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Relatório 3

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC
CENTRO TECNOLÓGICO - CTC
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS
EPS 5227 - PLANEJAMENTO INDUSTRIAL
Anteprojeto: Coworking Business
Carlos Alberto Farias Felix (17200511)
Renata Steinbach (13200773)
Shirley Lima Monteiro (20150198)
Florianópolis
2021
PRODUTO
O produto desenvolvido é a criação de um coworking que integre todos os
apoios e serviços necessários em um único lugar. Um espaço onde existe uma
ampla estrutura que permite a troca de experiências entre profissionais autônomos,
empresas e estudantes de diferentes áreas.
FICHA CADASTRO
A ficha de cadastro da empresa segundo o CNAE:
Figura 1 - Classificação Nacional de Atividade Econômica
A ficha de cadastro é escolhido nesta hierarquia pelo fato de seguir os
seguintes descritores:
Figura 2 - Lista de descritores segundo o CNAE
1. INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização do Empreendimento
Coworking é um termo que descreve um modo de trabalho compartilhado, em
que as pessoas se reúnem em um local para criar valor enquanto compartilham
informações e conhecimentos por meio de comunicação e cooperação (Uda, 2013).
Desta forma, coworkings são espaços baseados no compartilhamento de recursos,
de escritórios e de espaços, onde profissionais e empresas usufruem desses
espaços para oferecer e/ou contratar serviços mutuamente, estabelecendo
relacionamentos entre seus negócios.
Os coworkings oferecem espaços compartilhados de trabalho com toda a
estrutura física para uso, serviços de recepção, internet, banheiros e amenidades,
que podem ser alugados por um período de tempo ou diariamente, para uma ou
várias pessoas por ambiente (SERRA, 2013). Estes espaços comumente atraem
pessoas que podem ou não trabalhar em uma mesma empresa ou área de atuação,
profissionais autônomos, empreendedores, estudantes, nômades digitais e mais
atualmente pessoas que precisam de um ambiente mais estruturado e menos
isolado que o Home Office.
Um dos motivos de atração dessas pessoas para o uso dos espaços de
trabalho colaborativos dá-se pelo ambiente que é criado pelos membros. Um
ambiente dinâmico e que tem como grande objetivo potencializar a rede de contatos
entre os usuários do espaço. Esta rede de relacionamentos proporcionada pelos
coworkings visa favorecer o surgimento e amadurecimento de ideias e projetos em
grupo, pois o foco não está apenas no lucro, mas também na sociedade.
1.2. Objetivo
Desenvolver um anteprojeto de implementação de um coworking na cidade
de Mogi das Cruzes.
2. ESTUDO DE MERCADO E DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE
COMPETITIVIDADE
2.1. Levantamento de Informações Qualitativas de Mercado
Será realizado um estudo qualitativo do mercado de coworking, com o
objetivo de entender melhor o sistema produtivo e o produto que será planejado.
Foram realizados estudos em alguns elementos do mercado como por exemplo, os
clientes, concorrentes, fornecedores, legislação e normas, inovação, tecnologia e
sustentabilidade.
2.1.1. Clientes
Em espaços como coworking, podemos ter uma gama de clientes que
necessitam de espaços e estruturas físicas de forma acessível e eficiente.
Estudantes, trabalhadores autônomos e empresas que buscam ambientes
inspiradores e dinâmicos, com a possibilidade de trocar experiências no mercado
que atuam. Desta forma, podemos separar três tipos de clientes que o coworking
pretende alcançar em seu ambiente:
● Estudantes que necessitam de estrutura para realizar trabalhos acadêmicos,
webconferência, apresentações de trabalhos, defesas de TCC, mestrado ou
doutorado, entrevista de emprego e reuniões.
Os estudantes podem utilizar os serviços em aluguéis em diárias ou por hora
de uso em mesas compartilhadas, mesas privadas e salas de reuniões. Além
de poderem usar dos espaços e benefícios de ter cafeteria, espaços para
impressão e aluguéis de eletrônicos.
Caso estes estudantes tenham filhos com até 13 anos de idade, podem
levá-los juntos para usar os espaços de berçário ou playground durante seu
período de uso do espaço de coworking.
● Para pessoas jurídicas, ou seja, profissionais autônomos e freelancers que
necessitam também de um espaço adequado para realizarem seus trabalhos
com a possibilidade de trocar grandes experiências ou até mesmo espaços
que necessitam concentração. Além disso, ferramentas que podem deixar as
reuniões do dia a dia em alto nível profissional ou até mesmo reuniões de
extrema importância em um ambiente adequado.
Estes profissionais podem usar os serviços de coworking com planos
mensais, diários ou por hora. Além de poderem usar dos espaços e
benefícios de ter cafeteria, espaços para impressão e aluguéis de eletrônicos.
Caso estes profissionais tenham filhos com até 13 anos de idade, podem
levá-los juntos para usar os espaços de berçário ou playground durante seu
período de uso do espaço de coworking.
● Empresas que desejam locar espaço físico para que seus colaboradores
possam utilizar durante o expediente e/ ou para reuniões de rotina
necessárias diariamente, semanalmente ou mensalmente.
As empresas podem alugar em planos mensais o uso de espaços
compartilhados, salas especiais e até salas de reuniões para o uso de seus
colaboradores. Os pacotes de aluguéis também podem incluir o uso das
cafeterias, impressão e aluguéis de eletrônicos.
Caso estes colaboradores tenham filhos com até 13 anos de idade, podem
levá-los juntos para usar os espaços de berçário ou playground durante seu
período de uso do espaço de coworking.
2.1.2. Concorrentes
Segundo a Organização Coworking Brasil, em 2017 existiam 336 coworkings
somente em São Paulo, o que representa aproximadamente 40% do mercado
nacional. Pode-se dividir os concorrentes em diretos e indiretos:
● Diretos
○ Coworking Business: Espaços de locação e apoio voltados para
empresas ou/e iniciações e estudantes. Além de possuir um
networking mais funcional.
○ Escritório virtual: Serviços de suporte administrativo para o
funcionamento remoto de empresas.
● Indiretos
○ Coworking de outras áreas: Espaços de locação exclusivos para
diferentes áreas de atuação. Por exemplo: espaços apenas para
arquitetos
○ Empreendimento comercial: Locação de salas em edifícios, de forma
individual.
○ Incubadoras: Espaços que oferecem estrutura para estimular,
desenvolver e agilizar os processos necessários para empreender.
Na cidade de Mogi das Cruzes podem ser encontrados 5 concorrentes
diretos. No quadro abaixo podemos ver os serviços ofertados por eles:
Quadro 1 - Lista de serviços ofertados
2.1.3. Fornecedores
Os fornecimentos necessários para os processos de apoio ao cliente do
coworking estão inclusos itens do varejo como por exemplo eletrônicos, itens de
escritórios e brinquedos. No mercado de atacado vão ser necessários itens como
alimentos, itens escolares, itens de higiene e limpeza. Além disso, é necessário o
fornecimento de internet de grande capacidade e energia.
Desta forma, podemos contar com fornecedores locais para os itens de
varejo e atacado. Energia elétrica da distribuidora local e serviço de internet
qualificado para grandes empresas.
2.1.4. Legislação e Normas
Para operações e processos realizados dentro do espaço de coworking, são
previstas normas e regulamentos municipais onde o coworking está estabelecido.
Para realizar abertura e registro de uma Empresa de Coworking são
necessários os seguintes procedimentos: Registro Empresarial na Junta Comercial;
Obtenção do CNPJ na Secretaria da Receita Federal; Secretaria Estadual de
Fazenda; Registro na prefeitura municipal, para obter o alvará de funcionamento;
Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (empresa ficará obrigada a recolher
por ocasião da constituição e até o dia 31 de janeiro de cada ano, a Contribuição
Sindical Patronal); Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema
“Conectividade Social – INSS/FGTS”; Registro no Corpo de Bombeiros Militar: órgão
que verifica se a empresa atende as exigências mínimas de segurança e de
proteçãocontra incêndio, para que seja concedido o “Habite-se” pela prefeitura.
Alvará de licença da Vigilância Sanitária. (SEBRAE, 2021).
No ano de 2005 o IBGE reconheceu os coworkings e fez a inclusão do
CNAE, por meio de uma inclusão no Simples Nacional. No entanto, no ano de 2016
o Senado Federal emitiu uma negativa quanto a inclusão dos nomes de Escritórios
Compartilhados (coworking e escritórios virtuais) na Lei da MEI. Já em ações
recentes dos anos de 2017 e 2018 visam reunir diversas leis municipais em uma
única lei, criando um projeto de Lei Federal nº 8.300 de 2017 (em análise nas
comissões do Congresso Nacional), um Projeto de Lei do município de São Paulo e
uma Ementa Aditiva nº 13/2018. (REVISTA BUILDINGS, 2018).
Espaços de Coworking também devem seguir as Diretrizes e Premissas
determinadas pelo Código de Obras de Mogi das Cruzes (CEO), Código Sanitário
de São Paulo, NBR9050 de Acessibilidade, NBR9077 de Saída de Emergência, Lei
12.305 (PNRS), Lei 8.069 e Lei 10.297.
● Art. 334 do Código de Obras e Edificações de Mogi das Cruzes:
Referente às instalações sanitárias;
● Art. 36 do Código Sanitário de São Paulo: Referentes às estruturas de
salas para escritórios;
● Art. 38 do Código Sanitário de São Paulo: Referente ao pé direito dos
estabelecimentos;
● ABNT NBR9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos;
● ABNT NBR9077 - Saída de emergências em edifícios;
● Lei 12.305 (PNRS) - Política Nacional de Resíduos Sólidos;
● Lei 8.069 - Referente à brinquedotecas e de proteção a criança;
● Lei 10.297 - Referente a comercialização de café e cafeterias.
