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Teoria do Conhecimento - AVD2 1 - Para Kant, o conhecimento produzido sobre o mundo interno e externo é expresso pelo sujeito que conhece por meio de juízos. Os juízos são proposições (afirmações) formadas por um sujeito do qual se declara algo e por um predicado que é aquilo que se diz do sujeito. (QUERIQUELI, LEONEL; MARQUES, 2016). Segundo Kant, esses juízos podem ser analíticos ou sintéticos. Os sintéticos, por sua vez, podem ser a posteriori ou a priori. Leia a definição de cada tipo de juízo, numeradas de um a três: (1) Os juízos analíticos não dependem da experiência, estão ligados aos conceitos e são juízos a priori. Nesse caso, o predicado já está contido no sujeito, ou seja, basta saber quem é o sujeito para saber, antes de qualquer experiência, o predicado que se aplica a ele. (QUERIQUELI, LEONEL; MARQUES, 2016). (2) Os juízos sintéticos a posteriori dependem da experiência e acrescentam ao sujeito da oração um predicado novo, que lhe acrescenta uma qualidade, não incluída no sujeito. (QUERIQUELI, LEONEL; MARQUES, 2016). (3) Os juízos sintéticos a priori não se limitam à experiência e propõem um conhecimento, atribuindo um predicado que não está́ dito no próprio sujeito. Segundo Kant, são mais adequados às proposições científicas. (QUERIQUELI, LEONEL; MARQUES, 2016). Analise, agora os seguintes juízos: I. “Todos os solteiros não são casados.” II. “Todos os animais quadrúpedes são animais.” III. “Os bosques são verdes.” IV. “Todos os solteiros são boêmios.” V. “A linha reta é a menor distância entre dois pontos.” A relação entre os conceitos e os exemplos é a seguinte: a) II e V são exemplos de juízos analíticos. b) I e II são exemplos de juízos sintéticos. c) I e V são exemplos de juízos analíticos. d) I e III são exemplos de juízos sintéticos a priori. e) III e IV são exemplos de juízos sintéticos a posteriori. 2 - O filósofo René Descartes (1596-1650), conhecido como fundador do racionalismo moderno, considera que, apesar da possibilidade inegável de se obter informações dos corpos por meio dos órgãos dos sentidos, a essência dos corpos é acessível somente pela razão. (QUERIQUELI, LEONEL; MARQUES, 2016). O método de investigação racionalista, segundo o próprio Descartes, deve seguir as seguintes regras: [...] assim, em vez desse grande número de preceitos de que se compõem a lógica, julguei que me bastariam os quatro seguintes, desde que tomasse a firme e constante resolução de não deixar uma só vez de observá-los. O primeiro era o de jamais acolher alguma coisa como verdadeira que não conhecesse evidentemente como tal [...], e de nada incluir em meus juízos que não se apresentasse tão clara e tão distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida. O segundo, o de dividir cada uma das dificuldades que eu examinasse em tantas parcelas quantas possíveis e quantas necessárias fossem para melhor resolvê-las. O terceiro, o de conduzir por ordem meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais compostos, [...] E o último, o de fazer em toda parte enumerações tão completas e revisões tão gerais, que eu tivesse a certeza de nada omitir. (DESCARTES, 1973, p. 37). As regras do método cartesiano, conforme a sequência apresentada no texto, são: a) Enumeração, síntese, análise e evidência. b) Análise, síntese, evidência e enumeração. c) Evidência, análise, síntese e enumeração. d) Evidência, enumeração, análise e síntese. e) Síntese, análise enumeração e evidência 3 - Das afirmações a seguir, qual delas podemos dizer que é o principal legado da filosofia de Kant? a) O conhecimento humano é possível, pois a razão elabora as ideias de Deus, da Alma e do Mundo, que são ideias que só podem ser encontradas de forma racional. b) O conhecimento humano é impossível, pois não é possível conhecer como as coisas são em si mesmas. c) O conhecimento humano é impossível, pois é impossível conhecer o que não se dá empiricamente. d) O conhecimento humano é possível, mas é limitado. Por isso é necessária a crítica. e) O