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RAPS E MATRICIAMENTO - SAUDE MENTAL

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Ana de Luca
RAPS
Lei em 2001 que instituiu que não faz mais tratamento só em 
hospital psiquiátrico. Pacientes atendidos em liberdade. 
Em 2011 tem implantação da RAPS → organiza os serviços para 
atender os pacientes com adoecimento mental. Pensar em 
cuidado em liberdade. Se tiver crise → internação breve.
A RAPS tem como objetivos gerais:
I. Ampliar o acesso a atenção psicossocial da população em 
geral. 
II. Promover a vinculação da pessoas com transtorno mental e 
com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e 
outras drogas e de suas famílias aos pontos de atenção.
III. Garantir a articulação e a integração dos pontos de atenção 
das redes de saúde no território, qualificando o cuidado por 
meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da 
atenção a urgências. 
Muda de lógica biomédica (cura/testes) para um modelo 
comunitário. 
A reforma psiquiátrica acompanha a reforma sanitária 
(implantação do SUS, etc..). 
3 pontos principais: cuidado em liberdade, lógica comunitária 
(se aproximar do território/população para criar vínculo), oferta a 
todos. 
Componentes da RAPS
Integralidade → questões psíquicas podem agravar 
adoecimentos de ordem física. 
Antigamente paciente de saúde mental era apenas de saúde 
mental, não via outras áreas. Com a RAPS, passou pra um 
cuidado integral → diálogo entre serviços e diferentes pontos da 
rede. 
Trabalha nos diferentes níveis de saúde: 
• AB: prevenção de agravos, promoção de saúde → UBS, 
centros de convivência, estratégia de saúde da família, NASFS, 
consultórios de rua. 
• Nível secundário: CAPS → serviço da crise → centro de 
atenção psicossocial. Se organiza com lógica territorial. Ex: 
CAPS III: acima de 200 000 habitantes.
• Entra em crise → agitação psicomotora (ex: 
ciclando/ rompe com realidade → quadro de mania 
→ expansividade, irritação, se colocando em risco). 
Quando vai abordar a AGITAÇÃO PSICOMOTORA 
→ TRÍADE: aumento do conteúdo verbal, aumento 
do conteúdo motor, não consegue responder a 
intervenções/ perdeu consciência). Agitação 
psicomotora acentuada em casos de mania. 
• Precisa internar → leva pra urgência e emergência 
no hospital GERAL!
• Terciário: SAMU, alas de reabilitação, UPA.
SRT: serviços de residência terapêutica. 
• Casas implantadas no território onde as pessoas que ficavam. 
Internadas muito tempo vão morar. Não é temporária, é fixo, 
diferente do abrigo temporário da atenção primária.
• Até 10 pacientes crônicos em cada SRT. Tem a liberdade de 
sair de casa, cozinhar o que que,..
• 2 técnicos que ficam. 
• Se morrer → fecha a vaga. 
Ana de Luca
A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) tem como objetivo: 
“Garantir a articulação e a integração dos pontos de atenção das 
redes de saúde no território, qualificando o cuidado por meio do 
acolhimento, do acompanhamento contínuo e da atenção às 
urgências em saúde mental”.
A Rede integra o Sistema Único de Saúde (SUS), composta por 
serviços e equipamentos variados, tais como: os Centros de 
Atenção Psicossocial (CAPS); os Serviços Residenciais 
Terapêuticos (SRT); os Centros de Convivência Cultural, as 
Unidade de Acolhimento (UAs), e os leitos de atenção integral 
(em Hospitais Gerais, nos CAPS III).
Na atenção básica
UBS: porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Centralizador do cuidado!
Núcleo de Apoio a Saúde da Família: estratégia primordial para 
a organização e o fortalecimento da atenção básica. A partir do 
acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas 
em uma área geográfica delimitada, são desenvolvidas ações de 
promoção da saúde e prevenção.
Consultório de Rua: modalidade de serviço da atenção primária 
à saúde, no âmbito da Estratégia Saúde da Família, oferecida 
pelo Sistema Único de Saúde para as populações em situação de 
rua.
Unidades de acolhimento: instituições de caráter transitório, 
que constituem-se como respostas para alguns dos modos de 
fragilidade social, seja quais sejam: a vida na rua, a ruptura dos 
vínculos familiares, sociais, a proteção nas situações de 
ameaças e risco à vida dos usuários, etc.
Centros de convivência e cultura: inclusão social das pessoas 
com transtornos mentais. Surge após a Reforma Psiquiátrica. 
Atenção Secundária ! Atenção Psicossocial 
Estratégica
CAPS → Centros de Atenção Psicossocial.
Os CAPS podem ser de tipo I, II, III, álcool e drogas (CAPSad) e 
infanto-juvenil (CAPSi).
Ana de Luca
L
Atenção Terciária - Atenção de Urgência e 
Emergência
Samu.
UPAS 24 horas: atua como uma estrutura de complexidade 
intermediária entre os serviços prestados pelas Unidades Básicas 
de Saúde e urgências hospitalares, absorvendo assim parte da 
demanda da população pelas emergências de hospitais públicos.
Hospital Geral: oferecem leitos gerais.
Estratégia de Desinstitucionalização
SRT: moradias destinadas a pacientes egressos de hospitais 
psiquiátricos e hospital de custodia (HCTP) que tenham passado 
dois anos ou mais ininterruptos internados nestes hospitais, e 
que não tenham vinculo familiar ou este vinculo esteja 
intensamente prejudicado.
PVC: programa de volta pra casa → inaugura o Programa De 
Volta Para Casa (PVC), que garante o auxílio de reabilitação 
psicossocial para a atenção e o acompanhamento de pessoas 
em sofrimento mental, egressas de internação em hospitais 
psiquiátricos.
A internação psiquiátrica só acontece com laudo médico. 
• Voluntária → paciente entende que precisa da internação.
• Involuntária → não quer ir, mas a equipe médica e familiares 
acham importante ficar recluso. 
• Compulsória → determinada pela Justiça. 
CAPS I: atende pessoas com transtornos mentais graves e 
persistentes e também com necessidades decorrentes do 
uso de crack, álcool e outras drogas de todas as faixas 
etárias. Serviço de atenção a saúde mental em municípios 
com população: de 20 mil até 70 mil habitantes.
 
