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Cálculo – aula 10 → Tópicos da aula - definição de primitivas - o teorema fundamental do cálculo - integrais indefinidas - teorema da variação total → Primitivas Taxa de variação de função função - em cada caso, o problema é encontrar uma função F cuja derivada é uma função conhecida f. Se a função F existir, ela é chamada antiderivada de f. DEFINIÇÃO Uma função F é denominada uma primitiva de f num intervalo I se 𝐹′(𝑥) = 𝑓(𝑥) para todo x em I Por exemplo: seja 𝑓(𝑥) = 𝑥2 - não é difícil descobrir uma primitiva de f se tivermos em mente a regra da potência. De fato, se 𝐹(𝑥) = 𝑥3 3 , logo 𝐹′(𝑥) = 𝑥2 = 𝑓(𝑥). Mas a função 𝐺(𝑥) = 𝑥3 3 + 100 também satisfaz 𝐺(𝑥) = 𝑥2. Portanto, F e G são primitivas de f. De fato, qualquer função da forma 𝐻(𝑥) = 𝑥3 3 + 𝐶, onde C é uma constante, é uma primitiva de f TEOREMA Se F é uma primitiva de f em um intervalo I, então a primitiva mais geral de f em I é 𝐹(𝑥) + 𝐶, onde C é uma constante arbitrária. - toda fórmula de derivação, quando lida da direita para a esquerda, dá origem a uma fórmula de primitivação: Função primitiva particular Função Primitiva particular 𝑐𝑓(𝑥) 𝑐𝐹(𝑥) 𝑠𝑒𝑐²𝑥 tan 𝑥 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥) 𝐹(𝑥) + 𝐺(𝑥) sec 𝑥 𝑡𝑔 𝑥 sec 𝑥 𝑥𝑛 (𝑛 ≠ −1) 𝑥𝑛+1 𝑛 + 1 1 √1 + 𝑥2 sin−1 𝑥 1 𝑥 ln|𝑥| 1 1 + 𝑥2 tan−1 𝑥 𝑒 𝑥 𝑒 𝑥 cosh 𝑥 sinh 𝑥 cos 𝑥 sin 𝑥 sinh 𝑥 cosh 𝑥 sin 𝑥 − cos 𝑥 - para obtermos a primitiva mais geral (em um intervalo) a partir daquelas da tabela, devemos adicionar uma constante. - uma equação que envolva as derivadas de uma função é chamada equação diferencial. A solução geral de uma equação diferencial envolve uma constante arbitrária (ou constantes). Contudo. Podem ser dadas condições extras que vão determinar as constantes e assim especificar univocamente a solução. - A primitivação é particularmente útil na análise do movimento de um objeto que se move em uma reta. Lembre-se de que se o objeto tem função posição 𝑠 = 𝑓(𝑡), então a função velocidade é 𝑣(𝑡) = 𝑠(𝑡). Isso significa que a função posição é uma primitiva da função velocidade. Da mesma maneira, a função aceleração é a (𝑡) = 𝑣′(𝑡), logo, a função velocidade é uma primitiva da aceleração. Se a aceleração e os valores iniciais 𝑠(0)𝑒 𝑣(0) forem conhecidos, então a função posição pode ser determinada encontrando primitivas duas vezes. → O teorema fundamental do cálculo - estabelece uma conexão entre os dois ramos do cálculo: o cálculo diferencial e o cálculo integral. Ele dá a relação inversa precisa entre a derivada e a integral. - A primeira parte do Teorema Fundamental lida com funções definidas por uma equação da forma: 𝑔(𝑥) = ∫ 𝑓(𝑡)𝑑𝑡 𝑥 𝑎 onde f é uma função contínua em [a, b] e x varia entre a e b. Observe que g depende somente de x, que aparece como limite superior variável da integral - se f for uma função positiva, então 𝑔(𝑥) pode ser interpretada como a área sob o gráfico de f de a até x, onde x pode variar de a até b. TEOREMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO PARTE 1 Se f for contínua em [a, b], então a função g definida por 𝑔(𝑥) = ∫ 𝑓(𝑡)𝑑𝑡 𝑥 𝑎 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏 É contínua em [a, b] e derivável em (a, b) e 𝑔′(𝑥) = 