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FARM HOSPITALAR - Parte1

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FARMÁCIA HOSPITALAR
HISTÓRIA
A partir de 1920, com a expansão da indústria farmacêutica, ocorreu uma
descaracterização das funções do farmacêutico e as farmácias hospitalares
converteram-se num canal de distribuição de medicamentos produzidos pelas
indústrias. Nos Estados Unidos, o período entre 1920 e 1940 foi marcado por um início
de reorganização em que ocorreu o estabelecimento de padrões para a prática
farmacêutica. Neste contexto surgiu, nos EUA, a farmácia clínica, ramo da farmácia
hospitalar que tem como meta principal o uso racional dos medicamentos. O
farmacêutico, além de suas atribuições relacionadas aos medicamentos, passa a ter
atividades clínicas voltadas para o paciente (ANTUNES, 2008).
Em 1950, no Brasil, os serviços de farmácia hospitalar, representados pelas Santas
Casas de Misericórdia e hospitais-escola, passaram a se desenvolver e a se
modernizar. O farmacêutico Dr. José Sylvio Cimino destacou-se muito nesta fase,
sendo, inclusive, autor da primeira publicação a respeito da farmácia hospitalar no
país, já em 1973, intitulada “Iniciação à Farmácia Hospitalar”. Somente em 1979 foi
criado o primeiro serviço de farmácia clínica brasileiro, no Hospital das Clínicas do
Rio Grande do Norte, hoje Hospital Universitário Onofre Lopes (DANTAS, 2011).
Em 1973, a Lei nº 5.991 estabeleceu que toda farmácia (inclusive a farmácia hospitalar)
deve ser assistida por farmacêutico responsável técnico. Além disso, vale destacar
que a Assistência Farmacêutica é parte integrante do direito à saúde, assegurado
pela Constituição Federal e reafirmado pela Lei Orgânica de Saúde (Lei nº 8.080/1990)
e pela Política Nacional de Assistência Farmacêutica (Resolução CNS nº 338/2004). Em
relação aos hospitais públicos, em 2002, a Portaria nº GM/MS 1.017, publicada pelo
Ministério da Saúde, torna explícita a obrigatoriedade da presença de farmacêutico
responsável técnico inscrito no CRF para o funcionamento das farmácias hospitalares
e/ou dispensário de medicamentos integrantes do Sistema Único de Saúde.
O medicamento possui inquestionável valor terapêutico no contexto da saúde, além
de significativo impacto no orçamento das instituições, sejam elas públicas ou
privadas. Diante das estatísticas de saúde, também não podem ser ignorados os
prejuízos que o uso irracional de medicamentos pode proporcionar (prejuízos não só
de ordem financeira, mas, sobretudo os que prejudicam a qualidade de vida dos
pacientes).
OBJETIVOS
- Participar ativamente da seleção de medicamentos necessários ao perfil
assistencial do hospital realizada pela Comissão de Farmácia e Terapêutica;
- Efetuar o planejamento, aquisição, armazenamento, distribuição e controle
dos medicamentos e produtos para saúde;
- Implementar ações que contribuam para o uso seguro e racional de
medicamentos;
- Estabelecer um sistema eficaz, eficiente e seguro de distribuição de
medicamentos e produtos para saúde;
- Desenvolver e/o manipular formulas magistrais e/ou oficinais de produtos não
estéreis, destinados a atender necessidades específicas dos pacientes;
- Implantar sistema de farmacovigilância para identificação e prevenção de
reações adversas aos medicamentos;
- Atuar na Comissão de Controle de Infecção Hospitalar subsidiando as
decisões políticas e técnicas relacionadas, em especial, à seleção, à aquisição,
ao controle de antimicrobianos, germicidas e saneantes;
- Contribuir com suporte técnico operacional nos ensaios clínicos com
medicamentos;
- Adequar‑se à realidade política, social, econômica, financeira e cultural da
instituição, observando os preceitos éticos e morais da profissão farmacêutica
da instituição;
- Realizar seguimento farmacoterapêutico de pacientes internados e
ambulatoriais, implementando o desenvolvimento da farmácia clínica;
PERFIL DO PROFISSIONAL
Em 1997, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um documento
denominado The role of the pharmacist in the health care system (“O papel do
farmacêutico no sistema de atenção à saúde”) em que se destacaram sete qualidades
que o farmacêutico deve apresentar:
- Prestador de serviços farmacêuticos em uma equipe de saúde;
- Capaz de tomar decisões;
- Comunicador;
- Líder;
- Gerente;
- Atualizado permanentemente;
- Educador.
