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UNIVERSIDADE POTIGUAR (UNP)
LAURETE INTERNACIONAL UNIVERSITÍ
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
ESTER LIDIA RODRIGUES DA SILVA
MARIANA ADELINO DA FONSECA
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO
Elementos conceituais e Sócio - institucional nos três níveis de estágio supervisionado
MOSSORÓ/RN
2020
ESTER LIDIA ROGRIGUES DA SILVA
MARIANA ADELINO DA FONSECA
Relatório Final De Estágio
 Elementos conceituais e Sócio - Institucional nos três níveis de estágio supervisionado.
Relatório Final de estágio, apresentado a disciplina de estágio supervisionado III, ministrado pelas supervisoras de campo Marcia Celiany e acadêmica Mickaelly Moreira.
 MOSSORÓ/RN
 2020
SUMÁRIO
1 Introdução:	4
2 Estágio Supervisionado 1.	6
2.1- Caracterização da Instituição	6
2.2- Caracterização do Serviço Social no Núcleo de Pratica Júridica (NPJ/UNP........7
2.3 O Fazer Profissional do Assistente Social na Pratica Juridica: Desafios e demanda....................................................................................................................10
3 Os desafios, importância e problemática encontrada no estágio.......................................................................................................................11
4 As vivencia do Estágio Supervisionado: Realização da Intervenção.................................................................................................................14
5 Considerações Finais.................................................................................16 
6 Referências.................................................................................................17
	
1 INTRODRUÇÃO
 
 O presente relatório de estágio tem por objetivo expor os conhecimentos adquiridos a partir das atividades realizadas durante os estágios I,II e III. Em razão disso foi possivel mostrar a importância do estágio para a efetivação do êxito profissional no processo teórico-pratica do Serviço Social. Esta experiência foi realizada no Núcleo de Pratica Jurídica da Universidade Potiguar NPJ/UNP, em Mossoró/RN, o Núcleo de Prática Jurídica realiza atendimentos na área do Direito de família destinados a pessoas hipossuficientes e tem como missão desenvolver ações sociais, tendo por base a lei de nº 1.060/50 que dá benefícios à justiça gratuita com objetivo de garantir aos usuários a promoção e efetivação dos seus direitos. 
Neste modo salienta-se a importância do estagio, que foi a partir dele que podemos apreender a prática no seu cotidiano da realização técnica acadêmica, colocando em prática no campo profissional o que foi desenvolvido através do conhecimento teórico-metodológico, técnico-operativo e ético-político no processo acadêmico, tendo com base as demandas e atendimentos dos usuarios pelo Serviço Social.
Deste modo realizamos os três níveis de estágio supervisionado I,II e III com diferentes finalidades, onde no inicio tivemos o estagio I, aonde foi possível observar a caracterização da prática profissional no campo do estágio supervisionado, tendo como o principal instrumento a observação das atividades executadas pelo Serviço Social na area do sócio jurídico, colocando em prática todos os conhecimentos, adquiridos em sala de aula e na execução profissional. 
No estágio II, colocamos em prática todo o processo observatório que vivenciamos no estágio I, aplicando a junção das dimensões técnico-operativo e teórico-prático nas demandas e nos atendimentos do assistente social, possuindo assim como objetivo principal encontrar problemáticas existentes na instituição. Diante disso, observamos a necessecidade de uma intervenção, para elaborando um projeto para viabiliza formas e meios teóricos - práticos tendo como finalidade intervir nas dificuldades presenciadas. 
Já no estágio III, colocamos em prática, o projeto de intervenção que tem como objetivo apresentar o planejamento de ação sobre a demanda observada no campo de estágio no NPJ- Núcleo de Prática Jurídica, assim executamos todo o planejamento do projeto adquirido em todos os niveis de estágio.
