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Fisioterapia Pélvica no Puerpério

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Fisioterapia pélvica – Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade (@taciavilar) 
 
 
PUERPÉRIO (FISIOPATOLOGIA) 
Puerpério, período puerperal, pós-parto ou 
sobreparto é o período logo após o 
nascimento do bebê (após a dequitação 
placentária e dos anexos), em que as 
modificações ocorridas no corpo materno 
retornam ao estado que antecedia a gestação e 
alterações psíquicas. Dura em cerca de 6 a 8 
semanas após o parto, onde todos os órgãos de 
reprodução que foram alterados irão retornar 
ao estado não gravídico. 
 
 
 
No pós-parto imediato: 
 
 Alívio, tranquilidade e exaustão física 
(em casos de parto vaginal); 
 Calafrios e em seguida sudorese (em 
casos de anestesias); 
 Sede (nos casos de mulheres que 
receberam anestesia não podem comer, 
sair da posição supina, mexer a cabeça 
ou falar após as 12 horas do parto, pois 
o efeito da anestesia ainda estará ativo 
promovendo enjoos, cólicas, dores de 
cabeça e etc); 
 Irritabilidade; 
 Sono; 
 Psíquicas (imediata preocupação, 
depressão). 
 
 
 
1. Crise genital: as mucosas da vagina e 
do útero começam a involuir; 
2. Recuperação genital: recuperação das 
mucosas (endométrio começa a crescer, 
mucosa que foi lacerada durante a 
passagem do bebê começa a se 
recuperar). 
 
 
 
Classificação: 
 
1. Puerpério imediato (0 ao 10º dia): 
intensas modificações corporais e alto 
índice de complicações cirúrgicas (em 
quem fez cesáreas, episiotomias), caso 
ocorra alguma complicação na mulher 
nessa fase, o período é denominado de 
puerpério patológico; 
 
2. Puerpério tardio (11 ao 45º dia); 
 
3. Puerpério remoto (além do 45º dia): 
principalmente em primíparas e em 
mulheres com mais que 35 anos. 
 
 
 
 Retração abaixo da cicatriz umbilical 
(no período gravídico se localiza 
próximo ao processo xifoide); 
 Medidas iniciais de um útero gravídico: 
15x12x10 cm e 1 kg; entre a 2º e 8º 
semana de puerpério ele apresenta 
350g, chegando até 60g no final do 
período (involui cerca de 0,7 cm/dia); 
 Apresenta uma atividade contrátil 
permanente = hemostasia do sítio 
placentário (fechamento do sítio 
placentário, parte da placenta que foi 
aberta no momento da dequitação 
começa a cicatrizar); 
 As primíparas jovens apresentam um 
ritmo de involução acelerado em relação 
às multíparas; 
 Efeito Ferguson: reflexo útero-mamário 
(lactação acelera a involução), estímulo 
mamilar e dos ácinos galactóforos 
liberam ocitocina que provocam a 
ejeção do leite e contração uterina. 
 
 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 
PERÍODOS: 
 
ÚTERO: 
 
Fisioterapia pélvica – Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade (@taciavilar) 
 
 
 
 
 Ligaduras vivas de Pinard: são artérias e 
veias espiraladas formadas 
especificamente para nutrição da 
placenta, no período puerperal 
começam a cicatrizar (são fechadas), 
isso provoca um processo de colapso 
circulatório (trombotamponagem); 
 O sítio placentário começa a sofrer uma 
retração e contração do miométrio, 
desencadeando uma coagulação; 
 10 dias após o parto o diâmetro 
abdominal já reduziu 50%; 
 O estimulo da contração do útero 
estimula o sistema imunológico, que 
envia leucócitos para essa região a fim 
de desenvolver uma barreira protetora; 
 30 dias após o parto, o endométrio já 
apresenta uma espessura normal (0,2-
0,5 mm). 
 