2.1.5. Inovação e Dinamicidade
Serão oferecidos espaços dedicados para as mais diversas áreas e
profissionais, além de integrar serviços essenciais em um único lugar.
No contexto de pandemia e com grande parte das empresas trabalhando em
regime híbrido, mesmo com o trabalho home office as empresas continuam
precisando de uma sede. Reuniões em equipes ainda são necessárias para
algumas empresas, além da necessidade de encontrar com clientes pessoalmente e
até oferecer estrutura para que seus colaboradores sem estrutura em casa, possam
continuar trabalhando.
A flexibilidade de planos, reservas e ambientes integradores de necessidades
são grandes diferenciais deste ambiente de coworking. Além de um ambiente de
trabalho, dispõe em sua estrutura de cafeteria, centro comercial, possibilidade de
locação de eletrônicos e espaço educacional para filhos com idade entre 0 e 13
anos.
2.1.6. Tecnologia e Sustentabilidade
Para a construção e manutenção deste ambiente é necessário uso de
tecnologia, tanto em estrutura física como em estrutura virtual, para ser uma área
dinâmica e inteligente. Os equipamentos possuem as tecnologias mais recentes,
dispositivos sem fio, softwares eficazes e integrados. Gadgets, tecnologias,
calendários sincronizados e painéis interativos e com interface simplificada. Além da
tecnologia aplicada em softwares de gerenciamento do espaço de coworking,
pontos comerciais, espaço educacional, locação de eletrônicos e cafeteria.
Prezando por um ambiente sustentável, o espaço de coworking minimiza em
sua atividade o uso de plástico, investe em itens recicláveis e dá preferência pelo
uso de energias renováveis. Em sua decoração e design traz um ambiente com boa
iluminação natural e com presença de plantas. Incentiva o uso de locomoção com
bicicleta, dispondo de um bicicletário próprio para os usuários do coworking.
2.2. Análise Estratégica do Empreendimento
Para a realização do empreendimento, foram considerados aspectos
estratégicos para a tomada de decisão e para a implementação do coworking.
Portanto, o plano estratégico auxilia para a vantagem competitiva dentro do
mercado, desta forma, foram feitas análises ambientais externas.
2.2.1. Análise ambiental externa
Tem como objetivo a identificação de ameaças e oportunidades para a
implementação do coworking através da análise do sistema de valor e da
competitividade.
Para analisar a competitividade, Porter, desenvolveu um modelo que devem
ser analisadas as forças externas atuando sobre um segmento de negócio. Estas
forças vem do poder dos clientes, dos fornecedores, dos produtos substitutos,
entrantes potenciais e da rivalidade entre os competidores. Portanto, no modelo
verifica-se as ameaças de cada fator:
● Poder dos Clientes: O coworking atenderá três diferentes tipos de clientes
que são estudantes, empresas e pessoas jurídicas. As empresas não teriam
um elevado poder de barganha, visto que haja poucos espaços concorrentes
que tenham a estrutura para atendê-las. Em divergência teria os estudantes
que, por conter espaços que chegam a ser gratuitos para eles, teriam um
elevado poder de barganha. Com relação às pessoas jurídicas não teria um
poder tão elevado quanto aos estudantes, pois alguns produtos ofertados a
eles (exemplo, espaço recreativo) são dificilmente encontrados em outros
espaços;
● Poder dos fornecedores: A internet é um insumo essencial para o
empreendimento, o mau fornecimento pode limitar a atuação do coworking no
mercado, tendo em vista que é de extrema importância que a internet seja de
qualidade. Contudo, existem muitas empresas que podem fornecer este
serviço e, também, não seria apenas uma rede de internet, logo eles não
teriam um alto poder de barganha;
● Perigo dos entrantes potenciais: De acordo com o Censo Coworking Brasil, a
maioria dos coworkings possuem uma pequena edificação, 36% utilizam
casas, logo dificilmente surgirá um espaço com maior edificação e estrutura
que atenda nossos potenciais clientes;
● Perigo dos produtos substitutos: Devido a situação de pandemia, um
substituto seria a própria casa (home office). Com relação às empresas,
podem preferir utilizar um escritório próprio. Contudo, abaixo pode ser
observado a comparação entre alugar um espaço coworking e um escritório
próprio:
Tabela 1 - Custos Coworking x Escritório Próprio
● Rivalidade entre os competidores: A maioria da concorrência direta do
coworking trabalha com a estratégia de competitividade em liderança de
custos, por possuírem produtos muitos semelhantes e sem diferenciação.
2.2.2. Definição do mix estratégico
Com o cenário atual da pandemia da Covid-19, estima-se que o mercado
global de espaços de coworking diminua de US$ 9,27 bilhões em 2019 para US$
8,24 bilhões bilhões em 2020. No entanto, tendências de mercado e consumo
indicam uma recuperação, devendo atingir US$ 11,52 bilhões em 2023.
Devido à tendência da saída do modelo de trabalho integralmente de Home
Office para um modelo de trabalho misto, com menor isolamento social e maior
interesse em networking, inicialmente o mercado voltado para empresas e pessoas
jurídicas é mais atrativo, uma vez que a indústria retomou novamente o patamar de
fevereiro de 2020, mês pré-pandemia (SILVEIRA e ALVARENGA, 2021).
Como estratégia competitiva de negócio faremos diferenciação de produtos
com foco no mercado, oferecendo serviços com alto valor agregado. Direcionando a
nossa oferta para o segmento, nicho de mercado, empreendedores e empresas
inovadoras. Contudo, para os estudantes que dificilmente irão pagar um alto valor,
será observado uma demanda menor, contando apenas aqueles que procuram o
coworking por uma oportunidade de trabalho/estágio nas empresas presentes, os
que precisam do espaço recreativo ou/e precisam de uma sala totalmente equipada
para apresentação de seus trabalhos.
Com estratégia de desenvolvimento de mercado, é interessante uma
posterior ampliação em sua atuação no mercado, especializando-se no nicho
business e, posteriormente, na abertura de franquias em outras cidades do estado e
do Brasil. Para obtenção de vantagens competitivas, será necessário fomentar um
ambiente de parcerias com fornecedores e clientes.
2.3. Definição de Segmento de Atuação e Nicho de Mercado
O mercado de espaços corporativos abrange, em sua maior parte, imóveis
para escritório próprio, mas porpossuir altos valores de aluguéis e condomínio os
coworkings vem ganhando espaço neste mercado pois otimizam o valor investido no
local de trabalho por pequenos e médios empreendedores, startups, freelancers,
entre outros. Com isso, o segmento é de escritórios compartilhados
multidisciplinares que consiste na locação de espaços que possuem uma estrutura
necessária para que seus clientes desenvolvam seus projetos e tenham contatos
com outras pessoas e empresas a fim de trocar ideias que ajudam a crescer de
forma rápida e colaborativa.
2.4. Definição do Produto
O produto desenvolvido é a criação de um coworking que integre todos os
apoios e serviços necessários em um único lugar. Um espaço onde existe uma
ampla estrutura que permite a troca de experiências entre profissionais autônomos,
empresas e estudantes de diferentes áreas.
Dispomos das seguintes famílias e tipos de produtos:
● Locação de estação de trabalho: O espaço de coworking contém mesas
privadas, salas privadas, mesas compartilhadas, salas de reunião, salas
especiais (locação exclusiva para uma única empresa utilizar), escritório
virtual e espaço para eventos. Sendo possível alugar estes espaços
mensalmente, diariamente ou por hora de uso.
● Locação de ponto comercial: Há espaços disponíveis para instalação de
pontos comerciais para negócios com conexão com o coworking, como
livraria, eletrônicos, e contabilidade. Assim dispondo de uma maior gama de
serviços e produtos em um mesmo ambiente.
● Espaço recreativo: Brinquedoteca para receber filhos com idade até 13 anos
dos usuários dos espaços de coworking durante seu tempo de permanência
no local. A brinquedoteca contará com recreadores disponíveis no espaço da
brinquedoteca.
● Locação de eletrônicos: Possibilidade de locação de eletrônicos como
notebook, mouse, teclado, microfone/fone, projetor, laser pointer e webcam,
para uso no coworking. Assim os usuários que não estiverem munidos de
todos os equipamentos ou que seus eletrônicos apresentem problemas
durante o período de trabalho no coworking podem alugar e utilizar nas
dependências.
● Cafeteria: No coworking os usuários têm a possibilidade de fazer suas
alimentações na cafeteria, onde tem café, leite, chá, refrigerante, sanduíche,
salgados e energéticos. Desta forma não precisam se deslocar para outros
locais para ir a uma cafeteria se alimentar, ou até mesmo fazer uma reunião
em um ambiente mais informal e descontraído.
2.5. Levantamento de Informações Quantitativas de Mercado
2.5.1. Demanda global
Atualmente 2 milhões de pessoas trabalham em escritório de coworking, com
previsão de 5 milhões em 2024. De acordo com o Global Coworking Growth Study
de 2020 o Brasil ocupa a 10° posição com 393 espaços, possuindo em média 39
residentes por escritório, enquanto a China possui a maior ocupação de 282
coworkers.
Figura 3 - Top países com maiores números de Coworking
Contudo, o Censo Coworking de 2019 especializado nos estudos nacionais
aponta que o Brasil ultrapassa 1500 espaços colocando o país em terceira posição.
Para o ano de 2024 estima-se que os escritórios de coworking tenham um
crescimento de 100% atingindo um total de 40 mil escritórios.