 Para contemplação da proposta, a estrutura deste relatorio foi organizada por 5 itens O primeiro constitui-se na introdução na qual apresentamos os objetivos, e importância deste documento. O segundo é composto por subitens, que esta relacionada ao estágio I, que descreve a caracterização da instituição, sua importância e desafios em todo processo de observação. O terceiro refere-se ao projeto, através dos desafios e problematicas encontradas no campo de estágio. O quarto item aborda a reprodução do projeto, o assunto que trabalhamos e o que trouxe de contribuição para a instituição. 
Pontanto, a problemática relaciona-se ao direito de família, pois diante das observações realizadas, percebeu-se que em sua maioria que os profissionais ainda possuem uma percepção tradicionalista da estrutura familiar. Logo, o tema proposto para a orientação foi sobre as novas configurações familiares presentes na contemporaneidade, tendo em vista que, os profissionais pudessem fazer uma análise critica sobre a importancia do assunto.
2 ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
2.1 Caracterização da instituição:
O Núcleo de Pratica Jurídica da Universidade Potiguar NPJ/UNP, foi fundado em agosto de 2005 em Mossoró/RN, e tem como missão desenvolver ações sociais, tendo por base a lei de nº 1.060/50 que estabelecer o acesso à justiça gratuita com objetivo de garantir aos usuários a promoção e efetivação dos seus direitos. O sócio jurídico ganhar autonomia do poder judiciario, ganhando notoriedade sobre as decisões judiciais. 
Dessa maneira Simões (2013) relata da seguinte forma;
A admissão do judiciário como poder autônomo representa, por conseguintes, indeclinável garantia dos direitos dos cidadãos, sem a qual não é possível o florescimento da vida democrática e assinala um marco avanço na evolução jurídica dos povos. (Simões, 2013, p.348).
Ou seja, a assistência jurídica pode ser prestada em todos os segmentos do direito, tendo em vista que, algumas áreas são vedadas pelo conselho de direito, dessa forma somente o juiz de ofício pode deferir o benefício da justiça gratuita. O pedido de gratuidade pode ser formulado na própria petição inicial, o requerimento também pode ser feito em qualquer outra fase processual. No caso de ajuizamento da ação, e deferimento do pedido de gratuidade, a assistência deve ser prestada até a sua conclusão. 
Assim, o Núcleo de Prática Jurídica realiza atendimentos na área do Direito de família destinados a pessoas hipossuficientes, que comprovem renda mensal de até dois salários mínimos, conforme preconiza a lei de nº 1060/50 que possibilita o acesso à justiça gratuita. 
Demanda que não atendem a este perfil são encaminhados para outros setores da assistência jurídica como: defensoria pública, outras práticas jurídicas nas quais são UERN, UNIRB, UFERSA entre outras, OAB, prefeituras de outros municípios e promotorias. 
O Núcleo de Pratica Jurídico (NPJ/UNP) fica localizado na Avenida João da Escócia, nº 1561, Nova Betânia, Mossoró/RN, CEP: 59.607-330 Telefones: (84) 3323-8215/3323-8515. A prática jurídica estimula o acordo e a conciliação, contudo faz intervenções externas e internas para promover essas ações. Visando o reconhecimento dos direitos sociais e cíveis. 
O objetivo é integrar a teoria á prática na formação dos futuros profissionais da área jurídica que por ventura são dos cursos de Direito e do Serviço Social, pela participação dos alunos em situações reais e simuladas de vida e trabalho, articulando ensino, projetos de extensão e ações comunitárias, pesquisa; contribuindo para a formação ético-profissional, técnico-operativo e teórico-metodológico do discente, servindo de campo de aprendizado prático, e treinamento profissional dos acadêmicos. 
O Núcleo de Prática Jurídica (NPJ/UNP) oferece atendimentos em todos os seguimentos da área do Direito de Família.Dispondo das seguintes ações: Adoção, Alvará, Tutelar/Curatela, Busca e Apreensão de menor, Divórcio (consensual e litigioso), Execução de alimentos, Exoneração de alimentos, Investigação de Paternidade, Separação de Corpos, Alimentos, Registro de óbito fora do Prazo, Retificação de Registro, Revisional de Alimentos, Mediação e conciliação de conflitos e Dissolução de União Estável. Visto que, também são feitos encaminhamento para outras áreas, caso o problema não possa ser resolvido no momento do atendimento.
