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Viroses de ruminantes

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1 
Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS 
Microbiologia Clínica - Virologia 
Viroses de ruminantes 
INTRODUÇÃO 
PRINCIPAIS VIROSES 
DOENÇAS VESICULARES (DIFERENCIAR DA 
FEBRE AFTOSA) 
• febre aftosa* 
• estomatite vesicular 
• febre catarral maligna 
• língua azul* 
• peste bovina* 
• herpesviroses* 
• diarreia viral bovina* 
• mamilite herpética 
• varíola bovina 
• pseudovaríola bovina / Estomatite 
papular bovina 
• raiva* 
OUTRAS 
• leucose bovina* 
• doença respiratória bovina 
• diarreias neonatais 
• parvovirose bovina 
• papilomatose 
*precisam de notificação obrigatória OIE 
FEBRE AFTOSA 
• Família Picornaviridae 
• Humanos: vírus da hepatite A, rinovírus 
(resfriado) de humanos, cardiovírus 
• Aves: vírus da encefalomielite das 
galinhas 
• Suínos: enterovírus suíno, vírus da doença 
vesicular dos suínos, vírus 
da encefalomiocardite dos suínos, 
vírus Senecca Valley 
• Bovinos: enterovírus bovino 
• Gênero Aphtovirus 
• Espécie: vírus da febre aftosa ou “foot-
and-mouth disease virus” (FMDV) 
• Família Picornaviridae 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
• RNA fita simples, polaridade positiva, sem 
envelope. 
• capsídeo: VP1, VP2, VP3 e VP4. 
• 7 sorotipos: A, O, C, SAT1, SAT 2 , SAT3 e 
Ásia 1. 
• > 60 subtipos 
• hospedeiros: bovinos, ovinos, suínos e 
ruminantes selvagens 
• distribuição: América do Sul, Europa, 
África e Ásia 
• importância econômica: perdas na 
produção e severas restrições comerciais 
a produtos primários. 
• Baixa mortalidade! 
• Estável no meio ambiente (pH de 5 a 9) 
• Transmissão: contato direto ou indireto 
→ Ar 
→ Hábito investigativo das espécies 
→ Fômites 
• Bovinos são altamente susceptíveis 
• Amostra ideal: líquido vesicular rico em 
vírus (109 TCID50/mL) 
• Disseminadores: homens, cães, gatos, 
pássaros, carros e equipamentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS 
Microbiologia Clínica - Virologia 
SINAIS CLÍNICOS 
• Febre (41-42°C) 
• depressão, falta de apetite 
• queda brusca na produção de leite 
• perda de peso 
• presença de aftas na boca, focinho, 
língua e úbere 
• salivação intensa e dificuldade de deglutir 
• lesão interdigital e claudicação 
• pode causar aborto 
• sinais mais severos em animais jovens 
• ovinos: quadro clínico mais brando 
• ovinos e suínos: lesões nas patas 
 
 
 
 
PATOGÊNESE 
• Infecção oronasal 
• Período de incubação curto (2 a 5 dias). 
• Viremia com febre 
• Animal doente elimina grandes 
quantidades de vírus em líquido 
das vesículas, sangue, leite, fezes, urina, 
sêmen, carne e subprodutos (pH > 6,0). 
• Maioria evolui para cura 
• Animais podem ficar portadores 
→ bovinos e ovinos: vários meses 
→ suínos: 1 mês 
• Humanos: raro, mas mais comum em 
crianças e idosos de áreas 
rurais durante surto 
→ Febre, cefaléia, mialgia, aftas, 
lesões entre os dedos (DOENÇA 
TEM CURSO DE CERCA DE 5 DIAS) 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
• Dados epidemiológicos 
• Exames laboratoriais 
• Diferencial de outras 
doenças semelhantes 
• Notificação de doença vesicular é 
obrigatória -> DAS do Estado 
• Amostras refrigeradas: raspado das aftas 
ou líquido vesicular, suabe faríngeo 
de animais sem sintomas soro, tecidos 
alterados,.. 
MANUAL MAPA (TECIDO EPITELIAL DAS 
AFTAS OU LÍQUIDO) 
• ELISA-Ag 
• Isolamento viral em cultivo celular (BHK-
21): três passagens 
• Sorologia: ELISA-Ab (vacina X infecção) 
→ Valor limitado nos estados que 
realizam vacinação 
→ Sorologia pareada (animais 
doentes) 
• Biologia molecular 
→ RT-PCR 
→ Tipificação 
→ Investigação epidemiológica 
 