Figura 4 - Previsão da quantidade de escritórios para 2024
2.5.2. Fatia de mercado
Atualmente no mercado de coworking nacional temos como destaque as
empresas WeWork, Regus e IWG. Os espaços de coworking vêm ganhando espaço
no mercado brasileiro, no caso da WeWork, a taxa média de ocupações em 2018
em seus prédios no Brasil era de 94,8%, e da Regus tem todos os imóveis no país
com ocupação superior à 80%. Já no mundo, a taxa de ocupação média das
unidades da IWG tem valores em torno de 73%. (ARBEX, 2018).
Com 1497 espaços conhecidos no Brasil e 273 pessoas circulando
mensalmente, o mercado de coworkings está dividido em 75% de espaços
multidisciplinares, 12% para indústria criativa, 5% para TI e tecnologia e 8% para
outros segmentos específicos.
2.5.3. Preço
À medida que a indústria de coworking se populariza, a tendência de queda
nos preços se reflete em diferentes regiões do mundo, devido a maior concorrência
que leva opções mais acessíveis para os profissionais. De acordo com o Global
Coworking Growth Study o preço médio global da mesa compartilhada caiu em
2,14%.
Figura 5 - Preço mensal da mesa compartilhada
Na cidade de Mogi das Cruzes podem ser encontrados 5 espaços de
coworking business e 373 salas comerciais disponíveis. Logo abaixo pode ser
comparados os preços cobrados pelos concorrentes.
Tabela 2 - Comparação de preço da concorrência em Mogi das Cruzes
2.6. Perspectivas para o empreendimento
O mercado de coworkings se mostra bastante promissor dado às tendências
de comportamento pós-pandemia e que empresas e pessoas adaptarão seus
hábitos, comportamentos e jornadas de trabalho para um regime híbrido entre
presencial e não presencial nas empresas.
Acredita-se que dado às análises anteriores que a perspectiva é bastante
favorável para o empreendimento em questão. Desta forma, pode primeiramente
fazer uma consolidação local e após refletir em um entrada no mercado nacional,
caso seja almejado expandir seus horizontes de atuação.
2.7. Quadros Canvas
O Business Model Canvas é uma das ferramentas mais utilizadas e
conceituadas para modelagem de negócios, representando de maneira estruturada
e visual os principais itens que impactam no sucesso de um negócio. Na figura 6,
localizada abaixo, é apresentado o Business Model Canvas para o Coworking
Business.
Figura 6 - Business Model Canvas
3. PROCESSO PRODUTIVO
3.1. Análise do Processo Produtivo e Engenharia
3.1.1. Estrutura do Produto
Para estruturação do coworking, é necessário uma infraestrutura com grande
capacidade de atendimento ao público. Com isso, é possível disponibilizar todos os
serviços previstos para este empreendimento. A seguir pode-se observar a estrutura
do coworking em relação aos produtos disponíveis.
Produtos
A Sala individual
B Sala compartilhada
C Sala compartilhada com mesa individual
D Sala especial
E Sala de reunião
F Salão de eventos
G Espaço comercial
H Espaço recreativo
I Locação de eletrônicos
J Cafeteria
Quadro 2 - Produtos
Para cada produto disponível no coworking existem atividades e serviços que
estarão inclusas. Na planilha a seguir pode-se observar as atividades e serviços que
são realizados.
Atividade/Serviços A B C D E F G H I J
Informação e
agendamento X X X X X X X X X
Informação e Cadastro X X X X X X X X X
Recepção e cobrança X X X X X X X X X X
Atendimento da cafeteria X X X X X X
Equipamentos eletrônicos X X X X X
Preparação de sala X X
Impressão de material X X X X X
Equipamentos
ergonômico (cadeiras e
mesas ajustáveis)
X X X X
Internet X X X X X X X X
Sistema de telefonia X
Recreação infantil X X X X X
Quadro 3 - Atividades/Serviços incluídas nos produtos
3.1.2. Análise do Processo Produtivo
O processo produtivo terá início no agendamento e cadastro dos clientes, e
pode ser realizado presencialmente, via telefone e plataforma web. Neste processo
é efetuado o cadastro e a análise de capacidade do espaço, assim, será cobrado
através da plataforma web ou presencialmente com a recepção. Após isso é
direcionado o cliente para sala, e fica a disposição os serviços e atividades que
estão inclusos no pacote contratado.
No processo de agendamento e cadastro dos clientes é o primeiro a ser
executado, e para este processo foram estabelecidas três possíveis formas de início
do processo do cliente do coworking. Os clientes poderão fazer o cadastro e
agendamento pelo telefone, pela plataforma da web ou presencialmente já no
coworking. Desta forma, segue abaixo o DFT para o processo de agendamento e
cadastro dos clientes até a prestação dos serviços e disposição do espaço.
Figura 7 - DFT cadastro de serviços
Detalhando os serviços prestados, pode-se observar como é realizado e
organizado os processos através do DFT dos serviços prestados dentro do
coworking. Abaixoé apresentado o processo realizado na cafeteria que estará
dentro do espaço de coworking e que os clientes do mesmo poderão utilizar para se
alimentarem sem sair do estabelecimento.
Figura 8 - DFT operações da cafeteria
Os clientes também terão disponível o serviço de espaço de recreação para
deixarem seus filhos de até 13 anos com recreadores infantis durante seu período
de uso do coworking. Este serviço também precisa passar pela etapa de cadastro e
o processo para este serviço está apresentado abaixo.
Figura 9 - DFT espaço recreativo
A possibilidade de locação de equipamentos eletrônicos também foi
englobado no projeto de coworking, e seu processo de solicitação de locação, uso
por parte do cliente, devolução e inspeção é apresentado a seguir.
Figura 10 - DFT locação de eletrônicos
Por fim, é apresentado abaixo o processo de locação de ponto/espaço
comercial que faz parte da estrutura do coworking. Sendo que estes locais para
locação comercial podem ser somente para comércios do tipo biblioteca, escritório
de contabilidade e/ou venda de eletrônicos, por terem conexão próxima aos outros
tipos de serviços oferecidos e podem trazer benefícios para os clientes do
coworking.
Figura 11 - DFT locação do ponto comercial
3.1.3. Quadro de equipamentos/recursos primários
Dentre os diversos tipos de coworkings existentes no mercado, foram
levantados os seguintes equipamentos e recursos primários necessários.
Equipamentos Quantidade Preço (R$/un) Preço (R$)
Notebook 5 2.600,00 13.000,00
Desktops 4 4.800,00 19.200,00
Impressora Multifuncional 3 400,00 1.200,00
Impressora laser 1 1.380,00 1.380,00
Teclado sem fio 5 100,00 500,00
Mouse sem fio 12 60,00 720,00
Switch 1 3.600,00 3.600,00
Cabo de rede 1 200,00 200,00
Antivírus 9 69,00 621,00
Pacote Office 2 169,90 339,8
Telefone 2 79,90 159,8
Apresentador sem fio 2 79,90 159,8
Pacote de Internet/Telefone 2 89,99 179,98
TV 1 2.127,60 2.127,60
Mesa de escritório individual 7 218,40 1.528,8
Cadeiras longarina 5 lugares 4 1.439,10 5.756,40
Mesa de reunião com 8 lugares 2 1.066,94 2.133,88
Mesa de escritório compartilhada
4 lugares
7 1.521,36 10.649,52
Cadeira 30 215,90 6.477,00
Armário 3 926,80 2.780,40
Playground infantil 1 8.477,90 8.477,90
Fogão 1 385,00 385,00
Refrigerador 1 1.840,00 1.840,00
Freezer 2 1.274,00 2.548,00
Forno elétrico 1 450,00 450,00
Microondas 2 430,00 860,00
Balcão vitrine quente 1 3.741,00 3.741,00
Balcão vitrine frio 1 4.930,00 4.930,00
Conjunto mesa e 4 cadeiras 6 399,00 2.394,00
Tabela 3 - Estimativa de quantidade inicial dos equipamentos
Ainda é necessário escolher a escala produtiva que será feita na próxima
etapa do trabalho. Portanto, inicialmente temos somente uma estimativa inicial de
quantidades.
3.1.4. Análise de necessidade de recursos humanos
O empreendimento necessita de uma equipe enxuta, sem necessidade de
mão de obra altamente qualificada. Segue no diagrama abaixo o organograma
previsto para a operação inicial do coworking.
Figura 12 - Organograma recursos humanos
Na tabela abaixo é apresentada a média salarial esperada para os cargos,
baseando-se em uma região próxima de um grande centro do Brasil.
Cargo Colaboradores Salário (R$)
Gestor 1 4.595,00
Analista administrativo 1 2.108,00
Coordenador 1 2.381,00
Assistente de marketing 1 1.123,00
Secretário 1 1.265,00
Técnico de TI 1 1.828,00
Recreador infantil 1 1.026,00
Atendente de cafeteria 1 1.193,00
Faxineiro 1 1.082,00
Recepcionista 1 1.256,00
Tabela 4 - Média salarial dos cargos
Ainda é necessário escolher a escala produtiva que será feita na próxima
etapa do trabalho. Portanto, inicialmente temos somente uma estimativa inicial de
quantidades para o atendimento de um único cliente.
3.2. Estudo do Tamanho/Escala de Produção
3.2.1. Análise da escalabilidade do processo produtivo
A capacidade produtiva está relacionada à quantidade de postos de trabalhos
disponíveis, visto que no tópico 2.5.1 que a demanda global de residentes por
coworking é de 39. Portanto, para suprir a demanda deverá conter no mínimo 50
postos de trabalho, pois além dos residentes outras pessoas podem frequentar em
horários avulsos, para que atendesse com aproximadamente 100% da capacidade
do espaço.