Dessa forma, essas ações visam a garantia do direito das pessoas hipossuficientes que necessitam de assistência jurídica e, que muitas vezes não possuem acesso a elas.
2.2 Caracterização do Serviço Social no Núcleo de Prática Jurídica (NPJ/UNP)
O Serviço Social realiza um trabalho multidisciplinar junto aos profissionais sendo estes, psicólogos, advogados, nutricionistas e etc, executando e facilitando o acesso aos direitos sociais, contribuindo para a correlação de forças institucionais, apoiando as legitimidades das demandas dos usuários na viabilização dos direitos sociais, através das políticas sociais. Assim como diz Borgianni, 
Os assistentes sociais devem ter clareza que o direito positivo, por possuir um caráter de classe, impõe a defesa dos interesses da classe dominante e, portanto, seja no acesso ao complexo aparelho de justiça burguês, e mesmo nos instrumentos de convencimento de seus operadores, á lógica da defesa da classe dominante se faz presente. (BORGIANNI, 2012, p.50). 
Ou seja, cabe aos assistentes sociais, detentor de uma visão crítica na sociedade, conferido pelo saber teórico-prático, questionar a axiologia da lei, sua relação de classe, e mais os complexos que a determinam, que remetem o profissional um posicionamento mais amplo da situação. O posicionamento técnico tem a potência e influir na tomada de decisão pelas figuras de autoridade. Nesse contexto “nosso papel não é o de decidir, mas o de criar mecanismos desalienantes sobre a realidade, a ser analisada para se deliberar sobre a vida das pessoas”, com as quais estabelecemos compromissos éticos e políticos. (BORGIANNI, 2012, p.64).
Dessa maneira, o profissional de Serviço Social atua na viabilização dos direitos dos usuários, junto com as suas dimensões teórico-metodológico, técnico-operativo e ético-política, assim, criando meios para intervir nessa dada realidade. 
2.3. O FAZER PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NA PRÁTICA JURIDICA: DEMANDAS E POSSIBILIDADES
O Núcleo de Prática Jurídica da UNP, conta com apenas um Assistente Social no seu âmbito profissional, para atender todas as demandas, tais como ás que lhe são impostas. Sua carga horária é de 30 horas semanais, sendo distribuído em turnos matutinos e vespertinos, e mesmo nos dias que não há atendimentos o profissional está lá para cumprir com as suas demandas, ou seja, fazer relatórios sobre os casos atendimentos, criar estratégias para levar informações além do espaço institucionais, criando ações interventivas tais como: nas ecolas, nas unidades basicas de sáude (UBS), saude na praça sejam elas internas ou externas. 
O profissional tem como objetivo, contribuir para que os usuários tenham acesso à assistência sócio jurídico da cidade de Mossoró, tendo em vista à efetivação dos direitos humanos e sociais, promovendo o acesso através da justiça. Por conseguinte, o procedimento do acesso gratuito à justiça propociona a validação de garantia basica legal, o direito a justiça, o que possibilitar uma proteção e garantia jurídica governamental para quem precisa (CAPPELLETTI E GARTH,1988,p. 10-11).
De fato, o direito ao acesso a justiça tem sido progressivamente reconhecido como sendo reconhecido como sendo de importancia capital entre os novos direitos individuais e socias,uma vez que a titularidade de direitos é destruidas de sentido na ausencia de mecanismo para a sua efetiva reivindicação. O acesso a justiça pode, portanto, ser encarado como requisito fundamental – o mais basico dos direitos humanos – de um sistema jurídico moderno e igualitario que pretenda garantir, e não apenas proclamar os direitos de todos (CAPPELLETTI E GARTH,1988,p. 10-11).
