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Introdução à obstetrícia

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Período que equivale ao intervalo de tempo antes da mulher engravidar até a concepção de fato 
• O ideal é que a paciente procure o médico 3 meses antes de engravidar 
Fatores de risco presumidos 
Riscos que a mulher corre ao engravidar 
• Risco de abortamento: 15 a 20% 
• Risco de pré-eclâmpsia: 10% 
• Risco de óbito fetal: 1-3% 
• Risco de crescimento intra-uterino restrito: 3 a 8% 
• Prematuridade: 10% 
 
Consulta 
O ideal é ir o casal (mãe e pai) para a consulta 
História clínica 
✓ Exame físico geral 
✓ Exame ginecológico 
✓ Exames complementares 
✓ Avaliação do estado endócrino materno 
✓ Planejamento da gravidez 
 
Rastreamento: 
▪ Possibilidade da gravidez ocorrer mais 
próximo do ideal 
▪ Minimizar os riscos de morbiletalidade 
materna e fetal 
▪ Prevenir o comprometimento que pode 
ocorrer em várias situações (veículo 
materno envolvendo placenta, transmissão 
de oxigênio e nutrientes para o feto) 
Fatores de risco: 
▪ Aspectos 
preventivos – 
intercorrências 
clínicas e obstétricas 
▪ Aspectos 
terapêuticos 
 
 
 
 
 
 
Intercorrências clínicas: 
• Fatores individuais: 
▪ procedência 
▪ idade materna: <17 e >35 anos (ideal para engravidar) 
Para pacientes menores de 17 anos deve-se orientar e planejar a gravidez 
 Para pacientes >35-40 anos deve-se observar a reserva folicular, a taxa de hormônio 
anti-mulleriano (marcador de reserva ovariano), FSH, inibina B, folículos pré-antrais (>6 mm 3-5/campo no 
3º dia do ciclo) 
▪ idade materna >40 anos 
▪ altura materna <1,45 m 
▪ peso materno <54 e >75 kg ou 
IMC <20 e >35 (ideal) 
▪ ocupação 
▪ condições ambientais desfavoráveis 
▪ situação conjugal insegura 
▪ baixa escolaridade e renda 
▪ dependência de drogas 
 
Hormônio anti-mulleriano: 
▪ Níveis séricos são bons marcadores de 
reserva ovariana 
▪ Diminuem com o aumento da idade 
▪ Níveis basais reduzidos em mulheres 
com baixa reserva (3º dia do ciclo) 
▪ Associado com resposta ovariana em 
ciclos de FIV (fertilização in vitro) para 
mulheres com níveis normais de FSH 
Avaliação do estado atual das enfermidades 
• Doenças crônicas 
▪ Planejamento da gravidez reduz eventos adversos 
▪ Diabetes, hipertensão, HIV, epilepsia, anemias, hepatites, doenças psiquiátricas 
▪ Discutir o impacto reprodutivo da doença crônica 
• Medicamentos 
• Teratógenos 
▪ Antiepilépticos 
▪ ácido retinoico e isotretinoína (acutane – roacutan) 
▪ toxoplasmose 
▪ finasterida (reduz níveis androgênicos) – medicamento para queda de cabelo 
 
Riscos ambientais 
 
 
 
 
 
 
• Drogas 
• Riscos ambientais 
Intercorrências obstétricas: 
• História obstétrica 
▪ abortamentos (principalmente em casos de repetição) 
▪ cesariana: repetição, placenta prévia, descolamento prematura de placenta 
▪ prematuridade, crescimento fetal restrito 
▪ óbitos fetais 
▪ paridade 
▪ consanguinidade 
▪ hipertensão 
▪ dificuldade para engravidar 
▪ ruptura prematura de membranas 
▪ mortalidade fetal ou neonatal 
▪ passado mórbido na gestação e no parto anterior: anemias, anomalias fetais, DPP, PP (acretismo), 
hipertensão na gravidez, ganho ponderal insuficiente ou excessivo, dificuldades na gestação e no 
parto, complicações puerperais ou neonatais, malformações congênitas, gemelidade, sequelas do 
SNC 
 
Tratamento das enfermidades 
• Avaliação e controle das doenças pré-existentes 
• Equipe multiprofissional 
• Orientação preventiva: imunização, atualizar o calendário vacinal 
• Drogas ilicitas e líticas (álcool não pode ser utilizado por mulheres grávidas, nem que queiram 
engravidar) 
• Valorizar o pré-natal de 12 meses: 
✓ exame clínico e ginecológico 
✓ exames laboratoriais gerais e pré-natais 
✓ exames ultrassonográficos 
✓ administração de ácido fólico 
✓ planejar a futura gravidez 
• Orientações: peso, nutrição, exercícios físicos, uso de drogas 
• Mulheres na pré-menopausa: reserva folicular 
• Riscos de cromossomopatias: principalmente em casos de abortamento de repetição, alterações 
cromossomicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ações preventivas 
• Planejamento reprodutivo: compensação e/ou cura 
das enfermidades 
• Nutrição 
• Atividade física 
• Suplementos: ácido fólico (tem que ser tomado antes 
de engravidar), dosagem da homocisteína, 
homocisteína aumentada risco de doença hipertensiva, 
DPP, abortamentos de repetição, partos prematuros, 
RNBP 
• Vacinação (grande oportunidade) 
 
Ácido fólico-metil-folato: 
▪ Dose diária de 0,4 mg, uso superior a 30 
dias prévios à concepção 
▪ Grupo de alto risco (antecedentes de 
filhos com defeitos do tubo neural) deve-
se tomar 4 mg/dia por período superior 
a 90 dias com início na pré-concepção 
▪ Defeito septais cardíacos e fendas faciais 
(aguardando confirmação epidemiológica) 
Conclusões: 
 1º - preocupação em reduzir os índices de morbiletalidade materno-fetais 
 2º - avaliar as condições de saúde da mulher que pretende engravidar 
 3º - valorizar a chamada gravidez de 12 meses 
 