Porém, como observado anteriormente, a procura pelos espaços de
coworking vem crescendo cerca de 20% ao ano, e de acordo com o Coworking
Brasil 267 pessoas passam pelos espaços mensalmente, o que leva ser necessário
investimentos mais altos desde do início do empreendimento pelo fato de não ter
tanta flexibilidade em expandir os espaços físicos. Assim, será necessário pelo
menos 110 postos de trabalho em um período de 4 anos com a possibilidade de
expandir ao menos 50 postos após 5 anos. Desta forma, inicialmente será esperado
uma demanda com a utilização de aproximadamente 40% da capacidade do
empreendimento.
Como foi definido no tópico 2.4, os espaços para locação de ponto comercial
serão destinados apenas para uma livraria, um escritório de contabilidade e uma
loja de eletrônicos com espaços físicos sem a capacidade de aumentar o tamanho
futuramente.
Com relação à cafeteria e espaço recreativo, de acordo com o censo
coworking brasil 65% possuem filhos e 31% preferem comer no coworking, a escala
inicial possuiria equipamentos que atendesse pelo menos a esta demanda.
3.2.2. Seleção das alternativas de escala de produção
As opções de equipamentos continuarão as mesmas em todas as
alternativas, o que mudaria seria o foco do produto, assim variando em quantidade
e, consequentemente, o posto de trabalho conforme o quadro abaixo:
Tabela 5 - Alternativas de escala de produção
A alternativa 1 tem seu foco voltado para as mesas individuais, pois apesar
de ambientes de coworking serem ambientes compartilhados, não necessariamente
este compartilhamento refere-se às mesas, mas sim também ao fluxo de
informações e possibilidade de comunicação e networking. Então, a primeira
alternativa, é uma alternativa de um ambiente de coworking com maiores
quantidades de mesas individuais, para que os clientes estejam em um ambiente
compartilhado, mas com maior disponibilidade de uso de mesas individualizadas, já
que os clientes podem preferir fazer uso de espaços mais individualizados. Um
maior número de mesas individualizadas podem gerar a impressão para o cliente de
maior valor agregado no serviço, pois é comum que pessoas prefiram ter mesas
próprias durante sua jornada de trabalho.
A alternativa de número 2 é uma alternativa com foco em mesas
compartilhadas, em que os usuários do coworking terão à disposição maiores
números de mesas compartilhadas. Desta forma, é uma alternativa de coworkings
com estrutura física dimensionada em sua maioria para espaços de trabalho em
mesas compartilhadas. Esta alternativa também pode ser mais interessante para
grandes grupos de usuários de uma mesma empresa, pois facilita a comunicação
entre os mesmos.
Esta alternativa 2 pode ser bastante interessante para clientes que sejam
empresas que estão solicitando aos seus colaboradores o coworkings neste período
de flexibilização e retorno às atividade por conta da pandemia de Covid-19. Além
disso, após este longo período de distanciamento social, as pessoas vêm buscando
mais alternativas de troca social, almejando uma menor necessidade de isolamento
após a imunização com a vacinação da população.
Já a alternativa 3 é uma alternativa mista, em que é focada em um equilíbrio
de oferta de espaços e mesas compartilhadas e espaços e mesas individuais.
Assim, podem se beneficiar ambos os perfis de clientes citados acima nas
alternativas 1 e 2.
3.2.3. Escolha do método de escolha de tamanho
O Método do Custo Unitário foi selecionado para a tomada de decisão da
escolha de tamanho devido a sua forma de ponderação entre as alternativas
avaliadas, uma vez que neste método relaciona os custos fixos, custos variáveis,
investimentos e IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) com a
capacidade produtiva.Os custos fixos e variáveis das alternativas levantadas em
3.2.2 são iguais, assim como o IPCA e a capacidade. No entanto, cada uma das
alternativas apresenta diferentes valores de investimento, devido ao foco que ela
apresenta. Os valores levantados para cada alternativa são apresentados no Anexo
B deste documento.
3.2.4. Tabulação dos dados e análise das alternativas
Considerando os investimentos iniciais e os custos mensais, obtivemos a
seguinte planilha:
Alternativas 1 2 3
Investimentos R$ 188.926,39 R$ 227.524,99 R$ 202.109,19
(i) IPCA
(julho 2021) 0,96% 0,96% 0,96%
Custos Fixos R$ 33.857,00 R$ 33.857,00 R$ 33.857,00
Custos Variável R$ 3.300,00 R$ 3.300,00 R$ 3.300,00
Capacidade 110 110 110
Custo Unitário R$ 2.071,79 R$ 2.426,06 R$ 2.192,79
Tabela 6 - Método do custo unitário
A alternativa que apresentou o maior valor necessário de investimento foi a
alternativa número 2, devido aos custos das mesas compartilhadas, que são
significativamente superiores às demais. Além disso, os custos de mão de obra e
materiais impactam significativamente nos investimentos, uma vez que para esta
alternativa é necessário um layout com maior número de salas de reunião.
A alternativa 3 resultou em um valor intermediário de investimentos e
consequentemente um custo unitário intermediário também. Já a alternativa 1
resultou no menor custo unitário dentre as três alternativas, uma vez que esta é a
alternativa com menor valor de investimento.
3.2.5. Análise e Escolha da escala produtiva
A alternativa mais interessante do ponto de vista econômico é a
alternativa 1, com foco em postos de trabalho individuais, ou seja com mais
disponibilidade de mesas individuais. Anteriormente também definimos o nosso
serviço com foco na diferenciação, então esta alternativa também se apresenta
como mais interessante, uma vez que usuários que se dispõem a desembolsar um
maior valor, tendem a preferir a utilização de ambientes mais individualizados.
4. ESTUDO DE LOCALIZAÇÃO
Um dos fatores decisivos para o sucesso do negócio é a localização
adequada do empreendimento, principalmente quando se trata de um negócio que
busca atrair clientes para usarem sua estrutura física, como é o caso do coworking.
Além disso, a localização do empreendimento é uma decisão que afetará a curto,
médio e longo prazo o negócio, podendo inclusive ser uma decisão praticamente
irreversível, uma vez que são definidos os investimentos fixos como instalação.
Desta forma, se faz necessário um estudo de localização robusto e completo, para
que o coworking seja potencialmente atraente para os clientes.
Para o estudo e processo de escolha da localização é necessário avaliar e
analisar fatores decisivos como fatores ambientais, econômicos, culturais e de
segurança, por exemplo. Analisando e ponderando um conjunto de critérios, temos
por objetivo determinar a localização do coworking para este anteprojeto.
4.1. Definição dos fatores de localização
4.1.1. Fatores de macrolocalização
Na definição dos fatores de macrolocalização usamos como base os
indicadores do relatório Doing Business Subnacional do Brasil 2021 realizado pelo
Banco Mundial (BIRD ou IBRD) (SANT’ANA, 2021). O BIRD é uma instituição ligada
à ONU com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social, sendo a
primeira das cinco instituições que integram o Grupo Banco Mundial.
Para avaliação de macrolocalização foram levados em consideração cinco
indicadores para a atribuição do estado em que é mais fácil manter e prosperar um
negócio no Brasil:
● Abertura de empresas: critério que avalia o tempo, os procedimentos e
custos para iniciar as atividades de uma empresa de modo formal.
● Obtenção de alvará de construção: quanto tempo, quais procedimentos e os
custos empregados para obter o alvará de construção de uma empresa.
● Registro de propriedades: critério que avalia o tempo, os procedimentos e
custos para uma empresa adquirir uma propriedade comercial de uma outra
empresa. Além de transferir o título de propriedade para o nome da empresa
e avaliação da qualidade do sistema de administração comercial do estado.
● Pagamento de impostos: critério referente ao impostos e contribuições
obrigatórias que empresas precisam pagar ao longo do ano, além do tempo e
processos envolvidos para estes pagamentos.
● Execução de contratos: tempo e custos necessários para resolver um litígio
comercial em que seja necessário recorrer a um tribunal local (de primeira
instância).
4.1.2. Fatores de microlocalização
Dentre os diversos fatores que influenciam na decisão pela microlocalização
do empreendimento, foram selecionados para o estudo e processo de escolha da
localização os seguintes critérios:
● Facilidade de acesso ao espaço: refere-se a proximidade de pontos de
táxi/uber, linhas de transporte público, estacionamentos rotativos privados,
além de ruas/avenidas/rodovias com pouco congestionamento.
● Tradição na utilização do serviço: leva em consideração fatores culturais dos
consumidores da região quanto ao uso de ambientes compartilhados para
estudar e/ou trabalhar.
● Facilidade na construção: considera-se fatores imobiliários, preço por metro
quadrado, disponibilidade de terrenos para construções comerciais,
plano-diretor, preço de mão de obra e concorrência na construção civil.
● Quantidade de universidades: número de universidades na cidade.
● Índice de segurança: números de ocorrências criminosas como tráfico de
entorpecentes, furtos, porte ilegal de armas, prisões efetuadas, dentre outras
informadas pela secretaria de segurança pública.
● Coworkings a cada mil habitantes: quantidade de coworkings a cada mil
habitantes.
A partir destes critérios referentes a microlocalização foi realizada a análise e
definição da microlocalização pela Técnica de Pontuação Ponderada (SLACK,
2002) de tomada de decisões em projetos. Com este método é possível uma melhor
tomada de decisão quanto a localização do coworking.