 
 
É uma secreção vaginal (sanguíneas, 
serossanguíneas ou serosas), acontecem em 
parto vaginal e em cesáreas. Geralmente cessa 
de 4 a 6 semanas após o parto. 
 
1. Lóquios vermelhos/rubro: são 
sanguíneos. 
2. Lóquios fusca/flavor ou seroso (a 
partir do 5º dia): serossanguíneo. 
3. Lóquios alva/branco (14 ao 21º dia): 
seroso e esbranquiçado. 
 
A menstruação ocorre 45 dias após o parto (em 
média), o aleitamento materno pode causar 
uma amenorreia de 8-12 meses (pode ocorrer 
gravidez nesse período), a gravidez nesse 
período depende da: 
 
 Frequência de mamadas do bebê: 
quanto maior a frequência, maior o 
bloqueio ovulatório; 
 Tempo de sucção: liberação de ocitocina 
que bloqueia a ovulação; 
 Suplementação alimentar do recém-
nascido (frequência de mamada e 
sucção diminui); 
 
 
 
 Estado congestivo (edema) com 
regressão de 48 às 72h após o parto; 
 Atrofia por carência de estrogênio: 
redução da espessura epitelial; as 
pregas da parede vaginal atrofiam em 
até 3 semanas após o parto; 
 Lacerações: todas as mulheres vão ter 
uma laceração grau I; 
 Carúnculas himenais/mirtiformes: 
laceração de hímen. 
 
 
 
 Flácida: pele, tecido subcutâneo, fáscia 
e peritônio foram estirados durante a 
gravidez e nessa face começam a 
involuir; 
 Vísceras: retorno à posição original; 
 Diástase do reto abdominal: seis 
semanas de recuperação. 
 
 
 
 Retorno da função renal: seis meses; 
 Relaxamento da parede vesical: três 
meses; 
 Hematúria, proteinúria, anúria ou IU 
pós-parto: 
 
Edema + hiperemia + sangramento submucoso 
vesical; 
Agravamento do quadro: peridural e 
raquimedular. 
 
 
 
 Retorno às funções em 6 a 12 semanas; 
ENDOMÉTRIO: 
 
LÓQUIOS: 
 
GENITAIS EXTERNOS E VAGINA: 
 
PAREDE ABDOMINAL: 
 
SISTEMA URINÁRIO: 
 
APARELHO CARDIOVASCULAR: 
 
Fisioterapia pélvica – Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade (@taciavilar) 
 
 
 Anemia (perda de 500 a 1000 ml de 
sangue): principalmente em mulheres 
que fizeram cesáreas; 
 PAS: eleva-se em 10-20 mmHg após o 
parto (em partos vaginais = o esforço 
causa uma sobrecarga do sistema 
circulatório; além da eliminação da 
circulação placentária); 
 Descompressão da VCI: diminuição da 
PV (pressão venosa) nos MMII; 
 Nessa fase (puerpério imediato) existe 
um risco aumentado de TVP devido o 
aumento do fibrinogênio e fator VIII 
(fator de coagulação) associado à 
limitação da atividade física. 
 
 
 
Lactação: 
 
 Colostro (3 a 7 dias): mais proteínas e 
sais minerais com pouco açúcar e 
gordura. 
 Leite de transição (2 a 3 semanas); 
 Leite maduro (3 semanas após o parto). 
 
Recomendações: 
 
 Evitar restrições para que não ocorra 
ingurgitamento (sutiãs ou roupas 
apertadas demais); 
 Mamadas prolongadas podem gerar 
fissuras, maceração e mastite; 
 A higienização deve ser feita antes e 
após as mamadas (água e algodão); 
Caso exista a presença de turgência 
mamária ou proliferação de bactérias, a 
mulher pode apresentar febre, o leite 
ficará ácido. 
 
Observação: leites ácidos provocam cólicas no 
bebê. 
 
