Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Exames Complementares em Alergia Exames Laboratoriais in vitro Exames laboratoriais in vitro ● Hemograma ○ Eosinofilia > 5% ○ 400 eosinófilos/mm³ ○ Outras condições que não são alérgicas ■ Parasitoses (A. lumbricoides) ■ Doenças linfoproliferativas ■ Vírus da AIDS Hemograma ● Linfócitos ● Plaquetas ○ Células da resposta imune acessória ● Monócitos ○ Paciente com monocitose, por vezes, não tem ainda leucocitose. Isso demonstra q tem imunocompetência Determinação dos níveis séricos de IgE total ● Realizado rotineiramente na pesquisa da sensibilização atópica. ○ Pode não estar muito alterado no paciente alérgico; ○ Sempre pedir junto com o hemograma no paciente alérgico. ● Outras condições que aumentam: ○ Tabagismo crônico; ○ Parasitoses intestinais. Determinação dos níveis de IgE específica ● Importante na pesquisa da sensibilização atópica. ● Pode ser medida no soro ou no prick test ● IMUNOCAP ○ Mais específico, maior custo e menos sensível comparado ao prick test. ● Situações específicas que é mais sensível: ○ Dermatite atópica (moderada a grave) ○ Dermografismo branco ● Razões para realização dos exames: ○ Impossibilidade de suspensão de anti-histamínico ○ Pacientes com doenças linfoproliferativas ○ Crianças pequenas e idosos (menor produção de IgE - o prick test fica ruim de fazer) ○ Pacientes com relato de anafilaxia Determinação dos níveis séricos de IgA, IgM e IgG ● Útil em imunodeficiências ● Erros inatos da imunidade → infecções crônicas de repetição. ● Deficiência de IgA → asma brônquica ○ Pedir em adolescentes e crianças principalmente. ● Citologia dos esfregaços nasais ○ Diferença entre rinite alérgica e rinite infecciosa. ■ Presença de eosinófilos → rinite alérgica ■ Presença de neutrófilos → rinite infecciosa ● Outros ○ Glicemia ○ Sumário de urina ○ Proto-parasitológico de fezes IgG - maior função anticórpica; se tiver alto: imuno competência. IgA deve estar normal, podendo ser um pouco aumentada. Se tiver baixa, indica imunodeficiência específica de IgA, que é muito frequente. Exames Laboratoriais in vivo Teste cutâneo de leitura imediata - Prick Test ● Reação alergo-cutânea mediada por IgE. ● Usar extratos padronizados. ● Idade do paciente: ○ Pacientes com menos de 5 anos e mais de 65 anos têm baixa reatividade cutânea ● Medicamentos em uso ○ Anti-histamínicos e corticoides devem ser suspensos antes do teste ● Condições patológicas: neoplasias e doenças renais crônicas podem interferir ● Condições que aumentam a resposta cutânea e impossibilitam a realização do exame: dermografismo, doenças anafiláticas e urticária. ● Mais sensível, menos específico e de baixo custo. Correlação clínica ● Qual os principais mecanismos imunopatológicos das doenças alérgicas avaliadas nos “testes” alérgicos? Hipersensibilidade tipo 1 Hipersensibilidade tipo 4 Células envolvidas Imunoglobulina E, mastócitos e basófilos principalmente Linfócitos T e neutrófilos Mediador envolvido Histamina Citocinas e produtos celulares Tempo de ação do mecanismo efetor 20 min - 2 horas Dias, geralmente 3-8 dias até semanas Tipo de resposta Imediata Tardia Hipersensibilidade tipo I Hipersensibilidade tipo IV Testes cutâneos de leitura imediata Mensuração de IgE específica sérica Teste de provocação oral Patch Test Intradérmico de leitura tardia Técnica ● Pele ○ Íntegra ○ Limpa com algodão e álcool ● Local ○ Braço ○ Costas ● Extrato alérgeno ○ Pequena gota na superfície flexora do antebraço ○ 2 - 5 cm de distância ○ Agulha hipodérmica ou Lanceta ■ Ângulo 90° ■ Bisel para cima BOUSQUET; et al. Alergy. 2012 Valk et al. Clin Transl Alergy. 2016 Técnica ● Controle ○ Negativo ■ Detectar falsos-positivos ● Dermografismo ● Reatividade traumática ■ Soro fisiológico ou glicerina 50% ○ Positivo ■ Fosfato de histamina 10mg/dL ■ Supressão por medicação ou doença ■ 3 mm Paciente anérgico - não tem reação alérgica, tudo daria falso negativo BOUSQUET; et al. Alergy. 