4.2. Definição da Macrolocalização
Realizamos o processo de definição e decisão da macrolocalização com
auxílio da aplicação da Técnica de Pontuação Ponderada, em que a partir da
definição os fatores relevantes foram atribuídos respectivos pesos, selecionado a
escala de pontuação. Na sequência, cada alternativa foi pontuada e de forma
algébrica a alternativa de maior pontuação pode ser selecionada como opção de
macrolocalização para o empreendimento.
O Coworking Business será um empreendimento localizado no território
brasileiro, e segundo o Doing Business Subnacional do Brasil 2021, São Paulo é o
estado brasileiro que lidera o ranking como o melhor ambiente de negócios do
Brasil. Desta forma, um dos estados selecionados para avaliação da
macrolocalização foi o estado de São Paulo, na região Sudeste do Brasil. Para que
as outras regiões do território brasileiro também pudessem ser consideradas no
processo de decisão, foi escolhido o estado do Rio Grande do Sul, por atualmente
ser o maior PIB da região Sul. Na região Centro-Oeste, o estado que apresenta o
maior PIB é o Distrito Federal, portanto também foi um estado considerado na
definição da macrolocalização. Desta forma, avaliamos três estados/federação
brasileiros que estão localizados nas três regiões que apresentam a maior
concentração do PIB (Sudoeste, Sul e Centro-Oeste) e que também apresentam o
maior PIB da sua região.
No item 4.1 realizamos a definição dos fatores importantes e escalas de
pontuação, como abertura de empresas, obtenção do alvará de construção, registro
de propriedades, pagamento de impostos, e execução de contratos. E dentre estes
fatores que influenciam na decisão pela macrolocalização do empreendimento,
foram atribuídos pesos para cada um deles e escalas de pontuação.
● Abertura de empresas: critério com pontuação entre 0 e 10 pontos, em que a
maior pontuação refere-se à menor tempo e menores custos para iniciar as
atividades de uma empresa de modo formal.
● Obtenção de alvará de construção: critério compontuação de 0 à 10, em que
leva em consideração tempo, quais procedimentos e os custos empregados
para obter o alvará de construção de uma empresa. Quanto menor o tempo e
número de procedimentos, maior a pontuação conferida a este critério.
● Registro de propriedades: este critério tem pontuação entre 0 e 10, em que
considera-se fatores de tempo, procedimentos e custos para uma empresa
adquirir uma propriedade comercial de uma outra empresa. Além de avaliar a
transferência do título de propriedade para o nome da empresa e avaliação
da qualidade do sistema de administração comercial do estado. Quanto
menor o tempo, número de procedimentos e custos, maior a pontuação
conferida a este critério.
● Pagamento de impostos: critério com pontuação entre 0 e 10, em que quanto
mais impostos e contribuições obrigatórias que empresas precisam pagar ao
longo do ano, menor o valor atribuído.
● Execução de contratos: critério com pontuação entre 0 e 10, em que quanto
maior o tempo e custos necessários para resolver um litígio comercial em que
seja necessário recorrer a um tribunal local (de primeira instância), menor a
pontuação do critério.
Os pesos para cada um dos fatores foi atribuído referente a valores entre
zero e dez, sendo o maior peso o de valor dez e o de menor peso o valor zero. O
fator com atribuição do peso máximo, no valor de dez, foi o pagamento de impostos,
pois esta variante impacta constantemente o empreendimento, necessitando uma
movimentação de caixa em todos os meses. Os impostos e contribuições
obrigatórias que empresas precisam pagar ao longo do ano impactam
significativamente no sucesso e viabilidade das mesmas.
O fator que recebeu o segundo maior peso na avaliação foi o referente a
abertura da empresa, uma vez que no Brasil há baixa adesão por parte de
autônomos na formalização dos seus negócios, principalmente devido a burocracia
envolvida, possível necessidade de contratação de serviços de contabilidade,
demora no processo e burocracia.
Em seguida, na escala de grandeza na pontuação dos pesos segue o fator
de execução de contratos com o valor de oito. A necessidade de recorrer a ações e
amparo judicial é recorrente durante a maturidade de um negócio, portanto este
deve ser um fator também considerado de peso na avaliação. A demora em
trâmites, principalmente em tribunais locais de primeira instância, podem ser
prejudiciais para os empreendimentos, com ênfase nos primeiros anos de abertura
da empresa em que questões de propriedade intelectual podem ser contestadas e
até mesmo ações trabalhistas instauradas.
Com a pontuação de valor 7 teve-se os fatores de obtenção de alvará de
construção e registro de propriedade, que são fatores mais diretamente
relacionados à estrutura física do empreendimento. Estes fatores receberam menor
pontuação pois se tratam de trâmites de baixa ocorrência durante a vida de um
negócio. Apesar de serem fatores importantes e problemáticos, tendem a não atingir
uma grande parte da vida útil do empreendimento.
Ao inserirmos os respectivos valores de pesos aos fatores e fazendo o
levantamento dos dados de cada uma das cidades avaliadas, foi possível aplicar a
Técnica de Pontuação Ponderada, conforme apresentado no quadro abaixo.
0-10 Notas das Alternativas Notas Normalizadas
Critérios Pesos
Rio
Grande
do Sul
São
Paulo
Distrit
o
Federa
l Soma
Rio
Grand
e do
Sul
São
Paulo
Distrit
o
Feder
al Soma
Abertura de empresas
(0-10) 9 8 10 9 27 0,30 0,37 0,33 1,00
Obtenção do alvará de
construção (0-10) 7 8 9 9 26 0,31 0,35 0,35 1,00
Registro de
propriedades (0-10) 7 10 10 9 29 0,34 0,34 0,31 1,00
Pagamento de
impostos (0-10) 10 8 8 9 25 0,32 0,32 0,36 1,00
Execução de contratos
(0-10) 8 7 9 8 24 0,29 0,38 0,33 1,00
Pontuação Final 41 - - - - 12,77 14,37 13,86 41,00
Tabela 7 - Técnica de Pontuação Ponderada para macrolocalização
Na Técnica de Pontuação Ponderada, dentre os estados/federação do Rio
Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal, o estado que obteve a maior
pontuação final foi São Paulo com 14,87 pontos. Desta forma, o resultado da
aplicação da técnica foi a decisão pelo estado de São Paulo como a definição de
macrolocalização para o coworking deste anteprojeto. Vale ressaltar que este
estado também foi eleito em junho deste ano como o mais fácil de manter um
negócio, ao avaliar critérios de boas práticas e obstáculos regulatórios pelo Banco
Mundial (BIRD ou IBRD) (SANT’ANA, 2021).
São Paulo é o principal polo financeiro da América Latina e os paulistanos
vêm aderindo cada vez mais aos espaços de coworking e segundo o Censo
Coworking Brasil (2019), o estado de São Paulo é líder no ranking por região em
quantidade de espaços de coworking no Brasil. Porém, ainda existe muito espaço
para crescimento uma vez que somente a grande São Paulo gera o equivalente a ¼
do PIB do país, segundo dados do IBGE de 2017.
4.3. Definição da Microlocalização
O processo de decisão da definição da microlocalização foi auxiliado pela
aplicação da Técnica de Pontuação Ponderada, em que é necessário definir os
fatores relevantes, atribuir pesos para os fatores, selecionar escala de pontuação,
pontuar cada alternativa, fazer operação algébrica e enfim selecionar a alternativa
com a maior pontuação.
A definição dos fatores importantes e escalas de pontuação já foram
realizadas no item 4.1. como facilidade de acesso ao espaço, tradição na utilização
do serviço, facilidade na construção, quantidade de universidades, índice de
segurança e coworkings a cada mil habitantes.
Dentre os fatores que influenciam na decisão pela microlocalização do
empreendimento, foram atribuídos pesos para cada um deles e escalas de
pontuação.
● Facilidade de acesso ao espaço: critério com pontuação entre 0 e 10 pontos,
em que a maior pontuação refere-se a maior facilidade de acesso, ou seja,
que está próximo de pontos de táxi/uber, linhas de transporte público,
estacionamentos rotativos privados, além de ruas/avenidas/rodovias com
pouco congestionamento.
● Tradição na utilização do serviço: critério com pontuação de 0 à 10, em que
leva em consideração fatores culturais dos consumidores da região quanto
ao uso de ambientes compartilhados para estudar e/ou trabalhar. Quanto
mais popular é o uso deste tipo de ambiente de coworking, maior a
pontuação conferida a este critério.
● Facilidade na construção: este critério tem pontuação entre 0 e 10, em que
considera-se fatores imobiliários, preço por metro quadrado, disponibilidade
de terrenos para construções comerciais, plano-diretor que beneficie
empreendimentos comerciais e menor preço de mão de obra e maior
disponibilidade de trabalhadores da construção civil.
● Quantidade de universidades: quanto mais universidades na cidade, maior o
nosso público consumidor, pois mais elevado tende a ser o número de
empreendedores destas cidades. Valor unitário da quantidade de
universidades, normalizado pelo número de habitantes.
● Índice de segurança: Números de ocorrências criminosas como tráfico de
entorpecentes, furtos, porte ilegal de armas, prisões efetuadas, dentre outras
informadas pela secretaria de segurança pública. Somatórios dos dados da
Secretaria de Segurança Pública entre os meses de janeiro e junho de 2021.
Quanto maior o número de ocorrências criminosas por habitante, menor o
índice de segurança.
● Coworkings a cada mil habitantes: quanto maior o número de coworkings já
existentes na cidade por habitante, menor o valor atribuído a este ítem. Pois,
maior será a concorrência nesta localização.