CONTROLE E PREVENÇÃO 
• Vacinação no RS - vacina (O, A e C) 
inativada e oleosa 
→ 6 meses em <24 meses; 12 meses 
em > 24 meses 
• Vigilância sanitária - controle de trânsito e 
inspeção de produtos 
• Abate sanitário - isolar, identificar e 
eliminar animais 
• PNEFA - Plano Nacional de Prevenção e 
Erradicação e da Febre Aftosa
Notificação obrigatória de doença 
vesicular 
• Zona endêmica X Zona livre com ou sem 
vacinação 
• Focos 
→ Abate de animais doentes e 
contatos 
→ Desinfecção, vazio sanitário (pelo 
menos 30 dias), animais sentinelas e 
sorologia 
→ Vacinação perifocal, subtipo 
específica 
→ VACINAÇÃO DE OVINOS É 
PROIBIDA – Ficam como sentinelas 
 
 
 
 
3 
Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS 
Microbiologia Clínica - Virologia 
ESTOMATITE VESICULAR 
• Família Rhabdoviridae (Genoma ssrna-, 
envelopados) 
• Gênero Vesiculovirus 
• Espécie: vírus da estomatite 
vesicular, vesicular stomatitis virus (VSV) 
• Hospedeiros: bovinos, suínos e eqüinos 
• Relatos de casos em mamíferos silvestres 
(cervos, porco selvagem, roedores), além 
de primatas e homem (sinais semelhantes 
à gripe) 
 
SINAIS CLÍNICOS 
• Febre branda 
• Vesículas na língua e gengiva, tetos e 
coroa do casco 
• Salivação profusa 
• Mortalidade não há 
• 2014: focos na ba, pi, ma e mg 
 
EXAMES LABORATORIAIS : 
• AGID, soroneutralização (SN) e isolamento 
em cultivo celular 
DIFERENÇAS DA AFTOSA 
• Susceptibilidade de equinos 
• Menor morbidade (5 a 10%) 
• Incidência esporádica (sazonal: após 
épocas de chuvas em regiões tropicais 
• Participação de insetos 
• Lesões geralmente associada a um local 
de predileção 
 
CONTROLE 
• Insetos 
• Isolar doentes 
• Vacina não comercializada no país 
 
FEBRE CATARRAL MALIGNA 
• Família herpesviridae 
• subfamília: gammaherpesvirinae 
• gênero: rhadinovirus 
• dna fita dupla, com envelope – não dura 
muito no ambiente 
• espécies: herpesvírus alcelafino 1 
- alcelaphine herpesvirus 1 (alhv-1) –forma 
africana (gnu); herpesvírus ovino 2 
- ovine herpesvirus 2 (ovhv-2) – forma 
americana (ovino-associada) 
• hospedeiros: bovinos e bubalinos 
• ovinos são reservatórios (geralmente, 
animais com 3-9 meses de idade) 
• Morbidade baixa 
• letalidade alta 
SINAIS: 
• Febre alta 
• Corrimento nasal mucopurulento 
• Lesão ocular / conjuntivite 
• Úlceras e erosões orais e nasais 
• Diarreia 
• Severas lesões inflamatórias no trato 
respiratório e digestivo 
• Lesões vasculares no SNC 
• Sinais nervosos (encefalite) 
• “cabeça de alho” 
CONTROLE 
• Minimizar contato bovino-ovino 
• Especialmente durante fase de parição 
de cordeiros 
• Não há vacina eficiente 
 