As atribuições do farmacêutico hospitalar no Brasil são definidas pela Resolução
CFF nº 568/2012, que regulamenta o exercício profissional nos serviços de atendimento
pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde, de
natureza pública ou privada no Brasil. As principais atribuições do farmacêutico
foram agrupadas em cinco grandes áreas:
- Atividades logísticas;
- Atividades de manipulação/produção;
- Atividades focadas no paciente;
- Garantia de qualidade;
- Atividades intersetoriais.
ATIVIDADES LOGÍSTICAS
Dispensação: é a principal atividade logística da farmácia hospitalar, sendo definida
como o ato profissional farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a
um paciente, geralmente como resposta à apresentação de uma receita elaborada
por um profissional autorizado (BRASIL, 2001). A dispensação deve ser realizada nas
quantidades e especificações solicitadas, de forma segura e no prazo requerido,
promovendo o uso adequado e correto de medicamentos e produtos para a saúde.
Dose coletiva: totaliza as prescrições; saco com todos os medicamentos mediante
aquisição; existem muitos agravantes em relação ao estado físico-químico do
medicamento.
Dose intermediária: prescrição individual em nome de um paciente; gerenciamento do
medicamento para melhoria de qualidade; maior pessoal de trabalho.
Dose unitária: prescrição individual com o nome do paciente; medicamentos prontos
para a administração em embalagens unitárias por período; gerenciamento
otimizado (estoque minimo); maior atuação do pessoal e do farmacêutico (mais
atuação).
CICLO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Seleção/ Planejamento
Seleção de Medicamentos é definida como um processo contínuo, multidisciplinar e
participativo, que determina e assegura os níveis de acesso aos medicamentos
necessários ao sistema de saúde. O processo baseia-se em critérios científicos e
econômicos, e fornece elementos necessários ao uso racional de medicamentos.
Os hospitais, a política de uso racional de medicamentos deve ser implementada
pela comissão de Farmácia e terapêutica – CFT. A CFT sem uma portaria oficializando
a sua necessidade tem assumido um papel de grande importância nas Instituições
hospitalares.
Constituída por representantes médicos de diversas áreas, além do profissional
farmacêutico, tem despertado discussões que enriquecem o Hospital e contribuído
para a existência de uma seleção e padronização de medicamentos.
Prioridades para os critérios:
- Eficácia Clínica.
- Custo.
- Incidência e severidade de efeitos adversos.
- Esquema posológico.
- Interações medicamentosas.
- Estudos clínicos, indicações aprovadas e tempo de comercialização.
- Farmacocinética.
- Aspectos farmacêuticos.
Aquisição
- Suprir as necessidades de materiais e medicamentos.
Recebimento
- Conferência: administrativa e técnica;
- Saldo: lançamentos de entrada no sistema informatizado;
- Código de barras: lote e validade;
- Rotina: (POP) descrito no manual;
Armazenamento
- Fluxo logístico e higienização;
- Temperatura ambiente;
- Os pisos e paredes devem ser laváveis e de cantos arredondados;
- A paletização tem sido muito utilizada para as embalagens de caixas;
- Os empilhamentos deve seguir a indicação do fornecedor;
- Para outras embalagens se utilizam o armazenamento em estantes ou
prateleiras.
A área física indicada é de:
100m² para Hospitais até 100 leitos;
180m² para Hospitais até 200 leitos;
350m² para Hospitais até 400 leitos;
Codificação
Há alguns critérios que podem ser seguidos:
- Classe do material: medicamentos, Correlatos, fios cirúrgicos;
- O primeiro e segundo dígito: indicam o grupo farmacológico: Exemplo: atuam
no SNC.