A atribuição de pesos para cada um dos fatores são valores entre zero e dez,
em que o maior valor corresponde a um fator de maior peso, uma vez que este será
um número multiplicador na operação algébrica. O fator com atribuição do peso
máximo foi a facilidade de acesso ao espaço, pois segundo Spinuzzi (2012) a
localização, a flexibilidade, a estrutura e interações sociais são citados como as
principais vantagens dos ambientes compartilhados. Também segundoinformações
obtidas no levantamento feito com entrevista a coworkers do estado de São Paulo, 4
de 5 entrevistados citaram a localização como sendo o principal fator que avalia ao
escolher um coworking.
Figura 13 - Principal fator de escolha de coworking
O segundo maior valor de peso (peso 9) foi atribuído ao fator facilidade na
construção, uma vez que a implantação/construção do coworking precisa ser
economicamente interessante e possível na cidade. Considerando assim questões
de disponibilidade de terrenos para construção de estruturas comerciais e preço
médio por metro quadrado na localização.
O fator de tradição na utilização do serviço de ambientes compartilhados
também é determinante para a viabilidade de um negócio. Portanto, para este fator
foi atribuído o peso 8, a terceira maior pontuação. Apesar de ser uma análise mais
subjetiva, procurou-se observar a popularidade no uso de ambientes de Coworking
nas cidades selecionadas. Segundo o Censo Coworking 2019, a cidade de São
Paulo é a com maior popularidade no estado e no Brasil, e essa popularidade
também é similar em cidades da grande São Paulo. Já em cidades do interior do
estado de São Paulo, esta popularidade cai drasticamente, devido principalmente ao
tipo de indústrias e negócios existentes, como agronegócio e da área veterinária no
caso de Ribeirão Preto.
Ao projetarmos um negócio com interesse um diferenciação e com
oferecimento de serviços com maior valor agregado, o fator de índice de segurança
também é algo que precisa ser considerado. E, apesar de não ter sido citado por
nenhum dos entrevistados em nosso questionário como fator que mais impacta na
decisão pela escolha de um espaço de coworking, um entrevistado citou como fator
que menos impacta na decisão de escolha. Portanto, conferimos ao índice de
segurança o peso de valor 7.
Foram levantadas as informações de quantidade de coworkings existentes na
cidade a cada mil habitantes, para assim termos uma dimensão da concorrência,
seja ela direta ou indireta para o nosso negócio. Além disso, é necessário analisar
que se houver um número muito pequeno de espaços de coworking na localidade,
pode-se perceber que talvez haja baixa demanda para o uso desses espaços
compartilhados por aquela população. Para este fator foi conferido o peso 6 para o
cálculo da pontuação ponderada.
O fator com menor peso foi o de quantidade de universidades, pois apesar de
universitários, mestrandos e doutorandos serem nossos possíveis clientes, eles são
apenas um de nossos públicos alvo. E, possivelmente, não sejam a parcela de
clientes com maior número de frequência de uso do nosso negócio. Por isso, foi
associado a este fator o peso de valor 3.
No item 4.2 foi definido o estado de São Paulo como macrolocalização, então
para a microlocalização foram selecionadas três cidades do estado. A capital do
estado foi uma das escolhidas para alternativa de microlocalização, além de Mogi
das Cruzes que faz parte da Grande São Paulo e Ribeirão Preto, que é uma das
grandes cidades do interior do estado.
Inserindo todos estes valores de pesos aos fatores e analisando cada qual
para cada uma das cidades escolhidas, é possível aplicar a Técnica de Pontuação
Ponderada, conforme apresentado no quadro abaixo.
0-10 Notas das Alternativas Notas Normalizadas
Critérios Pesos
Mogi
das
Cruzes
São
Paulo
Ribeirão
Preto ∑
Mogi
das
Cruzes
São
Paulo
Ribeirão
Preto ∑
Facilidade de acesso
ao espaço (0-10) 10 10 9 4 23 0,43 0,39 0,17 1,00
Tradição na utilização
do serviço (0-10) 8 8 9 3 20 0,40 0,45 0,15 1,00
Facilidade na
construção (0-10) 9 10 4 9 23 0,43 0,17 0,39 1,00
Quantidade de
universidades (un) 3 7 137 8 152 0,05 0,90 0,05 1,00
Índice de segurança 7 0,00353 0,00365 0,0226 0,029 0,44 0,44 0,12 1,00
Coworking a cada mil
habitantes 6 0,01109 0,03148 0,0266 0,069 0,42 0,27 0,31 1,00
Pontuação Final 43 - - - - 17,20 16,49 9,31 43
Tabela 7 - Técnica de Pontuação Ponderada
Na Técnica de Pontuação Ponderada a localização que obtiver o maior valor
de pontuação final deverá ser a cidade escolhida. Desta forma, o resultado da
aplicação da técnica foi a decisão pela cidade de Mogi das Cruzes como a definição
de microlocalização para o coworking deste anteprojeto.
5. ESTUDO DE IMPACTO SÓCIO AMBIENTAL
O coworking deve estar alinhado com o desejo de proporcionar alternativas
eficientes ao impacto gerado ao meio ambiente, desta forma, os valores da empresa
devem estar ligados diretamente com a entrega de um ambiente sustentável,
promovendo eventos e palestras de conscientização do uso de energia renováveis,
e também a importância da reciclagem e descartes corretos dos resíduos nos
ambientes do empreendimento, fazendo com que os usuários do coworking
despertem o interesse por essas ações, replicando-as fora do empreendimento.
Além disso, periodicamente serão realizadas análises socioambientais na
comunidade onde o coworking está localizado, para promover eventos e ações
direcionados ao bem-estar e a segurança da população, como por exemplo, o
incentivo de utilizar bicicletas como meio de locomoção, dispondo de um bicicletário
próprio para os usuários do coworking. Também, o coworking é um local onde umas
das principais ferramentas de trabalho são equipamentos eletrônicos, e devem ser
analisados pontos de coletas para a reutilização ou descarte correto de
equipamentos eletrônicos que são utilizados pelos usuários e pelo próprio
empreendimento.
6. ANÁLISES DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA
6.1. Determinação do Investimento
Os investimentos iniciais do coworking business incluem compra dos
equipamentos, reforma dos espaços, instalações e itens de escritório, cafeteria e
playground. A tabela abaixo apresenta a estimativa dos valores para os
investimentos iniciais.
Investimentos Fixos:
terreno 0,00 R$
construção civil 60.000,00 R$
equip. e instalações 123.926,39 R$
projetos, montagem e outros 5.000,00 R$
________________________________
TOTAL 188.926,39 R$
Tabela 8 - Custos de investimentos fixos
Para negócios como coworking não há linhas de crédito ou fundos de
investimento específicos e como não haverá construção da estrutura física, restará
a possibilidade de uso de linhas de crédito do BNDES de forma indireta. O valor do
financiamento do empreendimento será de 70% com taxa de juros real de 11,86%
ao ano.
6.2. Projeção de Receitas e Custos
Considerando a empresa em sua maturidade, já estabelecida no mercado, foi
elaborada a projeção de receitas conforme apresentada na tabela abaixo. A tabela
compreende os planos de serviços disponibilizados no coworking, a capacidade em
horas de cada serviço, a demanda prevista e a receita.
Planos
Capacidade
em Horas (h)
Demanda
Prevista (%)
Valor Médio
por hora
(R$/h)
Horas
Utilizadas
(h) Receita (R$)
Sala Individual 320 50,00% R$ 30,00 160 R$ 4.800,00
Mesa Compartilhada com
Sala Compartilhada 3840 85,00% R$ 4,17 3264 R$ 13.617,00
Mesa Individual com Sala
Compartilhada 4800 90,00% R$ 6,44 4320 R$ 27.810,00
Sala Especial 480 100,00% R$ 12,50 480 R$ 6.000,00
Sala de Reunião 320 95,00% R$ 48,75 304 R$ 14.820,00
Salão de Eventos 160 60,00% R$ 88,75 96 R$ 8.520,00
Espaço Comercial 480 100,00% R$ 12,50 480 R$ 6.000,00
Aluguel Notebook 800 1,00% R$ 16,25 8 R$ 130,00
Aluguel Pequenos
Equipamentos 4800 1,00% R$ 3,44 48 R$ 165,00
Espaço Recreativo 1600 5,00% R$ 12,50 80 R$ 1.000,00
Total 17600 9240 R$ 82.862,00
Tabela 9 - Projeção de receitas para os serviços do coworking business
A projeção de custos do coworking business é apresentada na tabela abaixo,
sendo contabilizados custos de materiais, mão de obra fixa e administrativo,
seguros, manutenção e equipamentos, dentre outros custos do empreendimento.
Dados Sobre Custos (100%):
Materiais de uso operacional R$ 27.600,00
Mão de obra variável e encargos R$ 0,00
Mão de obra fixa e encargos R$ 81.748,05
Pessoal administrativo e encargos R$ 202.863,96
Seguros 1,8%
Manutenção de equip 2,0%
Fretes s/materiais de uso operacional 0,0%
Comissõesde vendas 0,0%
Impostos
16,0%
0,0%
Despesas financeiras
3,2%
0,0%
0,0%
num.dias
Energia elétrica, Outras desp.Op.var. R$ 36.000,00
Aluguéis, serv. de terceiros R$ 156.000,00
Outras Despesas Gerais Fixas R$ 0,00
Outras Despesas Gerais Variáveis R$ 12.000,00
Tabela 10 - Projeção de custos do coworking business
6.3. Análise de Viabilidade Econômica
6.3.1. Determinação da Taxa de Desconto (TMA)
A taxa mínima de atratividade (TMA) é a taxa mínima que um investidor
pretende receber em um investimento, portanto é de grande importância a avaliação
desta taxa para qualquer investimento.
Desta forma, a TMA foi estabelecida em 5,25% a.a., que é a atual taxa básica
de juros conhecida como taxa Selic.