DIAGNÓSTICO 
• Diagnóstico 
• Histopatologia 
• Imunoflorescência 
• PCR 
 
LÍNGUA AZUL 
• Família: reoviridae – gênero orbivirus 
• Espécie: vírus da língua azul, 
“bluetongue virus, btv” 
• Dsrna segmentado, não envelopado 
• 27 sorotipos diferentes 
• Hospedeiros: ovinos, bovinos, caprinos e 
ruminantes silvestres 
• Não contagiosa 
• Arbovírus 
• Transmitida por dípteros do 
gênero culicoides – mosquito polvora 
• Ovinos mais propensos a desenvolver 
doença 
• Quadro clínico não é comum em bovinos 
• Mas quando presente 
• América do sul: somente brasil e argentina 
• Perdas: 3 mi de dólares/ano nos eua 
• Perdas diretas (óbito, abortamentos, 
perda de performance) 
 
4 
Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS 
Microbiologia Clínica - Virologia 
• Perdas indiretas (restrições 
 
SINAIS CLÍNICOS 
• Febre transitória 
• Congestão de mucosas bucal e nasal 
• Erosões na língua e salivação 
• Anormalidades congênitas em fetos, 
aborto 
EXAMES LABORATORIAIS 
• AGID 
• SN 
• ELISA 
• IF 
• RT-PCR 
 
PESTE BOVINA 
• Rinderpest 
• Família Paramyxoviridae (ssrna-) 
• Gênero Morbillivirus 
• Espécie: Rinderpest Morbillivirus 
• Primeiros registros relatados em papiros de 
3000 anos atrás 
• Motivou a criação da OIE em 1924 
• Bélgica afetada (porto de Antuérpia) 
devido a gado zebu oriundo da Índia que 
viria ao Brasil 
• França convoca conferência 
internacional em 1921 
• OIE surge em 1924 com 28 países 
• 2ª doença erradicada pelo homem 
• Erradicação confirmada pela OIE em 
2011 
• 1ª: varíola 
• Último surto: Quênia (2001) 
• Últimos casos: Paquistão, Sudão, Somália,Etiópia e Quênia 
• Hospedeiros: bovinos, ovinos, ruminantes e 
suínos 
 
SINAIS 
• Febre alta 
• Desidratação 
• Secreções nos olhos e nariz 
• Hemorragias 
• Diarreia e erosões mucosas aparelho 
digestivo 
• Morbidade alta (100%) 
• Mortalidade alta (90%) 
 
 
 
 
 
HERPESVÍRUS BOVINO 
• Herpesvírus bovino (“bovine herpesvirus”-
BoHV) 
• Família Herpesviridae, sub-
família Alphaherpesvirinae 
• Gênero Varicellovirus 
• DNA fita dupla com envelope 
• Infecção latente (gânglios nervosos, 
trigêmeo) 
• Reativados podem causar problemas na 
mucosa oronasal ou genital 
• Espécies: Herpesvírus bovino tipo 1 - 
BoHV1; Herpesvírus bovino tipo 5 - BoHV5 
• Semelhantes genética e antigenicamente 
• Distribuição e prevalência 
• Perdas econômicas 
 
B0HV1 
• Rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR) 
→ +patogênica, aguda, com febre 
→ respiratória - lesões, corrimento 
nasal e ocular 
→ reprodutiva (baixa natalidade e 
aborto) 
→ doença neonatos (disseminada) 
• Vulvovaginite pustular infecciosa (IPV) 
• Balanopostite pustular infecciosa (IPB) 
→ +branda 
→ reprodutiva 
→ pústulas, úlceras, lesões doloridas 
• Transmissão: oronasal e genital 
→ secreções e sêmen 
• Alta morbidade e baixa mortalidade 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS 
Microbiologia Clínica - Virologia 
B0HV5 
• Encefalite 
• É rara 
• Diagnóstico diferencial de raiva bovina 
e intoxicações 
SINAIS CLÍNICOS 
• Ataxia, depressão, movimentos frenéticos 
e ranger dentes 
• Terneiros menores de 8 meses de idade 
• Curso rápido e alta mortalidade 
• sinais respiratórios, reprodutivos ou 
nervosos 
DIAGNÓSTICO B0HV 
• Laboratorial: métodos auxiliares 
• Amostras: 
→ Tecidos alterados, pulmão, baço, 
fígado e sêmen 
 Suabe prepucial, vaginal e 
ou nasal 
 Bohv5  cérebro 
→ Aborto: baço, figado, pulmão 
 Autólise 
→ Soro: amostras pareadas 
 Conservação de amostras 
• Diferencial de leptospirose, toxoplamose, 
• Febre aftosa, BVD, PI-3, BRSV. 
• Virológico 
→ Soros 
 Soro Neutralização (padrão) 
 ELISA-Ab (disponível 
comercialmente) 
→ Tecidos 
 Imunofluorescência 
 PCR 
 Isolamento viral 
➢ cultivo celular 
CONTROLE E PREVENÇÃO DE B0HV 
• Isolar animais doentes 
• Sorologia rebanho 
→ Positivos são portadores e 
reservatórios 
→ Negativos são sensíveis 
→ Latência e reativação 
→ Vacinação novilhas ? 
• Controle touros e sêmen 
• Introdução de animais no rebanho 
 