Cuidados com as mamas: 
 
 Mantê-las suspensas e confortáveis; 
 Massagear durante o banho; 
 Exercícios na aréola e papila; 
 Exposição ao sol (estímulo de 
melanócitos e glândulas sebáceas). 
 
Amamentação: 
 
 Oferecer sempre as duas mamas 
(primeiro leite: mais aquoso, mata a 
sede; segundo leite: mais gorduroso, 
mata a fome); 
 É necessário que exista a ordenha após a 
mamada para que seja retirado o leite 
residual; 
 O bebê precisa abocanhar a aréola do 
peito. 
 
Tipos de mamilo: 
 
 Invertido ou pseudoinvertido: também 
chamando de mamilo umbilicado, é 
voltado para dentro. O bico pode ser 
extraído aos poucos com as mesmas 
técnicas usadas no caso dos planos. É o 
que mais gera mais obstáculos para 
amamentar, já que o leite não sai com 
facilidade. O pseudoinvertido tem a 
mesma aparência, mas ao ser 
estimulado fica proeminente, assim, o 
bebê mama sem problemas. 
 
Vantagens da amamentação: 
 
 Reduz o risco de câncer de ovário e 
mama; 
 Previne a osteoporose; 
 Queima calorias. 
 
Contraindicações: 
 
 Câncer de mama (contraindicação 
absoluta); 
 HIV +; 
 Baixo peso e imaturidade; 
MAMAS: 
 
Fisioterapia pélvica – Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade (@taciavilar) 
 
 
 Fenda palatina. 
 
 
 
 Dados vitais: PAS, FR, volume urinário, 
temperatura axilar para que seja evitado 
risco de infecções geniturinária e/ou 
mamária; 
 Sangramentovaginal: persistência de 
lóquios vermelhos após o 5º dia; sub-
involução uterina que ocasiona uma 
retenção placentária e/ou 
atonia/hipotonia uterina. 
 Ferida cirúrgica: períneo 
(episiorrafia); região suprapúbica 
(incisão abdominal); presença de 
hematoma, infecção, deiscência 
(abertura da cicatriz), etc; higienização 
após micções e evacuações. 
 
Complicações pós-parto: 
 
MÃES: 
 
Hemorragia: 
 
 5º causa de morte materna; 
 uterina (hipotonia/atonia; retenção 
placentária; placentação anômala; 
sangramento de sítio placentário; 
lacerações e ruptura uterina); 
 Não-uterina (laceração do trato genital; 
coagulopatia; hematoma puerperal). 
 
Infecção puerperal: 
 
 Febre (infecção da episiotomia; 
edometrite; endomiometrite; 
parametrite e anexite; pelviperitonite; 
choque séptico); secreção purulenta 
fétida; aumento do volume uterino; dor 
à palpação. 
 
Tromboflebite pélvica séptica; 
 
Fasciite necrosante: causada por uma bactéria 
que come o tecido do útero, nesses casos é 
necessário fazer a retirada do útero; 
Ingurgitamento mamário; 
 
Mastite; 
 
Atelectasia; 
 
Doenças circulatórias (cardiomiopatia dilatada, 
cardiopatia periparto); 
 
Doenças tromboembólicas (a deambulação 
precoce diminui as chances); 
 
Distúrbios emocionais (melancolia, depressão, 
psicose, síndrome do pânico); 
 
NEONATOS: 
 
Icterícia neonatal (atinge cerca de 60% dos 
RNs), o organismo produz excessivamente a 
bilirrubina, ou seja, não metabolizada pelo 
fígado por causa da imaturidade do órgão, logo, 
a pele do bebê fica amarelada. Na maioria dos 
casos a bilirrubina regride naturalmente e 
desaparece na primeira semana de vida da 
criança. Se não for reduzida, pode chegar ao 
cérebro e interrompe o metabolismo das 
células nervosas, podendo causar a morte. 
 
