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3º Trabalho de História Econômica Geral - FINALIZADO

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3º Trabalho História Econômica Geral (2020)
CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA
Professor Bruno Lotério
CRISTINA BRUGNOLI LOPES MEGHELLI – RA: 4023045
DANILO GUSTAVO NARCISO – RA: 4023952
GEISA CRISTINA SEIXAS DE FREITAS – RA: 4022957
RAQUEL PEREIRA DA SILVA – RA: 4023889
VICTOR HUGO GONZAGA – RA: 4020792
Questão 1)
A crise de 1929 destruiu o sistema econômico baseado na ortodoxia internacionalista do padrão-ouro, no papel limitado do governo na economia e na predominância política dos empresários. Em meio ao caos econômico, político e social da década de 1930, Alemanha e Itália seguiram um caminho diferente dos demais países do Ocidente Industrial, como Suécia e Estados Unidos. Com base nas aulas de História Econômica Geral, analise as diferenças entre as duas políticas econômicas adotadas por esses países em resposta à crise. (máximo de 20 linhas)
Resposta: 
A Alemanha nazista e a Itália pregavam uma movimentação contraria ao capitalismo liberal, o internacionalismo econômico e a democracia. Tanto Alemanha, que já se mostrava uma potência industrial, quanto a Itália com um certo desenvolvimento, voltaram-se para o fortalecimento industrial, a fim de não dependerem de mercados externos, também visando aumentar seu poderio militar, ambas com governos autárquicos, forte influência estatal e economia fechada, mais conhecido como fascismo. A ideia era mais de desenvolvimento do país, mas não necessariamente qualidade de vida para seus habitantes. 
Por outro lado, países como Estados Unidos e Suécia caminhavam na direção da Social Democracia. Com aumento dos gastos públicos, forte investimento na segurança social e geração de empregos, a experiência dos dois países pode ser considerada bastante instrutiva. Além de trabalhar na superação da crise, buscaram maneiras de reduzir e frequência e a amplitude de futuras crises, mantendo a segurança do pleno emprego, utilizando também políticas monetárias e fiscais a fim de controlar os preços, bem como sustentar a atividade econômica. Podemos dizer que enquanto Alemanha e Itália usavam de força militar e censura contra quem se opusesse ao governo ou protestasse, países sociais-democratas criaram uma espécie de acordo entre patrões e empregados, pois com a melhoria nas condições de vida e trabalho, acabaram os protestos e greves, dando espaço para o pleno desenvolvimento da economia.
Questão 2) 
Em todos os períodos da história tem havido crises. Mas há uma nítida diferença entre as surgidas antes do crescimento capitalista e as que apareceram depois. Antes do século XVIII o tipo mais comum de crise era provocado pelo fracasso das colheitas, pela guerra ou por algum acontecimento anormal; eram caracterizadas pela escassez de alimento e outros artigos necessários, cujos preços se elevavam. Mas a crise que conhecemos, a crise que começou a existir com o advento do sistema capitalista, não é devida a fatos anormais – parece parte e parcela de nosso sistema econômico; é caracterizada não pela escassez, mas pela superabundância. Nela, os preços, em vez de subirem, caem. [...] Os economistas concordam quanto ao que faz o sistema funcionar, mas discordam	enfaticamente quanto ao que o faz parar. O sistema entra em colapso – isto é, os lucros caem – num período de crise. Quais são as causas desses colapsos? Quais são as causas das crises?
HUBERMAN, L. História da Riqueza do Homem, 
22ª edição. [Minha Biblioteca], p.208-209.
Com base no texto, discorra sobre as causas das crises (fora do sistema, físicas, psicológicas, deficiência no sistema de trocas, distribuição desigual da riqueza e o próprio capitalismo). (limite de 30 linhas)
Resposta: 
No capitalismo o principal objetivo é o lucro, e as crises modernas que enfrentamos são causadas pelo próprio sistema. Segundo Marx, as crises são inevitáveis, e para acabar com elas, somente acabando com o próprio capitalismo. Economistas e pensadores modernos debatem as mais diversas teorias, na tentativa de conseguir uma maneira eficiente de evitar tais crises. O Professor Mitchell explica que cada crise tem sua própria origem, que deve ser procurada cerca de dois anos precedentes, não existindo uma única origem para todas. Outro grupo, do qual participam W Stanley Jevons e Henry L Moore, acreditam em causas físicas, como a radiação solar afetando o clima e as plantações, ou o planeta Vênus interpondo-se entre o Sol e a Terra a cada oito anos, interrompendo a radiação, diminuindo com isso a renda dos fazendeiros e a procura por produtos acabados. Outra teoria vem do Professor A C Pigou, economista de Cambridge. Segundo ele, as causas dos períodos intercalados de prosperidade e depressão teriam origens psicológicas, como excesso de otimismo ou pessimismo por parte dos empresários. Ele explica que quando os negócios estão promissores, os empresários captam mais empréstimos elevando os juros, e investem pesado buscando maiores lucros, com isso inundando o mercado de produtos e elevando os preços. Esses produtos não conseguem ser absorvidos tendo o fluxo da atividade comercial reduzido, fechando o ciclo e voltando ao pessimismo, quando os investimentos e a produção diminuem, gerando desemprego. Keynes nos apresenta uma outra teoria, sugerindo a causa das crises na instabilidade do padrão de valor. Argumenta-se que a oscilação do volume de dinheiro em circulação seria responsável pelos efeitos de elevação e queda do nível dos preços, ou seja, quando os negócios estão bons, industriais investem mais com a ajuda dos bancos, que se assustam com o crescimento rápido, decidindo suspender novos empréstimos e cobrar os antigos, falindo empresários que não tiveram tempo para produzir e pagar suas dívidas. O desemprego gera uma onda de diminuição no consumo, causando a recessão. Uma outra teoria, defendida por John A Hobson, culpa os baixos salários pela redução de consumo, causando excesso de mercadorias, retração nos preços com diminuição de produção por deixar de ser lucrativa, e consequente quebra de empresas. Hobson defende o aumento da renda dos trabalhadores, seja por salários ou por assistência social, diferente de Hayek, que defende aumento dos lucros.