 
 
 
 
 
DIARRÉIA VIRAL BOVINA (BVD) 
• Família flaviviridae, gênero pestivirus 
• Classificação antiga: vírus da diarreia viral 
bovina (“bovine viral diarrhea virus”-bvdv) 
tipo 1 (bvdv1), 2 (bvdv2) e 3 (bvdv3 ou 
vírus hobi) 
• Novaclassificação: pestivirus a (bvdv1), pe
stivirus b (bvdv2) e pestivirus h (bvdv3) 
• Hospedeiros: bovinos, ovinos, caprinos, 
suínos e ruminantes silvestres 
• Rna fita simples positiva com envelope 
• Distribuição e prevalência 
• Perdas econômicas 
• Hospedeiros: bovinos, ovinos e suínos 
• Apresentação: subclínica, aguda 
moderada ou grave 
 
SINAIS CLÍNICOS 
• febre, leucopenia e diarréia. 
• Respiratório → congestão, edema 
e corrimento nasal 
• Digestivo → congestão e erosões de 
mucosas 
• Reprodutivo → transtornos reprodutivos, 
má-formações congênitas e aborto 
• transmissão: oronasal, genital 
e transplacentária 
• animais jovens são mais susceptíveis 
• morbidade (+/- 70%), mortalidade 
pequena/variáve 
 
GERAÇÃO DE ANIMAIS PERSISTENTES 
• Fêmeas prenhes susceptíveis infectadas 
por BVDV 
• Diferentes manifestações dependendo: 
→ cepa viral 
→ resistência ao virus 
→ período da gestação 
 
 
à exportação de animais, sêmen e hemoderivados) 
 
6 
Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS 
Microbiologia Clínica - Virologia 
 
 
 
BVD – DOENÇA DAS MUCOSAS 
• Síndrome rara (PIs são +/- 1%) 
• Animal persistentemente infectado (PI) 
→ possui BVDV 
→ não produz anticorpos anti-BVDV 
→ 90% morre entre 6 e 24 meses 
→ superinfecção com amostra BVDV 
homóloga citopática. 
• Doença hemorrágica, aguda e fatal. 
• Destruição tecido linfóide e erosões TGI 
 
DIAGNÓSTICO 
• Clínico: sinais respiratórios, digestivos e/ou 
reprodutivos 
• Laboratorial: patológico e virológico 
• Amostras: soros pareados, sangue total 
“buffy coat” linfócitos, tecidos alterados, 
aborto (tecidos alterados). 
• Virológico 
→ Soros 
 Soro neutralização – 
detecção de Ac 
 ELISA-Ab - detecção de Ac 
 Isolamento em cultivo 
celular + IF ou IPX – detecta 
vírus 
 PCR – detecta vírus 
 ELISA-Ag – detecta vírus 
→ Tecidos 
 Imunohistoquímica 
fragmento de orelha 
 Imunofluorescência 
 Isolamento viral- cultivo 
celular 
➢ Amostras citopáticas 
(cp)- observar ecp 
➢ Amostras não-
citopáticas (ncp)- IF 
ou IPX 
 PCR 
Quando detectamos anticorpo pode ser que o 
animal já não tenha mais o vírus. 
CONTROLE E PREVENÇÃO 
• Isolar animais doentes de vacas prenhes 
• Sorologia rebanho: positivos, negativos 
• Animais pi: fontes de bvdv 
• Vacinação novilhas (no mínimo) 
• Controle touros e sêmen 
• Introdução de animais no rebanho 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS 
Microbiologia Clínica - Virologia 
VARÍOLA BOVINA 
• Família poxviridae 
• Gênero orthopoxvirus 
• Espécies: cowpox (não presente no brasil) 
e vaccinia virus ( presente no brasil – 
variantes da cepa cantagalo) 
• Dsdna, envelopado 
• Roedores: possíveis reservatórios → 
dificuldade no controle 
• Lesões cutâneas em vacas lactentes, 
bezerros e homem 
• Lesões nas mãos dos ordenhadores 
• Homem pode ter doença sistêmica com 
linfoadenopatia 
 