2012 Valk et al. Clin Transl Alergy. 2016 Leitura ● Tempo ○ 8 a 10 min para histamina ○ 15 a 20 min para extratos alérgenos ● Reação ○ Pápulas > 3mm ○ Eritema > 10 mm ● Tamanho Que medicações devem ser suspensas antes do teste? Outros exemplos de prick-test ● Para alimentos. ● Para medicamentos: ○ Penicilinas; ○ Barbitúricos; ○ Penicilinas ○ Relaxantes musculares. ● Para aeroalérgenos. ○ Valor preditivo positivo elevado. Prick e alergia a drogas ● Reações imediatas, de mecanismo imunológico ● Prick negativo não exclui ○ Teste de provocação AINES? Prick-to-prick: alergia alimentar ● Produtos alergênicos in natura ● Não padronizado ● Investigação da alergia alimentar ○ Maior sensibilidade ○ Frutas frescas ■ Devido à degradação proteica rápida ● Técnicas semelhantes a do Prick ○ Puntura no alimento ● Concordância em até 92% com TPO Burks. UptoDate. 2014 Dosagem IgE sérica antígeno específica Dosagem de IgE específica ● Dosagem IgE ○ Imunoensaios ○ Atualmente: immucap ○ Alérgenos alimentares e aeroalérgenos ○ Avaliação de proteínas alergênicas e seus componentes Dosagem de IgE específica ● Indicações ○ Doença IgE mediada ■ Exposição alérgeno-específico ○ Impossibilidade de teste cutâneo ■ Pele não íntegra ■ Risco de complicações ○ Impossibilidade de interromper medicações ○ Alérgeno é um irritante potencial ○ Dermografismo ○ Paciente não colaborativo ○ Extrato não confiável para teste cutâneo Componentes: o que são? Para que estudar a especificidade para os componentes? Uso dos componentes na prática ● Reatividade cruzada clínica x laboratorial: alergia real? ● Avalia a parte molecular ● Marcadores de prognóstico ○ Ex.: alergia ao leite → avalia as proteínas mais alergênicas do leite. A caseína é a que mais demora a desenvolver tolerância. ○ Ovo, frutas, tropomiosina (presente em camarão, ácaros e baratas) ● Ao detectar a sensibilização ● Alérgenos do cão: canf1, canf2, canf3, canf4, canf5 (só em machos) e canf6. Dosagem de IgG4 específica - ImmunoCAP ● É possível monitorar a eficácia da imunoterapia! Teste de provocação oral ● ● Teste de provocação oral ● TPO ○ Padrão-ouro ● Realização da TPO ○ Idade ○ Características clínicas ○ Gravidade das reações prévias ○ Influência (exercícios físicos, álcool e medicamentos) ○ Ambiente adequado ● Indicações ○ Alimentos ○ Fármacos Teste de provocação oral ● TPO aberto ○ Possível alérgeno sem disfarce ○ Triagem da reatividade clínica ■ Ausência de correlação entre o sintoma e alimento suspeito ● TPO simples-cego ○ Possível alérgeno mascarado ■ Médico sabe o que está sendo oferecido ● TPO duplo-cego placebo-controlado ○ Teste padrão-ouro ○ Reprodução natural sem interferência ○ Menos falso-positivos (1,6 a 2,5%) Contraindicações ao TPO ● Infecções agudas ● Sintomas alérgicos exacerbados ○ Sintomas respiratórios ● Relativas ○ Doença sistêmicas ○ Doenças inflamatórias cutâneas ○ Vacinação recente ○ Urticária em atividade ○ Gestação ● Anafilaxia Teste de provocação ● Teste de provocação conjuntival ○ Avaliação da conjuntivite alérgica. ○ Instalação de gotas do alérgeno suspeito no saco conjuntival. ○ Após 15-20 min → hiperemia ocular, lacrimejamento e queixas (prurido). ● Teste de provocação oral ○ Administração de doses crescentes de alimentos ou droga suspeita. EXAMES LABORATORIAIS IN VIVO Teste de provocação ● Broncoprovocação: ○ Auxilia na avaliação da HRB. ○ Agentes provocadores: metacolina, histamina e alérgenos específicos. ○ Outros: exercícios (asma induzida por exercícios) ● Teste de provocação nasal: ○ Teste usado atualmente para pesquisa, na avaliação de novas drogas ou no estudo de mediadores químicos. Patch test ● Paciente com dermatose em fase inativa. ● Substâncias diluídas em veículo adequado e em concentrações padronizadas. ● Recomenda-se a utilização de uma bateria de testes padrão para pesquisa da dermatite de contato. ● Testes adicionais relacionados com a profissãoe a localização de dermatoses. ● Aplicação no