+ , Cl- e HCO3-) pelos rins. É um hormônio estimulado pela alta concentração de potássio no sangue. Além desse fator, temos a influência da angiotensina II e a diminuição da hipocalemia e peptídeos natriuréticos. Esse hormônio também atua na: 1. estimulação da secreção de K+ pelo tubo distal e ducto coletor; 2. aumenta a de simportes de Na+-Cl–, no começo do túbulo distal; 3. aumenta a reabsorção de NaCl pelas células principais, no túbulo distal e ducto coletor: - expressão aumentada do canal de sódio (ENaC); - aumento dos níveis de Sgk1 (cinase estimuladora de glicocorticóide no soro; de serum glucocotrioid-stimulated kinase); - aumento da quantidade da Na+,K+-ATPase; - e estimulação de CAP1 3. Descreva as características bioquímicas, mecanismo de ação e ações metabólicas do cortisol É um hormônio que faz parte do grupo dos glicocorticóides que é sintetizado na zona fasciculada na região do córtex adrenal. Sua formula molecular é C21H30O5. Responsável por regular os níveis de ACTH e CRH por meio de feedback negativo e por ser hidrofóbico ele é transportado por proteínas transportadoras específicas até as células alvos, que precisam atravessar a membrana plasmática através da difusão e ligar-se aos receptores protéicos no núcleo. Participa também na regulação dos níveis de PEP-carboxicinase no fígado. Nos receptores de glicocorticóides, o esteróide aumenta a expressão do gene que codifica a PEP-carboxicinase, aumentando a gliconeogênese e reduzindo a utilização de glicose pelo corpo. Outros efeitos que podem influenciar na expressão de cortisol é o estresse físico e mental que afetam no feedback positivo em decorrência do aumento do CRH. 4. Quais os receptores envolvidos no eixo de regulação corticotrófico? ACTH: hormônio liberador de corticotrofina, um tipo celular presente na porção anterior da hipófise, as células corticotróficas, são as produtoras do hormônio, possui um papel importante na influência dos mecanismos regulatórios mais importantes na coordenação da atividade do eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal (HPA). E quem faz esse controle é o hipotálamo. Para que o ACTH seja produzido pela hipófise, a hipófise precisa receber estímulos também. Quem faz esse estímulo hipofisário é o hipotálamo. Existem dois tipos de receptores que são necessários para a ativação dos receptores específicos acoplados a proteína G: o CHR-R1 e CHR-R2 (receptor hormonal liberador de corticotropina 1 e 2). 5. Qual o papel do ACTH na regulação da produção de esteróides? ACTH: hormônio adrenocorticotrófico, peptídeo composto por 39 aminoácidos, produzido na hipófise anterior, regulado pela expressão do CRH hipotalâmico, ativa a adenilil-ciclase e eleva a concentração de AMP cíclico intracelular. Se liga ao receptor melanocortina-2 (MC2R) acoplado a proteína G. Estimula a produção tanto do cortisol quanto dos andrógenos. O cortisol regula negativamente o ACTH. Regula por feedback positivo a produção dos esteróides da suprarrenal. PKA: responsável por fosforilar e ativar as enzimas envolvidas na produção dos esteróides https://aia1317.fandom.com/pt-br/wiki/Horm%C3%B4nios_Adrenocorticais 6. O que você imagina como hipótese diagnóstica e qual a sua sugestão para o tratamento? Levando em consideração tudo que foi apresentado nesse caso clínico pode-se concluir que se trata de um síndrome de cushing. Essa síndrome é caracterizado por consistir em um conjunto de anormalidades clínicas causadas por concentrações cronicamente elevadas de cortisol ou corticoides relacionados. É consequência do excesso de produção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), geralmente secundária a adenoma hipofisário. Os sinais e sintomas típicos incluem face em lua e obesidade do tronco, hematoma fácil e pernas e braços finos. Tratamento: ● A alta ingestão de proteínas e a administração de potássio (ou fármacos que poupam potássio, como a espironolactona) ● Inibidores adrenais como metirapona, mitotano ou cetoconazol ● Cirurgia ou radioterapia para remover tumores hipofisários, adrenais ou tumores produtores de ACTH ectópica ● Às vezes, análogos de somatostatina, agonistas de dopamina ou mifepristona https://aia1317.fandom.com/pt-br/wiki/Horm%C3%B4nios_Adrenocorticais REFERENCIAS: 1. https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3 %B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-hipofis%C3%A1rio s/gigantismo-e-acromegalia 2. https://drasuzanavieira.med.br/2018/05/07/hiperprolactinemia-macroprol actina-e-prolactinoma/ 3. http://www.hu.ufsc.br/setores/endocrinologia/wp-content/uploads/sites/23 /2015/01/PROTOCOLO-DE-HIPERPROLACTINEMIA-ADULTO-09-de-no vembro-de-2015.pdf 4. MOURA, Egberto G. de; MOURA, Carmen C. Pazos de. Regulação da síntese e secreção de tireotrofina. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo , v. 48, n. 1, p. 40-52, Feb. 2004 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302004 000100006&lng=en&nrm=iso>. access on 14 Nov. 2020. https://doi.org/10.1590/S0004-27302004000100006. 5. GARCIA LIZASO, Humberto; GARCIA GARCIA, Yudith. Características clínicas y manejo de la macroprolactinemia como causa de hiperprolactinemia. Rev Cubana Obstet Ginecol, Ciudad de la Habana , v. 44, n. 1, p. 1-11, marzo 2018 . Disponible en <http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0138-600X20180 00100016&lng=es&nrm=iso>. accedido en 14 nov. 2020. 6. VIEIRA, José Gilberto H.. Macroprolactinemia. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo , v. 46, n. 1, p. 45-50, Feb. 2002 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302002 https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-hipofis%C3%A1rios/gigantismo-e-acromegalia https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-hipofis%C3%A1rios/gigantismo-e-acromegalia https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-hipofis%C3%A1rios/gigantismo-e-acromegalia https://drasuzanavieira.med.br/2018/05/07/hiperprolactinemia-macroprolactina-e-prolactinoma/ https://drasuzanavieira.med.br/2018/05/07/hiperprolactinemia-macroprolactina-e-prolactinoma/ http://www.hu.ufsc.br/setores/endocrinologia/wp-content/uploads/sites/23/2015/01/PROTOCOLO-DE-HIPERPROLACTINEMIA-ADULTO-09-de-novembro-de-2015.pdf http://www.hu.ufsc.br/setores/endocrinologia/wp-content/uploads/sites/23/2015/01/PROTOCOLO-DE-HIPERPROLACTINEMIA-ADULTO-09-de-novembro-de-2015.pdfhttp://www.hu.ufsc.br/setores/endocrinologia/wp-content/uploads/sites/23/2015/01/PROTOCOLO-DE-HIPERPROLACTINEMIA-ADULTO-09-de-novembro-de-2015.pdf https://doi.org/10.1590/S0004-27302004000100006 http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0138-600X2018000100016&lng=es&nrm=iso http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0138-600X2018000100016&lng=es&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302002000100007&lng=en&nrm=iso 000100007&lng=en&nrm=iso>. access on 14 Nov. 2020. https://doi.org/10.1590/S0004-27302002000100007. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302002000100007&lng=en&nrm=iso
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