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No coração: 
▪ Ocorre aumento da frequência cardíaca, aumento do débito cardíaco, aumento do volume sanguíneo, 
diminuição da resistência vascular e diminuição da PA 
No sangue: 
▪ Ocorre produção maior de hemácias, mas aumenta muito mais a produção de plasma, o que leva a 
uma hemodiluição, o número de leucócitos pode aumentar principalmente no parto e no puerpério, 
aumentam também os fatores de coagulação (fibrinogênio 300-660 mg) para que ela não sangre no 
pós-parto de maneira importante, as plaquetas estão em quantidade normal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No sistema respiratório: 
▪ O sistema respiratório também se altera, eleva o diafragma (VR 
pulmonar diminui em 20%), a frequência respiratória se 
mantém, aumenta o volume corrente e a ventilação por minuto 
No sistema digestório: 
▪ Pode ocorrer sangramento gengival (gengivite), diminui o tônus 
digestivo, pode levar a quadro de hemorroidas devido à força 
para evacuar, pode também ter quadros de azia (devido à 
hipotonia da cárdia) 
O hormônio responsável 
por causar enjôo é o 
hCG. Além dele o enjoo 
pode ser causado 
também pela glicemia e 
progesterona 
No sistema urinário: 
▪ No sistema urinário observa-se aumento do fluxo plasmático renal (devido ao aumento da taxa de 
filtração renal) levando a um quadro de polaciúria (compressão da bexiga pelo útero gravídico) 
No sistema endócrino: 
▪ O sistema endócrino também é alterado, aumentando o peso e volume da hipófise (para produzir 
mais prolactina), diminuição do TSH (hCG é similar a esse hormônio), aumento da tireoide devido à 
falta do hormônio tireoidiano 
✓ Para inibir o trabalho de parto normalmente se hidrata a paciente, estimulando o ADH e com 
isso, diminui a ocitocina (ambas armazenadas na neurohipófise) 
A glicose é passada para o feto por 
difusão facilitada, porém, a grávida tem 
uma resistência insulínica – fase anabólica 
(pega os três primeiros trimestres) onde 
ocorre o armazenamento de glicose para 
uma fase que precise utilizar mais e fase 
catabólica (último trimestre) ocorre a 
liberação dessa glicose para crescimento 
do feto 
 
No sistema muscular: 
▪ O sistema muscular também é alterado, 
ocorrendo relaxamento das articulações e 
ligamentos sacroilíacos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Principais sintomas 
• Atraso menstrual 
• Curva térmica: se a temperatura continua alta após o período que deveria descer a menstruação, essa 
mulher está grávida 
• A mulher fica com muito sono devido ao aumento da progesterona 
• Começa a ter quadros de polaciúria, cólica, sensibilidademamária 
 
Sintomas secundários 
• Aumento do volume do útero, amolecimento do colo, vascularização da vulva e vagina, arroxeamento 
• Pode ocorrer sangramento vaginal devido à nidação do feto, colando-se no endométrio 
• O último sintoma é o enjoo (devido ao hCG, glicemia ou cetose) 
• Antecipação de sintomas: 
• Obstrução nasal, sangramento nasal, sangramento gengival e épolis, cefaleia, pigmentação das mamas, 
rosto, linha nigra – o melasma pode aparecer por aumento de estrógeno e progesterona 
• Alterações mamárias: tuberculos de Montgmery, rede de Haller, aréola secundária (hunter), lanugem 
(Halban) 
• Pele seca, estrias, prurido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Pode ter tontura devido a PA baixa ou hipoglicemia, pode ter também taquicardia (hipoglicemia) 
• Atividade física: deve-se ponderar se ela já fazia atividade física ou não, mas pode fazer, não pode ser 
de alto impacto para não modificar a articulação 
• Pode ter lordose, relaxamento articular, dor nas costelas, dores no baixo ventre 
• Pode ter polaciúria, resíduo urinário, infecção urinária e corrimento vaginal 
 
Aspectos 
emocionais 
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• Elementos indicativos: presunção, probabilidade e certeza 
• Recursos clínicos: anamnese (avaliar se teve atraso menstrual – QD, HPDM) e exame físico (avaliar se 
tem presença do feto) 
• Imagens laboratoriais 
• Período gestacional: importante para delimitar os riscos da gravidez 
→ Fase inicial: 0 a 6ª (8ª) semanas – chamado de embrião 
→ Fase intermediária: 9ª a 20ª semanas – chamado de feto 
→ Fase avançada: 21ª a 40ª semanas 
 
 
Diagnóstico clínico: 
• Presunção: amenorreia, tonturas, lipotímia, náuseas, vômitos, 
sialorreia, congestão mamária, polaciúria 
• Probabilidade: amenorreia, aumento do volume uterino, 
consistência do útero 
• Certeza: detecção dos batimentos cardíacos do embrião/fetal 
Somando os três, faz-se a anamnese, inspeção, palpação, 
toque vaginal, ausculta, temperatura basal (menos importante) da 
grávida 
 
O diagnóstico de certeza 
em fase inicial (precoce) é 
o ideal, pois protege o 
embrião/feto do riscos 
(intra-uterino e pós-
nascimento) 
 
Diagnóstico da gravidez 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anamnese: 
• O atraso menstrual pode ser fisiológico ou patológico 
• Sintomas de gravidez: averiguar se há sintomas neurovegetativos (lipotímia, náusea) 
• Movimentos fetais da 16ª a 20ª semana 
• Idade gestacional: dá-se pela última menstruação + 7 dias 
• Data do parto: soma-se 3 meses desde a data da última menstruação 
 
 
 
 
 
Inspeção: 
• Cabeça: Sinal de Halban (lanugem, pelificação 
no rosto), cloasma (pigmentação da pele) 
• Pescoço: hipertrofia da tireoide 
• Mamas: colostro, turgescência, pigmentação 
da aréola (Sinal de Hunter), aumento da 
vascularização da mama (Rede de Haller), 
tubérculos de Montgomery 
• Abdome: pigmentação da linha alba, 
aumento de estrias, aumento do abdome 
• Genital: coloração violácea (Sinal de 
Jacquemier-Chadwik e J-Kluge) 
• MMII: varizes 
 