dorso dos pacientes (local amplo) ● Quadros de papel filtro com 1 cm² aderidos em fita adesiva tipo micropore e distantes entre si cerca de 2 cm ou FINN CHAMBERS. Teste de contato ● Medicações que alteram ○ Corticoides e imunomoduladores tópicos locais: no local. ■ 3 dias ○ Corticoides sistêmicos ■ 30 dias ● Técnica ○ 2 cm entre testes ○ Todo o dorso até a linha axilar posterior ● Leitura com 48 e 72 horas ○ Exposição solar CASTRO. Diag. Clin e Lab. em alergia, 2012. Substâncias usualmente utilizadas no teste de contato bateria padrão ● DIAGNÓSTICO Interpretação do patch test ● interpretação ○ Eritema + ○ Eritema e pápulas ++ ○ Eritema, pápulas e vesículas +++ ○ Eritema, edema, vesículas confluentes com exsudação ++++ DIAGNÓSTICO Patch test ● Método mais eficiente ● Identifica os materiais que podem desencadear DCTestes positivos: eczema de contato alérgico ● Testes negativos: eczema de contato por irritação primária. ● Indicações: ○ Hipótese diagnóstica de eczema de contato alérgico. ○ Eczema de contato relacionado com o trabalho. ○ Eczemas crônicos não controladas com os medicamentos tópicos comumente utilizados. Diagnóstico Principais alérgenos de acordo com a localização das lesões ● Couro cabeludo - tinturas, tônicos e loções, soluções permanentes, xampus, chapéu, touca de banho e grampos ● Orelha e região retroauricular - perfumes, cosméticos usados no couro cabeludo, brincos, esmalte, armação de óculos, gotas auriculares, aparelhos auditivos. ● Face - esmalte, cosméticos, protetores solares, aeroalérgenos (poison Ivy, ambrosia), materiais em suspensão no ar (pó de cimento, serragem, tintas, inseticidas), gotas nasais, medicações para acne e lâminas de barbear. ● Lábios e região perioral - batons, esmaltes, instrumentos musicais, piteiras, pasta de dentes, soluções para gargarejos, anestesias dentárias, gotas nasais e nebulizações. ● Pescoço - esmalte, perfumes, protetores solares, gravatas, golas de camisas, colares, aeroalérgenos, loções de barbear, casacos de pele ou lã e materiais em suspensão. Diagnóstico Principais alérgenos de acordo com a localização das lesões ● Tronco - medicamentos tópicos, protetores solares, roupas (elásticos, nylon), plantas (poison ivy), cintos de metal. ● Axilas - desodorantes, perfumes, talcos, roupas, cremes depilatórios e lâminas de barbear. ● Mão e braços - sabões e detergentes, alimentos, plantas, materiais usados a profissão (tintas, cimento, gasolina, luvas, medicamentos), metais (anéis, moedas), tinta de jornal e caneta. ● Genitais - preservativos (borracha), plantas (transferidos pelas mãos), medicamentos tópicos e amaciantes de roupas. ● Região anal - medicamentos para hemorroidas, papel higiênico, sabões e amaciantes de roupas. ● Membros inferiores - medicamentos tópicos, roupas (meias de náilon), cremes depilatórios e objetos deixados nos bolsos (moeda e isqueiros). ● Pés - calçados, cimento, borracha, medicamentos tópicos e talcos. Dermatites de contato Diagnóstico molecular de alergia ● ImmunoCAP-ISAC (Immuno - Solid Phase Allergen Chip) ○ Plataforma de imunoensaio miniaturizada, onde alérgenos são imobilizados em um chip de microarray. ○ Possibilita a detecção simultânea de anticorpos IgE de 112 alérgenos purificados. Avaliação da função pulmonar ● Espirometria - possibilita a medida da capacidade vital forçada (CVF) ○ Máxima quantidade de ar expirado e esforço mínimo após inspiração máxima ● Determina: ○ Distúrbio ventilatório quando presente: ■ se: Obstrutivo, restritivo ou misto. ■ se: Leve, moderado e grave ○ Resposta ao broncodilatador: a obstrução ao fluxo aéreo desaparece ou melhora. ○ Relaxantes musculares. ○ Procedimento - esforço-dependente. Exames Laboratoriais in vivo Peak-flow (PFE) ● É o maior fluxo obtido em uma expiração forçada após inspiração completa até a CPT. ● Os aparelhos são simples, econômicos e portáteis. ● Podem ser utilizados em consultórios, clínicas e serviços de emergeñcia
Compartilhar