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TCC - ALIENAÇÃO PARENTAL E A MEDIAÇÃO COMO ALTERNATIVA AO JUDICIÁRIO

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS 
CURSO DE DIREITO 
NATÁLIA MORAIS CARNEIRO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALIENAÇÃO PARENTAL E A MEDIAÇÃO COMO ALTERNATIVA AO 
JUDICIÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO - SP 
JUNHO DE 2021 
NATÁLIA MORAIS CARNEIRO DA SILVA 
 
 
ALIENAÇÃO PARENTAL E A MEDIAÇÃO COMO MEIO ALTERNATIVO AO 
JUDICIÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Requisito parcial apresentado à 
coordenação do Curso de Direito da 
Universidade São Judas, como requisito 
na obtenção do diploma de Bacharel em 
Direito. 
 
Orientador: MS. Miguel Carlos Cristiano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO - SP 
JUNHO DE 2021 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3 
1. ALIENAÇÃO PARENTAL.......................................................................................5 
 1.1 CONCEITO .............................................................................................. 5 
 1.2 A LEI N° 12.318/2010 E SUA APLICABILIDADE ..................................... 7 
2. MEDIAÇÃO ........................................................................................................... 10 
 2.1 CONCEITO ............................................................................................ 10
 2.2 HISTÓRIA...............................................................................................11 
 2.3 CARACTERÍSTICAS E PRINCÍPIOS.....................................................12 
 2.4 DIFERENÇAS ENTRE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO .......................... 15 
 2.5 FINALIDADES........................................................................................ 18 
3. COMO A MEDIAÇÃO É VISTA NA SOCIEDADE............................................... 20 
4. A IMPORTÂNCIA DA MEDIAÇÃO COMO MEIO ALTERNATIVO AO 
JUDICIÁRIO...............................................................................................................23 
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 26 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................27 
ANEXO.......................................................................................................................29 
 
 
 
 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
A constituição familiar sempre esteve presente, sendo esse um meio de 
progresso e procriação da sociedade, tendo em vista a possibilidade de ter filhos, 
adotivos ou não. Todavia, junto com o casamento e a ampliação familiar surgiram os 
conflitos do Direito de Família, como por exemplo o divórcio, as ações de alimento, 
guarda e em alguns casos, a alienação parental. 
O tema se justifica pela demanda existente e do progresso dos conflitos até a 
contemporaneidade, em termos de igualdade e direitos cabíveis de proteção no seio 
familiar e social. Além do legislativo ter resguardado os direitos daqueles que lesados 
por conta da alienação parental, cada vez se faz mais presente na sociedade o 
instituto da mediação. Instituto este, que visa a celeridade processual, 
confidenciabilidade, maior autonomia das partes, sendo um meio flexível e informal, 
onde decisões possuem validade de sentença judicial. Nesse cenário, o 
questionamento que se fizera no desenvolvimento desse estudo foi: como a mediação 
pode ser um aliado importante nos conflitos de alienação parental? 
Ante a atual necessidade de resguardar os direitos do genitor que se sente 
prejudicado ao tentar manter vínculo com seu filho, criança ou adolescente, foi 
sancionada a Lei de Alienação Parental, n° 13.318 de agosto de 2010. 
O objetivo desse artigo é entender o conceito de alienação parental e a 
disposição da lei e da jurisprudência sobre o assunto. Compreender o conceito de 
mediação e analisar a diferença entre este instituto e o judiciário. Para isso, realiza-se 
uma análise da mediação, suas características e efeitos no mundo jurídico. 
A presente pesquisa visa também elucidar os benefícios e a importância do 
Instituto da Mediação como método consensual rápido e eficaz para solucionar os 
conflitos que envolvem alienação parental. Instituto esse que, não preza somente pela 
resolução do litigio, mas assegura que as partes envolvidas tenham o menor prejuízo 
emocional possível, já que é evidente que estes processos não trazem questões 
meramente patrimoniais. 
A metodologia no desenvolvimento deste estudo está abarcada em uma 
pesquisa bibliográfica e de cunho acadêmico, realizando a coleta e levantamento 
doutrinário e jurisprudencial, os quais foram obtidos a partir de livros, teses, teorias e 
artigos disponíveis nesta área. 
4 
 
Os capítulos compreenderam em 4 seções, abordando primeiramente os 
conceitos de alienação parental e mediação, depois trazendo uma pesquisa que 
elucida como a mediação é vista pela sociedade e por último, a importância da 
mediação como meio alternativo para solucionar conflitos. Cada capítulo 
compreenderá em subitens que agrega o entendimento amplo tanto na norma 
positivada como nas teses doutrinárias, bem como na atual jurisprudência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. ALIENAÇÃO PARENTAL 
 
1.1 CONCEITO 
 
Os processos de separação e divórcio litigiosos deparam-se com os mais 
variados conflitos entre os ex-cônjuges, principalmente quando está em jogo os filhos 
oriundos dessa união1. Em alguns casos, as famílias dissolvidas lidam com a 
alienação parental, quando por alguma razão, os pais não permanecem juntos e um 
destes, manipula a criança ou adolescente, com o intuito de romper a relação afetiva 
com outro genitor. A alienação parental, caracteriza-se por uma ligação de acentuada 
dependência e submissão da criança ou adolescente ao genitor que detém sua 
guarda, com o intuito de dificultar a convivência com o genitor não guardião. 
Trata-se da campanha de desqualificação do genitor, não necessariamente 
daquele que exerce a guarda da criança, podendo ser do genitor não guardião, que 
exerce apenas o convívio paterno/materno filial. A alienação parental pode ser 
praticada tanto em contextos de guarda compartilhada tanto como na guarda 
unilateral. 
Tal prática produz um efeito maior nos filhos, principalmente, nas crianças mais 
novas, que não possuem discernimento e inteligência emocional suficiente para 
entender o que está acontecendo e se impor diante de tal situação. Dessa forma, por 
serem um alvo fácil, acabam se tornando um meio de vingança e disputa entre os 
pais. Após vivenciarem esse tipo de conflito, essas crianças e adolescentes se tornam 
inseguros, e por medo de perder o amor dos pais ou de um desses, muitas vezes 
dissimulam e controlam suas emoções afim de agradá-los, o que pode causar futuros 
danos psicológicos. 
O conceito de alienação parental foi atribuído ao psiquiatra Richard Gardner, 
que em 1985 notou a prática de condutas negativas com a intenção de destruir a figura 
de um dos genitores para que se obtenha a guarda dos filhos, e considerou o ato uma 
síndrome denominada Alienação Parental (Silva, 2007, p. 5). 
Garner dizia que durante o processo de divórcio, um dos genitores pode 
desenvolver o hábito de induzir a criança a se afastar do outro genitor. O objetivo 
 