 Tratamento: fototerapia (transforma a 
bilirrubina tóxica em não tóxica para o 
organismo); 
 
 Fatores de risco para desenvolvimento 
de icterícia: bebês que nascem com o 
fator sanguíneo RH+; bebês cujas mães 
são RH-; RNs dos grupos sanguíneos A 
ou B que sejam filhos de mulheres do 
tipo O; prematuros; bebês que 
apresentam dificuldades de 
amamentação nos primeiros dias. 
 
 
CUIDADOS PÓS-PARTO: 
 
Fisioterapia pélvica – Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade (@taciavilar) 
 
 
 
 
 
Fisioterapia pélvica – Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade (@taciavilar) 
 
 
PUERPÉRIO (FISIOTERAPIA) 
 
 
É necessário ter conhecimento sobre o horário 
e a procedência do parto, ou seja, se foi via 
vaginal (repouso de 6 horas) ou via cesariana 
(repouso de 8 horas), nessas duas fases ocorre 
um estresse físico e emocional + instabilidade 
hemodinâmica. 
 
ANAMNESE: 
 
 Dados pessoais; 
 HPP (história patologia pregressa), 
HDA: ambas em patologias que 
aconteceram durante a gestação; 
 Dados obstétricos e do parto: histórico 
de IU ou IF durante a gestação; 
 Queixas; 
 Posicionamento no leito: principalmente 
na hora de amamentação; 
 Estado emocional: para verificar 
receptividade às orientações; 
 
EXAME FÍSICO: 
 
 Sinais vitais: FC, FR, PA e temperatura 
axilar; 
 
 
 
 
 
 
 Avaliação respiratória: principalmente 
em partos cesáreos que podem causar 
casos de atelectasia; 
 
 
 
 
 
 
 
 Inspeção/palpação abdominal: Para 
analisar o grau de involução do útero; 
para observar se existe dor em alguma 
região; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Avaliação dos membros inferiores: 
principalmente na questão de TVP; 
 
 
 
 
 
 
 Avaliação das mamas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PUERPÉRIO IMEDIATO: 
 
Alguma alteração nesses sinais pode limitar 
a cinesioterapia, em casos de presença de 
febre não realiza nenhum procedimento, 
encaminha para a enfermagem. 
Observa o padrão ventilatório; a 
expansibilidade torácica; mobilidade 
diafragmática e ausculta pulmonar. 
 
Observação: a mecânica ventilatória está 
sujeita a alterações, tanto no pós-parto 
vaginal quanto pós-cesárea. 
Palpação do útero; timpanismo abdominal; 
diástase do músculo reto abdominal 
(paquímetro/dedos: supra (3 dedos acima 
do umbigo), umbilical e infra (3 dias abaixo 
do umbigo). 
 
Observação: para a realização desse exame, 
a paciente precisa ficar em decúbito dorsal e 
com os joelhos fletidos. Então, o 
fisioterapeuta palpa a região hipotônica do 
músculo e pede para a paciente realizar uma 
flexão anterior de tronco. 
 
A diástase varia de 2-10 cm de largura (risco 
acima de 3 cm em realizar contração 
concêntrica). 
Presença de edemas e varizes; sinais de 
formações do trombo (maléolo medial, 
fossa poplítea e região inguinal), sinal 
positivo = dor + rubor + hiperemia. 
Avalia a simetria; condição mamilar (evitar 
o ingurgitamento mamário – restrição das 
mamas; evitar mamadas prolongadas = 
maceração, fissura, mastite; higienização 
dos mamilos com algodão e água, antes e 
depois das mamadas; presença de colostro 
– lactação de 24 às 72h após o parto). 
Fisioterapia pélvica – Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade (@taciavilar) 
 
 
 
 
1. Reeducação da função ventilatória: 
 Melhorar a capacidade funcional global; 
 Ventilação diafragmática com estímulo 
proprioceptivo; 
 Expiração com isometria abdominal; 
 Manobras de mobilização e eliminação 
de secreções (uso de travesseiros na 
cicatriz durante a tosse). 
 