- O terceiro e quarto dígito: A subdivisão do grupo farmacológico: ansiolíticos;
- O quinto e sexto dígito: indicam o princípio ativo: fentanil.
InventárioMovimentações de estoques:
- Apuração contábil: balanço anual – valor do estoque;
- Controle:curva ABC.
Distribuição
A dispensação de medicamentos, é o ato farmacêutico referente à distribuição dos
Medicamentos mediante análise prévia das prescrições médicas, de modo a oferecer
informações de sua boa utilização bem como da preparação das doses que se devem
administrar. A dispensação de medicamentos é uma atividade técnico-científica de
orientação ao paciente, devendo ser exclusividade de profissional tecnicamente
habilitado – o farmacêutico.
- Abastecimento das farmácias satélites;
- Planejamento do farmacêutico;
- Gestão do almoxarifado:
- Reabastecimento dos fármacos e correlatos às Farmácia;
- Custo;
- Curvas de criticidade
- Os controles mais utilizados é a curva ABC – no aspecto administrativo e
a curva XYZ no aspecto Técnico.
- Planejamento: Baixo investimento.
Administração de Recursos Humanos: gerenciamento de pessoas.
Seleção.
Análise técnica é do farmacêutico.
Descrição do Cargo.
O que o farmacêutico deve propor:
- Treinamento e educação continuada;
- Liderança;
- Motivação;
- Trabalho em equipe;
- Importância do desempenho da função.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (CFF), Farmácia Hospitalar e outros
serviços de saúde definem-se como “unidade clínica, administrativa e econômica,
dirigida por farmacêutico, ligada hierarquicamente à direção do hospital ou serviço
de saúde e integrada funcionalmente com as demais unidades administrativas e de
assistência ao paciente”.
Para manter uma organização, o farmacêutico deve responder ao comando
administrativo ou ao comando técnico, já que em seu conceito, a farmácia hospitalar
deve obedecer a uma unidade técnico-cientifica.
AREAS:
- Emergência (PS);
- Central (dispensação/gerenciamento);
- Cirúrgica;
- Oncológica (hematologia);
- Clínica (enfermaria);
- Almoxarifado
- UTI.
INFECÇÃO HOSPITALAR
As infecções hospitalares podem ser definidas como aquelas adquiridas após a
admissão do paciente e que se manifestam durante a internação ou após a alta,
quando puderem ser relacionadas com a internação ou procedimentos hospitalares;
A maior parte das vezes os locais mais encontradas são feridas cirúrgicas, trato
urinário e pulmonar;
O ritmo de desenvolvimento da resistência bacteriana representa um desafio
terapêutico. O número de antibióticos em pesquisa diminuiu drasticamente nos
últimos anos, enquanto a resistência às drogas antimicrobianas tem crescido
desproporcionalmente.
Critérios para Definição de Infecção Hospitalar:
- Quando na mesma topografia em que for diagnosticada infecção comunitária,
for isolado um germe diferente, seguido do agravamento das condições
clínicas do paciente (diferente daquele que é esperado para determinado
órgão);
- Toda manifestação clínica que se manifestar 72 horas após internação;
- Quando se manifestam antes de 72 horas de internação, sendo associadas a
procedimentos realizados neste período;
- Em recém – nascidos, com exceção das transmitidas de forma transplacentária
e aquelas associadas a bolsa rota superior a 24 horas;
- Os pacientes provenientes de outro hospital que se internam com infecção são
considerados portadores de infecção hospitalar do hospital de origem.
Quem tem maior risco?
- Idosos;
- Recém-nascidos;
- Pessoas com comprometimento da imunidade, por doenças como AIDS,
pós-transplantados ou em uso de medicamentos imunossupressores;
- Diabetes mellitus mal controlada;
- Pessoas acamadas ou com alteração da consciência, pois apresentam maior
risco de aspiração;
- Doenças vasculares, com o comprometimento da circulação;
- Pacientes com necessidade de uso de dispositivos invasivos, como sondagem
urinária, inserção de cateter venoso, utilização de ventilação por aparelhos;
- Realização de cirurgias.