1 DUARTE, Lenita Pacheco Lemos. Mediação na Alienação Parental: A Psicanálise 
com crianças no Judiciário. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Lumens Juris, 2018. 
6 
 
dessa prática seria separar e alienar a criança ou adolescente e impedir o vínculo 
familiar. Surge então, o nome Síndrome da Alienação Parental. Richard ainda 
reforçava que tal ato era feito de forma intencional e consciente. No entanto, outros 
pesquisadores que estudaram o assunto, relatam que em muitos casos, a prática pode 
ser feita de forma involuntária. Isso se dá quando o alienador, de forma ingênua,adquire o habito de falar pejorativamente sobre o outro genitor como forma de 
desabafo, sem perceber que aos poucos a criança está absorvendo essas 
informações. 
O conceito legal de alienação parental no Brasil foi definido na Lei n° 12.318/10. 
Leia-se o disposto: 
Art. 2o Considera-se ato de alienação parental a interferência na 
formação psicológica da criança ou do adolescente promovida 
ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que 
tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda 
ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao 
estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. 
A síndrome se concretiza no momento em que a criança ou o adolescente se 
influencia pelas falas do alienador e adota um novo comportamento com o genitor que 
está distante, acreditando que este é realmente uma pessoa ruim e assim passa a 
apoiar aquele que o está alienando. 
Moacir Pereira Júnior afirma que a alienação parental consiste na atitude 
egoísta e desleal de um dos genitores – na maioria das vezes o genitor-guardião, no 
sentido de afastar os filhos do convívio com o outro. Deste processo emerge a 
chamada Síndrome de Alienação Parental, que nada mais é que a nova conduta 
agressiva e de rejeição que passa a ser ter a prole em relação ao genitor que deseja 
afastar-se do convívio.2 
Com esse pressuposto, o legislativo entendeu a gravidade do conflito e 
resguardou os direitos do genitor lesado por meio da Lei de Alienação Parental, n° 
12.318 promulgada em 26 de agosto de 2010. 
 
 
 
 
2 PENA JÚNIOR, Moacir Cesar. Direitos das Pessoas e das Famílias Doutrina e Jurisprudência. São 
Paulo: Saraiva, 2008. p. 266. 
7 
 
1.2 A LEI N° 12.318 /2010 E SUA APLICABILIDADE 
 
No mesmo ano da promulgação da Lei de Alienação Parental, a Constituição 
Federal assegurou a crianças e adolescentes o direito a convivência familiar. O 
mesmo foi incluído por meio da emenda constitucional n° 65. Leia-se o dispositivo: 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado 
assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com 
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, 
à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e 
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de 
negligência, discriminação, exploração, violência, 
crueldade e opressão. 
(grifo nosso) 
No momento em que o magistrado suspeita a prática deste crime, é solicitada 
uma perícia. O papel psicólogo ou do assiste social é analisar o estado mental em que 
se encontra essa criança ou adolescente, podendo fazer uma perícia psicossocial. 
A lei de alienação parental nos traz um rol exemplificativo de atos de alienação, 
que podem ser declarados por juiz, constatados por perícia, praticados diretamente 
pelo genitor e/ou com auxílio de terceiros. O rol trazido pelo dispositivo legal inclui: 
realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da 
paternidade ou maternidade; dificultar o exercício da autoridade parental; dificultar 
contato de criança ou adolescente com genitor; dificultar o exercício do direito 
regulamentado de convivência familiar; omitir deliberadamente a genitor informações 
pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e 
alterações de endereço; apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares 
deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou 
adolescente; e, mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a 
dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares 
deste ou com avós. 3 
Nos casos em que for caracterizada a alienação parental, poderá o juiz aplicar 
medidas coercitivas para reeducar o genitor praticante deste ato. Vejamos o disposto 
 
3 Lei n° 12.318/2010, art. 2°, § único e incisos I ao VII <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12318.htm> Acessado em 22/04/2021. 
8 
 
na Lei 12.318/2010: 
Art. 6° Caracterizados atos típicos de alienação parental ou 
qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou 
adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz 
poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente 
responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de 
instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, 
segundo a gravidade do caso: 
I - Declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o 
alienador; 
II - Ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor 
alienado; 
III - Estipular multa ao alienador; 
IV - Determinar acompanhamento psicológico e/ou 
biopsicossocial; 
V - Determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada 
ou sua inversão; 
VI - Determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou 
adolescente; 
VII - Declarar a suspensão da autoridade parental. 
Parágrafo único. Caracterizada mudança abusiva de endereço, 
inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também 
poderá inverter a obrigação de levar para ou retirar a criança ou 
adolescente da residência do genitor, por ocasião das 
alternâncias dos períodos de convivência familiar. 
 Para elucidar a norma positivada, analisaremos a jurisprudência abaixo que nos 
traz um caso de alienação parental reconhecida pelo magistrado, com penalidades ao 
genitor guardião, que mantinha tal conduta. Leia-se: 
 
9 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE BUSCA E 
APREENSÃO DE MENOR. IMPEDIMENTO DE CONVÍVIO. 
DESCUMPRIMENTO DOS TERMOS DA GUARDA 
COMPARTILHADA. ALIENAÇÃO PARENTAL 
CONFIGURADA. REVERSÃO DO DOMICÍLIO JUSTIFICADA. 
Furtando-se a agravante, de modo injustificado, ao 
cumprimento dos termos do acordo de guarda compartilhada, 
impedido o convívio entre pai e filho, em manifesto prejuízo ao 
desenvolvimento saudável da criança, resta configurada, 
conforme o disposto no artigo 2º da Lei nº 12.318/2010, a 
prática de atos típicos de alienação parental que justificam 
a reversão do domicílio do menor em favor do 
genitor/agravado e, por consequência, a confirmação da 
ordem de busca e apreensão. AGRAVO DE INSTRUMENTO 
CONHECIDO E DESPROVIDO. 
(TJ-GO - AI: 07462143320198090000, Relator: Des(a). 
LEOBINO VALENTE CHAVES, Data de Julgamento: 
31/03/2020, 2ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ de 
31/03/2020) 
 Observa-se que, em decorrência do impedimento do convívio entre pai e filho 
enquanto o mesmo estava sob guarda compartilhada, a genitora teve como 
penalidade a reversão do domicílio do menor em favor do pai. Esta decisão está 
amparada pelo inciso V do artigo 6° da lei de alienação parental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
2. DA MEDIAÇÃO 
 