2. Reeducação da função abdominal: 
 Melhorar o peristaltismo intestinal 
(exercícios de mobilização pélvica em 
DD ou ortostatismo; massagem 
abdominal no sentido horário – 
aumenta a eliminação de flatos – 
timpanismo – deambulação e DL); 
 
3. Estímulo ao aparelho circulatório: 
 Deambulação: previne edema, varizes e 
trombose; 
 Exercícios que favoreçam o retorno 
venoso (mobilização tibiotársica); 
 Elevação de MMII no leito (não realizar 
quando a paciente estiver com a PA 
elevada). 
 
4. Reeducação do assoalho pélvico: 
 Reduz o risco de IU, IF e disfunções 
sexuais futuras; 
 Melhora a autoestima e a qualidade de 
vida; 
 Episiotomia: crioterapia ou 
termoterapia local; 
 Exercícios de Kegel: melhoram as trocas 
metabólicas e favorecem a cicatrização. 
 
Observação: ter cuidado com posições que 
tracionam a musculatura, causando dor. 
 
5. Reeducação postural: pacientes que 
realizam cesarianas apresentam posição 
antálgica em flexão de tronco. 
 
 Aliviar as tensões; 
 Diminuir o quadro álgico; 
 Incentivar o uso de posturas corretas; 
 Órtese abdominal (deixa a musculatura 
abdominal preguiçosa, só recomendar 
em último caso – pendular, muito 
protruso); 
 
O parto vaginal pode desencadear coccialgias 
pós-parto, dependendo de como foi esse parto, 
do tamanho do bebê, se foi utilizado fórceps. 
Além disso, o parto vaginal desencadeia muita 
instabilidade sacroilíaca. 
 
 
 
 Queixas álgicas na coluna e fadiga, o que 
gera ansiedade e estresse. 
 Alongamento de grupos musculares 
específicos; 
 Orientações sobre o posicionamento 
correto ao segurar o bebê e amamentá-
lo; 
 Exercícios de fortalecimento do AP; 
 Atendimento individual ou em grupo; 
 Assistência aos cuidadores – 
alongamento e relaxamento. 
 
Benefícios: aumenta o vínculo mãe-filho; 
estimula o aleitamento materno; melhora o 
controle térmico; diminui o risco de infecções 
hospitalares. 
 
 
 
É necessário realizar uma nova anamnese e 
avaliação funcional do assoalho pélvico (AP). 
 
CONDUTAS: 
 
1. Orientações sobre as posturas nas AVDs 
com o bebê: 
 Uso de slings (faixas de pano para 
segurar o bebê); 
 
CONDUTAS TERAPÊUTICAS: 
 
ATENDIMENTO À MÃE CANGURU: 
 
PUERPÉRIO TARDIO: 
 
Fisioterapia pélvica – Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade (@taciavilar) 
 
 
 
2. Altura do trocador, banheira, berço, 
carrinho: 
 10-15 cm do cotovelo da mãe ou na 
altura do umbigo (crista ilíaca); 
 Recuo para encaixedos pés para que a 
mulher mantenha a postura ereta da 
coluna; 
 Tapete antiderrapante ou cadeirinhas 
dentro da banheira; 
 Entrar no carro para posicionar o bebê 
na cadeirinha; 
 Finta anterior (um pé na frente do 
outro, posição de esgrimista). 
 
Atendimento individual ou em grupo: 
Objetivos: 
 
 Normalização das curvas fisiológicas da 
coluna (exercícios de alongamento e 
fortalecimento); 
 Reestruturação da imagem e esquema 
corporal; 
 Reeducação do AP; 
 Abdominal isométrico (principalmente 
em cadeia excêntrica – diástase 
abdominal); 
 Exercícios aeróbicos moderados; 
 Hidroterapia; 
 Retorno às atividades físicas habituais 
após três meses de atendimento 
fisioterapêutico. 
 
