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Caracteristicas anatomicas e fisiologicas dos animais silvestres

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CM DE ANIMAIS SELVAGENS – Características anatômicas e fisiológicas
As características anatômicas e fisiológicas de cada espécie são decorrentes dos processos adaptativos e evolutivos das mesmas.
Serão abordados três grupos aves, repteis e mamíferos.
Importante saber ao menos a qual grupo pertence aquele animal (taxonomia).
Répteis:
São ectotérmicos, não são capazes de gerar temperatura corpórea. Usam a temperatura do meio ambiente para fazer sua termoregulação, não geram temperatura corpórea. A termoregulação interfere no metabolismo todo – farmacodinâmica (antibióticos e anestésicos), processo digestório, desenvolvimento e ecdises, eliminação de uratos, imunidade, processos reprodutivos e comportamento.
Gradiente de temperatura - o animal vai tentar encontrar uma faixa ótima de temperatura para ele de acordo com sua exigência do momento. Num mesmo ambiente se tem variação de temperatura e umidade (certo local está mais quente e menos úmido, e outros estão mais expostos ao sol, etc.).
Desafio – trazer para o cativeiro as condições de temperatura e umidade adequadas para aquela espécie. Montar um terrário com gradientes de temperatura que permita a esse animal fazer termorregulação, encontrando faixa ótima de temperatura para seu metabolismo. 
São animais que tem respiração pulmonar.
Tem corpo revestido por escamas ou placas (varia de espécie para espécie).
Possuem poucas glândulas.
Grande maioria ovípara.
Fecundação interna.
Coração com três cavidades (tricavitario, dois átrios e um ventriculo), come exceção dos crocodilianos que possuem quatro compartimentos.
Tem um único côndilo atlanto occipital simples.
Presença do osso quadrado, que permite abertura e movimentação mais ampla de mandíbula/maxila.
Possui sistema porta-renal.
· Quelônios:
Presença da carapaça – fusão da coluna vertebral, costelas, cinturão pélvico.
Plastrão – fusão do segmento final dos arcos costais com esterno. Revestido por placas dérmicas (escudos dermais).
Capacidade retração do pescoço e membros.
Pulmão ocupa grande parte da cavidade celômica. Não possuem diafragma, tem uma cavidade celômica única que alberga os órgãos internos.
Respiração auxiliada pela musculatura pélvica e torácica (devido ausência de diafragma e de musculatura intercostal).
Figado grande e ventral aos pulmões.
Bico córneo – apreensão dos alimentos, não tem elementos dentais.
Transito gastrointestinal é lento.
Carapaça fica na porção dorsal, e plastrão fica ventral. Ambas são recobertas por placas dérmicas/escudos dermais.
Placa dérmica costal, marginal e vertebral – importante para situação da topografia e referenciação. Plastrão também tem nome de acordo com a localização.
Extensão e retração de membros varia com a espécie. 
O pulmão está localizado dorsalmente.
Movimentação da musculatura pélvica e torácica faz com que haja diferença de pressão interna sob os órgãos, fazendo com que haja diferença de pressão interna do pulmão, auxiliando no processo de troca gasosa.
· Serpentes:
Corpo revestido por escamas, se é mais ou menos queratinizado depende da espécie.
Também possuem cavidade celômica e ausência de diafragma. 
Pulmão direito – desenvolvimento maior em algumas espécies. 
Língua – tem função olfativa e leva informação ao órgão vomeronasal (órgão de Jacobson). Esse órgão em serpentes é mais desenvolvido, é sensorial e suas células quimiorreceptoras levam informação ao cérebro.
Fígado alongado, vesícula biliar distante, baço e pâncreas distantes.
Rins – direito mais cranial que esquerdo.
Côndilo occipital simples.
Osso quadrado – movimentação mandíbula/maxila.
Não possuem bexiga, todas as secreções urinarias e fecais são eliminadas por um mesmo orifício – cloaca. 
Para uma melhor localização/divisão se separa mentalmente em terço anterior, médio e posterior/final. Auxilia na avaliação do animal.
Anterior – coração, pulmão, fígado, esôfago.
Médio – estomago, baço, vesícula biliar.
Final – alças intestinais e rins.
Presença de dois hemipenis.
Para fazer sexgaem – uso de especulo. Introdução do especulo na cloaca pelo sentido caudal, quando se consegue introduzir um segmento considerável dele é um macho, quando entra uma porção menor, provavelmente é fêmea.
· Lagartos e crocodilianos:
Crocodilianos – escamas córneas na pele. Placas osteodermicas: defesa e captação de calor.
São capazes de reposição dentaria.
Mastigação ausente – limitação dos movimentos laterais. Apreendem o alimento e empurram para engolir.
Transito intestinal dependente da temperatura.
Língua – exploração sensorial e umidificação do alimento.
Poros femorais – glândulas dérmicas ou glândulas femorais.
Pulmão dorsalmente, não tem extensão tão grande como nos quelônios. 
Cérebro bastante pequeno nos crocodilianos.
Aves:
Bico forte e com diferenciação entre espécies.
Ausência de epiglote. Entrada da traqueia visível na base da língua.
Ausência de cordas vocais – presença da siringe (órgão do canto).
Anéis traqueais completos (importante para colocação de sondas endotraqueais).
Pulmão pequeno, compacto e com pequena expansibilidade. Movimento respiratório auxiliado pela musculatura intercostal.
Presença de sacos aéreos e ossos pneumáticos.
Diafragma ausente.
Sacos aéreos: Grupo cranial – 2 cervicais, 1 clavicular, 2 torácicos craniais; Grupo caudal – 2 torácicos caudais e 2 abdominais. São estruturas ligadas aos pulmões, câmaras de recepção do ar inalado. São grandes, complacentes que aumentam de volume, de paredes finas e originam-se nos brônquios secundários pulmonares. Tem como função aumentar a ventilação pulmonar. São avascularizados, não contribuem para a troca gasosa, apenas aumentam a área de ventilação pulmonar. Participam da termorregulação e umidificam o ar. Reduzem o peso no voo. Existem projeções desses sacos para os ossos, passando a serem chamados de ossos pneumáticos.
Divertículos – extensão dos sacos aéreos que penetram em alguns ossos (ossos pneumáticos). Provavelmente não possuem função respiratória. A fratura desses ossos (principalmente fratura exposta), existe chance de contaminação do tecido pulmonar, processos de pneumonia (devido conexão dos sacos aéreos com pulmão). 
O úmero possui um divertículo importante chamado supra-umeral. Outros: supramedular, axilar, subcordal, umeral, gástrico, acetabular e ileolombar.
Bronquios – cada pulmão apresenta três subdividões brônquicas: Bronquio primário intrapulmonar, brônquios secundários (4 médio ventrais; 8-12 medio dorsais; vários latero-ventrais), e brônquios terciários ou parabronquios (neopulmonares e palepulmonares). 
Movimento de inspiração e expiração é dado pela articulação costocondral que liga os arcos costais ao esterno.
Aves com capacidade de voo tem osso esterno bem mais desenvolvido.
No esterno também se tem ancoragem da musculatura peitoral que auxilia no movimento das asas, auxiliando na capacidade de voo.
Sistema músculo-esquelético: Leveza e resistência, ossos pneumáticos, fusão de partes ósseas, sete pares de costelas com dois segmentos.
Mamíferos:
Elefante – megavertebrado, alguns segmentados de ossos do crânio são aerados, fornecendo certa leveza apesar de resistente, auxiliando na movimentação.
FIM!

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