2.1 CONCEITO 
 
A mediação consiste no meio consensual de abordagem de controvérsias em 
que alguém imparcial atua para facilitar a comunicação entre os envolvidos e propiciar 
que eles possam, a partir da percepção ampliadas dos meandros da situação 
controvertida, protagonizar saídas produtivas para os impasses que os envolvem. 4 
A mediação configura o meio consensual porque não implica a imposição de 
decisão por uma terceira pessoa; sua lógica, portanto, difere totalmente daquela que 
um julgador tem autoridade para impor decisões. 
No processo judicial não há sigilo e as partes se opõem, diante de um 
procedimento formal e inflexível. Seu andamento, bem como os agendamentos não 
podem ser controlados pelos envolvidos e o juiz é o encarregado de decidir sobre 
aquilo que muitas vezes desconhece, pois é matéria que não envolve apenas 
conhecimento jurídico. No mais, existem extensas opções de recursos que tornam o 
processo lento e com altíssimo custo, portanto, a mediação passa a ser um meio 
alternativo com muitas vantagens. 
Segundo Águida Arruda Barbosa a mediação constitui “um método 
fundamentado, teórica e tecnicamente, por meio do qual uma terceirapessoa, neutra 
e especialmente treinada, ensina os “mediandos” a despertarem seus recursos 
pessoais para que consigam transformar o conflito em oportunidade de construção de 
outras alternativas, para o enfrentamento ou prevenção de conflitos”. 5 
O conceito legal de mediação é trazido pelo parágrafo único do artigo 1° da Lei 
n° 13.140/2015 e considera como mediação “a atividade técnica exercida por terceiro 
imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e 
estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia.” 
Segundo a Autora Nazareth, a mediação é um método de condução de 
conflitos, voluntário e sigiloso, aplicado por um terceiro neutro e especialmente 
treinado, cujo objetivo é restabelecer a comunicação entre as pessoas que se 
encontram em um impasse, ajudando-as a chegar a um acordo. O objetivo é facilitar 
o diálogo, colaborar com as pessoas e ajudá-las a comunicar suas necessidades, 
 
4 TARTUCE, Fernanda. Mediação nos Conflitos Civis. 4ª edição, 2017, p. 188. 
5 BARBOSA, Águida Arruda. Mediação Familiar, p. 54. 
11 
 
esclarecendo seus interesses, estabelecendo limites e possibilidades para cada um, 
tendo sempre em vista as implicações de cada tomada de decisão a curto, médio e 
longo prazo.6 
 
2.2 HISTÓRIA 
 
Há centenas de anos a mediação era usada na China e no Japão como forma 
primária de resolução de conflitos, não um meio alternativo. A mediação decorria 
diretamente sobre a harmonia natural e a solução de problemas pela moral em vez da 
coerção. Já a sociedade chinesa adotava a abordagem conciliatória do conflito, que 
persistiu ao longo dos séculos e se enraizou na cultura7. 
A mediação chegou ao Brasil no ano de 1989. Aguida Arruda Barbosa 
conheceu o instituto na França e passou a estudar e divulgar o tema no Brasil sob o 
prisma familiar. Neste período, haviam duas vertentes. A francesa, que se popularizou 
em São Paulo, e o modelo americano, que chegou pela Argentina nos anos 90 e se 
popularizou na região sul do país.8 
Já no Brasil, o legislativo nos trazia desde meados dos anos 2000 e 
principalmente na área trabalhista, algumas previsões sobre conciliação e mediação. 
Apesar de sua baixa aplicabilidade neste período, tal instituto passou a ganhar força 
devido as contribuições doutrinárias, até que se promulgou a Lei de Mediação, n° 
13.140/2015. 
No entanto, é notável que o histórico norte-americano influenciou o mundo. 
Países que adotam o common law, como Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova 
Zelândia acompanharam com mais agilidade o desenvolvimento norte-americano; 
ainda assim, mesmo nos países de civil law, como França, Alemanha e Argentina 
houve influência pelos princípios e ideias que floresceram nos Estados Unidos. 
O Brasil também sofreu influência dos movimentos norte-americanos. Na busca 
de um modelo brasileiro, há também significativas influências da concepção de 
 
6 NAZARETH, E.R. Guia de Mediação Familiar – aspectos psicológicos. In: APASE (org). Mediação 
Familiar. Porto Alegre: Equilíbrio, p.11-25, 2005. 
7 KOVACH, Kimberlee K. Mediation: Principles and Practice. 3. ed. St. Paul: Thomson West, 2004, p. 
28. 
8 BARBOSA, Aguida Arruda. Composição da historiografia da mediação – instrumento para o direito de 
família contemporâneo. Revista Direitos Culturais, v.2, n.3, dezembro 2007, p. 19) 
12 
 
mediação como instrumento de transformação do conflito.9 
 
2.3 CARACTERÍSTICAS E PRINCÍPIOS DA MEDIAÇÃO 
 
O Código de Processo Civil de 2015 dispõe sobre a mediação e sobre seus 
princípios e características. Leia-se o dispositivo abaixo: 
Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos 
princípios da independência, da imparcialidade, da 
autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, 
da informalidade e da decisão informada. 
§ 1º A confidencialidade estende-se a todas as informações 
produzidas no curso do procedimento, cujo teor não poderá ser 
utilizado para fim diverso daquele previsto por expressa 
deliberação das partes. 
§ 2º Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o 
conciliador e o mediador, assim como os membros de suas 
equipes, não poderão divulgar ou depor acerca de fatos ou 
elementos oriundos da conciliação ou da mediação. 
§ 3º Admite-se a aplicação de técnicas negociais, com o objetivo 
de proporcionar ambiente favorável à autocomposição. 
§ 4º A mediação e a conciliação serão regidas conforme a livre 
autonomia dos interessados, inclusive no que diz respeito à 
definição das regras procedimentais. 
(grifo nosso) 
Destacam-se como diretrizes essenciais da mediação o princípio da dignidade 
humana – já que um dos pilares dos meios consensuais e o reconhecimento do poder 
de decisão das parteres (com liberdade e autodeterminação) -, a informalidade, e a 
participação de terceiro imparcial e a não competitividade.10 
Além destes, conforme mencionado no artigo acima, são princípios da 
mediação: autonomia da vontade e decisão informada; informalidade e 
independência; oralidade; imparcialidade; busca do consenso, compreensão e não 
competitividade; boa-fé; confidencialidade e isonomia. Iremos compreendê-los com 
maior clareza nos parágrafos abaixo. 
 
9 FALECK, Diego. TARTUCE, Fernanda. Introdução histórica e modelos de mediação. Disponível em 
www.fernandatartuce.com.br/artigosdaprofessora. Acesso em 24/04/2021. 
 