6.3.2. Definição do Horizonte de Análise
Um dos fatores levado em consideração para definição do horizonte de
análise foi o valor relativamente baixo de investimento inicial, sendo que é um
mercado que recentemente mostra um crescimento constante. Com isso, espera-se
que um horizonte de 5 anos seja realista para a empresa se concretizar no mercado
e conquistar a fatia de mercado prevista.
6.3.3. Escolha dos Métodos de Análise
A análise de viabilidade econômica tem por objetivo avaliar se o
empreendimento é uma boa alternativa de investimento. Para isso, foram utilizados
os principais métodos de análise como o VPL e a TIR.
O valor presente líquido (VPL), fornece ao analista a informação de que um
investimento pode ser economicamente viável considerando o valor presente de
pagamentos futuros, ou seja, o valor do dinheiro no tempo. Isso é possível através
de uma fórmula que indica um VPL positivo ou negativo, portanto, se o VPL for
positivo diz-se que o empreendimento é economicamente viável, e se o VPL for
negativo diz-se que o empreendimento é economicamente inviável.
Como complemento do VPL, utiliza-se o método da taxa interna de retorno
(TIR), que possibilita avaliar o retorno do empreendimento, ou seja, é a taxa
necessária para que o VPL seja zero e assim comparar com a TMA. Desta forma,
fornece ao analista a informação de, enquanto a TIR for maior que a TMA o
investimento será viável.
6.3.4. Análise de Viabilidade Econômica
Por meio da análise econômico-financeira do coworking business, obteve-se
resultados economicamente viáveis para o empreendimento ao analisar o VPL e
com TMA estabelecido em 5,25% a.a., que é o atual valor da taxa Selic com a TIR.
Faturamento Anual (100%): R$ 994.344,00
tir empreendimento(%aa) 15,43%
tir acionista (%aa) 16,64%
VPL empreendimento 68.161,96
VPL acionista 118.455,63
Tabela 11 - Resultados da análise econômico-financeira
6.4. Análise de Viabilidade Financeira
6.4.1. Análise da Capacidade de Pagamento
Para a análise de capacidade de pagamento utilizou-se a planilha de análise
econômica financeira como mostra figura a seguir:
Tabela 12 - Resultados da análise da capacidade de pagamento
Podemos observar que os dois primeiros períodos tem lucro negativo e
somente a partir do terceiro período tem capacidade de cumprir com todos os
compromissos.
6.4.2. Definição da Estrutura de Capital
Para a definição da estrutura de capital levou-se em conta uma taxa de
financiamento que deixou o saldo acumulado no último ano igual a zero. Portanto,
para o projeto em análise foi decidido uma taxa de 70%, tendo a necessidade de R$
62.635,66 de recursos próprios para abrir o negócio.
Apesar do lucro negativo nos primeiros períodos, é considerado normal para
empreendimentos que ainda estão sendo inseridos no mercado.
6.4.3. Análise de Cobertura por Adicional de Giro
Segundo Modro et al. (2012), pode-se entender o capital de giro como o
conjunto de recursos responsáveis por financiar a atividade principal da
organização, e esses recursos devem ser reinvestidos a cada ciclo de operações,
para possibilitar a geração de lucros e propiciar a continuidade e o desenvolvimento
do empreendimento. O adicional de giro é o acréscimo monetário necessário para o
giro da empresa, ou seja, a diferença entre a necessidade e a cobertura.
Abaixo encontra-se o cálculo do capital de giro determinado para o
Coworking Business, de acordo com os dados e valores já obtidos anteriormente.
Neste empreendimento o capital de giro é referente somente às necessidades, uma
vez que não apresenta coberturas por não utilizar crédito de fornecedores e não
trabalhar com duplicatas.
Tabela 13 - Resultados da análise de cobertura por adicional de giro
6.4.4. Análise de Cobertura por Financiamento de Curto Prazo
Ao analisarmos a estrutura de capital em um horizonte de 5 anos, concluímos
que o empreendimento tem capacidade de pagamento e cobre seus gastos com
financiamento de 70%. Portanto, não há necessidade de financiamento de curto
prazo para o Coworking Business, o que é um fator positivo, pois financiamentos de
curto prazo apresentam juros altos e poderiam prejudicar a viabilidade do negócio.
6.4.5. Definição de Políticas de Curto Prazo
Para o nosso empreendimento de Coworking Business observamos que não
há variações de demanda sazonais ou demasiadamente oscilatórias, desta forma as
políticas de curto prazo para aumentar o capital de giro do negócio não foram
necessárias. Esta identificação de ausência de necessidade pode também estar
relacionada ao tipo e porte do empreendimento em questão.
Caso precisássemos definir políticas de curto prazo, a mais interessante para
o empreendimento seria a política de pagamentos. Desta forma poderíamos alterar
o período de tempo de faturamento de caixa, utilizando duplicatas e desta forma
aumentando o capital de giro. Está política de pagamentos requer atenção no
quesito de controle e fiscalização econômica devido ao aumento dos dias de
faturamento.
6.5. Análise de Riscos
6.5.1. Análise de Qualidade dos Dados de Entrada
Para analisar os dados estimados deve-se estar ciente das limitações. Assim,
pode-se verificar o quão confiável são as informações de entrada. Segue abaixo
uma relação dos principais dados de entrada com o a origem, confiabilidade e riscos
atrelados de possíveis incoerências.
Dado Confiabilidade Risco
Preço dos serviços prestados. Muito bom, foram analisados
outros empreendimentos do
mesmo setor com características
semelhantes. Porém, o nosso
empreendimento é voltado para
diferenciação de mercado, o que
pode ter preços mais elevados de
acordo com os benefícios
oferecidos.
O preço de mercado exige que o
preço estabelecido inicialmente
seja mais baixo que o previsto.
Demanda dos serviços prestados. Muito bom, foram analisadas
fontes confiáveis e que indicam
um grande crescimento do
mercado nos últimos anos, e a
previsão é que a procura por esse
tipo de serviço ainda cresça para
os próximos anos.
A demanda pode ser menor que a
prevista por motivos econômicos e
crises
Receitas Bom, foram analisados os preços
e a demanda prevista para o
empreendimento com dados de
fontes confiáveis.
Os preços dos planos são muito
altos e afetam a demanda
diretamente.
Preço dos materiais e
equipamentos utilizados.
Bom, os preços foram orçados
com fornecedores e lojas online.
Os preços variam de forma
previsível independente das
regiões estudadas.
Considerando o investimento total
do coworking, estes equipamentos
equivalem a uma parcela
relativamente alta. Com isso o
risco seria comprar esses
equipamentos em momento de
alta no mercado.
Uso de recursos humanos e
salários.
Muito bom, foram utilizadas fontes
confiáveis de médias salariais. A
Os riscos são baixos devido à
previsibilidade dos custos e
necessidade de recursos
humanos no empreendimento foi
analisada de acordo com os
concorrentes e levado como ponto
crucial da análise o serviço
diferenciado, e assim utilizando
mais recursos que a média dos
empreendimentos do mercado.
aumentos necessários. O que dá
pra ser repassado para os valores
dos planos e se adequar com
novos custos.
Gastos com despesas (energia,
água, internet, aluguel, etc).
Baixo, os dados obtidos foram
feitos com uma estimativa
grosseira.
Os custos com energia, água,
internete aluguel podem ser
maiores que a estimativa. Vai
depender da demanda real do
serviço e acordos com o aluguel
do empreendimento.
Localização. Bom, foram consideradas várias
fontes para o estudo da
localização e análises.
Clientes demoram ou não aderem
ao novo espaço implantado no
local. Dificuldades para captação
de clientes que já utilizam outros
espaços pode ser um risco.
Tamanho Médio, foram encontrados vários
imóveis para locação de grande
porte. Porém não foi avaliado de
forma detalhada os termos e
contratos para utilização dos
imóveis como espaço de
coworking.
O imóvel não pode não ter espaço
suficiente para suportar demanda
antes do horizonte de análise.
Tendo custos de oportunidade e
ter que analisar a troca da
localização.
Financiamento Muito bom, foram analisadas as
linhas de créditos do BNDES.
Juros acima do previsto e
afetando a viabilidade do
empreendimento.
Tabela 14 - Análise dos dados de entrada
6.5.2. Planilha de Riscos
Para realizar a análise de riscos será necessário considerar os índices base
para determinar o grau de impacto e as chances de ocorrência. Assim, a
multiplicação das escalas leva ao resultado (R) quantitativo da relevância do risco.
Impacto (I) Probabilidade (P)
Muito Alto 5 80% - 100% Certo 5
Alto 4 60% - 80% Muito provável 4
Médio 3 40% - 60% Provável 3
Pouco 2 20% - 40% Chance baixa 2
Muito Baixo 1 0% - 20% Raro 1
Tabela 15 - Grau de impacto e probabilidade
6.5.3. Análise de Riscos
Os riscos observados estão descrito na tabela a seguir e caracterizados de
acordo com grau de impacto e chances de ocorrência:
No. Risco Impacto I P R
1 Alterações na economia e dificuldadesde custear o coworking Redução nas vendas 5 3 15
2 Atualizações de tecnologia
Aumentos nos custos para
atualizar os equipamentos
oferecido pelo coworking
2 3 6
3 Crescimento da concorrência Redução das vendas e aumentosdos custos com marketing 3 4 12
4
Planejamento e gestão da empresa
(vendas, custos, preços, investimentos
etc.)