ABORTO (FISIOTERAPIA) 
É a interrupção da gravidez por expulsão e/ou 
morte do embrião ou feto junto com seus 
anexos. Definido pela OMS a partir de 22 
semanas completas (154 dias) de gestação, 
quando o peso ao nascer é normalmente de 
500g. Costuma-se classificar o aborto como 
precoce quando ocorre antes de 1 semanas da 
gravidez, e como tardio quando se dá entre as 
13 e 22 semanas. Após as 22 semanas é 
denominado de morte fetal e não de aborto. 
 
A frequência do aborto está relacionada com: 
1. Idade gestacional: quanto maior, menor 
a possibilidade de aborto espontâneo. 
2. Idade materna: maior prevalência após 
os 30 anos. 
CLASSIFICAÇÃO: 
1. Quanto à etiologia: 
Espontâneo (involuntário): 
 Ameaça de aborto: ocorre frequente no 
1º trimestre de gravidez, incide em 25% 
das gestações. Nesses casos existe um 
aparecimento de hemorragia 
transvaginal, procedente do interior do 
útero, nas primeiras semanas de 
gestação. É necessário repouso absoluto. 
O quadro clínico é o seguinte: 
Leve hemorragia; dor leve do tipo cólica 
abdominal ou na região sacro-lombar; canal 
cervical fechado; não há dor à mobilização 
cervical ou à palpação dos anexos. 
 Aborto inevitável: ocorre dilatação do 
colo do útero acompanhado de 
sangramento severo. O quadro clínico é 
o seguinte: 
Sangramento mais intenso, contínuo, de cor 
vermelha viva, por vezes com coágulos; dor 
pélvica de maior intensidade tipo cólica; 
contrações uterinas rítmicas com dilatação 
cervical. 
 Aborto completo: expulsão completa do 
conteúdo uterino. O quadro clínico é o 
seguinte: 
Diminuição do sangramento (após expelir 
tudo); útero contraído; cessação da dor. 
Nesse caso não há necessidade de curetagem ou 
AMIU (aspiração manual intrauterina). 
Fisioterapia pélvica – Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade (@taciavilar) 
 
 
 Aborto incompleto: ocorre expulsão do 
embrião com retenção dos tecidos 
ovulares. Geralmente ocorre antes de 6-
10 semanas, onde a placenta e o 
feto/embrião são eliminados juntos. O 
quadro clínico é o seguinte: 
Hemorragia abundante, com risco de choque 
hipovolêmico; a cérvix está aberta, tocando-se 
os produtos de concepção; dor no hipográstrio, 
semelhante ao trabalho de parto. 
Nesse caso é necessária a realização de 
curetagem ou AMIU. 
 Aborto recorrente: ocorrência de dois 
ou mais abortos espontâneos em 
gestações sucessivas ou três ou mais 
abortos não sucessivos. Causas: 
incompetência cervical; infecções 
maternas; estado nutricional; miomas; 
mal formações uterinas congênitas. 
 
 Aborto retido: retenção de produtos de 
concepção mortos no útero por várias 
semanas. Após a morte 
fetal/embrionária pode não haver 
hemorragia vaginal ou outros sinais de 
ameaça de aborto. O quadro clínico é o 
seguinte: 
Perda de sangue escuro (borra de café); 
ausência de sinais usuais de progressão de 
gravidez; desaparecimento dos sintomas de 
gravidez; dor pélvica geralmente ausente; dias 
ou semanas após a morte fetal, o teste para B-
HCG na urina torna-se negativo. 
Nesse caso é necessária a realização de 
curetagem ou AMIU. 
25% de todas as gestações terminam em 
abortos espontâneos. Destes, 75% ocorrem nos 
primeiros três meses de gravidez e são devido 
a anomalias cromossômicas. No 2º trimestre o 
feto é expulso principalmente por causas 
mecânicas (acidentes, trauma no útero, ruptura 
de membranas). 
 Aborto séptico/infectado: é o aborto 
complicado por uma infecção uterina. 
Mas frequente nos casos de aborto 
clandestino. O quadro clínico é o 
seguinte: 
Sinais semelhantes aos de aborto incompleto; 
dor pélvica espontânea e à palpação; quadro 
febril; leucorreia fétida. 
 