- Maior o tempo de internação.
Principais causas de infecção hospitalar:
- Condição clínica do paciente;
- Falta de vigilância epidemiológica adequada;
- Uso racional de antimicrobianos;
- Utilização excessiva de procedimentos invasivos;
- Métodos de proteção antiinfecciosa ineficazes ou inexistentes.
Tipos de infecção hospitalar:
As infecções relacionadas com o ambiente de saúde podem ser classificadas em
alguns tipos de acordo com o microrganismo e forma de entrada no corpo. Assim, as
IRAS podem ser classificadas em:
- Endógena, em que a infecção é causada pela proliferação de microrganismos
da própria pessoa, sendo mais frequente em pessoas com sistema imune mais
comprometido;
- Exógena, em que a infecção é causada por um microrganismo que não faz
parte da microbiota da pessoa, sendo adquirido através das mãos dos
profissionais de saúde ou como consequência de procedimentos,
medicamentos ou alimentos contaminados;
- Cruzada, que é comum quando existem vários pacientes na mesma UTI,
favorecendo a transmissão de microrganismos entre as pessoas internadas
(cruzamento entre os pacientes);
- Inter-hospitalar, que são infecções levadas de um hospital a outro. Ou seja, a
pessoa adquire infecção no hospital em que teve alta, mas foi internada em
outro (pode ser cruzamento de paciente, mas acontece principalmente pelos
profissionais).
Controle CCIH
Elaboração de normas e rotinas para a limpeza e desinfecção dos ambientes,
estabelecendo a frequência, tipo de desinfetante, especialmente em áreas críticas,
como berçários, centros cirúrgicos ou UTI, por exemplo;
Determinação de regras para pacientes, visitantes e profissionais, para diminuir o
risco de infecções, como limitar o número de visitantes, estabelecimento de normas e
treinamentos para higiene, coleta de exames, aplicação de medicações, realização de
curativos ou preparo dos alimentos, por exemplo;
Estimulação de medidas de higiene, principalmente das mãos, que são um dos
principais veículos de transmissão de microrganismos, com a lavagem frequentes, ou
com uso do álcool gel. As medidas de lavagem das mãos devem ser implantadas tanto
para os acompanhantes dos pacientes, quanto para a equipe médica, sendo
importante a monitorização dessa prática;
Orientações para uso correto de antibióticos, evitando que os pacientes sejam
tratados com antibióticos sem necessidade ou por antimicrobianos de amplo
espectro, impedindo, assim, o desenvolvimento de bactérias multirresistentes;
Orientação sobre o uso de produtos químicos para eliminar microrganismos, como
germicidas, desinfetantes, antissépticos, agentes de limpeza;
Realização da vigilância de casos de infecção, para entender as causas e elaborar
formas de prevenção.
Nível Prioritário de Ação
Atuação sobre a fonte de infecção:
- Esterilização;
- Barreira (isolamento);
- Educação;
Atuação de mecanismo de transmissão:
- Esterilização;
- Lavagem de mãos;
- Coletor de urina;
- Cateteres intravasculares;
- Ferida Cirúrgica, etc.