Inviabilidade do negócio no curto e
longo prazo 5 3 15
5 Endividamento com passivos Baixo retorno no longo prazo 2 4 8
6 Capacidade de Pagamento Dificuldade em obtenção definanciamento 4 3 12
7 Limitações de espaço físico Custo de oportunidade comserviços perdidos 2 5 10
8 Queda de energia
Insatisfação dos clientes e
consequentemente perdas nas
vendas
3 1 3
9 Queda de internet
Insatisfação dos clientes e
consequentemente perdas nas
vendas
3 2 6
10 Hackers Má visibilidade da empresa com asegurança dos dados dos clientes 4 1 4
11 Demanda insuficiente Baixa receita, inviabilidade doempreendimento no longo prazo 5 4 20
12 Filas na impressão Baixa qualidade dos serviçosdisponíveis 1 4 4
13 Acidentes no playground Má visibilidade dos clientes ecustos excepcionais 2 1 2
14 Acidentes com instalações elétricas Má visibilidade com os serviçosprestados pela empresa 2 1 2
15 Falta de café Má visibilidade com os serviçosprestados pela empresa 3 1 3
Tabela 16 - Análise dos pesos dos riscos e impactos
6.5.4. Análise de Sensibilidade e de Cenários
Com os riscos atrelados ao empreendimento, é necessário fazer análise de
sensibilidade para prever os impactos com algumas variações dos dados previstos.
Com isso, é possível verificar o impacto gerado no VPL do empreendimento.
Na análise a seguir, podemos verificar a variação do faturamento anual do
empreendimento que está diretamente relacionado à demanda prevista no período.
Como verificado anteriormente com os riscos relacionados à demanda, foi realizada
uma análise simulando a variação no faturamento de 15% para mais ou para
menos. Com isso, foi possível verificar a sensibilidade da variação na tabela a
seguir:
Variação VPL Faturamento Anual
-15% (250.924,60) 845.192,40
0% 68.161,96 994.344,00
15% 387.611,18 1.143.495,60
Tabela 17 - Variação do faturamento e VPL
Para encontrar o ponto de equilíbrio foi utilizado o quinto ano, onde o
empreendimento está mais maduro para ser analisado. Com isso, para ter o VPL
nulo, onde a empresa pode cumprir com todos os seus compromissos e ter lucro
zero. Deve ter um faturamento de R$ 962.519,10 de acordo com o gráfico a seguir
utilizando o método de programação linear.
Figura 14 - VPL do empreendimento
Podemos verificar que a variação do faturamento, que está relacionado
diretamente com a demanda, é extremamente sensível a variações. Pode-se
observar então que, ao variar 15% para menos ou para cima, o impacto no
empreendimento é altamente crítico. Valendo ressaltar que os valores do VPL são
imprecisos por não considerar os custos adicionais.
6.5.5. Definição das Ações de Tratamento de Riscos
Após a análise foi identificado os riscos mais severos, no qual é preciso ter
maior atenção e necessidade de ações corretivas urgentes, de preferência que seja
de forma preventiva. A seguir algumas ações que podem ser tomadas para reduzir
e/ou eliminar cada um:
No. Risco Impacto I P R Ação
11 Demanda insuficiente
Baixa receita, inviabilidade
do empreendimento no
longo prazo
5 4 20
Analisar de forma criteriosa
a localização do
empreendimento
1
Alterações na economia e
dificuldades de custear o
coworking
Redução nas vendas 5 3 15
Análise preventiva da
situação do mercado para
tomada de decisões
antecipadas
4
Planejamento e gestão da
empresa (vendas, custos,
preços, investimentos etc.)
Inviabilidade do negócio no
curto e longo prazo 5 3 15
Revisão de planejamento
periodicamente
3 Crescimento da concorrência
Redução das vendas e
aumentos dos custos com
marketing
3 4 12
Manter a competitividade
no mercado através de
marketing e atualizações
dos equipamentos
6 Capacidade de Pagamento Dificuldade em obtençãode financiamento 4 3 12
Controlar
criteriosamente os
gastos e receitas da
empresa
7 Limitações de espaço físico Custo de oportunidadecom serviços perdidos 2 5 10
Analisar e controlar a
demanda de forma para
otimizar os espaços de
coworking sem perder a
qualidade do serviço
5 Endividamento com passivos Baixo retorno no longoprazo 2 4 8
Analisar e controlar
periodicamente as reais
necessidades de
endividamento passivos
2 Atualizações de tecnologia
Aumentos nos custos para
atualizar os equipamentos
oferecido pelo coworking
2 3 6
Analisar de forma criteriosa
o real impacto nas
atualizações de
equipamentos e antecipar
as tendências.
9 Queda de internet
Insatisfação dos clientes e
consequentemente perdas
nas vendas
3 2 6
Analisar os melhores
fornecedores
periodicamente e realizar
manutenção
constantemente
10 Hackers Má visibilidade da empresacom a segurança dos 4 1 4
Analisar constantemente a
segurança dos dados dos
dados dos clientes clientes e proteger os
dados com sistemas
atualizados
12 Filas na impressão Baixa qualidade dosserviços disponíveis 1 4 4
Avaliar periodicamente a
demanda de impressão do
coworking e caso
necessário avaliação para
obter mais impressoras
8 Queda de energia
Insatisfação dos clientes e
consequentemente perdas
nas vendas
3 1 3
Ficar sempre informados
com desligamento
previstos pela empresa
fornecedora de energia e
em casos extraordinários
criar política de vantagens
para os clientes
15 Falta de café
Má visibilidade com os
serviços prestados pela
empresa
3 1 3 Controlar os estoques deacordo com a demanda
13 Acidentes no playground Má visibilidade dos clientese custos excepcionais 2 1 2
Manter cuidadores
qualificados para evitar os
acidentes
14 Acidentes com instalaçõeselétricas
Má visibilidade com os
serviços prestados pela
empresa
2 1 2
Fazer a manutenção
periodicamente dos
equipamentos eletrônicos e
das instalações
Tabela 16 - Análise de ações relacionadas aos riscos identificados
7. PARECER FINAL
Pelas análises feitas no presente relatório, foi observado que o
empreendimento é viável. Contudo, é muito sensível com relação à demanda, caso
seja reduzida em 15% da demanda prevista, o VPL do empreendimento ficaria
negativo, ou seja, as despesas seriam maiores que as receitas, tornando o negócio
de alto risco. No entanto, pesquisas feitas pelo Censo Coworking Brasil e Global
CoworkingGrowth Study mostram que o número de pessoas que frequentam o
coworking tende a aumentar, principalmente pela situação em que estamos
vivenciando, no qual, as empresas estão percebendo que não precisam ter uma
estrutura física muito grande visto que muitos funcionários podem trabalhar
remotamente e isso não afetará a produção.
Referências
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locação comercial. Disponível em:
https://www.greendesk.com.br/coworkings-crescem-e-movimentam-mercado-de-loca
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coworking. Discussion Paper, Series A, v. 265, p. 1-15, 2013.
SERRA, André. Coworking: Uma nova perspectiva mercadológica para São
Luís. São Luís, 2013. 46 p. Trabalho de Conclusão de Curso - Curso de
Administração. Universidade Federal do Maranhão
PROJETO DE LEI Nº 8.300 DE 2017. Autor Dep. Marco Tebaldi - SC em análise
pelas comissões da Câmara dos Deputados em Brasília.
PROJETO DE LEI S/N. Autor Ver. Eduardo Tuna - SP em análise pelos assessores
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https://www.sebrae.com.br/appportal/reports.do?metodo=runReportWEM&nomeRela
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SILVEIRA, Daniel; ALVARENGA, Darlan. Após 3 quedas seguidas, produção
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em: 17 jul. 2021.
COWORKING BRASIL. Censo Coworking Brasil 2019. Disponível em:
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SLACK, Nigel. Chambers, Stuart. Johnston. Administração da Produção. Editora
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SANT’ANA, J. (Brasília). SP, MG e RR são estados onde é mais fácil manter um
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https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/06/15/sp-mg-e-rr-sao-estados-mais-face
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Facef pesquisa desenvolvimento e gestão, sine loco, vol. 15, n. 1, 2012.
DE OLIVEIRA SILVA, Pedro Henrique; JANNI, Vanessa. Relação da taxa mínima
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projetos. Boletim do Gerenciamento, [S.l.], v. 25, n. 25, p. 68-75, ago. 2021. ISSN
2595-6531. Disponível em:
<https://nppg.org.br/revistas/boletimdogerenciamento/article/view/582>. Acesso em:
15 set. 2021.
Anexo
A - Roteiro para entrevista:
ENTREVISTA COM COWORKERS DO ESTADO DE SÃO PAULO
Identificação:
● Idade
● Qual sua profissão/área de trabalho?
Perfil:
● Você usa com qual frequência espaços de Coworking?
● Você tem filhos?
Motivação:
● Qual o principal fator que você avalia para escolher entre diferentes
Coworkings?
● Qual fator menos impacta em sua decisão para escolher entre diferentes
Coworkings?
● Caso o Coworking possuísse um ambiente para receber e cuidar do(s)
seu(s) filho(s) durante sua permanência, você consideraria utilizar?
● Você considera um playground para crianças com recreadores infantis um
diferencial positivo para o Coworking que você frequenta/frequentou?
Ambiente/estrutura física:
● Qual é a capacidade do Coworking em que trabalha/trabalhou?
● Quantas salas de reunião o Coworking possui?
● Quais são os ambientes que o Coworking que você utiliza/utilizou possui?
Link: https://forms.gle/7iTHAV4yPDf7vjb28
B - Método do Custo Unitário:
Tabelas da planilha de levantamento de custos e cálculo pelo Método do Custo
Unitários.
Planilha em anexo
https://forms.gle/7iTHAV4yPDf7vjb28

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