Diante disso, o fazer profissional do assistente social no judiciário acontece da seguinte forma, o mesmo inicia seu trabalho apresentando o Núcleo de Prática Jurídica, logo mais as ações sendo; Adoção, Alvará, Tutelar/Curatela, Busca e Apreensão de menor, Divórcio (consensual e litigioso), Execução de alimentos, Exoneração de alimentos, Investigação de Paternidade, Separação de Corpos, Alimentos, Registro de óbito fora do Prazo, Retificação de Registro, Revisional de Alimentos, Mediação e conciliação de conflitos e Dissolução de União Estável na qual são realizadas nesse campo, quais são as documentações necessárias para que se possa dá entrada ao processo.
A Priori, começa-se fazendo uma triagem com os usuários, para que de fato possa compreender qual é a demanda que o mesmo nos traz, em seguida, é feito o atendimento com os usuários sendo por ondem de chegada, logo após, é realizado uma entrevista e, o cadastro para conhecer a caracterização econômica, social e estrutural da família para compreender se usuário tem o perfil de ser assistido pelo NPJ. 
Assim, feito isto, é preenchida a ficha para o acompanhamento com os outros profissionais como, advogados, psicólogos, assim, o usuário é encaminhado para os profissionais de direito onde serão feitas as petições e peças para a realização do processo. 
No momento em que a entrevista está sendo realizada é importante que o usuário saiba que as perguntas que estão sendo feitas são sigilosas. Caso o serviço não seja realizado na prática jurídica o assistente social realiza o encaminhamento do usuário para outras redes de serviços sócio assistenciais. Assim, 
O sigilo profissional é um dos aspectos mais polêmicos dos códigos de ética. Ele não envolve apenas o que é confiado ao profissional pelo usuário; é parte da ética profissional a preservação do usuário de todas as informações que lhe digam respeito, mesmo que elas não lhe tenham sido relevadas diretamente. (BARROCO E TERRA, 2012. p.91).
O profissional deve estar sempre em articulação com outras redes de serviço, como por exemplo: Ministério Público, Defensorias Públicas, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social-CREAS, o Centro de Referência de Assistência Social-CRAS, outros NPJ, redes de saúde na qual é composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e etc; para que possa viabilizar os direitos dos usuários, considerando o bem-estar social da população usuária pautado em seu projeto ético-político profissional que direciona sua atuação profissional utilizando instrumentais e técnicas que são: observação, acolhimento, linguagem, escuta qualificada, entrevista social, orientação e cadastro eletrônico sotf urbano, que por sua vez, é um sistema onde fica registrado todo perfil social e econômico dos usuários, onde se pode visualizar e ver os encaminhamentos do processo até sua resolução. Dessa maneira Barro e Terra expõem que; 
O Código de ética- CE do Serviço Social explicitaram que os usuários dos serviços sociais são sujeitos da intervenção profissional, inseridos na sua condição de classe trabalhadora, como afirmou CE de 1993, ao colocar como um de seus princípios fundamentais a defesa da “Ampliação e consolidação da cidadania, considera tarefa primordial de toda a sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis, sociais e políticos das classes trabalhadoras” (BARROCO;TERRA, 2012 apud CFESS, 1993 p.15).
 
Vale ressaltar que o Núcleo de Prática Jurídica realiza ações externas como; palestras, ressaltando temas importantes como: Setembro Amarelo, Outubro Rosa, Novembro Azul, Dezembro Vermelho e as demais datas que visam à importância dos direitos humanos e sociais, Saúde na Praça onde informamos sobre os serviços que são ofertados na prática, realiza-se intervenções em escolas e Unidades Básicas de Saúde-UBS, levando os serviços itinerantes, como forma de informaçãopara que as pessoas possam conhecer seus direitos e os serviços oferecidos no NPJ. 
Dessa forma, é importante orientar e informar os usuários sobre os seus direitos sociais, atendendo de forma acolhedora, através da entrevista social, bem como (Rodrigues 2014) relata: “A entrevista é compreendida como instrumento mediador no processo do conhecimento, possibilita que o assistente social se aproxime da realidade de sua demanda, superando a aparência dos fenômenos e adquirindo maiores possibilidades interventivas diante das expressões da questão social”. 