Palpação: 
• Palpar os segmento, o rechaço (movimento do bebe dentro da cavidade uterina) e a movimentação 
do abdome 
• Ausculta: USG doppler da 5ª a 6ª semana, Sonar Doppler da 10ª a 12ª semana, Pinard (técnica muito 
antiga, antes de surgir os métodos tecnológicos) da 18ª a 20ª semana 
• Temperatura basal: aumento por mais de 16 dias 
Toque vaginal: 
• Aumento de volume, alteração da consistência do útero 
• Sinal de Goodel – amolecimento do útero 
• Sinal de Nodle-Budin – ocupação do fundo do saco 
• Sinal de Piscacek – alteração da forma do útero, um lado fica maior que o outro 
• Sinal de Hegar – amolecimento do colo do útero total 
• Sinal de Puzos – movimentação da cabeça fetal 
• Sinal de Osiander – durante o toque sente-se o aumento da pulsação das artérias endovaginais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico laboratorial 
Se baseia na determinação do hCG 
• É um hormônio denunciador da presença de tecido trofoblástico 
• Surge precocemente 
• Apresenta aumento consistente no início da gestação 
• É um hormônio glicoproteico com duas subunidades (alfa e beta), pede-se sempre o beta-hCG 
• Se intensifica após a nidação do ovo, dobrando sua concentração a cada 48 horas 
• Maiores níveis em torno da 8ª a 12ª semana, caindo logo após até o final da gestação 
 
hCG: prolonga a atividade funcional do corpo lúteo até a 
atividade total da placenta 
o corpo lúteo mantém a produção de progesterona e 
estrógenos em que níveis que sustentem a gestação até 
que a placenta desenvolva sua atividade estrogênica 
duplicação do hCG: permite diferenciar uma gravidez que 
está indo bem, de uma que tem risco de aborto (hCG 
baixo) 
 
• Cadeia alfa é compartilhada com outros hormônios (reações cruzadas com LH, FSH, TSH) 
• Cadeia beta é exclusiva (específica) 
• A presença de beta-hCG não é sinônimo de gravidez 
 
Tipos de testes: 
• Aglutinação 
• Imunocromatográficos (cassetes e tiras) – 
“testes de farmácia” 
• ELISA 
• RIA – possui alta sensibilidade 
→ Níveis elevados: enfermidades 
trofoblásticas não gestacionais e 
gestacionais (mola, coriocarcinoma), 
possíveis reações cruzadas 
→ Níveis reduzidos: gravidez ectópica, 
perda gestacional, urinas diluídas, 
níveis abaixo da sensibilidade do kit 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico por imagem 
USG: 
• USG abdominal – saco gestacional na 6ª semana 
• USG transvaginal – saco gestacional na 4ª semana 
→ De 4-5 semanas já é possível observar o saco gestacional 
→ De 5 semanas já é possível observar a vesícula vitelínica 
→ 5-6 semanas – já é possível observar o embrião, na 9ª semana dá para saber a idade gestacional 
→ 9-16 semanas – já é possível observar o feto (16 semanas – identificação da placenta) 
 
• 11-13ª semana: dissolução do saco gestacional 
e da vesícula vitelínica 
• Indicações: transvaginal até cerca de 12 
semanas e, a partir disso, abdominal 
 
Morfológicos: 
• 1º trimestre: 10 a 15 semanas 
• 2º trimestre: 20 a 24 semanas 
• 3º trimestre: restante (pedido de ultrassom 
de acompanhamento) 
Gravidez ectópica: 
• Zona discriminatória: 6ª semana 
Perda gestacional: 
• Diminuição do beta-hCG com negativação 
após cerca de 20 dias 
• USG é um método complementar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico de certeza em situações especiais: 
• Neoplasia trofoblástica 
• Gravidez ectópica 
• Perda gestacional 
 
Classificação de risco gravídico 
• Gravidez de risco: baixo, médio e alto 
• Exames: ultrasom seriada, doppler, perfil biosífico fetal, cardiotócografia, amnioscopia, amniocentese 
 
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A fecundação ocorre 24 horas após a ovulação, 
teoricamente ocorre no 14º dia do ciclo menstrual. 
Ocorre na trompa de falópio (tuba uterina). Após 
esse evento o embrião já começa a se 
desenvolver, formando a mórula (16 células) 
A mórula cai na cavidade uterina, o genoma já 
está ativado. Quando chega na cavidade uterina é 
chamada de blastocisto 
 
Período pré-natal pode ser dividido em: 
implantação do blastocisto, fase 
embrionária e fase fetal 
 
Implantação do blastocisto 
• O trofoblasto é a camada periférica que recobre 
os blastômeros, através da qual o embrião recebe 
alimentação da mãe e que forma posteriormente 
a camada superficialda placenta (camada 
superficial do blastocisto) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Do dia 6 ao dia 9 temos a 
implantação do blastocisto no 
endométrio. Depois desse 
período começa a se chamar 
embrião 
 
Fase embrionária 
• As células já estão se desenvolvendo 
• Começa a diferenciação celular 
• Estimativa da idade gestacional – DUM (data da última menstruação) 
• Ultrassonografia precoce: considerar se tiver mais de 5 dias de diferença até as 12 semanas 
• Considera-se embrião até a 11ª semana de gestação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Placenta: órgão que forma uma interface para a entrega seletiva de nutrientes da mãe ao feto e 
também redirige as funções metabólicas, endócrinas, cardiovasculares e imunológicas maternas para 
promover a sobrevivência e o crescimento fetal. É um órgão específico da gestação 
• Transporte: difusão simples de O2 e CO2, difusão facilitada de glicose e íons, transporte ativo de 
aminoácidos, creatinina, fosfatos, ferro 
• É um órgão hemocorial (sangue materno entra em contato direto com o trofoblasto) 
• Contato íntimo entre o sistema imunológico materno e o tecido fetal 
• É formada após a implantação com a infiltração de células do trofoblasto fetal que evolui para a 
decídua 
• Regulada por células do sistema imunológico local (natural killers uterina, macrófagos e células T 
reguladoras) 
• Reguladores do equilíbrio entre a tolerância das células do trofoblasto fetal e as limitações de sua 
invasão 
• Segundo trimestre: invasão das arteríolas espiraladas (oclusão e remodelação endotelial), 
tornando-as vasos de baixa resistência (24 a 26 semanas) 
• Face fetal da placenta: recoberta pelo âmnio 
• Face materna: dividida em lóbulos irregulares (cotilédones) 
 