13 
 
O tema da autonomia traz a mente um ponto importante: a voluntariedade. A 
conversação só pode ser realizada se houver aceitação expressa dos participantes; 
eles devem escolher o caminho consensual e aderir com disposição a mediação do 
início ao fim do procedimento. Ao abordar o tema no cenário da autocomposição 
judicial, a Resolução 125/2010 do CNJ dispõe que11: 
Art. 2º As regras que regem o procedimento da 
conciliação/mediação são normas de conduta a serem 
observadas pelos conciliadores/mediadores para o bom 
desenvolvimento daquele, permitindo que haja o engajamento 
dos envolvidos, com vistas à sua pacificação e ao 
comprometimento com eventual acordo obtido, sendo elas: 
[...] 
II - Autonomia da vontade - dever de respeitar os diferentes 
pontos de vista dos envolvidos, assegurando-lhes que 
cheguem a uma decisão voluntária e não coercitiva, com 
liberdade para tomar as próprias decisões durante ou ao 
final do processo e de interrompê-lo a qualquer momento; 
(grifo nosso) 
 A Resolução 125/2010 do CNJ em seu anexo III, artigo 1°, inciso II, assegura 
também a aplicação do princípio da decisão informada. O artigo garante o “dever de 
manter o jurisdicionado plenamente informado quanto aos seus direitos e ao contexto 
fático no qual está inserido”. 
 O princípio da informalidade busca facilitar o diálogo entre as partes envolvidas. 
No entanto, vale destacar que, embora a Lei de Mediação assegure esse princípio12, 
ela direciona a atuação do mediador ao dispor que ele deva alertar as partes sobre as 
regras de confidenciabilidade aplicáveis ao procedimento13. A previsão não deve ser 
vista como uma contraindicação: a Lei regula o tema para trazer parâmetros úteis e 
alguma previsibilidade, mas não impõe um modo rígido de atuação. 
 A informalidade se conecta a outra importante diretriz: pelo princípio da 
independência, a atuação de conciliadores e mediadores judiciais deve se dar com 
 
11 https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/156 <Acesso em 29/04/2021.> 
12 Lei n° 13.140/2015, art. 2°, inciso IV. 
13 Lei n° 13.140/2015, art. 14. 
14 
 
autonomia e liberdade, sem subordinação nem influência de qualquer ordem.14 
 O princípio da oralidade é importante para que cada pessoa tenha voz ao 
abordar suas perspectivas e possa se sentir efetivamente escutada. Esta técnica 
permite perceber que a pessoa e destinatária da atenção mostrando-se o interlocutor 
interessado em seus pensamentos e opiniões. As partes estão comprometidas no 
processo de ouvir ativamente e trocar informações. 
 O princípioda imparcialidade assegura que o terceiro imparcial que irá atuar na 
causa deve ser completamente estranho aos interesses, não sendo ligado às partes 
por especiais relações pessoais: tal abstenção é fundamental para o reconhecimento 
de sua credibilidade em relação aos litigantes e a opinião pública. Isso se dá porque 
os mediadores são reconhecidos como auxiliares da justiça, e portanto, sofrem a 
incidência dos motivos de impedimento e suspeição atribuídos aos magistrados (art. 
148. II, CPC/2015 e artigo 5° da Lei n° 13.140/2015). 
 No que tange ao princípio da busca do consenso, cooperação e não 
competitividade, observamos o disposto no artigo 6° do CPC que diz: “Todos os 
sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo 
razoável, decisão de mérito justa e efetiva”. Assim, entendemos que se espera dos 
envolvidos que cooperem com o resultado da mediação, que cheguem a um consenso 
e que não ajam com com competitividade. 
 O princípio da boa-fé consiste no sentimento e no convencimento íntimo quanto 
à lealdade, à honestidade e à justiça do próprio comportamento, afim de que se atinja 
os fins almejados15. Afinal, se um dos envolvidos faltar com boa-fé e seriedade durante 
a mediação, sua posturá gerará lamentável perda de tempo para todos, sendo esse 
requisito imprescindível para que se cumpra com a finalidade da negociação. 
 Já a confidencialidade (artigo 166, §1°, CPC/2015) é um instrumento que 
confere confiança para que as partes se sintam à vontade para revelar informações 
íntimas, e por vezes, estratégicas, já que talvez não seriam exteriorizadas em um 
procedimento público. Vejamos o disposto na Lei de Mediação sobre o sigilo das 
reuniões: 
 
14 TARTUCE, Fernanda. Comentários aos artigos 166/175, item 2. In: WAMBIER, Teresa Arruda 
Alvim, DIDIER JR., Fredie; TALAMINI, Eduardo; DANTAS, Bruno (coords.). Breves comentários ao 
novo código de processo civil. São Paulo: RT, 2015, p. 525. 
15 Este conceito pertence a Gino Zani e é citado por Helena Abdo em sua obra Abuso do Processo 
(São Paulo: RT, 2007). 
15 
 
Art. 30. Toda e qualquer informação relativa ao procedimento de 
mediação será confidencial em relação a terceiros, não podendo 
ser revelada sequer em processo arbitral ou judicial salvo se as 
partes expressamente decidirem de forma diversa ou quando 
sua divulgação for exigida por lei ou necessária para 
cumprimento de acordo obtido pela mediação. 
§ 1º O dever de confidencialidade aplica-se ao mediador, às 
partes, a seus prepostos, advogados, assessores técnicos e a 
outras pessoas de sua confiança que tenham, direta ou 
indiretamente, participado do procedimento de mediação, 
alcançando. 
I - declaração, opinião, sugestão, promessa ou proposta 
formulada por uma parte à outra na busca de entendimento para 
o conflito; 
II - reconhecimento de fato por qualquer das partes no curso do 
procedimento de mediação; 
III - manifestação de aceitação de proposta de acordo 
apresentada pelo mediador; 
IV - documento preparado unicamente para os fins do 
procedimento de mediação. 
[...] 
 Por fim, temos a isonomia. Este princípio confere o direito a igualdade de 
oportunidades aos envolvidos para que estes tenham plenas condições de se 
manifestar durante todo o procedimento. 
2.4 DIFERENÇA ENTRE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO 
Antes de aprofundarmos sobre as diferenças entre os dois institutos, vale 
ressaltar os pontos que estes possuem em comum, tais como: autonomia privada para 
decidir dentre as possíveis opções de resolução dos conflitos; o desejo dos envolvidos 
de buscar uma solução; a não imposição de resultados; o intuito de promover ou 
16 
 