 
Tetos 
• Predispõe a mastites 
• Impossibilita amamentar bezerros 
• Redução na produção de leite 
• Gastos com tratamento 
Transmissão 
• Equipamento de ordenha 
• Caminhão de leite 
• Ordenhador contaminado 
• Bezerro adquire ao mamar teto infectado 
 
DIAGNÓSTICO 
• Soro (SN) 
• Raspado da lesão (isolamento em cultivo 
celular ou em ovos embrionados, PCR) 
• PCR seguida de sequenciamento permite 
a diferenciação entre varíola bovina, 
pseudovaríola bovina e estomatite 
papular bovina 
TRATAMENTO 
• Prevenir mastite (ATM) 
CONTROLE 
• Não há vacina disponível 
• Isolador doentes dos sadios 
• Luvas durante tratamento e manejo dos 
doentes (zoonose) 
• Limpeza da ordenhadeira antes e depois 
da ordenha 
• Limpeza e desinfecção dos caminhões de 
leite ao entrar e sair da propriedade 
PSEUVARIOLA BOVINA/ESTOMATITE PAPULAR 
BOVINA 
• Família Poxviridae 
• Gênero Parapoxvirus 
• DNA fita dupla, envelopado 
• Espécies: Vírus da pseudovaríola bovina, 
Vírus da estomatite papular bovina 
• Semelhante a varíola bovina 
• Lesões no focinho de bezerros e úbere e 
tetos das vacas 
• Zoonose ocupacional também 
DIAGNÓSTICO 
• Soro (SN) 
• Raspado da lesão (isolamento em cultivo 
celular ou em ovos embrionados, PCR) 
• PCR seguida de sequenciamento permite 
a diferenciação entre varíola bovina, 
pseudovaríola bovina e estomatite 
papular bovina 
TRATAMENTO 
• Prevenir mastite (ATM) 
CONTROLE 
• Não há vacina disponível 
• Isolador doentes dos sadios 
• Luvas durante tratamento e manejo dos 
doentes (zoonose) 
• Limpeza da ordenhadeira antes e depois 
da ordenha 
• Limpeza e desinfecção dos caminhões de 
leite ao entrar e sair da propriedade 
 
8 
Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS 
Microbiologia Clínica - Virologia 
MAMITE HERPÉTICA 
• Família Herpesviridae, Subfamília 
Alphaherpesvirinae 
• Gênero Simplexvirus 
• Espécie: herpesvírus bovino tipo 2 
• DNA fita dupla com envelope 
• Hospedeiros: bovinos 
• NÃO É ZOONOSE 
• Abrasões na pele facilitam a penetração 
do vírus 
• Vesículas nos tetos de vacas – podem 
causar úlceras profundas que podem 
levar a gangrena 
• Predisposição a mastite bacteriana 
• Terneiros: lesões na boca e língua e região 
nasal (mamar) 
• Latência: imediatamenteapós o parto as 
lesões se estabelecem 
DIAGNÓSTICO 
• Soro (VN), suabe/raspado da região 
afetada (isolamento em cultivo celular, 
PCR) 
CONTROLE 
• Não há vacina disponível no País, limpeza 
da ordenhadeira e sala de ordenha, isolar 
doentes, quarentena e testar animais 
antes de introduzi-los no rebanho 
RAIVA 
• Família Rabdoviridae 
• Gênero lissavírus 
• Espécie: vírus da raiva 
• RNA fita simples polaridade negativa 
• Envelope 
• Formato “bala” 
• Sensível no meio ambiente 
• Sensível a ácidos, formalina, solventes 
lipídicos, UV e calor 
• Zoonose 
• Infecta a maioria das espécies 
domésticas: bovinos, eqüinos, caninos, 
felinos, ovinos, suínos, selvagens (graxaim, 
raposa, 
 