 Cordão umbilical: formada por duas artérias 
umbilicais (sangue pouco oxigenado) e uma 
veia umbilical (sangue oxigenado) 
 Sistema amniótico: membranas e líquido 
amniótico. Possui propriedades 
antibacterianas, proteção fetal e 
desenvolvimento dos órgãos e sistemas do 
feto. Formado por suas membranas, interna 
(amnio) e externa (córion) 
 
Fase fetal 
• Feto: a partir da 11ª semana 
• Ocorre crescimento e maturação das estruturas 
formadas 
• 12-14ª semana: exame morfológico de primeiro 
trimestre para rastreamento de síndromes 
• 2º trimestre: ultrassonografia morfológica, 
avaliação dos principais órgãos e estruturas, 
cerca de 20-24 semanas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Sistema cardiovascular: o cordão umbilical liga o feto à placenta, fluxos preferenciais ou shunts – ducto 
venoso, forame oval e ducto arterioso. A saturação da veia umbilical é de 80% 
 Hematopoese: ocorre primeiro na vesícula vitelínica, depois fígado fetal e no final, pela medula 
óssea 
 Hemoconcentrado: no termo 18 mg/dL 
 Fatores de coagulação: produção do redor de 12 semanas 
• Sistema respiratório: a maturação dos pulmões é dividida em 4 fases histológicas – pseudoglandular (5 a 
17 semanas), canalicular (16 a 25 semanas), saco terminal (24 semanas até o nascimento) e alveolar (final 
do período fetal até os 8 anos) 
 26 semanas: diferenciação dos pneumócitos e bronquíolos 
terminais 
 24 a 26 semanas: viabilidade fetal (mais de 50% de chance 
de sobrevida) 
 Surfactante produzido ao redor de 30 semanas (supra 
renal do feto com a produção de corticoide) 
• Sistema digestório: intestino primitivo é formado na 4ª semana 
de gestação, com invaginação até a 10-12ª semana (começo da 
deglutição fetal) 
 Aparelho urogenital: urina fetal começa a ser produzida 
com 16 semanas, produção fetal de líquido amniótico 
 Broto genital: diferenciação com 16 semanas 
• Sistema nervoso central: para o fechamento do tubo neural (1º trimestre) é necessário ácido fólico 
 
 
Teoria de Barker 
• Na gestação, nossas doenças já são pré-determinadas 
• Mudanças permanentes na fisiologia e metabolismo do indivíduo aumentando o risco de doenças na fase 
adulta (diabetes mellitus tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, transtornos psiquiátricos) 
• A primeira formação do indivíduo dura cerca de 1000 dias (primeiro ano de vida e segundo ano 
adequado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Canal do parto/trajeto: bacias óssea e mole 
Móvel/objeto: concepto 
Força/motor: contração uterina 
 
Feto de termo 
Peso normal: 3 – 3,5 kg 
Tamanho: 49 – 50 cm 
Tamanho do cabelo: 1 – 3 cm 
Unhas excedem a polpa digital 
Verniz caseoso 
• Cabeça 
o Ossos do crânio: dois frontais, dois parietais, 
dois temporais, um occipital e asas do 
esfenoide 
o Suturas: sagital ou interparietal, metópica ou 
médio frontal ou interfrontal, frontoparietal ou 
coronária, occipito-parietal ou lambdoide 
No decorrer da gestação, a cabeça do 
feto diminui. Os maiores casos de partos 
pélvicos ocorrem por conta desse 
problema (cabeça grande) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ou coronária, occipito-parietal ou lambdoide 
o Fontanelas: bregma, lambda, ptério e astério 
 
É melhor o bebe sair com 
o diâmetro menor primeiro, 
logo, com a parte de trás 
da cabeça 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bacia óssea 
• Dois ilíacos (ilíaco, pubis e ísquio), sacro e o cóccix 
 
A pelve menor é a que tem 
maior importância obstétrica. 
Também é chamada de 
pelve obstétrica. É a partir 
dela que sabe-se se o parto 
normal será viável 
 
• Estreitos: 
o Superior – promontório sacrovertebral, interlinha da articulação sacroilíaca, linha inominada, 
eminência íleo-pectínea, crista pectínea, margem superior do pube e sínfise púbica 
O diâmetro permite saber se vai ser possível um parto normal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Médio – encontro 4ª e 5ª vértebras sacras, apófise transversa da 5ª vértebra sacra, borda inferior 
do pequeno ligamento sacroclático, espinha clática, linha que vai atingir a margem inferior da 
sínfise púbica (pode dar problema no parto, principalmente a espinha isquiática) 
 
o Inferior – ponta do cóccix, borda inferior do grande ligamente sacrociático, face interna das 
tuberosidades isquiáticas, borda inferior do ramo isquiopúbico, borda inferior da sínfise púbica 
 
• Classificação 
o Forma do estreito superior – ginecoide (a mais favorável para o parto, cerca de 50% das 
mulheres, forma de elipse transversa), antropoide (cerca de 25%, mais comum na raça negra, 
forma de elipse anteroposterior), androide (cerca de 20%, muito ruim para o parto, aspecto 
triangular) e a platipeloide (cerca de 5%, bem rara, forma achatada) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Planos de De Lee: 
medida pelos dedos 
de dilatação (cm) 
 
