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PLACENTA PRÉVIA E DESLOCAMENTO PREMATURA DE PLACENTA

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João Pedro Miguez - UNIFACS 
PLACENTA PRÉVIA E DESLOCAMENTO PREMATURA DE PLACENTA 
 
Nas hemorragias da segunda metade da gestação não é indicado fazer toque vaginal de 
imediato pelo risco de ser placenta prévia. 
 
CAUSAS: Placenta prévia; descolamento prematuro de placenta; rotura uterina; rotura de vasa 
prévia; sangramento do colo no trabalho de parto; cervicite; pólipo endocervical, ectrópio; CA 
colo; trauma vaginal. 
 
PLACENTA PRÉVIA: É definida como a placenta que se implanta total ou parcialmente no 
segmento inferior do útero após 28 semanas de gestação (antes disso ela pode subir). 
CLASSIFICAÇÃO DO MS: 
• Baixa – está localizada próxima ao colo do útero, sem atingí-lo; 
• Marginal – atinge orifício interno do colo do útero sem recobri-lo; 
• Completa – recobre totalmente o orifício interno do colo uterino. 
 
CLASSIFICAÇÃO MAIS ATUAL 
• Placenta prévia recobre totalmente ou parcialmente o orifício interno do colo uterino; 
• Placenta de inserção baixa – borda placentária está inserida no segmento inferior do útero 
em um raio de 2cm do orifício interno, sem atingi-lo. 
 
 
INCIDÊNCIA: 1 a cada 200 gestações que chegam ao 3° trimestre, pela migração placentária. É 
5X mais comum em multíparas. 
 
FATORES DE RISCO: Parto cesárea anterior ou qualquer cicatriz uterina; idade materna 
avançada; multiparidade; curetagens anteriores; tabagismo; técnicas de reprodução assistida; 
gemelaridade e história pregressa de placenta prévia. – endométrio desfavorável ou 
“lesionado”. 
 
FISIOPATOLOGIA: Descidualização inadequada acaba por forçar o embrião a se implantar mais 
para baixo. 
 
QUADRO CLÍNICO: Sangramento genital indolor (sempre) – de repetição, sem causa aparente; 
início e término súbito; progressivo; coloração vermelho vivo (rutilante); tônus uterino normal 
e vitalidade fetal preservada 
 
 
DIAGNÓSTICO: História clínica + exame especular com sangramento + NÃO REALIZAR O TOQUE 
VAGINAL (pode ter descolamento* se placenta for centro-total). 
• USG obstétrica (com componente transvaginal para ver o ponto de inserção); 
• RNM (acretismo placentário – quanto a placenta invade o útero). 
 
 
CONDUTA 
Gestações pré-termo com sangramento controlável 
Internação + estabilização materna e fetal + exames laboratoriais + investigação com exames 
de imagem + repouso pélvico + medidas para prematuridade (< 33 semanas faz corticoterapia) 
e interrupção na maturidade fetal até 37 semanas. Anemia: Fe elementar 60mg 3-4x/dia. 
Sangramento abundante: verificar coagulação, hemoderivados, imunoglobulina anti-D em 
gestante rH – e corticosteroides para amadurecimento pulmonar fetal entre 25-34 semanas se 
necessário. Se não controlar, o parto está indicado. 
 
Feto a termo (37 semanas ou mais) 
Parto. Placenta prévia completa ou centro total – cesárea programada; Radiologia 
intervencionista caso suspeita de acretismo. A única indicação absoluta de cesárea é placenta 
prévia (centro total). Parto vaginal é possível desde que haja um bom controle do 
sangramento, sala cirúrgica de fácil acesso e fazer amniotomia precoce (polo cefálico se 
insinua de maneira mais intensa e pode acabar comprimindo a borda placentária, reduzindo o 
sangramento). 
 
Feto morto 
Parto. Placenta prévia completa ou centro total – cesárea. 
 
COMPLICAÇÕES: Apresentações anômalas; restrição de crescimento fetal; ruptura prematura 
de membranas ovulares; sofrimento fetal; hemorragia do 3° e 4° períodos (atonia uterina no 
segmento inferior); acretismo placentário e mortalidade perinatal. 
 
 
Acretismo placentário – placenta aderida de maneira anormal na parede uterina, com ausência 
parcial ou total da decídua basal e penetração patológica no útero. O diagnóstico é com 
exames de imagem (USG com doppler ou RNM). O TTO é manter numa maternidade com 
estrutura (banco de sangue e UTI materna/fetal); programar parto entre 36-37 semanas; uso 
da radiologia intervencionista para ocluir temporariamente as ilíacas internas (cesárea + 
histerectomia total – tirar corpo e colo do útero). Caso não se consiga retirar tudo, pode-se 
usar o Metotrexato. 
 
DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA: Separação total ou parcial da placenta 
normalmente inserida, antes da expulsão do peto em gestações > 20 semanas (antes das 20 
semanas é aborto). 1-2% das gestações. Alta morbimortalidade materno-fetal. 
 
FATORES DE RISCO: Síndromes hipertensivas (50%); traumas abdominais (principalmente 
automobilísticos); rotura prematura de membranas ovulares; trombofilias(a formação da 
placenta tem mais pontos de vasoconstricção); descompressão uterina abrupta; tumores 
uterinos; tabagismo (vasoconstrição); uso de drogas (cocaína eleva a PA); histórico de DPP; 
idade materna avançada e amniocentese e cordocentese (agulhas podem atingir vasos 
placentários). 
 
QUADRO CLÍNICO: Sangramento vaginal escurecido (80% ou oculto 20%); dor abdominal súbita 
e intensa; hipertonia uterina; vitalidade fetal prejudicada; bolsa das águas tensas; hemoâmnio 
(aumento PA); aumento da altura uterina. Grau I (leve) hemorragia causa incerta, sem dor. 
Grau II: hipertonia uterina – feto vivo. Grau III: óbito fetal (A sem coagulopatia ou B com 
coagulopatia). 
 
DIAGNÓSTICO: É clínico. USG pode ajudar em casos muito duvidosos (prematuros extremos – 
aumenta da espessura placentária, elevação da placa coriônica, coágulos no estômago feral e 
alterações na ecogenicidade). 
 
TRATAMENTO: Estabilização hemodinâmica materna e reposição volêmica se necessário. 
Exames – hemograma com contagem de plaquetas; coagulograma; tipagem sanguínea ABO Rh 
e exames de rotina para doença hipertensiva. Fazer parto se feto vivo e viável por via mais 
rápida – cesárea na maioria das vezes. Vaginal é possível se o feto não tiver sinais de 
sofrimento, gestante estável e parto iminente. Pode ser feita amniotomia precoce (diminui 
pressão intrauterina e sangramento diminui); uterotônicos e monitorização fetal contínua 
(“parto taquitócito” – rápido com muitas contrações). 
DPP NÃO É INDICAÇÃO ABSOLUTA DE CESÁREA 
Feto morto – resolução da gestação pela via com menor risco materno. Pode tentar até 6h em 
trabalho de parto, a partir daí fazer cesárea pelo risco de CIVD. 
 
COMPLICAÇÕES Útero de Couvelaire (atonia/hemorragia puerperal); cratera de Nubiola 
patognomônica do DPP.

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