 
• Infecção ascendente por axônios 
→ Proximidade da lesão do SNC 
→ Gravidade da lesão 
→ Idade/estado imune do hospedeiro 
• Via centrípeta 
→ Mordida/inalação → SNC 
• Via centrífuga 
→ SNC → glândulas salivares, retina e 
terminações nervosas da pele 
• Período de incubação de 7 a 10 dias 
• Animal doente elimina vírus por saliva 
e leite 
 
SINAIS 
• Febre 
• Incoordenação motora 
• Paralisia de membros posteriores 
• Paralisia de ânus, pênis, bexiga e rúmen 
• Diarreia 
• Dificuldade de mastigar e engolir 
• Mugido constante 
• Encefalite e morte 
DIAGNÓSTICO 
• Coletar material encefálico 
→ Refrigeração (caixa isotérmica) 
→ Formal 10% 
• Material deve chegar ao laboratório em 
no máximo 24 horas 
 
 
9 
Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS 
Microbiologia Clínica - Virologia 
• Histológico 
 Inclusões virais 
citoplasmáticas (espécie 
de "colonização" celular 
feita por vírus) localizadas 
nas células do cerebelo 
(65% de sensibilidade). 
Imunofluorescência 
direta dos antígenos 
rábicos em células do 
SNC. 
 
 
 
• Biológico: inoculação intracraniana em 
camundongos de solução 10-20% (PBS ou 
solução salina). 
 
 
 
CONTROLE 
• Vacinação 
• Controle do morcego hematófago 
→ Varfarina 
LEUCOSE BOVINA 
• Família Retroviridae 
• Gênero Deltaretrovirus 
• Vírus da leucose bovina – Bovine leukemia 
virus (BLV) 
• RNA fita de simples polaridade + 
• Diplóide 
• Envelopados 
• Infecta principalmente células B 
 
TRANSMISSÃO HORIZONTAL E VERTICAL 
• Pouca quantidade de sangue necessária 
• Reaproveitamento de agulhas, luvas para 
palpação retal 
• Colostro de vaca contaminadas 
• Longo período de incubação na maioria 
dos casos 
• Doença: mais comum em gado de leite 
FORMAS 
• Maioria assintomático 
• Linfocitose persistente (35% dos 
infectados) 
• Linfossarcoma (animais de 4 a 8 anos de 
idade) (também frequente: 30%) 
• Forma juvenil: terneiros 6 meses 
→ Perda de peso 
DIAGNÓSTICO 
• Hemograma: linfocitose 
• Sorologia: AGID 
• Detecção do vírus: PCR 
SINAIS 
• Fraqueza e aumento de linfonodos 
CONTROLE 
• Eliminar soropositivos (AGID) 
• Testar animais antes de introduzir no 
rebanho 
• Pasteurizar colostro 
DOENÇA RESPIRATÓRIA BOVINA 
• Sinônimos: Complexo respiratório bovino, 
Bovine respiratory disease (BRD) 
• Doença respiratória infecciosa associada 
a estresse 
→ Sobrepopulação, ventilação 
inadequada, transporte, alterações 
na alimentação → FEIRAS DE 
ANIMAIS JOVENS 
• Agentes: Respirovírus bovino 3 (nome 
antigo: parainfluenza 3 (PI-3)), 
Orthopneumovírus bovino (nome antigo: 
vírus respiratório sincicial bovino (BSRV)), 
Pestivírus A, B e/ou H (nome antigo: 
BVDV), bohv-1, Vírus influenza D (Ainda 
nunca detectado no País – FALTA DE 
PESQUISA), Pasterella spp. 
 