reestabelecer a comunicação entre as partes e a participação de um terceiro imparcial 
à lide. 
A mediação e conciliação podem ocorrer tanto pela via judicial como 
extrajudicialmente, a depender da preferência dos envolvidos e do caso concreto. São 
algumas possibilidades: celebra-lo em câmaras públicas instauradas no Tribunal; em 
ambientes privados, tais como escritórios de advocacia; ou mesmo em câmaras 
administrativas, vinculadas à administração pública. Quanto ao terceiro mediador ou 
conciliador, é facultativo que as partes o escolham, podendo ser tanto um funcionário 
público, como um profissional liberal que tenha cargo compatível. 
Tanto a conciliação como a mediação constituem meios alternativos de solução 
de conflitos com a função de auxiliar as partes a autocomposição, sem que se 
submetam a jurisdição estatal. As duas técnicas possuem respaldo no Código de 
Processo Civil de 2015, que já nos traz algumas diferenças importantes entre estes 
institutos. Vejamos o dispositivo abaixo: 
Art. 165. Os tribunais criarão centros judiciários de solução 
consensual de conflitos, responsáveis pela realização de 
sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo 
desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e 
estimular a autocomposição. 
§ 1º A composição e a organização dos centros serão definidas 
pelo respectivo tribunal, observadas as normas do Conselho 
Nacional de Justiça. 
§ 2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos 
em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá 
sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de 
qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as 
partes conciliem. 
§ 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em 
que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos 
interessados a compreender as questões e os interesses em 
conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento 
17 
 
da comunicação, identificar, por si próprios, soluções 
consensuais que gerem benefícios mútuos. 
 (grifo nosso) 
A conciliação é um método indicado nos casos em que as partes buscam a 
resolução de um problema específico. Nesse contexto, estes conseguem dialogar, no 
entanto, não estão conseguindo entrar em um acordo, portanto, recorrem a um 
terceiro que irá analisar a situação e assim interferir e sugerir um acordo. 
Já a mediação é buscada por aqueles que visam recuperar o diálogo entre si. 
Neste caso, o objetivo não é somente um acordo. O intuito é que se supere os traumas 
vividos, reconheça os sentimentos envolvidos e assim se restaure a comunicação 
perdida. Feito isso, encontrarão um novo caminho para solucionar os problemas. 
A diferença fundamental entre mediação e conciliação reside no conteúdo de 
cada instituto. Na conciliação, o objetivo é o acordo, ou seja, as partes, mesmo 
adversárias, devem chegar a um acordo para evitar um processo judicial. Na 
mediação as partes não devem ser entendidas como adversárias e o acordo é a 
consequência da real comunicação entre as partes. Na conciliação o conciliador 
sugere, interfere, aconselha. Na mediação, o mediador facilita a comunicação, sem 
induzir as partes ao acordo.16 
Em ambos institutos faz-se necessário a presença de um terceiro desconhecido 
e imparcial que consiga facilitar o diálogo e convívio entre as partes de forma eficaz. 
Os meios consensuais, diferente do judiciário, não permite que este terceiro expresse 
opiniões acerca do assunto discutido. Além disso, seria antiético se aliar a uma dessas 
partes ou mesmo proferir julgamentos. 17 
Afim de sintetizar a explicação acima, e acrescendo o instituto da arbitragem, 
que também é um meio alternativo de resolução de conflitos, repare as diferenças 
esquematizadas no quadro abaixo: 
 
16 SALES, Lilia Maia de Morais. Justiça e Mediação de conflitos, cit; p. 38. 
17 BARBOSA E SILVA, Erica. Conciliação Judicial. Brasília: Gazeta Jurídica, 2003, p. 173. 
18 
 
CONCILIAÇÃO MEDIAÇÃO ARBITRAGEM 
Forma de 
autocomposição do 
conflito. 
Forma de 
autocomposição do 
conflito 
Forma de hetero 
composição do conflito 
O terceiro não decide o 
conflito. Ele facilita que as 
partes cheguem ao 
acordo. 
O terceiro não decide o 
conflito. Ele facilita que as 
partescheguem ao 
acordo. 
O terceiro é quem decide 
o conflito. 
Atua preferencialmente 
nos casos que não 
houver vínculo anterior 
entre as partes. 
Atua preferencialmente 
nos casos em que houver 
vínculo anterior entre as 
partes. 
Atua em ambos os casos. 
Propõe soluções para os 
litigantes. 
Não propõe soluções 
para os litigantes. 
Decide o conflito. 
 
 
2.5 FINALIDADES DA MEDIAÇÃO 
 
A mediação possui algumas finalidades sociais, das quais podemos citar: o 
reestabelecimento da comunicação; a prevenção do relacionamento entre as partes; 
a prevenção de conflitos; inclusão social e a pacificação social. Discorreremos abaixo 
sobre estas. 
Para atingir o reestabelecimento da comunicação, se faz necessário na 
mediação que as partes sejam protagonistas e elaborem por si mesmos, acordos 
duráveis. Um dos objetivos deste instituto é promover o diálogo e a pacificação 
duradoura. 
Em decorrência dos fatores emocionais das partes como rancor e insegurança, 
a comunicação e o diálogo direto se tornam um desafio. Por isso a figura de um 
terceiro, neutro à lide, para trabalhar as tensões e tornar possível o reestabelecimento 
do contato entre estes. 
Nos casos em que as partes vivenciaram grandes traumas e por este motivo 
19 
 
não têm condições de avançar com o procedimento consensual, é possível que se 
façam sessões particulares entre o individuo e o mediador. Após este entender os 
interesses de ambas as partes, então se agendará uma sessão conjunta para que 
sejam abordadas as possibilidades de acordo. 
As finalidades de preservação do relacionamento e da prevenção de conflitos 
existem para que mesmo após a resolução da lide, as partes continuem em harmonia 
e assim evitem a ocorrência de novos litigios. A experiência anterior de composição 
pela mediação gera aprendizado sobre formas proveitosas de comunicação e serve 
como diretriz para futuros encaminhamentos de controvérsias. 
Para que a distribuição da justiça seja efetivamente racionalizada e tornada 
eficiente, é preciso contar com todos os setores da sociedade. Incumbe ao cidadão a 
importante tarefa de colaborar para o exercício da jurisdição, reconhecendo também 
sua responsabilidade na busca da justiça e do consenso. Nesse ponto se encaixa a 
finalidade da inclusão social, onde a participação do indivíduo fortalece seu senso 
cívico e revela-se importantíssima para a credibilidade e eficiência das instituições.18 
No que tange a pacificação social, entende-se que a verdadeira justiça só se 
alcança quando os casos se solucionam mediante consenso que resolva não só a 
parte do problema em discussão, mas também todas as questões que envolvam o 
relacionamento entre os interessados. Com a implementação da mediação, o Estado 
estará mais próximo da pacificação social e da harmonia entre as pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 TARTUCE, Fernanda. Mediação nos Conflitos Civis. 4ª edição, 2017, p. 238. 
20 
 