Atuação sobre o indivíduo são:
- Profilaxia medicamentosa;
- Imunização;
- Controle de antimicrobianos;
Legislação sobre o controle das Infecções:
1983: estabelece-se a primeira Portaria (196) sobre infecções hospitalares no Brasil;
1992: A Portaria 930, mantém a exigência da CCIH e determina a constituição dos
serviços de controle de infecção (o antibiótico passava a ser uma parte do sistema do
controle de infecção hospitalar para poder ser validado sua prescrição);
1998: A Portaria 2.616 é a legislação mais recente, revoga a portaria 930 e amplia as
atribuições de CCIH no Hospital;
2000 - RDC Nº 48 - ANVS/MS; Cria o Roteiro de Inspeção do Programa de Controle de
Infecção Hospitalar;
● O controle das infecções hospitalares é uma atividade essencialmente
multiprofissional. A contribuição da Farmácia no controle das infecções
hospitalares é considerada relevante;
Farmácia Hospitalar
O serviço de farmácia tem como objetivo promover o uso racional de medicamentos,
portanto em conjunto com a Comissão de controle de infecção hospitalar, a farmácia
desenvolve ações relacionadas ao controle de antimicrobianos e racionalização do
uso de germicidas;
Cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se pelo treinamentode
funcionários e profissionais no que diz respeito ao controle das infecções
hospitalares;
Há a necessidade de se padronizar os antimicrobianos que melhor atendam as
características da ecologia microbiana da Instituição;
Para o fornecimento de medicamentos deve-se ter uma avaliação rigorosa na seleção
dos fornecedores e periodicamente;
A Armazenagem deve manter a integridade dos seus princípios ativos, através do
controle de vários fatores como, temperatura, luz, umidade, presença de
microorganismos e ainda a validade do fármaco;
Risco de Contaminação
Contaminação de medicamentos
- Existem dificuldades para a identificação de um surto devido à contaminação
de um medicamento, não há protocolos para caracterização e o estudo
microbiológico dos casos suspeitos e suas possíveis fontes de contaminação;
Contaminação na indústria
- Esta contaminação é geralmente disseminada no tempo, espaço e entre várias
instituições. Só pode ser identificada se um rigoroso sistema de vigilância for
implantado;
Contaminação na Farmácia
- Geralmente envolve a contaminação de soluções usadas na formulação de um
produto ou um equipamento, freqüentemente bomba de infusão ou seringa,
usado na formulação ou preparação de um fluído estéril. A recomendação dos
testes de esterilização realizados durante o processo de manipulação permite
a identificação e a correção destas falhas;
Contaminação no local de uso
- Atualmente este é o principal risco de contaminação dos produtos
farmacêuticos. Ocorre principalmente com medicações utilizadas em doses
múltiplas, especialmente produtos tópicos como soluções oftálmicas,
anti-sépticos ou então soluções parenterais que são preparadas em postos de
enfermagem a partir de produtos de múltipla dose mal manipulados ou
conservados inadequadamente após sua abertura.
Nutrição Parenteral Prolongada
- Casos de bacteremia e fungemias hospitalares, por deficiências em sua
preparação. Deve armazenar alíquotas de todas as soluções preparadas;
Soluções oftálmicas
- Cuidados devem ser tomados com estas soluções. Sua contaminação ocorre
principalmente no uso, podendo ser responsável por epidemias de infecção
hospitalar;
Soluções Parenterais
- Ampolas- Seu conteúdo deve ser passado imediatamente para uma seringa, e
qualquer sobra descartada;
- Frascos de múltiplas doses - A tampa sofrer desinfecção com solução de ação
rápida (álcool a 70%). Não devem ser utilizados indefinidamente e, uma
inspeção para visualização de turvação ou alteração do seu conteúdo deve
ser feito;
- Soluções de produtos liofilizados – A tampa deve sofrer a desinfecção (álcool a
70%) antes da introdução da solução para reconstituição. Mantendo-se a
estabilidade deve existir orientação para manipulação e estocagem adequada;
Protocolo para suspeita de reações pirogênicas:
Reação pirogênica pode ser definida como a presença súbita e inexplicada de pelo
menos um dos seguinte sinais ou sintomas:–Calafrios, sudorese, hipotensão ou
taquicardia em pacientes que estão recebendo infusão endovenosa, devido a
presença de microrganismos ou seus produtos tóxicos;
O serviço de farmácia hospitalar e a CCIH devem ser acionados para detectar a
causa da ocorrência;•A organização mundial de saúde promoveu, no período de 1983
a 1985, um estudo da prevalência de infecção hospitalar em 14 países. A prevalência
foi de 8,7%, oscilando de 3 a 21%;
No Brasil, em 1994, o Ministério da Saúde avaliou 99 hospitais terciários, a taxa dos
pacientes com IH foi de 13%.
