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Teoria da Aprendizagem Social 2012

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PERSPECTIVA DA APRENDIZAGEM:
TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIAL (TEORIA SOCIOCOGNITIVA)
A teoria da aprendizagem social ou teoria sociocognitiva sustenta que as crianças aprendem comportamentos sociais pela observação e imitação de modelos. O psicólogo canadense Albert Bandura (1925) desenvolveu muitos princípios da aprendizagem social (teoria sociocognitiva), que hoje é mais influente que o behaviorismo. Diferentemente do behaviorismo, a teoria da aprendizagem social considera o aprendiz um sujeito ativo. Enquanto os behavioristas consideram que o ambiente molda a pessoa, os teóricos da aprendizagem social acreditam que a pessoa também atua sobre o ambiente e, até certo ponto, cria o ambiente. Embora os teóricos da aprendizagem social (sociocognitivistas), assim como os behavioristas, acreditem na experimentação laboratorial, os teóricos da aprendizagem social ressaltam que as teorias baseadas nas pesquisas com animais não podem explicar o comportamento humano. Para eles, a aprendizagem ocorre em um contexto social e é mais complexa do que um simples condicionamento. Os teóricos da aprendizagem social reconhecem a importância da cognição (conhecimento) nas respostas humanas. Contrariamente, os behavioristas acreditam que as respostas humanas são automáticas e provocadas pelos reforços (positivos e negativos) ou pela punição. A teoria da aprendizagem social destaca que, os indivíduos utilizam a observação e a imitação de modelos conhecidos para aprender determinados comportamentos e adquirir novas capacidades. Elas demonstram sua aprendizagem imitando o modelo, até mesmo quando o modelo não está mais presente. Segundo a teoria da aprendizagem social, a imitação de modelos é uma característica humana fundamental, que explica inclusive, como as crianças aprendem uma língua, lidam com a agressividade, desenvolvem o senso moral e aprendem comportamentos associados ao gênero. Bandura procurou confirmar tal teoria ao fazer um experimento com um João Bobo. Três grupos de criancas foram submetidos a um filme diferente, nos quais adultos agrediam os bonecos. O final de cada filmes era diferente. No primeiro, o adulto era recompensado. No segundo, era punido e, no terceiro, não sofria nenhuma consequência. Depois, as criancas foram colocadas em uma sala onde podiam ser observadas sem perceberem. Na sala havia diferentes brinquedos, dentre eles, o João Bobo. Relatou-se que o grupo que viu o adulto sendo recompensado tendia a repetir com maior frequência as agressões ao boneco, quando comparado aos dois últimos grupos. Tal experiência mostra que os juízos (valores) construídos e relacionados a certos comportamentos são determinantes para as respostas a determinados estímulos. Dessa forma, entende-se que as crianças promovem ativamente a aprendizagem social, escolhendo modelos para imitar. A escolha é influencianda pelas características do modelo, pela própria criança e pelo ambiente. Uma criança pode escolher um dos pais, para seguir como modelo e não outro. A criança também pode escolher outro adulto, como, por exemplo, um professor, um personagem da televisão, um cantor, um amigo, um desportista ou um traficante de drogas. O comportamento específico que as crianças imitam depende do que elas percebem que é valorizado em sua cultura. Se todos os professores na escola de um menino são mulheres, ele provavelmente não imitará os comportamentos delas, pois talvez os considere indignos para um homem. Entretanto, se ele conhecer um professor do sexo masculino (de quem gosta) pode mudar de opinião sobre o valor dos professores. É importante ressaltar, que os processos cognitivos (como, por exemplo, a capacidade de prestar atenção e organizar os pensamentos) entram em ação quando as pessoas observam modelos, aprendem parte de comportamentos e mentalmente reunem essas partes para formar novos padrões de comportamentos. Rita, por exemplo, imita os passos de sua professora de dança, mas, modela (imita) pelos passos de Carmem, uma aluna um pouco mais adiantada que ela. Mesmo assim, Rita desenvolveu seu próprio estilo de dançar, reunindo suas observações e formando um novo padrão. Assim, o desenvolvimento da capacidade de utilizar símbolos mentais para representar um comportamento permite que as crianças formem novos padrões que as auxiliam a julgar e adequar o próprio comportamento.
REFERÊNCIA:
PAPALIA, Diane. Desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artmed, 2006. 
 Cheila Szuchmacher

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