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11/08/2016 1 FARMACOLOGIA PARA ENFERMAGEM Prof ª. Msc. Rosalina Coelho Jácome É o estudo das substâncias que interagem com sistemas vivos por meio de processos Químicos. Farmacologia engloba o conhecimento da história, origem, propriedades físico-químicas, associações, efeitos bioquímicos e fisiológicos relacionado aos medicamentos. Pharmakon Logos + Fonte: Katzung, 2003. Fonte: www.istockphoto.com FARMACOLOGIA Conceito & Definição 11/08/2016 2 ORIGEM DOS MEDICAMENTOS A origem dos medicamentos vem do passado e tiveram origem nas ervas e plantas. Outros são de origem animal : proteínas, hormônios (insulina, calcitonina, PTH, enzimas (pancreatina, pepsina); óleos e gorduras (óleo de fígado de bacalhau, ômega 3) Drogas de origem Mineral : Produtos inorgânicos (ferro, Iodo, Cloreto de sódio, cálcio) Atualmente, grande parte dos medicamentos é feita de produtos químicos, sendo outros elaborados pela engenharia genética. 11/08/2016 3 Os medicamentos, ou fármacos, são substâncias usadas para o tratamento das doenças. SINAIS SINTOMAS Alterações do organismo que podem ser percebidas através do exame médico ou medidas em exames complementares.. Alterações do organismo relatadas pelo próprio paciente, de acordo com a percepção de sua saúde. FARMACOLOGIA Conceito & Definição FARMACOLOGIA DEFINIÇÕES Fonte: http://www.betadaily.com Droga : substância química capaz de modificar a função dos organismos vivos, com finalidades medicamentosa ou sanitária. Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. Fonte: Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Fármaco: designa uma substância química conhecida e de estrutura química definida dotada de propriedade farmacológica. 11/08/2016 4 REMÉDIO X VENENO “...todas as substâncias são venenos, não existe nenhuma que não seja. A dose correta diferencia um remédio de um veneno”. (Paracelso 1443-1541) REMÉDIO X MEDICAMENTO REMÉDIO: Engloba toda prática eficaz no alívio de um sofrimento, desconforto ou dor; MEDICAMENTO: É um produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico, na presença de um princípio ativo. X 11/08/2016 5 PRINCÍPIO ATIVO: REPRESENTA A PRINCIPAL SUBSTÂNCIA ENCONTRADA EM UM MEDICAMENTO A QUAL É RESPONSÁVEL PELO EFEITO TERAPÊUTICO. PRODUTO FARMACÊUTICO ACABADO: GERALMENTE É CONSTITUIDO DE UM OU MAIS PRINCÍPIOS ATIVOS E EXCIPIENTES. Ex:. EDULCORANTES, EMOLIENTES, LUBRIFICANTES. O MEDICAMENTO É COMERCIALIZADO EM DIFERENTES FORMAS FARMACÊUTICAS FARMACOLOGIA DEFINIÇÕES 11/08/2016 6 EFEITOS COLATERAIS: São os efeitos não intencionais e secundários, porém, esperados de um fármaco. Podem ser inofensivos ou prejudiciais. REAÇÃO ADVERSA: São considerados como resposta grave a um medicamento. Ex: Um paciente torna-se comatoso ao ingerir um fármaco. EFEITO TÓXICO: Pode se desenvolver após o uso prolongado de um medicamento. REAÇÕES ALÉRGICAS: É uma reação imprevisível de um medicamento. FARMACOLOGIA DEFINIÇÕES Dose: Representa a quantidade de medicamento no local de ação, necessária para produzir o efeito desejado. Posologia: Descreve a quantidade de um medicamento, que deve ser administrado de uma só vez ou de modo fracionado num intervalo de tempo determinado (em geral por dia) para que a dose seja alcançada. FARMACOLOGIA DEFINIÇÕES 11/08/2016 7 RECONHECENDO ... MEDICAMENTO GENÉRICO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA MEDICAMENTO SIMILAR • Medicamento de referência – Produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro FARMACOLOGIA DEFINIÇÕES 11/08/2016 8 • Medicamento genérico – Medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que se pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB (denominação