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Caso Clinico Meningoencefalite Granulomatosa

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Caso Clinico - Meningoencefalite Granulomatosa 
Histórico: cão, macho, da raça pitt bull, não castrado, com 9 meses de idade. 
Tutora relata que o paciente apresenta dificuldade para caminhar dos membros 
pélvicos faz alguns dias (menos de uma semana), suspeitando ser dor. Relata 
que já teve virose (quando tinha uns 3-4 meses), ficou internado e se recuperou 
(possível parvovirose). 
Segue comendo bem, tomando água, vermífugo faz uns 2 meses, vacinas teve 
problemas no protocolo, mas concluiu as “três doses com vacina importada”. 
Contactantes com outros cães, gatos e pássaros de gaiola – nenhum que esteja 
doente. 
Exame físico: parâmetros vitais (FC, FR, TR, Mucosas, Linfonodos e Hidratação 
sem aleraçoes). Paciente em decúbito esternal, apresentava muitos tremores em 
região dos membros pélvicos, realizado tentativa de deixar o paciente em 
estação, não permitia, apresentando rigidez dos membros pélvicos + tremores. 
Tentado realizar o teste de Ortolani, apresentou muita inquietação, mais evidente 
em membro pélvico esquerdo. 
O paciente foi liberado e medicado para dor. Após 18 horas do atendimento 
(feriado entre o atendimento e a data do retorno para exames), a tutora entrou 
em contato informando que o cão estava muito mal, teve algo parecido com um 
“ataque”. 
Paciente deu entrada em quadro pos-ictal: salivação, temperatura retal de 41,3°, 
taquicardia, taquipneia, rigidez de membros... Foi iniciado a terapia de suporte 
mais barbitúrico e solicitamos exames de sangue. 
Realizado nova avaliação do paciente: paciente em decúbito esternal. 
Parâmetros vitais dentro da normalidade. Paraparesia não ambulatória de 
membros pélvicos, propriocepção ausente em membro pélvico direito e muito 
reduzida em membro pélvico esquerdo. Atrofia de mm temporais, reflexo 
palpebral lateral direito ausente e medial reduzido. 
Exames Complementares: hemograma, analise de líquor 
 
Hemograma 
 
Analise de Líquor 
 
 
Analise do Caso 
No hemograma foi possível observar uma anemia normocítica (VCM) 
normocromica (CHCM), uma discreta neutropenia (segmentados) e eosinofilia 
(eosinófilos). No hemograma não foi solicitado contagem de reticulócitos para 
avaliar o caráter de regeneração. Mas, pela falta de observações no laudo e pelo 
contexto do caso clinico foi classificada como anemia da doença inflamatória. 
Os mecanismos que resultam em uma anemia de doença crônica/inflamatória 
são: 
1 – Diminuição da vida útil dos eritrócitos (devido a resposta imunológica á 
inflamação – macrófagos tornam-se ativos e aceleram a eritrofagocitose); 
2 – Inibição do metabolismo do ferro pelo aumento da hepcidina, prejudicando o 
transporte de ferro á medula óssea, diminuindo a oferta deste para a eritropoiese 
e direcionando para a mioglobina; 
3 – Diminuição da resposta da medula óssea a eritropoetina (citocinas 
inflamatórias prejudicam a expressão da eritropoetina). 
Nesse caso a neutropenia era muito discreta no primeiro momento, não sendo 
motivo de preocupação. Já a eosinofilia gerou duvidas se seria resultante da 
causa de base ou comorbidade. 
 
Antes da analise do líquor foi identificado que o “ataque” relatado pela tutora, era 
uma crise epilética, nos indicando que a lesão é basicamente em córtex, nos 
indicando prováveis causas/diagnósticos. 
Na analise do líquor foi observado pleocitose linfocitica que pode ser causada 
por: cinomose, toxoplasmose ou meningoencefalite granulomatosa (MEG) → foi 
analisado o PCR para cinomose, toxoplasmose e criptococose sendo 
descartadas. A tutora não autorizou a realização de neuroimagem 
(tomografia/ressonância) e foi iniciado a terapia para MEG e marcado retorno em 
5 dias. 
Após os 5 dias, no retorno, paciente apresentava melhora expressiva, paresia 
de membros pélvicos, propriocepção presente, segue ainda com atrofia de mm 
temporais, e reflexo palpebral que estava alterado estava normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS 
RACIOCÍNIO CLINICO VETERINÁRIO, 2021. 
TAYLOR, S. M. Encefalite, Mielite e Meningite. In: NELSON, R. W.; COUTO, C. 
G. Medicina interna de pequenos animais. 4. ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 
cap. 69, p. 1056- 1060, 2010. 
VERAS, Sabina. Meningomielite Granulomatosa em cães. Universidade 
Castelo Branco, 2006.

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