Sentidos_qumicos_(OLFATO_e_GUSTAO)

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Sentidos químicos (OLFATO e GUSTAÇÃO) 1
Sentidos químicos (OLFATO e 
GUSTAÇÃO)
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prof Alfred cap 8 Bear
os sentidos químicos são aqueles estimulados por moléculas do ambiente
são capazes de identificar a natureza do estímulo e julgar se aquela substância é letal ou não
esses sentidos são dois: olfação e gustação
 
níveis de processamento bioquímico
1. fatores ambientais
interação com o tecido sensorial
2. estímulos sensoriais
organização de informações—> processamento bioquímico—> depende da frequência do 
estímulo e do tipo de população de receptores
3. excitação dos nervos sensoriais
condução dos impulsos nervosos até o SNC
4. ativação do SNC sensorial
processamento psicológico: sensação—> percepção—> cognição
receptores sensoriais (olfato e gustação)
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céls olfatórias 
botões gustativos
são conversores de atividade elétrica, convertem sinais químicos em elétricos para a condução do 
estímulo até o encéfalo
esses receptores (neurônio primário) ao receberem o estímulo químico, abrem canais de Ca+ que 
despolarizam o neurônio secundário que então gera um potencial de ação
OLFATO
componentes do epitélio olfatório
uma porção do trato respiratório é responsável pela olfação: epitélio olfatório
células receptoras olfatórias: local de transdução, ou sejas, é a célula que transduz o 
estímulo químico em elétrico
células de suporte: podutoras de muco 
células basais: fonte de novos receptores
muco: composto de proteoglicanos , proteínas e sais. é onde os odorantes (substâncias 
presentes no ar) se dissolvem e são conduzidos até as céls receptoras. além disso, o muco 
também serve como proteção para entrada de agentes infecciosos
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neurônios receptores
são células neurais que possuem um único dendrito fino com terminação dilatada na superfície 
do epitélio
a partir da dilatação há varios cílios imersos na camada de muco
as substâncias odoríferas se ligam à superfície dos pelos e promove o processo de transdução
no lado oposto do corpo celular, há um axônio também fino e não mielinizado
o conjunto de axônios olfatórios penetram a placa cribriforme e se unem no bulbo olfatório
depois seguem formando o nervo olfatório
transdução olfatória:
1. substância odorífera 
2. ligação com os receptores odoríferos
3. estimulação da proteína G
4. ativação da adenilato ciclase
5. atívação do AMPc
6. ligação do AMPc ao canal iônico
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7. abertura dos canais de Na+ e Ca++
8. Abertura dos canais de Cl- ativados por Ca++
9. despolarização da membrana (potencial de receptor)
proteínas receptoras olfatórias:
há inúmeras proteínas receptoras para diferentes substâncias odoríferas
a elas pode-se ligar mais de um odorante
o epitélio olfatório é dividido em zonas de expressão dessas proteínas receptoras. cada zona 
possui expressão de um grupo de receptores, e dentro dessas zonas a expressão das proteínas 
desse subgrupo é aleatória 
pertencem à família de proteínas chamadas de receptores acoplados à proteína G
vias centrais do olfato
os neurônios olfatórios projetam seus axônios para os bulbos olfatórios
os bulbos são regiões complexas, com circuitos neurais, sinapses, arranjos dendríticos e 
passagem de neurotransmissores
na entrada do bulbo encontram-se os glomérulos, local onde estão as terminações axonais dos 
neurônios primários e os dendritos dos neurônios de segunda ordem
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os neurônios do bulbo seguem então pelos tratos olfatórios e seguem para seus alvos, os locais de 
processamento (p.ex. córtex olfatório) isso sem passar pelo tálamo, o que contraria a regra das 
vias de condução sensoriais
representações espacial e temporal do olfato
os receptores olfatórios são muito sintonizados, ou seja, cada receptor é sensível a uma variedade 
de substâncias, e mesmo assim podemos diferenciar odores. 
