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Borreliose DISCENTES: GIULIA LIKOSKI E JHENIFER JUCÁ Something to chew on: Causada por espiroquetas pertencentes ao complexo Borrelia burgdorferi. Borreliose de Lyme Outras denominações: Doença de Lyme, Meningo Polineurite por carrapatos ou Borreliose. Transmissão: Carrapato do gênero Ixodes. Zoonose: Animais domésticos, mamíferos silvestres e homem. Conglomera até 18 espécies; Gram-negativas; Forma de espiral; Parede celular: Ausência de lipopolissacarídeo 38 e excesso lipoproteínas; Móveis: 7-14 flagelos em cada extremidade; Microaerófilas; Temperatura 33ºC. Características morfológicas Borrelia burgdorferi Ordem Spirochaetales Família Spirochetaceae Crescimento bacteriano: Meio líquido modificado de Barbour- Stonner-Kely (BSK); Visualização: Microscopia de campo escuro; Coloração de Giemsa e Prata. Características morfológicas Borrelia burgdorferi Barbour-Stonner-Kely (BSK). Espiroquetas: 10-30 μm de comprimento; 0,2-0,3 μm de diâmetro. Something to chew on: Eritema crônico migratório (ECM). Histórico A borreliose foi descoberta nos Estados Unidos em 1975, na comunidade de Old Lyme, por Allen C. Steere; Primeiros relatos: Suécia, em 1910 e Áustria, em 1914. 1982: Willy Burgdorfer isolou o agente etiológico, nomeando de Borrelia burgdorferi; Na América do Sul esta enfermidade foi descrita na Argentina, na Bolívia e no Brasil. Something to chew on:Histórico - Brasil A partir de 1980: Casos começaram a serem relatados no Brasil, principalmente nos estados de Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Amazonas e São Paulo. 1993: Relato de Eritema Migratório em uma paciente de São Paulo, acompanhado de mais cinco casos. No Brasil, já foi demonstrada a presença de Borrelia sp. em carrapatos dos gêneros Dermacentor, Amblyomma e Rhipicephalus. Something to chew on:Histórico - Brasil Doença de Lyme Doença de Lyme-símile Ausência dos carrapatos do gênero Ixodes; Recorrências quando não identificada no estágio inicial; Diagnóstico sorológico (ELISA e Western blot): Reações cruzadas; Não foram isoladas bactérias do complexo Borrelia burgdoferi; Doença de Lyme-símile: Etiologia desconhecida e poucas pesquisas de diagnóstico; Zoonose emergente no país e de interesse multidisciplinar. Epidemiologia Distribuição: Principalmente Hemisfério Norte, com destaque Estados Unidos, Europa e Ásia; Mamíferos silvestres: Roedores e cervídeos; Cães, cavalos, bovinos e homem: Hospedeiros acidentais importantes; Cães: Se apresentam na maioria das vezes de forma assintomática. Patogenia Transmissão: picada do carrapato. Inativa - ovo; Ativas - larva, ninfa e adulto. Ciclo de vida: 4 fases Duração variável; Cada estádio - 1 refeição sanguínea; Vetor sofre metamorfose no solo; 48h - multiplicação de bactérias e migração para glândulas salivares. Período de incubação: 1-5 semanas Nervoso, renal, cardíaco e articulações Patogenia Fixação (peças bucais) - inoculação Multiplicação local Disseminação hematógena - tecidos intersticiais Animais: geralmente assintomáticos; Sintomatologia: 5% dos animais. Sinais clínicos Inespecíficos: Hipertermia; Apatia; Depressão; Anorexia; Linfadenomegalia; Diarreia; Vômitos. Claudicação - evolução: poliartrite. Alterações comportamentais; Agressividade; Convulsões. Urticária Dermatite; Eritema Diagnóstico Falta de padronização; Associação de fatores. Histórico Dados epidemiológicos Diagnóstico clínico Diagnóstico laboratorial Diagnóstico clínico: Sinais clínicos; Exposição ao carrapato. Diagnóstico laboratorial: Microscopia; Cultura e isolamento; Imunohistoquímica; ELISA (teste SNAP 4DX); RIFI; Western Blot; PCR. Diagnóstico Abordagem: 2 passos; Testes de rastreio + teste confirmatório. Ou Identificação de anticorpos; Reações enzimáticas; Alta sensibilidade; Baixa especificidade. Rastreio: Reação de Imunofluorescência Indireta - RIFI Ensaio Imunoenzimático Indireto - ELISA Confirmatório: Teste de Western Blot Maior especificidade; Reação anticorpo-antígeno entre o anticorpo desenvolvido pelo animal e os antígenos impregnados em tiras de nitrocelulose; SNAP 4DX Detecção de anticorpos; Peptídeo C6; Sensibilidade: 94,1%; Especificidade: 96,2%. Something to chew on:Tratamento Doxiciclina: Antibiótico mais indicado devido à sua característica lipoproteica, que confere maior penetração no tecido. Hiclato de Doxiciclina 10 mg/kg, VO, SID/BID, por 30-42 dias Tratamento de suporte + Tratamento da causa base Azitromicina 25mg/kg, VO, SID por 10-20 dias; Amoxicilina 20mg/kg, VO, TID, por 30 dias; Ceftriaxona 25mg/kg, SC/IV, SID, por 14-30 dias. Outros antibióticos: Something to chew on:Tratamento Tratamento de suporte + Tratamento da causa base AINEs Gabapentina Diuréticos e Inibidores de ECA Pós-cura clínica: É recomendável que seja feito a avaliação sorológica mensal durante um semestre. Recidivas: Associar outros diagnósticos com vistas à exclusão de outras doenças concomitante. Prevenção e controle Evitar regiões de risco; Utilizar ectoparasiticidas - tópicos ou sistêmicos; Manejo de áreas de vegetação peridomiciliar. Imidacloprida e Flumetrina; Sarolaner e Afoxolaner. Princípios ativos: Obrigada pela atenção!