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ATIVIDADE 3 - ANÁLISE SOBRE GÊNERO TEXTUAL ACADÊMICO - Copia

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ATIVIDADE 3 
 
PROCESSOS GERENCIAIS - FMU 
DISCIPLINA: GRA0001 COMUNICAÇÃO 
DISCENTE: DILNEI FARIAS 
dilnei.farias1@gmail.com 
 
 
O gênero textual artigo científico refere-se à apresentação de um relatório escrito 
de estudos a respeito de uma questão específica ou à divulgação de resultados de uma 
pesquisa realizada. De acordo com a NBR 6022 (p.2, 2003), o artigo científico parte “de 
uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, 
processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento”. Geralmente, tem como 
objetivo tornar conhecido o diálogo produtivo com o referencial teórico utilizado no 
estudo, a metodologia empregada, a análise da questão-problema e os resultados obtidos, 
promovendo o intercâmbio de ideias entre os estudiosos de uma área de atuação. A 
questão motivadora do estudo, chamada aqui de questão-problema, pode ser uma questão 
prática, teórica ou simplesmente uma revisão de assunto, que nada mais é que analisar ou 
discutir informações já publicadas. 
Podem ser escritos para trabalhos acadêmicos, sem fins de publicação, ou para 
serem publicados nos periódicos científicos de uma determinada área da ciência. É 
necessário observar que, ao submeter um artigo científico à aprovação de um periódico, 
o autor deve seguir as normas editoriais adotadas por tal suporte textual, que podem ou 
não coincidir com as normas da ABNT. No entanto, deve-se levar em conta as condições 
de produção textual envolvidas, sendo estas especificidades próprias do gênero textual 
acadêmico-científico: O que se quer comunicar? Para quem se quer comunicar? Com que 
objetivo? Onde e quando se pretende comunicar? 
Quando observamos os textos científicos mais detalhadamente vemos que eles são 
distinguidos não somente pelos tópicos e vocabulários especializados, mas também pelos 
diferentes apelos linguísticos na comunicação do conhecimento científico. Ou seja, são 
privilegiadas estratégias linguísticas distintas de estabelecimento da verdade e de 
engajamento com leitores (escolha de itens lexicais para a “embalagem da informação”). 
Nos artigos de periódicos científicos, monografias, livros e cartas cientificas etc, 
a forma como os autores escrevem sobre seu tema e defendem seus pressupostos, por 
exemplo, revelam suas competências nas práticas disciplinares aprovadas pela 
comunidade discursiva a que pertencem. Na escrita científica bem sucedida os autores 
mailto:dilnei.farias1@gmail.com
buscam encaixar sua escrita em um mundo social particular, através de um discurso 
aprovado por seus pares apresentados e organizados textualmente com características já 
mencionadas pelas autoras Scheibel e Vaisz (2006): 
 
1. “Sistemático: estruturado de forma coerente, com continuidade entre as 
partes; 
2. Criterioso: alicerçado nos critérios de validação científica e na correta 
conceituação dos termos. O autor deve indicar como, quando e onde obteve os dados de 
que se valeu para estabelecer suas afirmações e conclusões. […] 
3. Embasado: as afirmações devem estar sustentadas e inter-relacionadas, bem 
como serem coerentes com um referencial teórico consistente. 
4. Estilo de linguagem adequado: essa linguagem deve ser coerente, objetiva, 
precisa, clara, correta (sem erros), com alto grau de especificidade. 
5. Preciso: os conceitos devem ser determinados com precisão. Por exemplo: 
‘João estava com muita febre’. O melhor seria: ‘João apresentou uma temperatura axilar 
de 39,5ºC’ ”. (SCHEIBEL; VAISZ, 2006, p.60) 
 
Tais pressupostos devem ser observados na/para a elaboração do texto do artigo, 
pois configuram características obrigatórias para o gênero. 
Já a NBR 6022/2003 dispõe que os artigos científicos são compostos de elementos 
pré-texuais: título e subtítulo (se houver), nomes e citações dos autores, resumo na língua 
do texto, palavras-chave na língua do texto; os elementos textuais constituem-se de: 
introdução descrevendo de forma coerente e breve a essência do artigo, podendo incluir 
um subtítulo; desenvolvimento, se configurando no corpo do trabalho ou artigo. Por ser 
a parte principal do artigo, normalmente, é no desenvolvimento que aparece o maior 
número de outras vozes, isto é, de outros autores citados para construir a argumentação 
daquele que elabora o artigo. Isso se deve ao fato de o discurso científico precisar entrar 
em comunhão teórica com a ciência da área, mesmo que seja para questioná-la; e por fim 
a conclusão ou considerações finais, que refere-se à parte final do artigo, na qual se 
apresentam as conclusões correspondentes aos objetivos e hipóteses levantadas 
inicialmente. Ou ainda, às conclusões possíveis decorrentes do que foi exposto no artigo. 
Nos elementos pós-textuais temos as referências bibliográficas que devem se referir aos 
textos empregados no artigo, as citações ao longo deste e não a todos que foram lidos 
para a elaboração. Estas referências devem obedecer as normas ABNT, sendo ela a NBR 
6023. Também consta nestes elementos pós-textuais o apêndice, um elemento opcional 
que refere-se ao documento elaborado pelo autor do artigo, com finalidade de 
complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho. De acordo 
com a NBR 6022, o(s) apêndice(s) é identificado por letras maiúsculas consecutivas, 
travessão e pelos respectivos títulos. 
Percebe-se, desta forma, que o gênero textual o acadêmico apresenta 
características e apelos bem determinados: todos fundamentados por uma teoria, que é 
permeada por conceitos que a definem e a distingue igualmente por marcas linguísticas 
bem específicas representadas pelos termos técnicos.

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