3. COMO A MEDIAÇÃO É VISTA NA SOCIEDADE 
 
Para elucidar o conteúdo exposto neste trabalho, realizei uma pesquisa com 
pessoas que já recorreram ao judiciário ou à mediação para resolver conflitos 
familiares. Essa pesquisa foi realizada de forma individual e anônima, por meio de um 
formulário elaborado na plataforma online “Google Docs” e divulgada em redes sociais 
como Facebook, WhatsApp e LinkedIn no ano de 2020. 
Foram entrevistadas 64 pessoas de 19 a 65 anos, de diferentes estados 
brasileiros e classes sociais. Além de perguntas objetivas, os entrevistados relataram 
de forma dissertativa e orgânica suas experiências nos processos em que foram parte 
ou que indiretamente puderam acompanhar. Todos os relatos estavam relacionados 
ao direito de família, matéria delicada e que as parte não discutem apenas questões 
patrimoniais. 
Sobre o Judiciário e a Mediação foram abordadas perguntas como: tempo de 
duração do processo; efetividade das decisões; pontos positivos, e sugestões de 
melhoria. Os entrevistados que não foram parte ativa em processos, relataram apenas 
suas respectivas opiniões e entendimentos acerca do assunto, tendo como base 
experiências vividas por pessoas próximas ou conhecimento técnico/teórico oriundo 
de alguma forma de ensino. 
O questionário elaborado visa comparar o Judiciário e a Mediação, conhecer 
dos anseios e das frustações dessas pessoas no decorrer do andamento processual 
e entender se seus resultados foram satisfatórios. Os entrevistados responderam 
quais foram os assuntos discutidos nessas demandas, o que entendem por mediação 
e se já a utilizaram como meio alternativo para solucionar conflitos de cunho familiar. 
De antemão, observamos que a insatisfação com os processos judiciais é 
praticamente unânime entre todos os entrevistados na pesquisa. Se tratando do 
tempo de duração dos processos, suma maioria levou entre três meses e um ano para 
obter uma solução. No entanto, houve relatos de pessoas que levaram mais de dois 
anos para solucionar o mesmo tipo de litígio. O maior tempo para solucionar um 
conflito relatado na pesquisa, foi uma ação de alimentos que levou oito anos para ter 
um desfecho. Vejamos o gráfico abaixo: 
 
21 
 
 
 
Quando questionados sobre o que deveria melhorar no judiciário, a resposta 
mais recebida foi celeridade, ocupando um espaço de quase 50% das respostas. Na 
sequência as sugestões foram: sensibilidade com as partes; garantir o efetivo 
cumprimento das decisões proferidas; fornecer mais espaço para os interessados 
falarem (como os filhos); agilidade para conseguir um defensor público; análise mais 
detalhada das provas e dos fatos apresentados, e maior participação de especialistas 
em relações humanas, entre outras. 
 
 
22 
 
Preliminarmente, diante do cenário atual exposto, nos resta claro o 
entendimento de que a mediação se faz necessária e contempla todos os projetos de 
melhoria acima descritos. No entanto, quando questionados sobre esse meio, um 
terço dos entrevistados respondeu que nunca sequer ouviu falar no instituto. Dos que 
já conheciam, apenas 10% do total de entrevistados havia o utilizado para solucionar 
conflitos. Ou seja, temos a primeira dificuldade encontrada, que é a falta de 
conhecimento dos meios alternativos. 
 
 
 
A pequena porcentagem que já resolveu um litígio por meio da mediação, 
afirma que tiveram experiências positivas, conseguindo reestabelecer o diálogo e 
chegar a um consenso. Afirmam que o entendimento do mediador evitou maiores 
problemas e que no geral consideram o meio como prático e rápido. A entrevista, 
portanto, ressalta a importância e eficiência da mediação, bem como a necessidade 
de levar a informação sobre esse instituto à sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
4. A IMPORTÂNCIA DA MEDIAÇÃO COMO MEIO ALTERNATIVO AO 
JUDICIÁRIO 
 
Tanto o legislativo quanto o judiciário, possuem o dever de reconhecer, 
acautelar e solucionar os casos de Alienação Parental. Corroborando com estes, 
existem outros dispositivos que facilitam esse desafio, como o institutito da mediação, 
que tem sido cada vez mais eficaz e promissora diante de tais conflitos. 
Segundo dados disponibilizados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ)19 em 
relatório analítico de 201920 (ano base 2018), o judiciário brasileiro teve a abertura de 
20,6 milhões de casos pelo meio eletrônico, sendo o índice de conciliação apenas 
12% desses processos. Se tratando do tempo de duração, o relatório mostra que os 
processos sem solução definitiva aguardam desfecho em média há 4 anos e 10 
meses. O tempo médio até a sentença subiu 1 ano e meio desde 2015 para 2 anos e 
2 meses em 2018. Dada a relevância do Direito de Família e os grandes efeitos que 
as decisões geram, esperar meses ou anos para ter um litígio solucionado poderá 
trazer grandes prejuízos às partes envolvidas. No mais, o Poder Judiciário não 
conseguiria solucionar a demandas analisando-as sob a ótica afetiva, diferentementeda mediação. 
Afim de ilustrar as pesquisas realizadas, analisamos um caso concreto, julgado 
recentemente, para entendermos como se desdobra a prática deste crime e a sua 
resolução por meio do judiciário. Leia-se a jurisprudência abaixo: 
 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INCIDENTAL DE DECLARAÇÃO DE 
ALIENAÇÃO PARENTAL. ACUSAÇÃO DE ABUSO SEXUAL 
PRATICADO PELO GENITOR CONTRA A FILHA/INFANTE. 
CONSTATADA A OCORRÊNCIA DE ALIENAÇÃO PARENTAL 
PERPETRADA PELA MÃE. NECESSIDADE DE 
RECONSTRUÇÃO DOS LAÇOS AFETIVOS ENTRE PAI E 
FILHA. SENTENÇA REFORMADA. 
O presente recurso tem por objetivo a reforma da decisão 
proferida pelo juízo singular que, nos autos da ação incidental de 
 