comum brasileira) ou, na sua ausência, pela DCI – DCB nomenclatura oficial em língua portuguesa de fármacos ou princípios ativos que foram aprovadas pela ANVISA e são utilizados no Brasil. FARMACOLOGIA DEFINIÇÕES • Medicamento genérico Guia de medicamentos genéricos da ANVISA/MS FARMACOLOGIA DEFINIÇÕES 11/08/2016 9 • Medicamento similar – Aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária. – Podendo diferir somente tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca FARMACOLOGIA DEFINIÇÕES • Medicamento similar RDC nº 58/2014 FARMACOLOGIA DEFINIÇÕES 11/08/2016 10 Nomenclatura do medicamento referência e similar Nome de marca Nome Genérico Dose Nome do laboratório Nome Genérico Lei dos genéricos Tarja amarela e G de genérico Nomenclatura do medicamento genérico 11/08/2016 11 • Bioequivalência Condição que se dá entre dois produtos farmacêuticos que são equivalentes farmacêuticos e que mostram uma mesma ou similar biodisponibilidade de acordo com estudos farmacocinéticos equivalentes terapêuticos • Biodisponibilidade fração de um fármaco administrado que é levado à circulação sistêmica • Meia-vida tempo necessário para que a concentração plasmática do fármaco caia em 50 %. Utilizado para o cálculo da posologia FARMACOLOGIA DEFINIÇÕES FORMAS FARMACÊUTICAS Estado físico no qual se apresenta um medicamento Objetivo das diferentes formas : FACILITAR a ... Administração Absorção Fracionamento Posologia Conservação 11/08/2016 12 FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDOS CÁPSULAS PELLETS PÍLULAS PASTILHAS DRÁGEAS COMPRIMIDOS PÓS FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI-SÓLIDOS PASTAS ÓVULOS SUPOSITÓRIOS POMADAS CATAPLASMAS UNGUENTOS GÉIS EMULSÕES 11/08/2016 13 FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS TINTURAS COLUTÓRIOS ENEMAS ELIXIR XAROPE COLÍRIOS SUSPENSÕES SOLUÇÕES FORMA FÍSICA: LÍQUIDA SOLUÇÃO SUSPENSÃO 11/08/2016 14 FORMAS FARMACÊUTICAS GASOSA VAPORIZAÇÃO SPRAYS AEROSSÓIS EMBALAGENS Ampola; Aplicador preenchido; Bisnaga; Blíster; Envelope; Flaconete; 11/08/2016 15 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO VIA ENTERAL VIA ORAL; VIA SUBLINGUAL; VIA GÁSTRICA; VIA RETAL. VIA ORAL Vantagens: Facilidade de Administração; Via de administração mais comum; Distribuição do fármaco é lenta, evita-se a ocorrência de níveis sanguíneos elevados de uma forma rápida; Possibilidade do uso de lavagem gástrica, em caso de intoxicação. 11/08/2016 16 VIA ORAL Desvantagens: Variação da taxa de absorção motilidade gastrointestinal fluxo sanguíneo esplênico tamanho das partículas e formulação fatores físico-químicos Efeito de primeira passagem Irritação da mucosa gástrica Contra-indicação: náuseas e vômitos diarreias pacientes com dificuldades para engolir Metabolismo pré-sistêmico (1ª passagem) Partedo fármaco administrado por via oral é absorvido no TGI, mas não chega a circulação sistêmica porque é metabolizado (inativado) ao passar primeiro pelo fígado. VIA SUBLINGUAL Os medicamentos são colocados debaixo da língua para serem absorvidos diretamente pelos pequenos vasos sanguíneos ali situados. O medicamento difunde-se para a trama capilar e passa diretamente à circulação sistêmica. Produz efeitos terapêuticos em poucos minutos após administração. A maioria dos medicamentos não pode ser administrada por essa via, porque a absorção é, em geral, incompleta e errática. Vantagens: Ideal para fármacos que possuem instabilidade química. Ideal para fármacos de emergência (isordil). Não sofre efeito de primeira passagem. 