Outra competência que remete ao assistente social é a escuta qualificada, serve também como instrumento para a entrevista com os usuários, pois é através dela que o profissional vai conhecer aquela dada realidade, fazendo encaminhamentos quando for necessário para outras instituições; Defensoria Pública, Ministério Público, Centro de Referência da Assistência Social-CRAS, Centro Referência Especializado da Assistência Social-CREAS e NPJ que venham a contribuir para os seus direitos, viabilizando o acesso à justiça na conciliação de conflitos interpessoais na mediação de uma medida resolutiva, que requer do profissional reflexão e cautela. 
3. Os desafios, importância e problemática encontrada no estágio
O estágio supervisionado proporciona o estudante de serviço social a possibilidade para a inserção no âmbito profissional e para a capacitação no exercício profissional, dessa maneira articulando á teoria e prática. Assim o Estágio Supervisionado em Serviço Social é essencial para formação do Assistente Social, complementa o processo de ensino e aprendizagem, e possibilita que o aluno(a)/estagiário(a) do curso de Serviço Social, inserido no Campo de Estágio, vivenciando na prática, as situações reais do cotidiano do profissional. (SILVA, 2017). Em razão disso, o estagio supervisado possibilita a aplicação da teoria vista em sala de aula, uma vez que, a prática profissional é facilitada com conhecimentos adquiridos na tragetoria academica. 
No período de observação do estágio, deparamo-nos com algumas dificuldades, onde foi preciso articular teoria à prática. A teoria observada em sala de aula precisou estar associada à nossa realidade como estagiário, delimitando os conceitos estruturais da academia e utilizando os princípios teóricos metodológicos e os direitos políticos, que transformam as condições humanas nas relações de trabalho. 
Dessa forma, o espaço sócio ocupacional constitui-se como um espaço de formação profissional e de construção de novos saberes. Assim, uma arena permanentemente de conhecimento nos possibilita refletir sobre a realidade profissional nos campos de estágio, levando ao reconhecimento dos direitos e as possibilidades nas diferentes respostas das expressões da questão social. (BORGIANNI, 2004). 
Assim, entende-se que o estágio é um importante passo no processo acadêmico e para ascensão profissional, visto que tem como objetivo o desenvolvimento adquirido nas aulas teóricas, colocando-os em prática no campo profissional, o que foi desenvolvido através do conhecimento teórico-metodológico, técnico-operativo e ético-politico no âmbito acadêmico.
A competência teórico-metodológica, técnico-operativa e ético-política são requisitos fundamentais que permite ao profissional colocar-se diante das situações com as quais se defronta, vislumbrando com clareza os projetos societários, seus vínculos de classe, e seu próprio processo de trabalho. Os fundamentos históricos, teóricos e metodológicos são necessários para apreender a formação cultural do trabalho profissional e, em particular, as formas de pensar dos assistentes sociais (ABEPSS, 1996, p.7).
Desta maneira, nota-se a importância das dimensões para o fazer profissional, diante das dificuldades recorrentes no campo de trabalho, de modo que, essas três dimensões vão auxiliar quando o profissional estiver no seu campo de trabalho, utilizando tudo o que aprendeu na sua formação acadêmica e, é nela que iremos aprender toda a teoria da profissão, para que na prática possa ser utilizada junto com o seu código de ética e o sigilo profissional.
O Núcleo de Prática Jurídica é de fundamental importância, pois atua nos atendimentos com as classes mais vulneráveis da sociedade, prestando serviços gratuitos e informações necessárias. Dessa forma, a universidade em seu âmbito profissional e acadêmico, contribui junto à comunidade na formação profissional do Estudante na qual está inserida, na compreensão e defesa dos direitos da sociedade. Portanto, o NPJ também contribui para o acesso da população às leis, direitos e deveres. Além disso, contribui na compreensão do estudante na necessidade de ter uma atuação ética e humanitária. 
