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GASTROENTEROLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA CIRROSE HEPÁTICA Fibrose reversível X irreversível. Hoje já sabe que é possível estadear e até melhorar a fibrose hepática, porém são poucos casos. Perda da arquitetura hepática, por várias etiologias. Causas: o Álcool, vírus B, C E D, nash (esteatohepatite não alcóolica), autoimune, drogas, metabólicas, vascular, idiopática. Biópsia hepática é o exame padrão ouro. Tratamento: o Medidas gerais. o Tratamento da etiologia: O motivo da cirrose. o Profilaxia e tratamento das complicações: Geralmente são decorrentes da hipertensão portal. o Transplante hepático: Muitas vezes só vai conseguir modificar a história do paciente com transplante. Avaliação da função hepática: Prognóstico: o Child-Pugh (sobrevida em 1 e 2 anos). A. 100%: 85%. B. 80%: 60%. C. 45%: 35%. Complicações: o Hipertensão porta. o Hemorragia digestiva. o Ascite. o Peritonite bacteriana espontânea. o Síndrome hepatorenal. o Síndrome hepatopulmonar. o Encefalopatia hepática. o Carcinoma hepatocelular HIPERTENSÃO PORTAL P = F x R (Aumento na resistência vascular intra-hepática ao fluxo sanguíneo). Na imagem: o Nodular, heterogêneo, “duro”, fibrosado, sangue passa com mais dificuldade ocasionando circulação colateral e pressão aumentada no sistema portal, também origina varizes. HEMORRAGIA POR VARIZES DE ESÔFAGO: o Quais os fatores de risco para sangramento? Calibre das varizes. Presença de manchas vermelhas (Red signs). GASTROENTEROLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Grau de disfunção hepática (classificação de Child). Tratamento do sangramento agudo. o Estabilidade hemodinâmica. Antibioticoterapia profilática (cafelosporina 3 geração). Droga vasoativas: Somatostatina /terlipressina Início precoce. EDA dentro das primeiras 12h. Ligadura X esclerose TIPS: Shunt porta-sistêmico intra-hepático colocado pela jugular. PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA (PBE). Infecção do líquido ascítico. 30% assintomáticos: Dor e febre são comuns. Gram negativos: São as comuns do intestino e são elas que migram para o fígado. Diagnóstico: o PMN (polimorfonucleares) > 250 no líquido ascítico. Associado a doença hepática avançada. Tratamento: o Cefalosporina 3° geração 7 dias (ceftriaxone, cefotaxima). Profilaxia: o Cirrose e sangramento GI. o Cirrose com proteína do líquido ascítico < 1g/dl. o Cirrose com recuperação de um episódio prévio de PBE (primária). Drogas: o Norfloxacino 400 mg/dia por 7 dias. o Quinolona por tempo indefinido na PBE prévia. SÍNDROME HEPATORRENAL Desenvolvimento de insuficiência renal em pacientes com doença hepática grave, na ausência de qualquer doença renal identificável. Distúrbio renal funcional e não estrutural. Patogênese: Obs.: Como chega menos sangue para o rim, ele começa a liberar catecolaminas para aumentar o fluxo, ele entende que o paciente está hipovolêmico, quando na verdade está com muito líquido no fígado. ENCEFALOPATIA HEPÁTICA Alterações neuropsiquiátricas ocasionadas por distúrbios metabólicos, potencialmente reversíveis, na presença de disfunção hepática e/ou shunts portossistêmicos (colaterais). Classificação: o Grau I: Alteração do comportamento e do ritmo sono-vigília. Pode haver sonolência ou euforia. o Grau II: Maior predomínio da sonolência e aparecimento de “flapping” ou Asterix. o Grau III: Dorme a maior parte do tempo mas responde a estímulos verbais, confuso, voz arrastada e Asterix evidente. GASTROENTEROLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA o Grau IV: Comatoso podendo responder (IV A) ou não (IV B) a estímulos dolorosos. Asterix ausente. Tratamento: o Dieta hipoproteica. o Rifaximina. o Lactulose (3 evacuações ao dia). o Sulfato de neomicina. o Probióticos. o Zinco. ASCITE Acúmulo de líquido na cavidade peritoneal. Nem todo paciente com cirrose tem ascite e nem toda ascite é cirrose. Causas: o Cirrose. o Neoplasias. o ICC. o Tuberculose. Complicação mais comum da cirrose: 50 – 60% em 10 anos. Sobrevida: 85% 1 ano, 50% 5 anos. Propedêutica: o Macicez móvel (sinal + quando a quantidade de líquido > 1500 ml). o Sinal de piparote. Punção diagnóstica: Análise do líquido ascítico: o GASA: Gradiente albumina soro ascítico. >1,1: Hipertensão portal (causa da ascite). <1,1: Ausência de hipertensão portal (causa da ascite). o Diagnóstico diferencial: Classificação: o Grau 1: Leve detectável por US. o Grau 2: Moderada. o Grau 3: Grande ou tensa. Tratamento: o Dieta hipossódica: Balanço negativo de sódio. 2g/d. Diuréticos. Paracentese. TIPS: Para ascite de difícil controle. GASTROENTEROLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Terapia diurética: o Meta: Perda de 300 – 500 mg/dia nos pacientes sem edema. Perda de 800 - 1000 mg/dia nos pacientes com edema. Manuseio: o Paracentese: Diagnóstica. Terapêutica: De pequeno volume: Retirada de até 5l sem reposição de albumina é segura. De grande volume: Retirada de >5l com reposição de albumina 6-8g/l retirado.
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