11/08/2016 17 VIA SUBLINGUAL Desvantagens Paciente não deve deglutir. Sabor desagradável. Pequenas doses. Somente para fármacos lipossolúveis e possuir elevada potência. VIA ORAL x SUBLINGUAL 11/08/2016 18 VIA RETAL É a introdução de medicamento no reto, em forma de supositórios ou enema medicamentoso. Empregada para administração de ação local ou sistêmica O revestimento fino do reto e a irrigação sanguínea abundante permitem uma absorção rápida do fármaco. Indicação: Pacientes com êmese; Insconscientes; Indisponíveis para deglutição. VIA RETAL Vantagens: Pode ser usada quando o paciente não puder ingerir o medicamento; Boa opção para uso pediátrico; Parte do medicamento não sofre efeito de primeira passagem; Não produz irritação gástrica. Desvantagens: Absorção errática e irregular; Pode irritar a mucosa anal; Pode desencadear o reflexo de defecação; Muitos pacientes tem aversão por esta via. 11/08/2016 19 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO VIA PARENTERAL VIA INTRADÉRMICA; VIA SUBCUTÂNEA; VIA INTRAMUSCULAR; VIA INTRAVENOSA OU ENDOVENOSA. VIA PARENTERAL DESVANTAGENS: Mais dispendiosa; Exige pessoal treinado; Uma vez administrado o medicamento, não podemos impedir a sua distribuição; Maiores concentrações iniciais aumentam os riscos de toxicidade; Por ser uma via invasiva, aumenta os riscos de infecção; Dolorosa (SC > IM > EV); Rejeitada por muitas pessoas. 11/08/2016 20 VIA INTRADÉRMICA Entre a derme e a epiderme; Local mais apropriado: face anterior do antebraço; Pobre em pelos; Possui pouca pigmentação; Possui pouca vascularização; Tem fácil acesso para leitura. VIA SUBCUTÂNEA É introduzida no tecido subcutâneo ou hipoderme; Absorção lenta, através dos capilares, de forma contínua e segura; Usada para vacinas (anti-rábica e anti- sarampo), anticoagulantes (heparina) e hipoglicemiantes (Insulina). Volume não deve exceder 2mL. Angulação da agulha: 90º - Agulhas hipodérmicas e pacientes gordos; 45º - Agulhas normais e pacientes magros. 11/08/2016 21 VIA SUBCUTÂNEA O local de aplicação deve ser revezado, quando utilizado por período indeterminado. Não realize massagem no caso de insulina (irá acelerar o processo de absorção) e de heparina (irá ocorrer hematoma). VANTAGENS: Pronta absorção a partir de soluções aquosas; Pouca necessidade de treinamento maior; Evita o Efeito de primeira passagem; Absorção lenta e regular (> lenta que a intramuscular). DESVANTAGENS: Não se pode utilizar grandes volumes (até 2mL); Risco potencial de lesão tissular (lipotrofia ou hipotrofia); Variabilidade de absorção a partir de diferentes locais. VIA INTRAMUSCULAR Via muito utilizada devido à absorção rápida; Músculo de escolha: Deve ser bem desenvolvido; Ter facilidade de acesso; Não possuir vasos de grande calibre; Não ter nervos superficiais no seu trajeto. Volume injetado – depende da estrutura muscular: Região deltóide – de 2 a 3 mL; Região glútea – de 4 a 5 mL; Músculo da coxa – de 3 a 4 mL. 11/08/2016 22 VIA INTRAMUSCULAR VANTAGENS: Efeito mais rápido que a via oral e com relativa segurança; Via depósito (efeito sustentado). OBSERVAÇÃO: Não se deve exceder o volume de 5 mL. RISCOS: Injeção intravascular; Formação de abcessos; Lesão de nervos. Posição da agulha: Perpendicular ao músculo; Aspirar antes da aplicação. VIA ENDOVENOSA Via bastante utilizada; Preferência de aplicação: Membros superiores; Melhor local: Face anterior do antebraço. Indicações: Necessidade de ação imediata do medicamento; Necessidade de injetar grandes volumes (hidratação); Coleta de sangue. Vantagens: Efeito rápido; Absorção completa; Via de emergência. Desvantagens: Mais dispendiosa; Menos segura; Pode causar lesões de vasos e coagulações extensas. 11/08/2016 23 ÂNGULOS DE APLICAÇÃO VIAS DE ADMINISTRAÇÃO OUTRAS VIAS VIA CUTÂNEA; VIA AURICULAR; VIA OCULAR; VIA NASAL; VIA VAGINAL.
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