10 
Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS 
Microbiologia Clínica - Virologia 
SINAIS 
• Febre, descarga nasal, depressão, 
dispnéia e tosse. 
• Animais menores de 1 ano de idade 
• Período de incubação de 5 a 7 dias 
• Curso de 2 semanas 
• Pneumonia morte 
• Fêmeas adultas: pode causar aborto 
TRANSMISSÃO 
• Contato direto, via aérea 
DIAGNÓSTICO 
• Amostras: soro, suabe respiratório e 
pulmão. 
• Materiais: suabe nasal, tecidos alterados 
(pulmão) 
• Pestivírus e BoHV-1: já comentado 
• Respirovírus bovino 
→ HÁ / HI 
→ SN 
→ PCR 
→ Isolamento em cultivo celular 
• Orthopneumovírus bovino 
→ SN 
→ PCR 
→ Isolamento em cultivo celular 
• Influenza D: 
→ HA / HI 
→ PCR 
CONTROLE E PREVENÇÃO 
• Isolar animais doentes 
• Vacinas atenuadas (pestivirus, bohv-1, 
orthopneumovírus bovino, respirovírus 
bovino e leptospira sp.) 
• Manter ambiente limpo e arejado 
• Evitar estresse de animais 
 
 
 
 
 
 
 
Diarreia neonatal bovina 
• Bovinos de 5 a 10 dias de idade 
• Meses frios 
• Ambientes muito povoados 
• Período de incubação 18 a 96 horas 
• Agentes: rotavírus, coronavírus e e. Coli 
enterocolítica e salmonella. 
Transmissão 
• Direta e indireta, orofecal 
Sinais 
• Diarreia profusa e aquosa, pode conter 
sangue e muco 
• Apatia e perda de peso (10 a 25%) 
• Mortalidade 
Diagnóstico 
• If- esfregaço de fezes ou corte de intestino 
congelado 
• Rotavírus- sds-page, pcr / coronavírus- 
isolamento viral, pcr 
Controle e prevenção 
• Ingestão de colostro (anticorpos 
maternais) 
• Ambiente limpo 
• Evitar concentração de terneiros 
• Vacinas atenuadas 
→ Rotavírus, coronavírus e e.coli 
→ Vaca prenhe ou terneiro 
Parvovirose bovina 
• Gênero: bocaparvovirus 
• Espécie: parvovírus de ungulados 1 
(ungulate parvovirus 1) 
• Classificação antiga: parvovírus bovino 1 
(bpv-1) 
• Infecção gastrointestinal 
• Idade: recém nascidos ou de 2 a 8 meses 
de idade 
• Vírus resistente no ambiente (vírus não 
envelopado) 
Transmissão 
• Orofecal 
 
 
 
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Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS 
Microbiologia Clínica - Virologia 
Diagnóstico 
• Amostras: fezes, corte de intestino e soro 
• Isolamento viral 
• Imunofluorescência- corte de intestino 
• Sorologia: sn e hi 
Controle e prevenção 
• Ingestão de colostro 
• Isolar animais doentes e manter ambiente 
limpo 
Papilomatose bovina 
• Família papillomaviridae 
• Papilomavírus bovino (bpv) 
• Genoma dna circular de fita dupla 
• Não envelopado 
• ≥ 23 tipos 
• Infecções assintomáticas predominam 
• Benignos: 
→ Fibropapiloma cutâneo 
→ Fibroma genital 
• Malignos: 
→ Tumores de bexiga urinária e 
esôfago 
• Jovens são mais susceptíveis 
• Infecta células epiteliais: papilomas ou 
verrugas 
• Pele áspera, nodulosa e perda local de 
pêlo 
• Lesões largas, pendulares ou semelhante 
a “couve-flor” 
• Recuperação espontânea, retirada 
cirúrgica, evitar miíases 
Diagnóstico 
• Clínico – lesões 
• Laboratorial - pcr 
Controle 
• Isolar doentes e objetos em comum 
Prevenção 
• Vacinas autógenas