19 https://www.cnj.jus.br/pesquisas-judiciarias/justica-em-numeros/. Acesso em 28/04/2021. 
20 https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/08/WEB-V3-Justi%C3%A7a-em-N%C3%BAmeros-
2020-atualizado-em-25-08-2020.pdf. Acesso em 28/04/2021. 
24 
 
declaração de alienação parental, julgou improcedente o pedido 
formulado na inicial. Para tanto, o apelante alegou que os autos 
estão alicerçados na palavra de uma mãe alienadora, que é 
fantasiosa e totalmente distorcida da realidade.Com efeito, após 
uma análise cuidadosa e detalhada dos autos, verificou-se 
que as graves acusações de abuso sexual praticadas pelo 
genitor contra a filha não passam de alegações, sem 
qualquer elemento de prova que possa embasar os relatos, e 
que, inclusive, são eivados de contradições e ausência de 
esclarecimentos coerentes sobre a dinâmica do ocorrido. A 
genitora criou uma história, que talvez tenha passado a 
acreditar, em que o pai figurava como um monstro 
abusador, de quem a mãe iria proteger a filha, ao contrário do 
que a própria progenitora fez. Assim, desqualificou o pai, que 
se tornou pessoa da qual a infante passou a ter medo, 
causando evidente prejuízo à manutenção de vínculos com este, 
além dos prejuízos psicológicos fatalmente acarretados na 
menina, em evidente prática de alienação parental. Apelação 
provida. 
(TJ-RS - AC: 70080365315 RS, Relator: José Antônio Dalto e 
Cezar, Data de Julgamento: 10/07/2020, Oitava Câmara Cível, 
Data de Publicação: 25/09/2020) 
(grifo nosso) 
 A referida jurisprudência relata um caso que foi ajuizado em novembro de 2015 
pelo pai da criança vítima da alienação, que possuía apenas dez anos de idade na 
época. Relata, ainda, que desde o nascimento da criança, a mesma esteve sob os 
cuidados e guarda da mãe e que em todas as visitas algum familiar materno tinha que 
estar presente. 
 De antemão, podemos notar que o conflito já existia há dez anos, desde o 
nascimento da criança até o genitor ir buscar reparo judicial. No entanto, desde o 
ajuizamento da demanda, o caso só veio ser solucionado no ano de 2020, quase cinco 
anos depois. Ou seja, ainda que o magistrado reconheça e assegure os direitos deste 
pai, já se rompeu o laço afetivo existente entre as partes. A filha, que era uma criança, 
25 
 
hoje já é uma adolescente. No mais, tal julgado está presente em diversos sites de 
pesquisas, com fácil acesso e exposto a qualquer interessado ao tema. 
 Com base nesses fatos, conseguimos traçar a importância da mediação em 
casos delicados como a alienação parental. Conforme explicamos nos capítulos 
anteriores, a mediação possui algumas características como o sigilo, a celeridade, a 
confidenciabilidade e informalidade, que fariam toda a diferença no resultado de um 
caso como este. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
CONCLUSÃO 
 
 A alienação parental é um tema complexo e delicado, tendo em vista toda a 
situação inserida diante do abuso de poder unilateral de um dos genitores e do 
prejuízo imaterial e psicológico causados aos filhos destes e ao genitor prejudicado. 
 Desde a Constituição Federal de 1988, já haviam previsões legais que 
resguardavam e protegiam o convívio familiar, como o artigo 227, que assegura a 
criança e ao adolescente o direito à convivência familiar e comunitária. 
 Com o crescimento da prática, o legislativo reconheceu a importância de se 
promulgar uma lei específica que estipulasse direitos e deveres entre os genitores, 
quando se insere a Lei de Alienação Parental, n° 12.318/2010. 
 O presente estudo que desencadeou o artigo, teve como objetivo estudar a 
diferenciação deste tema quando tratado por meio do judiciário e quando solucionado 
por meio da mediação. Instituto esse alternativo e recente, já que só teve respaldo de 
em junho de 2015, com a promulgação da Lei de Mediação n° 13.140. 
 A mediação surgiu como um mecanismo mais célere, discreto e eficaz, onde 
as partes possuem total autonomia para controlar todo o procedimento e tornar algo 
que poderia ser traumático e cansativo em uma solução rápida e pacífica para todos 
os envolvidos. No entanto, ainda se faz pouco conhecida na sociedade, como 
pudemos observar pela entrevista realizada. 
 O presente artigo reuniu conceitos, parte histórica, características da alienação 
parental e da mediação e a demonstração prática de como esses dois temas podem 
se relacionar de forma positiva. Quando analisada a jurisprudência, notou-se a 
necessidade de existir um meio alternativo para solucionar esse tipo de conflito, já que 
por meio da justiça as partes eram prejudicadas em decorrência do tempo 
disponibilizado para resolver os litígios, ainda mais quando levadas em consideração 
o aspecto emocional envolvido na lide de cunho familiar. 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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edição, 216 páginas, 2015. 
 
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Disponível em: <https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/156>. Acesso em: 18 de abr. de 
2021. 
 
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<https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/08/WEB-V3-Justi%C3%A7a-em-
N%C3%BAmeros-2020-atualizado-em-25-08-2020.pdf.>. Acesso em: 22 de abr. de 
2021. 
 
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<https://ibdfam.org.br/artigos/870/Aliena%C3%A7%C3%A3o+parental+e+suas+impli
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https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/156
https://www.cnj.jus.br/pesquisas-judiciarias/justica-em-numeros/
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https://ibdfam.org.br/artigos/1216/Media%C3%A7%C3%A3o+familiar+como+solu%C3%A7%C3%A3o+para+aliena%C3%A7%C3%A3o+parental+#_ftnref16
https://ibdfam.org.br/artigos/870/Aliena%C3%A7%C3%A3o+parental+e+suas+implica%C3%A7%C3%B5es+jur%C3%ADdicas
https://ibdfam.org.br/artigos/870/Aliena%C3%A7%C3%A3o+parental+e+suas+implica%C3%A7%C3%B5es+jur%C3%ADdicas
28 
 
OLIVEIRA, Cauã. Alienação parental: os desdobramentos da legislação brasileira e 
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em: 28 de abr. de 2021. 
 
TARTUCE, Fernanda. Mediação nos Conflitos Civis. 4ª edição, 2017. 
 
TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. 8ª edição, 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://ibdfam.org.br/artigos/1584/Aliena%C3%A7%C3%A3o+parental%3A+os+desdobramentos+da+legisla%C3%A7%C3%A3o+brasileira+e+suas+medidas+para+combate-la
https://ibdfam.org.br/artigos/1584/Aliena%C3%A7%C3%A3o+parental%3A+os+desdobramentos+da+legisla%C3%A7%C3%A3o+brasileira+e+suas+medidas+para+combate-la
https://ibdfam.org.br/artigos/1584/Aliena%C3%A7%C3%A3o+parental%3A+os+desdobramentos+da+legisla%C3%A7%C3%A3o+brasileira+e+suas+medidas+para+combate-la
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 
Qual é a sua idade?
64 respostas
Você já foi parte em algum processo (judicial ou extrajudicial) relacionado
ao Direito de Família?
64 respostas
Direito de Família: Judiciário e Mediação
Extrajudicial
64 respostas
Publicar análise
19 21 24 27 31 37 40 46 48 51 58
0,0
2,5
5,0
7,5
10,0
2 (3,1%)2 (3,1%)2 (3,1%)
3 (4,7%)3 (4,7%)3 (4,7%)
2 (3,1%)2 (3,1%)2 (3,1%)
10 (15,6%)10 (15,6%)10 (15,6%)
4 (6,3%)4 (6,3%)4 (6,3%)
6 (9,4%)6 (9,4%)6 (9,4%)
2 (3,1%)2 (3,1%)2 (3,1%)2 (3,1%)2 (3,1%)2 (3,1%)
1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)
2 (3,1%)2 (3,1%)2 (3,1%)2 (3,1%)2 (3,1%)2 (3,1%)
1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)
2 (3,1%)2 (3,1%)2 (3,1%)2 (3,1%)2 (3,1%)2 (3,1%)
1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)
2 (3,1%)2 (3,1%)2 (3,1%)
1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)
2 (3,1%)2 (3,1%)2 (3,1%)
3 (4,7%)3 (4,7%)3 (4,7%)
1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%1 (1,6%1 (1,6%
nao
Já pedi pens…
Nao
Nao
NÃO
Não
Não
Sim
Sim
não
não
sim
0
10
20
30
1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)
3 (4,7%)3 (4,7%)3 (4,7%)
1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)
19 (29,7%)19 (29,7%)19 (29,7%)
13 (20,3%)13 (20,3%)13 (20,3%)
21 (32,8%)21 (32,8%)21 (32,8%)
1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)1 (1,6%)
https://docs.google.com/forms/d/1Xiep0h7v9Z3Ic3na9ovRqhJnd7LCNy6okZhwj6aeO1k/edit?usp=redirect_edit_m2#start=publishanalytics
Se sim, em qual estado brasileiro tramitou este processo?
27 respostas
Selecione abaixo, caso houver, o(s) assunto(s) que era(m) discutido(s)
nessa ação:
26 respostas
Bahia
Guarda
Não
Não fui
Não fui parte
Rio Grande…
Sp
São Paulo
São Paulo
São Paulo sp
São paulo
são p…
0,0
2,5
5,0
7,5
10,0
1 (3,7%)1 (3,7%)1 (3,7%)1 (3,7%)1 (3,7%)1 (3,7%)1 (3,7%)1 (3,7%)1 (3,7%)1 (3,7%)1 (3,7%)1 (3,7%)
2 (7,4%)2 (7,4%)2 (7,4%)
1 (3,7%)1 (3,7%)1 (3,7%)1 (3,7%)1 (3,7%)1 (3,7%)
9 (33,3%)9 (33,3%)9 (33,3%)
6 (22,2%)6 (22,2%)6 (22,2%)
2 (7,4%)2 (7,4%)2 (7,4%)
1 (3,7%)1 (3,7%)1 (3,7%)1 (3,7%)1 (3,7%)1 (3,7%)
0 5 10 15 20
Guarda
Alimentos
Reconhecimento de filhos
Adoção
Alienação parental
Nunca participei de ação
de família
Colisão de veículo
Estupro de Vulneravel
5 (19,2%)5 (19,2%)5 (19,2%)
18 (69,2%)18 (69,2%)18 (69,2%)
4 (15,4%)4 (15,4%)4 (15,4%)
1 (3,8%)1 (3,8%)1 (3,8%)
1 (3,8%)1 (3,8%)1 (3,8%)
2 (7,7%)2 (7,7%)2 (7,7%)
1 (3,8%)1 (3,8%)1 (3,8%)
1 (3,8%)1 (3,8%)1 (3,8%)
Quanto tempo durou este processo?
22 respostas
As questões discutidas na ação foram solucionadas?
24 respostas
1
2 anos
2meses
3 meses
3meses e 6 meses
6 meses
9 meses
Em torno de 8 a…
Menos de 3 meses
Tr…
0
1
2
1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)
2 (9,1%)2 (9,1%)2 (9,1%)
1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)
2 (9,1%)2 (9,1%)2 (9,1%)
1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)
2 (9,1%)2 (9,1%)2 (9,1%)
1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%)1 (4,5%1 (4,5%1 (4,5%
Sim
Não
Apenas parte delas
Ainda nao temos um decreto
25%
66,7%
O que você acha que poderia ser melhor no judiciário? Especialmente quando
relacionado ao Direito de Família.
64 respostas
Você conhece ou já utilizou a Mediação como meio alternativo ao
Judiciário?
64 respostas
Os direitos ser iguais para ambos tanto para receber pensão quanto para fazer visitas
Celeridade para proteção das partes
Acompanhamento judicial dos pagamentos de pensão alimentícia
Agilidade
Celeridade
Sensibilidade, pois os temas geralmente são danosos à saúde mental das partes
Procurar agilizar processos, principalmente com relação à guarda de filhos e procurar
ouvir a opinião do mais interessado (filho).
Creio que o direito de família vem avançando, se adequando à realidade da atual
sociedade. No momento, não vejo questões que devam ser melhoradas. 
No que diz respeito ao judiciário, acho que os juízes deveriam tratar os casos com
Desconheço
Conheço, mas nunca o utilizei
Conheço e já utilizei25%
40,6%
34,4%
Se já utilizou a Mediação, descreva abaixo como foi sua experiência:
19 respostas
Este conteúdo não foi criado nem aprovado pelo Google. Denunciar abuso - Termos de Serviço - Política de
Privacidade
O acordo de como seria feito o pagamento da pensão não só em dinheiro como o
auxílio na educação escolar.
Nunca utilizei
Péssima, psicólogos traves tidos de advogados e defensoria com estagiários ignobeis
Tranquila, mais objetiva.
Frustrante porque a causa era relacionada à relação de consumo e a empresa usa o
procedimento para ganhar tempo, recusando a solução compositiva
Não utilizei
Não foi na vara de família.. tive sucesso total
Já utilizei a medição em um caso consumerista em que a questão só dependia de um
dialogo com a empresa, que por conta das vias de contato não eram possíveis, por
 Formulários
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https://policies.google.com/terms
https://policies.google.com/privacy
https://www.google.com/forms/about/?utm_source=product&utm_medium=forms_logo&utm_campaign=forms

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