• Avaliação clínica do estreito superior: 
o Diâmetro conjugado verdadeiro = diâmetro conjugado 
diagonal - 1,5 cm (relação de Smellie) 
o Diâmetro conjugado diagonal: você põe o dedo até o 
promontório e depois retira e mede com a régua. Porém, 
na prática, se no toque você não consegue encostar no 
promontório essa bacia é grande, se toca com facilidade 
essa bacia é pequena e não é adequada para o parto 
o Estreito médio: caracterizado pelas espinhas esquiáticas, se 
é muito saliente diz que é uma bacia ruim para o parto 
normal 
o Estreito inferior: diâmetro bituberoso (se sua mão fechada 
consegue passar pela vagina, significa que o bebe passa), 
ângulo subpúbico (se o ângulo é muito fechado 
provavelmente é uma bacia antropoide, se é pouco 
fechado provavelmente é uma bacia ginecoide) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Partemole: 
• Bulboesponjoso (contorna o entroito vaginal – é o mais importante), transverso superficial do períneo 
(liga a lateral da bacia ao centro do períneo) – quando vê que o bebe é muito grande para a passagem, 
como prevenção de não romper a ligação do períneo com a vagina, faz-se a episiotomia (lateral não é 
muito eficaz, mediana se a mulher tiver um períneo longo, a mais utilizada é a médio-lateral) 
 
Contração uterina 
 
• Funções uterinas: continente, dilatação, expulsão fetal, expulsão placentárias, controle da hemorragia 
• Musculatura lisa: contrações mais fortes, duradouras e elásticas 
• Desencadeantes: íons (cálcio, sódio, potássio, magnésio), hormônios (progesterona, adrenalina, ocitocina), 
distensão 
• Tipos: 
o Frequentes e fracas: 10-20/min, aumento de 1-2 mmHg 
o Mais frequentes a partir de 30 semanas, >20 mmHg (Braxton-Hicks) 
o Tono uterino: 3-8 mmHg 
 
• Fibras musculares: são transversais com o intuito de empurrar o bebe. Na cesária corta-se 
transversalmente no colo do útero justamente para não lesar as fibras 
• Tríplice gradiente descendente: começa no fundo, vai para o meio e depois para cima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relações útero-fetais 
• Atitude: relação das diversas partes fetais entre si 
 
Ovoide córmico 
Polo pélvico 
Polo cefálico 
• Situação: relação entre o maior eixo da cavidade uterina e o maior eixo fetal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Apresentação: definida pela região fetal que ocupa a área do estreito superior e que nele se insinuará 
• Variedade de posição: lado da mãe para o qual está voltado o ponto que caracteriza a apresetação fetal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O bebe não consegue nascer nessa posição O bebe até nasce, mas corre o risco de machucar 
seu rosto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tempos do mecanismo do parto 
• Insinuação – é a passagem pelo estreito 
superior da bacia do maior diâmetro da 
apresentação, perpendicular às linhas de 
orientações fetais (apresentações 
encefálicas – diâmetro biparietal) – ponto 
de referência fetal em plano zero de De 
Lee 
 
 
• Descida – é o avanço da apresentação do estreito superior ao inferior em mpvimento de progressão 
espiral 
• Rotação interna – visa a colocar no sentido anteroposterior da pelve o diâmetro anteroposterior da 
apresentação fetal (apresentações cefálicas – suturas sagital e metópica). Traz o ponto de referência 
fetal 
• Desprendimento da apresentação – exterioração completa da apresentação (apresentação cefálica – 
hipomóclio – movimento de deflecção da cabeça fetal para sua expulsão) 
 
 
 
 
 
 
• Rotação externa – é a rotação da cabeça de modo a voltar o ponto de reparo fetal para a posição 
primitiva e o biacromial no anteroposterior da bacia 
• Desprendimento fetal final – desprendimento do ovoide córmico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bases da obstetrícia: assistência pré-concepcional e planejamento familiar, assistência pré-natal, assistência ao 
trabalho de parto 
• A assistência pré-natal visa proporcionar a higidez ao organismo materno, orientar a gestante, ampará-la 
social e psicologicamente e prepará-la para o parto e para a maternidade 
• Visa assegurar a perfeita estruturação somato-psíquica da mãe e do recém-nascido 
Comportamento após o diagnóstico de gravidez: planejada, desejada, aceita – tudo isso interfere no decorrer da 
gravidez 
 
Atendimento ao paciente 
• Acolhimento – agendamento precoce da consulta 
o O médico deve apresentar-se à paciente 
o Ouvir as queixas e dúvidas da paciente 
 