CAUSAS: 
ESPONTÂNEO PRECOCE: anomalias 
cromossômicas; doenças autoimunes; 
insuficiência do corpo lúteo; anomalias da 
cavidade uterina; infecções; fatores ambientais. 
ESPONTÂNEO TARDIO: desordens anatômicas 
– incompetência istmo-cervical (é uma causa 
de aborto tardio com tendência à repetição); 
miomas; sinéquias uterinas (cicatrizes uterinas 
que resultam de agressões nas camadas mais 
profundas do endométrio com curetagens 
vigorosas e repetidas); malformações uterinas 
(útero didelfo, unicorno, bicorno e septado). 
 Útero duplo ou didelfo – possui uma 
invaginação na cavidade uterina 
dividindo ela em duas. 
Fisioterapia pélvica – Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade (@taciavilar) 
 
 
 
Nesse tipo de útero pode ser possível 
engravidar em uma cavidade e continuar 
menstruando na outra cavidade. 
 Útero septado: quase impossível de 
existir gravidez, existe uma restrição de 
crescimento uterina muito grande. 
 Útero bicorno: possui uma invaginação, 
porém é fechada. 
 Útero unicorno: os dois ovários são 
posicionados do mesmo lado. 
 
Outras causas: 
Doenças endócrinas: hipotireoidismo 
(diminuição da produção de T4, responsável 
pelo crescimento fetal); diabetes mellitus 
(comprometimento do fluxo sanguíneo do 
útero); mecanismos imunológicos 
(autoimunidade - sistema imunológico não 
reconhece o próprio corpo; e aloimunidade – 
corpo não reconhece o material genético da 
mesma espécie). 
Induzido: 
 Terapêutico (legal): É a interrupção da 
gravidez por indicação médica antes das 
28 semanas, a fim de proteger a saúde 
da mãe. Indicações: em casos de estupro 
ou incesto (pai estuprou a filha; irmão 
estuprou irmã); risco de vida para a 
mãe; quando a gravidez tende a resultar 
ao nascimento de uma criança com 
deformidades físicas severas ou retardo 
mental; se a grávida tiver um atraso 
mental grave. 
 Criminal (clandestino): é a interrupção 
da gravidez antes das 20 semanas, mas 
não por razões de comprometimento de 
saúde materna ou doença fetal. 
 
2. Quanto ao tempo de expulsão: 
 Precoce: < 12 semanas de gestação; 
 Tardio: > 12 e < 20 semanas de 
gestação. 
 
3. Quanto à idade gestacional: 
 Ovular: até a 2ª semana; 
 Embrionário: da 3ª à 8ª semana; 
 Fetal: da 9ª até antes da 22ª semana. 
 
4. Quanto à frequência ou recorrência: 
 Recorrente; 
 Habitual; 
 Ocasional. 
Formas de indução ao aborto: 
 Cirúrgico: dilatação e evacuação; 
aspiração a vácuo (AMIU); curetagem e 
laparatomia. 
 
 Clínicos: a partir de ocitocina 
intravenosa; líquido hiperosmótico 
intraaminionio (envenenamento salino); 
prostaglandinas F2 alfa e E2; anti 
progesteronas; pílula RU486 
(mifepristona). 
Complicações do aborto: 
 Infecção; 
 Choque séptico; 
 Hemorragia; 
Fisioterapia pélvica – Tácia Gabriela Vilar dos Santos Andrade (@taciavilar) 
 
 
 Trauma (físico e psicológico); 
 Infertilidade; 
 Perfuração do útero; 
 Abortos espontâneos; 
 Morte.

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