O estágio nos possibilitou aprendermos na prática o saber e o fazer profissional do assistente social no sócio jurídico, nos levando a importância deste espaço ocupacional. No campo de atuação nos deparamos com dificuldades por ainda não ter o arcabouço totalmente desta área de atuação, essas desinteligências estão relacionadas ao pouco conhecimento nesta área do direito, porém nos mostrou o quão é importante a busca constante por conhecimento nessa área. 
 Por isso, salienta-se que é fundamental ter conhecimento das legislações vigentes, já que o assistente social é um agente viabilizador dos direitos sociais. De acordo com as observações constatamos que o ambiente se encontra em condições adequadas para realizações das atividades. 
Portanto, a problemática encontrada está relacionada ao direito de família. De acordo com as nossas vivências foi possível perceber que, ainda nos dias de hoje existem pessoas com uma visão tradicionalista sobre a família, contudo, resolvendo dissertar sobre este assunto para que se possa melhorar o atendimento com os usuários, e para que as pessoas possam compreender o verdadeiro significado de família.
4. AS VIVÊNCIAS NO CAMPO DE ESTÁGIO: REALIZAÇÃO DA INTERVENÇÃO 
O estágio supervisionado foi muito enriquecedor, pois ele possibilitou articular a teoria com a prática, fazendo com o que pudéssemos ter contato diretamente com os usuários, conhecendo aquela dada realidade na qual eles estavam inseridos. Contudo, foi muito gratificante, pois adquirimos novos conhecimentos, realizamos atendimentos, ações, encaminhamentos, vivenciamos os desafios que farão parte do nosso âmbito profissional. Com isso, pode-se perceber o quanto foi importante para a nossa prática profissional, pois presenciamos todo o trabalho do assistente social e toda a sua articulação da teoria com a prática. 
Assim, pode-se perceber do quanto à articulação com a prática estão interligadas, pois remete á todo embasamento que tivemos em sala de aula e no estágio supervisionado. 
Dessa forma, não há dicotomia entre teoria e prática, pois, é através da práxis que a unidade teoria/prática se efetiva, é nela que os homens refletem sobre sua realidade e constroem conhecimento a partir dela e para atuar sobre a mesma, tendo o poder de direcionar a sua ação. (ALMEIDA, CUNHA E RIBEIRO, 2017).
 Assim, foi necessário elaborar um projeto de intervenção e coloca-lo em prática, para que pudéssemos realizar toda articulação do conhecimento teórico prático que adquirimos na trajetória acadêmica. 
Dessa maneira, a presente intervenção foi realizada em dois momentos, a principio foi constituída em um momento remoto, devido ao momento pandêmico no qual estamos vivendo ocasionado pelo covid-19. Contudo, onde reunimos com as nossas supervisoras de campo e acadêmica, com alguns profissionais da Universidade Potiguar-UNP, estagiários do Núcleo de Prática Jurídica- NPJ e os estagiários do Centro de Cidadania Social-CIS. 
Com isso, utilizou-se de algumas metodologias para deixar o momento mais claro e objetivo, apriore começamos uma imagem onde mostrava as diferentes configurações familiares, tornando o momento mais lúdico e dinâmico. Utilizamos também um slide, onde abordamos sobre essas novas configurações familiares, a prática jurídica, e todos os serviços que a mesma oferece,e a prática do Serviço Social. Por fim, finalizamos com um vídeo mostrando os diversos conceitos de família tornando o momento dinâmico e explicativo.
No Segundo momento realizamos a nossa intervenção no Centro de Referencia da Assistência Social-CRAS, que fica localizado na cidade de Mossoró-RN, no bairro Santo Antônio. Com isso, começamos utilizando um cartaz onde explicava as Novas Configurações Familiares, logo após fizemos uma dinâmica onde chamamos de “Dinâmica da Palavra”, assim convidamos os ouvintes que estavam presentes naquele momento para explicar o significado que cada palavra tinha para cada um, lembrando que sempre respeitando o distanciamento social, devido ao grande momento pandêmico no qual estamos vivenciando. Em seguida, utilizamos um slide na forma de explicar do que se tratava nosso tema, a prática jurídica, esse momento também foi um meio de divulgar todos os serviços prestados pelo Núcleo e a Prática do Serviço social. 