conhecimento humano é possível e necessário, pois está fundado em ideias claras e distintas 4 - Um fazendeiro estava preocupado porque sua vaca premiada havia se afastado do curral. Um leiteiro foi à fazenda e o homem lhe falou de sua preocupação. O leiteiro disse que o fazendeiro não deveria se preocupar porque, na verdade, ele havia visto a vaca em um campo ali perto. O fazendeiro olhou a distância do campo e avistou uma forma grande com manchas pretas e brancas. O fazendeiro ficou satisfeito com o que viu, pois agora sabia onde estava sua vaca. Mais tarde, o leiteiro decidiu ir ao campo para verificar se a vaca estava realmente lá. De fato, o animal estava no campo, mas, para surpresa do leiteiro, a vaca estava completamente escondida por um bosque. No mesmo campo, porém, havia um grande pedaço de papel preto e branco preso em uma árvore. Ao ver aquilo, o leiteiro percebeu que o fazendeiro confundira o pedaço de papel com a vaca. Então, isso leva à pergunta: o fazendeiro estava certo quando disse que a vaca estava no campo? (KLEINMAN, 2014, p. 34). Com base no texto acima, indique a alternativa CORRETA: a) O conteúdo do texto remete à teoria empirista, a qual afirma que somente adquirimos o conhecimento pelos nossos sentidos. b) O conteúdo do texto remete à teoria racionalista, essa afirma que os dados obtidos pelos sentidos são imprecisos demais para chegarmos ao conhecimento verdadeiro. c) O conteúdo do texto remete à teoria do racionalismo, essa afirma que devemos retirar todas as dúvidas para chegar à essência das coisas. d) O conteúdo do texto remete à teoria racionalista, essa afirma que o conhecimento acontece somente pela razão. e) O conteúdo do texto remete à teoria empirista, a qual afirma que não devemos confiar nos sentidos para conhecer a verdade 5 - Leia a seguinte passagem do Tratado da natureza humana no qual Hume tece algumas críticas: Há muitos filósofos que imaginam que estamos a cada momento intimamente conscientes do que chamamos de nosso “eu” (self); que sentimos sua existência e permanência, e que temos certeza, além da evidência de uma demonstração, de sua perfeita identidade e simplicidade. A mais forte das sensações, a mais violenta paixão, dizem eles, em vez de nos afastarem deste ponto de vista, apenas o reforçam ainda mais intensamente, fazendo-nos considerar sua influência no “eu”, seja pelo prazer ou pela dor que causam. Tentar uma prova mais básica disto seria enfraquecer a própria evidência, uma vez que nenhuma prova pode ser derivada de nenhum fato do qual estamos tão intimamente conscientes, nem há nada de que possamos estar certos, se duvidarmos disto. A que filósofos Hume está se referindo nesta passagem? a) Aos filósofos racionalistas, como Descartes, que defendiam a certeza do conhecimento a partir da ideia clara e distinta do cogito. b) Aos filósofos medievais, como Tomás de Aquino, que defendiam que a existência e permanência do “eu” é uma prova básica que não podemos duvidar dado seu caráter divino. c) Aos filósofos empiristas, como Locke, que defendiam que não há caminho adequado para o conhecimento senão aquele que parte da evidência empírica. d) Aos filósofos antigos, como Platão, que defendiam que a identidade é uma Ideia perfeita e simples. e) Aos filósofos críticos, como Kant, que defendiam que a ideia do “eu” é um conceito vazio, pois não existe experiência empírica possível do self. 6 - Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira, relacionando pensadores e noções-chaves de suas teorias epistemológicas. 1 - Descartes a - ( ) Percepções da mente: impressões e ideais 2 - Locke b - ( ) Mônadas 3 - Hume c - ( ) Dúvida metódica 4 - Kant d - ( ) Tábula rasa 5 - Leibniz e - ( ) Juízos analíticos e sintéticos Juízos analíticos e sintéticos Assinale a alternativa que indique a sequência mais adequada: a) a- 5; b- 4; c- 1; d- 2; e- 3. b) a- 2; b- 5; c- 4; d- 3;e- 1. c) a- 3; b- 5; c- 1; d- 2; e- 4. d) a- 1; b- 5; c- 3; d- 2; e- 4. e) a- 2; b- 4; c- 1; d- 3; e- 5.
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