Organização geral e específica 
Anamnese geral e específica 
• Identificação da paciente: nome, idade, etnia ou raça, estado civil, profissão (física ou intectual), 
procedência, religião 
• Antecedentes familiares: hipertensão, diabetes, doenças congênitas de origem familiar, doenças infecto 
contagiosa, qualquer informação relevante de característica familiar 
• Antecedentes pessoais: hipertensão, diabetes e infecção de trato urinário de repetição – outros: 
cardiopatia, anemia, doença reumática ou endócrina, transfusão de sangue, cirurgias prévias, alergias a 
medicação ou algum produto e doenças infectocontagiosa 
o gravidez planejada e desejada 
o vícios (álcool, cigarro, drogas) 
o gestação causa vítima de abuso sexual 
o se houve tentativa de abortamento 
• Antecedentes ginecológicos: ciclos menstruais regulares ou não, DUM 
• Antecedente obstétricos: número de gestações e partos, abortos espontâneos ou induzidos, partos 
prematuros em gestação anterior, doença induzida por gestação (pré-eclampsia e DMG – diabetes 
mellitus gestacional), número de filhos vivos/neomortos/natimortos, peso dos recém nascidos e 
aleitamente materno, tipo de parto vaginal ou cesária e puerpério foi normal 
• Calcular idade gestacional: a partir do primeiro dia do ciclo menstrual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exame físico geral e específico 
• Observar estado nutricional e saúde da gestante 
• Estatura x peso – IMC 
• Pressão arterial e pulso 
• Características da pele 
• Cabeça e pescoço (dentes e tireoide) 
• Tórax ausculta cardíaca e pulmonar 
• Abdome – palpar órgãos internos 
o Palpação 
o Crescimento uterino 
o Situação fetal 
o Avaliação do líquido amniótico 
o Batimentos cardíacos fetal 
• Membros, edema e varizes 
• Mamas – inspeção, palpação, alterações gravídicas 
• Genital – inspeção a vulva, vagina e colo para ver se há secreções. Faz-se o toque vaginal (característica 
do colo precisa estar fechado no início da gestação, alterações vaginais) 
Sinais e sintomas gravídicos 
• 1º trimestre: dor mamária, polaciúria e cólica – outros: sono, cefaleia, tontura, náusea e vômitos, azia e 
sialorreia, perda de peso e diminuição da libido 
• 2º trimestre: síndrome dispépticas começam a diminuir, fraqueza/desmaio/sonolência (hipotensão), 
dispneia (progesterona), dor abdominal, cólica e obstipação intestinal (progesterona), sangramento 
gengival (epistaxe), aumento do número de micções, cãimbras/sonolência e alteração do paladar, 
aumento da secreção vaginal 
• 3º trimestre: dor lombar, varizes/hemorroidas/edema, cloasma gravídico e estrias, desconforto para 
dormir, dispneia, ganho de peso e cansaço 
Recomendações nutricionais: 
• Ingestão de 2500 a 3000 kcal/dia 
• Peso ganho cerca de 10 a 12,5 kg ao final da gestação (cerca de 1,2 kg/mês) 
• Suplemento 
O crescimento uterino 
em centrímetros à partir 
da 16ª semana até a 36ª 
semana da gestação 
acompanha a idade 
gestacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Suplemento 
o Ácido fólico – 400 mcg/dia (pré e durante a gestação) – prevenção de doenças neurológicas do 
tubo neural aberto 
o Sulfato ferroso – 40 mg/dia (durante a gestação) – prevenção da anemia 
o Iodo – 220-250 mcg/dia (pré e durante a gestação) – ajuda no desenvolvimento neurológico 
o Omega-3 – 3600 mg/dia – ajuda no desenvolvimento neurológico, visão, diminui o risco de 
prematuridade, pré-eclâmpsia e recém-nascido de baixo peso 
o Vitamina D – 100UI-25 mcg/dia – diminui o risco de hipertensão, DMG, baixo peso e 
prematuridade 
 
Recomendações gerais 
• Pode ter relação sexual 
• Não pode fumar, ingerir álcool e drogas ilícitas 
• Alguns medicamentos tem que parar 
• Evitar exames radiológicos 
• Uso de meias ortopédicas se paciente trabalha muito tempo em pé 
• Viagens – evitar depois o 3º trimestre 
• Retorno em consultas pré-natais a cada 4 semanas atéa 32ª semana; 2 semanas até o 36ª semana e 
semanal até o término da gestação 
 
Exames do pré-natal 
• Exames laboratoriais: 
o Hemograma (Hb 12 e Ht 16, leucócitos 15.000) 
o Glicemia de jejum <92 mg/dl 
o Teste de tolerância a glicose 75g (92, 180 e 153 mg/dl) – geralmente feito na 26ª semana, em 
que há presença do hormônio lactogênio placentário 
o Urina I e urocultura e antibiograma 
o Protoparasitológico de fezes 
o Tipo ABO e fator Rh e coombs indireto (ver se a grávida é Rh negativo) 
o Colpocitologia oncológica 
o Sorologia sifilis 
o Sorologia HIV 
o Sorologia toxoplasmose 
o Sorologia rubéola, hepatite B, hepatite C, citomegalovirus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Diagnóstico de imagem: 
o 1º trimestre: 6 a 9 semanas – gravidez tópica; 12 a 14 semanas – exame morfológico do 1º 
trimestre (para pacientes >35 anos) para verificar possíveis síndromes 
o 2º trimestre: 18 a 24 semanas – morfológico de 2º trimestre, avalia a estrutura do feto 
o 3º trimestre: crescimento fetal e vitalidade fetal 
 
Profilaxia na gestação 
• Vacina anti-tetânica (reforço a cada 5 anos) 
• Vacina dPta (difteria, tétano e coqueluche entre a 27ª e a 32ª semana) 
• Vacina de hepatite B (apenas se não estiver imune) 
• Vacina da gripe 
• Imunoglobulina humana para fator Rh negativo (na 28ª semana se o marido for Rh positivo) 
• Cultura de conteúdo vaginal e perianal para estreptococos do grupo B (entre 34ª e a 37ª semana) 
Diagnóstico durante a anamnese 
• Diagnóstico obstétrico de normalidade (DON) – primigesta com IG 23 semanas e 4 dias e feto vivo 
• Diagnóstico obstétrico patológico pregresso (DOPP) – nada (primigesta) 
• Diagnóstico obstétrico patológico atual (DOPA) – adolescente (sistema ginecológico não totalmente 
preparado para a gestação, aumento do risco de parto prematuro e tendência a desenvolver pré-
eclâmpsia) 
• Diagnóstico clínico, cirúrgico e ginecológico (DCCG) – corrimento branco 
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Linha de orientação = sutura sagital 
Lambda – junta a sutura sagital com a occipital 
Bregma – junta a sutura sagital com a frontal 
Lambda fica mais visível ao toque conforme o bebe rotaciona na bacia no estreito superior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de parto 
• Presença de uma contração a cada 5 minutos que dura de dois a dez minutos 
• Colo esvaecido em 80% 
• Colo com 2-3 cm de dilatação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As fibras do colo do útero são helicoidais para que o útero consiga distender sem arrebentá-las. Por isso a 
cesária tem que ser transversa na região do segmento do útero 
Outra coisa que auxilia pra saber se a mulher está em trabalho de parto é ver se o colo do útero está ficando 
centrado 
Toda vez que fizer o toque tem que dizer a posição, esvaecimento e dilatação do colo do útero 
Se a mulher tiver muita contração, não chega sangue para a placenta, isso faz com que o feto não receba 
oxigênio. Existe um tempo certo de contrações por minuto 
Dinâmica uterina = nº contrações x intensidade/10 min (unidades de montevideu) 
• Frequência: n/10 min 
• Intensidade: 40 mmHg 
• Tono: 10 mmHg 
 