 Deste modo, os objetivos desejados foram alcançados, pois foi possível atingir um número de pessoas significativo, passando o conteúdo de forma clara e objetiva, percebendo que o tema foi de extrema relevância, pois abriu portas para uma discursão muito importante, assim foi possível fortalecer a importância da construção familiar em suas diversas formas.
5 Considerações finais 
Portanto, o estágio supervisionado proporcionou um aprendizado prático associado ao arcabouço teórico vivenciado ao longo do curso, tornando possível uma experiência profissional mais consistente e madura desse modo consolidando a conduta profissional conforme o código de ética.
Diante, da vivencia do estágio foi proposto um projeto de intervenção com o intuito de abordar as novas configurações familiares presente na contemporaneidade, executamos dois momentos de intervenção um remoto e outro presencial visando alcançar um maior número de pessoas. Diante das aplicações percebeu-se que os resultados foram satisfatórios e enriquecedores para os executantes e para os que receberão a execução.
Logo, sem dúvida, o estágio supervisionado nos possibilitou uma incrível oportunidade de integrar a formação acadêmica com experiência profissional vivenciadas no dia a dia. Podemos concluir que o a nossa experiência na pratica jurídica da Universidade Potiguar nos preparou como Assistente Social e como pessoa. Desse modo, tornando-nos aptos para o Serviço Social.
6 Referências
ABEPSS. Lei de Diretrizes Curriculares. Diretrizes gerais para o curso de Serviço Social. Com base no Currículo Mínimo aprovado em Assembleia Geral Extraordinária de 8 de novembro de 1996. Rio de Janeiro, novembro de 1996.
 ALMEIDA, Bernadete; CUNHA, Angely; RIBEIRO, Hídria. A Relação Teoria X Prática no Serviço Social: Elementos para o Debate Profissional. Disponível em: https://www.congressoservicosocialuel.com.br/anais/2017/assets/134206.pdf. Acessado em 23 de novembro 2020.
BORGIANNI, Elizabete. Ética e direitos humanos na sociedade e no Serviço Social. In: CRESS/7a Região (Org.). Em foco: O serviço Social e o sistema sócio jurídico. Rio de Janeiro: CRESS/7a Região; PPGSS/UERJ, n. 2, 2004.
BRASIL. Lei 8.662. Dispõe sobre a profissão de Assistente Social e de outras providências. Brasília. 1993.
BRASIL. Lei 1.060. Estabelece normas para a concessão de assistência judiciária aos necessitados. Brasília, 1950.
CAPPELLETTI, Mauro; GARFT, Bryant. Acesso à justiça. Ttradução de Ellen thfeet. Porto Alegre, Fabris, 1988.
CFESS. Parâmetros para atuação de assistentes sociais na política de assistência social (CFESS). “Diretrizes gerais para o curso de serviço social”, ABESS (CEDEPSS. SÃO PAULO, CORTEZ, Nº7,1997; p.60).
CNJ SERVIÇOS: Quem tem direito a justiça gratuita (CNJ). Agencia CNJ de Noticias. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/82962-cnj-servico-quem-tem-direito-a-justica-gratuita.htm. Acesso em 17 de junho 2019.
_______. O Serviço Social no “Campo sociojurídico”: primeiras aproximações analíticas a partir de uma perspectiva crítico-ontológica. São Paulo, mimeo, 2012.
SIERRA, Vânia Morales. A judicialização da política no Brasil e a atuação do assistente social na justiça. 2011. Disponível em: Acesso em: 01 maio. 2018.
SILVA, GABRIELE. A Importância da Prática Jurídica para o curso de direito. Educa Mais Brasil Educação, 2019. Disponível em <http://www.educamaisbrasil.com.br/educação/carreira/a-importancia-do-nucleo-de-pratica-juridica. 
SIMÕES, CARLOS. Teoria e crítica dos direitos sociais: O Estado social e o Estado democrático de Direito. São Paulo: Cortez, 2013.

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