Perfil dos antimicrobianos:
A análise do perfil de sensibilidade das bactérias isoladas nos hospitais é
fundamental para:
- Estabelecer a estratégia e os métodos de controle;
- Implementação de protocolos de uso;
- Treinamento das equipes;
A maior parte dos programas de racionalização de antimicrobianos estabelece como
referência:
- A educação;
- A restrição de uso;
- Perfil de sensibilidade dos microorganismos.
O mau uso dos antimicrobianos nos hospitais do País é uma situação crítica,
portanto as tendências atuais é o desenvolvimento de um programa de
racionalização de antimicrobianos;
A restrição de uso é o método mais utilizado para o controle da prescrição e existem
basicamente três tipos controles: O chamado sistema livre; liberado sob controle ou
controlado e o de uso restrito ou de prescrição especial.
A farmácia hospitalar é parte importante nesse esforço, executando as seguintes
atividades:
- Controle do número de pacientes em uso de antimicrobianos e da duração do
tratamento;
- Tabelas de preços dos tratamentos com antimicrobianos;
- Informações e orientações técnicas;
- Levantamento da frequência de indicação profilática e terapêutica;
- Determinação do consumo mensal de antimicrobianos por unidades de
internação;
- Fornecimento de dados para subsidiar a revisão/atualização da padronização
dos antimicrobianos pela CFT e CCIH;
- Revisão retrospectiva da utilização de medicamentos antimicrobianos por
clínica.
Classificação dos antimicrobianos:
- Uso restrito: só pode ser prescrito pela CCIH e não pode ser liberado pela
farmácia com a prescrição de outro profissional; é necessário ter uma ficha de
autorização/controle na farmácia pela CCIH para ocorrer a dispensação que
controlará o tempo de tratamento; no dia anterior ao término do tratamento, é
feito uma reavaliação para que se determine se haverá a manutenção,troca ou
encerramento do tratamento.
- EX: Vancomicina (amplo espectro de ação).
- Liberado sobre controle: é um grupo intermediário e são liberados no inicio do
tratamento e a CCIH tem 24 horas para fazer uma analise e revisão antes de
liberar pela ficha de controle para a determinação do tempo de tratamento.
Para os dois grupos, além da ficha de controle, é necessário uma curva do
crescimento microbiano para que o laboratório possa acompanhar o tratamento.
- Prescrição livre: não é monitorado pela CCIH no momento da prescrição, mas
sim no acompanhamento do tratamento; pode ser prescrito somente pelo
médico.
● Todos os medicamentos são monitorados ao longo do mês para fazer parte
dos relatórios de controle de infecção hospitalar para que a Vigilância possa
estar ciente.
Antibiótico profilático em cirugia:
Justifica-se o uso profilático de antibióticos em cirurgia se houver risco elevado de
infecção no pós operatório ou se houver graves consequências se ocorrer infecção na
ferida cirúrgica;
Tem a finalidade de evitar a infecção da ferida operatória, não tendo objetivo prevenir
a ocorrência de infecção em outros sítios orgânicos. A droga deve ser prescrita pouco
antes ou no início do procedimento cirúrgico, na indução anestésica;
- Procedimento limpos;
- Potencialmente contaminados.
O antibiótico deve ser administrado em doses adequadas e por tempo suficiente para
combater o germe contaminante e não provocar alterações na microbiota normal;
Protocolo padrão para antibiótico profilaxia propicia a redução de atrasos e erros de
doses . Melhorando consideravelmente a relação custo/eficiência .
Farmacêutico:
- O farmacêutico tem a responsabilidade de contribuir para a prevenção e
controle da infecção hospitalar;
- O grande número de antimicrobianos disponíveis reforça a necessidade do
trabalho integrado entre médicos, farmacêuticos, anestesiologista,
enfermeiras e membros de CCIH para orientar a utilização destes fármacos;
- O farmacêutico deve assegurar que o paciente receba o antimicrobiano no
momento que necessita, na dose, via e frequência de administração corretas,
por período adequado;
- É fundamental estabelecer protocolos de uso de antimicrobianos que
também considere o fator custo.

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