Fases clínicas do parto 
• Dilatação – 2-3 contrações/10 min 
o Se inicia com as contrações uterinas 
o Do início do trabalho de parto até o final da dilatação 
o Primíparas de 10 a 12 horas e multíparas de 6 a 8 horas 
o Diagnóstico: contrações uterinas apresentam um padrão rítmico, coordenado e são geralmente 
dolorosas, com frequência de 2/10 min e duração de 50-60 segundos 
o Primíparas: colo deve estar apagado, centralizado e com dilatação de, no mínimo, 2 cm 
o Múltiparas: colo semi-apagado e dilatação de 3 cm 
o Rotura espontânea da bolsa das águas, geralmente ocorre no final da dilatação 
• Expulsão – 4-5 contrações/10 min 
o Da dilatação total até a expulsão do bebe 
o Nas primíparas dura cerca de 50 min e nas multíparas cerca de 20 min 
o É considerado prolongado se durar mais de 2 horas 
o Diagnóstico: inspeção genital em que vê se a apresentação comprime o períneo, principalmente 
durante as contrações uterinas e os puxos maternos 
o Dilatação cervical total cerca de 10 cm 
o Contrações uterinas com frequência de 5/10 min durando 60-70 segundos 
o Desejo de defecar, agitação 
o Esforços expulsivos maternos 
o Frequentemente a apresentação já se encontra insinuada 
• Dequitação 
o Deslocamento, descida e desprendimento da placenta e das membranas 
o Manejo ativo (diminui em 40% da hemorragia puerperal) – uso de ocitocina após desprendimento 
dos ombros, tração controlada do cordão 
o Período de expulsão de até 30 minutos (hoje em dia apenas 10 minutos, pois 25% das mortes da 
América Latina são por hemorragia no pós-parto) 
• 4º período de Greemberg 
o Não pertence mais ao parto, mas a primeira e a segunda hora após o parto são essenciais, já que 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• 4º período de Greemberg 
o Não pertence mais ao parto, mas a primeira e a segunda hora após o parto são essenciais, já 
que há maior incidência de morte materna. Por isso, foi incluído como fase clínica do parto 
o Do final do secundamento até 1 hora após o parto 
o Risco de hemorragias 
o Hemostasia: miotamponagem (contração uterina), trombotamponagem (coagulação do sangue), 
indiferença miouterina e contração uterina “fixa” 
Cérebro, coração e suprarrenal são os 3 órgãos que não pode ter problema no feto 
Foco: local de melhor audibilidade do coração fetal, por isso é importante saber onde está o dorso do feto 
Episiotomia: faz-se uma anestesia loco-regional e a incisão é médio-lateral à direita ou vertical 
 
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Período que se segue ao parto no qual ocorrem manifestações involutivas e de recuperação do organismo 
materno ocorridas na gestação e no parto 
Classificação: 
• Pós-parto imediato: 1º ao 10º dia após o parto 
o Possíveis complicações: hemorragia/choque 
o Causas: hipotonia/atonia uterina, lacerações do trajeto, retenção de restos placentários 
• Pós-parto tardio: 10º ao 45º dia 
• Pós-parto remoto: 45º ao 60º dia 
 
Primeira fase 
• Primeira hora após a dequitação ocorre a retração do útero, ativação dos mecanismos de hemostasia e 
contração uterina fixa 
• Cuidados: estado geral da paciente, tamanho do útero, volume do sangramento, repouso e dieta 
Complicações da primeira fase 
• Hipotonia/atonia uterina: pode ser causada por macrossomia fetal, partos demorados ou excessivamente 
rápidos, operatória obstétrica, ocitócicos, gemelaridade, polidrâmnio 
• Lacerações do trajeto: revisão criteriosa pós-parto, sutura das lacerações 
• Retenção de restos: placentários/fetais, curagem/curetagem, uso de medicamentos 
Sintomas comuns 
• Tonturas, sudorese e sede, cólicas no hipogástrio, sangramento vaginal pós-parto 
Orientações 
• Retorno para revisão puerperal, tipo de dieta, higiene e cuidados com a cicatriz, esforço físico, atividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientações 
• Retorno para revisão puerperal, tipo de dieta, higiene e cuidados com a cicatriz, esforço físico, atividade 
sexual, contracepção 
• Prescrições limitadas às queixas da paciente 
Loquitação 
• Rubra-vermelha: até 3º dia 
• Fusca: do 3º ao 8/10º dia 
• Flava – amarela: 10º dia em diante 
• Alba – branca ou serosa 
 