Questão 3) 
O cenário da paz não poderia [...] repetir aquele que se seguira à Primeira Guerra, com o Congresso norte-americano desautorizando as tentativas do presidente da república, Thomas Woodrow Wilson, de conduzir o reordenamento mundial. Em 1919 os EUA ainda poderiam temer a concorrência europeia internamente, mas em 1945 qualquer argumento nesse sentido esbarrava na evidência dos números: o PIB per capita dos aliados europeus, incluindo a União Soviética, valia menos de 80% do que antes de 1939. Para muitos ainda era menor do que o de 1920. Os EUA, entretanto, haviam obtido um crescimento de 50% durante a guerra. A economia norte-americana era, naquele momento, maior que a de todos os países da Europa juntos. Os europeus estavam ávidos por capitais e produtos saídos das fábricas americanas. Quando sabemos que mesmo nos EUA, entre 1941 e 1946, não foram produzidos automóveis para o mercado civil (apenas para atender o governo quando este os encomendava para viaturas de polícia, ambulâncias, ônibus ou táxis) e a produção de mobiliário ou roupas civis, em alguns países (a Alemanha e a União Soviética, por exemplo) reduzira-se em mais de 80%, podemos avaliar o que isso significava.
GUERRA, M. Um admirável mundo novo. In: HUBERMAN, L.
História da Riqueza do Homem, 22ª edição. [Minha Biblioteca], p.250.
Com base no trecho apresentado, elabore um texto que aborde os seguintes aspectos (máximo de 20 linhas):
a) As mudanças na narrativa do “excepcionalismo americano” no pós-Segunda Guerra Mundial.
Resposta: 
A expressão se tornou mais comum durante a Guerra Fria e passou a ser usada tanto por políticos de esquerda, como de direita. Em 1989, o cientista político escocês, Richard Rose, notou que a maioria dos historiadores americanos também acreditava na ideia do excepcionalismo. Ele afirmou que a "América marcha sob uma batida diferente. Sua singularidade deve-sea várias razões: história, tamanho, geografia, instituições políticas e cultura. Explicações do crescimento do governo na Europa não devem caber na experiência americana, e vice-versa". Depois da crise que assolou o mundo após a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos se propuseram a encontrar uma forma de superar os problemas econômicos e, antes mesmo de entrarem na guerra, já haviam desenvolvido estratégias de reconstrução. Com o final da guerra, a atuação dos Estados Unidos assegurou para si o papel de “supervisores gerais da nova ordem internacional”. Sendo assim passou, por dois movimentos combinados: a luta política e ideológica anticomunista e a expansão e o fortalecimento dos seus interesses econômicos, possibilitando a montagem do sistema de Bretton Woods
b) O papel dos EUA na criação do Sistema de Bretton Woods.
Resposta: 
Os Estados Unidos tinham por finalidade criar um Fórum, composto por representantes da comunidade internacional, que teria dois papéis, examinar as condições econômicas dos países associados, protegendo-os dos impactos do padrão ouro e da estratégia de desvalorização da moeda. O Fórum autorizaria alterações na taxa de câmbio quando julgasse necessário para a situação interna do país, ao mesmo tempo emprestaria recursos para que um país tivesse moeda suficiente, sem alterar o câmbio, enquanto promovia os ajustes necessários em sua economia, coube à moeda norte-americana servir de referência as demais moedas nacionais
Entre as resoluções mais importantes do acordo final de Bretton Woods está a criação do Fundo Monetário Internacional – FMI, cuja função é garantir a estabilidade da moeda, e do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD. Dessa forma, foi reconhecido o papel chave a ser desempenhado pelos EUA na gerência do sistema. Claro que com isso eles detiveram nas mãos o poder de decisões importantes, porém isso não minimiza o papel fundamental que tiveram na superação econômica do pós-guerra, bem como na retomada do crescimento da economia mundial.

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