isso ocorre pois o encéfalo responde a três fatores do sistema olfatório:
1. código olfatório de população:
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os diferentes odores são percebidos pelo encéfalo a partir da mobilização de uma população 
específica de neurônios que codifíca um estímulo específico
a combinação de diferentes células gera diferentes interpretações no encéfalo, como um sistema 
de códigos
2. mapas olfatórios:
o mapa olfatório é o arranjo ordenado de neurônios relacionando-se a certos aspectos do 
ambiente
esse arranjo é determinado pela expressão gênica em cada região do epitélio olfatório
além disso, o arranjo dos axônios no bulbo olfatório também produz padrões diferentes de 
sinalização
diferente dos outros sentidos, não pode-se dizer que há um mapeamento cortical para o sistema 
olfatório
3. codificação temporal no sist olfatório:
a codificação temporal é capaz de produzir diferentes padrões de frequências de potenciais de 
ação, levando a percepção de diferentes qualidades de odores
essa codificação é determinada pelo número, padrão temporal, ritmo e sincronia dos potenciais 
de ação
GUSTAÇÃO
órgãos da gustação
a língua é o proncipal órgão gustativo, porém o palato, a faringe e a epiglote também têm a 
capacidade de detectar sabores
as papilas gustativas são elevações espalhadas ao longo da superfície da língua
cada papila possui centenas de botões gustatórios
cada botão possui dezenas de células receptoras gustatórias e neurônios aferentes
células receptoras gustatórias
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a área responsável pela captação do estímulo químico na células gustatória é a extremidade 
apical
a extremidade apical possui microvilosidades que se projetam para o poro gustatório
essas células fazem sinapses comos axônios sensoriais gustatórios aferentes ou com células da 
base, que por sua vez fazem sinapses com neurônios sensoriais
essa integração forma um circuito de informações dentro do botao gustatório
a ativação da célula receptora se dá por despolarização da membrana (potencial do receptor)
a despolarização promove a abertura de canais de Ca++ que desencadeia a liberação do 
neurotransmissor
cada tipo de cél receptora estimula a liberação de diferentes neurotransmissores
os axônios sensoriais conduzem a informação até o tronco encefálico
as céls gustatórias possuem uma preferência a um tipo de sabor
transdução gustatória
a transdução gustatória é semelhante a transdução olfatória, ocorre de uma forma específica para 
cada sabor 
sabor salgado:
a detecção do sabor salgado ocorre a partir do 
estímulo causado pelo Na+
as células são capazes de detectar diferentes 
concentrações de Na+
a identificação desse sabor se dá a partir do 
estímulo dos canais seletivos a Na+ (não 
sensível a voltagem, normalmente permanece 
aberto)
a entrada de Na+ por esses canais ao 
ingerirmos alimentos salgados, produz uma 
corrente elétrica que despolariza a membrana 
(potencial receptor)
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sabor azedo (ácido):
os alimentos azedos possuem alta acidez e ao 
se dissolverem na água liberam H+
acredita-se que o H+ bloqueia canais de K+, o 
que resulta na despolarização da membrana
outra possibilidade é a de o H+ ativar um tipo 
de canal iônico que contribui para 
despolarização ao ser aberto 
sabor amargo:
a percepção do sabor amargo se dá a partir da 
estimulação de um receptor específico 
associado a proteína G
esses receptores são uma classe de proteínas 
T2R constituída de uma grande variedade 
essa despolarização provoca a liberação de 
Ca++ e estimula a liberação de 
neurotransmissores
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capaz de identificar diferentes tipos de 
amargor
depois de ligada a substância química ao 
receptor, é ativada uma segunda via de 
sinalização. a proteína G é ativada, que ativa 
a fosforilase C, que aumenta a sinalização 
celular de IP3
o IP3 ativa um canal iônico que permite a 
entrada de Na+ e a despolarização da 
membrana e também promove a abertura de 
canais de Ca++a liberação de Ca++ promove a liberação de 
neurotransmissores
sabor doce:
todos os sabores doces são detectados pela 
mesma proteìna receptora
esses receptores também são acoplados à 
proteína G
o processo de transdução para o sabor doce é 
o mesmo que o do amargo. porém os sinais 
são interpretados de formas diferentes pois 
esses receptores encontram-se em células 
diferentes, que se ligam a axônios diferentes 
que entregam a informação ao SNC em 
diferentes linhas de transmissão
umami (aminoácidos):
a transdução do umami é similar à que ocorre 
para o sabor doce
a diferença está no tipo de proteína receptora, 
que apesar de serem da mesma família são 
diferentes
sua sinalização também se dá pela ativação de 
uma segunda via sinalizadora (protína G)
é diferenciado do doce e do amargo pela 
condução ao longo de diferentes axônios 
gustatórios
vias centrais da gustação
1. botões gustatórios
2. axônios gustatórios primários
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3. tronco encefálico
4. tálamo
5. núcleo ventral postero medial (VPM)
6. córtex cerebral (gustatório primário)
os axônios gustatórios são organizados ao longo dos nervos facial, glossofaríngeo e vago
eles seguem de suas terminações para o tronco encefálico, se unem em um feixe e estabelecem 
sinapses no núcleo gustatório (parte do núcleo do trato solitário do bulbo)
codificação neural da gustação
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a resposta neural para os estímulos gustativos é provavelmente regida por um código de 
população. isso ocorre pela resposta sintonizada de um grupo de neurônios
os neurônios gustatórios produzem padrões de resposta diferentes que por suavez são 
interpretados de forma diferente no encéfalo