Quarto período de Grenverg 
• Hora chave para monitoramento 
• Miotamponeamento: aconteceimediatamente após a expulsão da placenta, o útero se contrai e é 
palpável num ponto intermediário entre o pubis e a cicatriz umbilical. A retração inicial determina a 
laqueadura viva dos vasos uterinos, constituindo a primeira linha de defesa contra a hemorragia 
• Trombotamponamento: é a formação de trombos nos grandes vasos uteroplacentários, constituindo 
hematoma intrauterino que recobre, de modo contínuo, a ferida aberta no sítio placentário 
• Indiferença miouterina: o útero apresenta-se apático e do ponto de vista dinâmico passa por fases de 
contração e relaxamento, com o perigo de encher-se progressivamente de sangue (útero bem 
contraido – Pinard) 
• Contração uterina fixa: o útero adquire maior tônus e assim se mantém, geralmente decorrido 
Cuidados gerais 
• Verificar hemorragia, choque, eclampsia, efeitos adversos da anestesia 
• Controle de PA, temperatura 
• Decúbito ventral 
• Evacuação intestinal, diurese 
• Levantar precoce 
• Meia elástica 
Cuidados locais 
• Limpeza e higiene local 
• Loquiação 
• Cicatriz cirúrgica 
• Mamas: ingurgitamento, rachaduras, mastite, corrigir pega do RN, quantidade de leite 
• Membros inferiores 
• Rh negativo 
• Orientar alta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Infecção puerperal 
É a infecção que se instala no aparelho genital e extragenital nos dez primeiros dias de puerpério imediato, com 
exclusão do 1º dia 
Caracterizada pelo aumento da temperatura (>38ºC) por dois dias (quatro tomadas via oral), loqueação fétida e 
hipoinvolução uterina 
• Semmelweis – século XIX começam a lavar as mãos 
• Lister – começa a assepsia e antissepsia 
• Pasteur – começa a antibioticoterapia 
• Redução de cesárias (maior causa de mortalidade, cerca de 3% de infecção puerperal) 
Fatores predisponentes 
• Gravidez: baixo nível sócio-econômico, anemia/desnutrição/doenças maternas, infecção (Gardnerella, 
Streptococcus beta-hemolítico do grupo B, bacterioides fragilis, Mycoplasma hominis), hemorragias 
(placenta de inserção baixa), insuficiência istmo cervical (IIC), pré-natal inadequado 
• Parto: parto prolongado/traumático, cesareana, RPMO (ruptura prematura de membranas ovulares - bolsa 
rota), número de toques vaginais*, negligência a antissepsia, hemorragias 
• Puerpério recente: perda de sangue pós-parto, contaminação de ferida operatória 
Fatores determinantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formas clínicas 
• Infecção perineal – averiguar se é localizada ou superficial, febre, dor, edema, hiperemia e secreção local. 
Trata-se com analgésicos e antibióticos 
• Endometrite – é localizada, se tem febre, Tríade de Bumm (útero doloroso, hipoinvolução uterina e 
amolecido), lóquia purulenta e fétida 
• Parametrite – caracterizada por febre alta, comprometimento do estado geral e dor localizada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
maior gravidade, abscessos intrapélvicos ou intrabdominais, febre alta e duradoura, dor em fundo 
de saco/abaulado, propagação linfática ou venosa. Auxilio de USG, punção, drenagem e cirurgia 
• Anexite 
• Pelviperitonite 
• Peritonite 
• Choque séptico – quadro clínico grave, abscesso à distância, normalmente paciente está na UTI, tratado 
com antibiótico, alta mortalidade e normalmente é infecção por Clostridium welchii 
• Tromboflebite 
Diagnóstico 
• Sinais e sintomas da paciente 
• Exame clínico 
• Exame ginecológico 
• Exames laboratoriais 
• Exames complementares: USG, RM, TC, flebografia, culturas 
Tratamento 
• Internar a paciente 
• Dieta hiperproteica 
• Corrigir os distúrbios hidroeletrolíticos 
• Ocitocina 
• Limpeza local 
• Analgésicos se necessário 
• Antibioticoterapia – casos leves normalmente cefalosporinas, mais severes com 
penicilina/aminoglicosídeo. Se anaeróbio metronidazol ou clindamicina (UTI) 
• Cirurgia – drenagem de abscesso, curetagem uterina, lavagem de cavidade pélvica, histerectomia, 
colpotomia 
 
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- 
• Mamogênese (crescimento mamário) 
• Lactogênese (início da secreção láctea) 
• Galactopoese (manutenção da secreção láctea) 
 
Desenvolvimento da 
glândula mamária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alterações anatomo-funcionais 
da glândula mamária 
• Hipertrofia e hiperplasia dos ductos e ácinos 
• Vascularização (Haller) 
• Tubérculos de Montgomery 
• Aréola secundária (Sinal de Hunter) 
• Produção de colostro 
 
Prolactina 
• Secretada após a mamada a produzir a próxima mamada 
• O bebe sugando gera impulsos sensoriais do mamilo, estimulando a produção de prolactina 
• É mais secretada à noite 
• Inibe a ovulação 
Como manter níveis altos de prolactina 
• Boa pega 
• Livre demanda 
• Amamentar a noite, quando a liberação de prolactina é maior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ocitocina 
Sinais e sintomas de um reflexo de ocitocina ativo: 
• Contrações uterinas ou sede repentina 
• Vazamento de leite quando pensa ou ouve sons do bebe 
• Pressão ou sensação de formigamento ou “fisgada” nas mamas antes ou durante uma mamada 
• Sucções lentas e profundas 
Como reduzir essa inibição de liberação de ocitocina: 
• Relaxar e acomodar-se confortavelmente para amamentar 
• Evitar situações embaraçosas ou estressantes durante a mamada 
• Realizar expressão de um pouco de leite, estimulando suavemente o mamilo 
• Massagear a parte superior das costas 
Inibidor do leite materno: 
• Peito cheio de leite 
• Secreção interrompida 
 
Mastite 
• Área avermelhada 
• Endurecimento localizado 
• Temperatura local ou generalizada aumentada 
• Comprometimento da ejeção láctea 
• Tratamento com analgésicos e antibiótico 
• Forma inicial: hidratação oral, esvaziamento da 
mama afetada (ordenha manual, mecânica ou 
elétrica), posicionamento adequado das mamas, 
analgésicos e antinflamatórios (paracetamol, 
ibuprofeno, piroxicam) 
• Não há indicação para inibição da lactação 
• Se evoluir para abscesso, é necessário fazer 
drenagem cirúrgica e antibiótico 
 
• Forma inicial: hidratação oral, esvaziamento da mama afetada (ordenha manual, mecânica ou elétrica), 
posicionamento adequado das mamas, analgésicos e antinflamatórios (paracetamol, ibuprofeno, piroxicam) 
• Não há indicação para inibição da lactação 
• Se evoluir para abscesso, é necessário fazer drenagem cirúrgica e antibiótico

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