 
CAPS II: atende pessoas com transtornos mentais graves e 
persistentes, podendo também atender pessoas com 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras 
drogas, conforme a organização da rede de saúde local, 
indicado para Municípios com população acima de 70 mil 
habitantes;
 
 
CAPS III: atende pessoas com transtornos mentais graves e 
persistentes. Proporciona serviços de atenção contínua, 
com funcionamento vinte e quatro horas, incluindo feriados 
e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e 
acolhimento noturno a outros serviços de saúde mental, 
inclusive CAPS Ad, indicado para Municípios ou regiões 
com população acima de 200 mil habitantes;
 
 
CAPS AD: atende adultos ou crianças e adolescentes, 
considerando as normativas do Estatuto da Criança e do 
Adolescente, com necessidades decorrentes do uso de 
crack, álcool e outras drogas. Serviço de saúde mental 
aberto e de caráter comunitário, indicado para Municípios ou 
regiões com população de 70 a 200 mil habitantes;
 
 
CAPS AD III: atende adultos ou crianças/adolescentes, 
considerando as normativas do Estatuto da Criança e do 
Adolescente, com necessidades de cuidados clínicos 
contínuos. Serviço com no máximo doze leitos para 
observação e monitoramento, de funcionamento 24 horas, 
incluindo feriados e finais de semana; indicado para 
Municípios ou regiões com população acima de 200 mil 
habitantes;
 
 
CAPS i: atende crianças e adolescentes e jovens (até 25 
anos).com transtornos mentais graves e persistentes e os 
que fazem uso de crack, álcool e outras drogas. Serviço 
aberto e de caráter comunitário indicado para municípios ou 
regiões com população acima de 200 mil habitantes.
Ana de Luca
MATRICIAMENTO
Novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, 
num processo de construção compartilhada, criam uma proposta 
de intervenção pedagógico-terapêutica.
Objetivo:
• Estruturar o cuidado colaborativo entre saúde mental e atenção 
primária.
• Superar a lógicade encaminhamentos indiscriminados.
• Corresponsabilização entre as equipes de Sáude da família (SF) 
e saúde mental (DM). 
Construção compartilhada.
Equipe de referência (atenção básica) + equipe de apoio matricial. 
Verticalidade x horizontalidade
Horizontalidade → matriciamento.
• Proporcionar a retaguarda especializada da assistência.
• Suporte técnico-pedagógico.
• Vínculo interpessoal e apoio institucional de construção 
coletiva.
• Integrar saúde mental e atenção primária.
Tanto as equipes do NASF (atenção primária) quanto no CAPS 
(atenção secundária) podem ajudar na atenção primária. 
Ex: pedir ajuda de um profissional do NASF para fazer uma visita 
domiciliar em um paciente de saúde mental. 
Agentes comunitários de saúde → importante para fornecer 
informações sobre a família, território..
Nota técnica n3/2020 - DESF/SAPS/MS → a composição de 
equipes multiprofissionais deixa de estar vinculada as tipologias 
de equipes NASF-AB + o gestor municipal passa a ter autonomia 
para compor suas equipes multiprofissionais, definindo os 
profissionais, a carga horária e os arranjos da equipe. 
Quando a equipe de referência deve solicitar apoio matricial? 
• Auxilio para esclarecimento diagnóstico, estruturação de um 
projeto terapêutico e abordagem da família.
• Suporte para realizar intervenções psicossociais específicas da 
atenção primária, como grupos de pacientes com transtornos 
mentais.
• Integração do nível especializado com a atenção primária.
• Apoio em dificuldades nas relações pessoas ou especialmente 
difíceis encontradas na realidade do trabalho diário. 
Pontos importantes na discussão conjunta: 
1. Motivo do matriciamento.
2. Informações sobre o indivíduo, a família e o ambiente.
Ana de Luca
3. Dificuldades no manejo e na comunicação.
4. História do problema atual, cronologia, intervenções já 
realizadas, resultados.
5. Configuração familiar: genograma.
6. Social: convívio em grupos, instituições, apoio social, 
situação econômica.
7. Reflexos do caso na equipe referência.
8. Formulação de diagnóstico multiaxial. 
PTS
O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é um conjunto de propostas 
de condutas terapêuticas articuladas para um indivíduo, uma 
família ou um grupo que resulta da discussão coletiva de uma 
equipe interdisciplinar com Apoio Matricial, se esse for 
necessário. 
Nesse sentido, pode ser utilizado como uma ferramenta do 
processo de integração entre NASF e equipes vinculadas.
Pode ficar só na UBS ou ser ampliado para outros setores. 
Fruto da discussão em quipe.

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