𝑓(𝑥) Usando a notação de Leibniz para as derivadas, podemos escrever o TFC1 como: 𝑑 𝑑𝑥 ∫ 𝑓(𝑡)𝑑𝑡 𝑥 𝑎 = 𝑓(𝑥) quando f é continua. Grosseiramente falando, a equação acima nos diz que se primeiro integramos f e então derivamos o resultado, retornamos à função original f. TEOREMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO PARTE 2 Se f for contínua em [a, b], então ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 𝑏 𝑎 = 𝐹(𝑏) − 𝐹(𝑎) onde F é qualquer primitiva de f, isto é, uma função tal que 𝐹′ = 𝑓 Logo: 1. Se 𝑔(𝑥) = ∫ 𝑓(𝑡)𝑑𝑡 𝑥 𝑎 , então 𝑔′(𝑥) = 𝑓(𝑥) 2. ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 𝑏 𝑎 = 𝐹(𝑏) − 𝐹(𝑎), onde F é qualquer primitiva de f, isto é, uma função tal que 𝐹′ = 𝑓 - Como 𝐹′(𝑥) = 𝑓(𝑥), a parte 2 pode ser reescrita como: ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 𝑏 𝑎 = 𝐹(𝑏) − 𝐹(𝑎) - essa versão afirma que se tornarmos uma função F, a derivarmos e depois integrarmos o resultado, chegaremos de volta à função original F, mas na forma F(b) – F(a). Juntas, as duas partes do Teorema Fundamental Do Cálculo mostram que a derivação e a integração são processos inversos. Cada um desfaz o que o outro fez. → Integrais indefinidas - ambas as partes do Teorema Fundamental estabelecem conexões entre as primitivas e as integrais definidas. - precisamos de uma notação conveniente para primitivas que torne fácil trabalhar com elas. Em virtude da relação dada pelo Teorema Fundamental entre primitivas e integrais, a notação é tradicionalmente usada para a primitiva de f e é chamada integral definida. Logo, ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝐹(𝑥) significa que 𝐹′(𝑥) = 𝑓(𝑥) Por exemplo: ∫ 𝑥2𝑑𝑥 = 𝑥3 3 + 𝐶 - Podemos olhar uma integral indefinida como representando toda uma família de funções (uma primitiva para cada valor da constante C). - Você deve fazer uma distinção cuidadosa entre integral definida e indefinida. Uma integral definida é um número, enquanto uma integral indefinida é uma função (ou uma família de funções). - Cada fórmula pode ser verificada derivando-se a função do lado direito e obtendo-se o integrando. Por exemplo: ∫ sec² 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑡𝑔(𝑥) + 𝐶, pois 𝑑 𝑑𝑥 [𝑡𝑔(𝑥) + 𝐶] = 𝑠𝑒𝑐²𝑥 - A primitiva mais geral sobre um dado intervalo é obtida adicionando-se uma constante a uma dada primitiva. - Adotamos a convenção de que quando uma fórmula para uma integral indefinida geral é dada, ela é válida somente em um intervalo. Assim, escrevemos: ∫ 1 𝑥² 𝑑𝑥 = 1 𝑥 Subentendendo que isso é válido no intervalo (0, ∞) ou no intervalo (−∞, 0). Isso é verdadeiro apesar do fato de que a primitiva geral da função f (𝑥) = 1 𝑥² , 𝑥 ≠ 0, é: 𝐹(𝑥) { − 1 𝑥 + 𝐶1, 𝑠𝑒 𝑥 < 0 − 1 𝑥 + 𝐶2, 𝑠𝑒 𝑥 > 0 → Teorema da Variação Total Sabemos que 𝐹′(𝑥) representa a taxa de variação 𝑦 = 𝐹(𝑥) em relação à x e F(b) – F(a) é a variação em y quando x muda de a para b. [Observe que y pode, por exemplo, decrescer e, então, crescer novamente. Embora y possa variar nas duas direções, F(b) – F(a) representa a variação líquida em y.] Logo podemos reformular FTC2 em palavras da forma a seguir: TEOREMA DA VARIAÇÃO TOTAL A integral de uma taxa de variação é a variação total: ∫ 𝐹′(𝑥)𝑑𝑥 = 𝐹(𝑏) − 𝐹(𝑎) 𝑏 𝑎 - esse princípio pode ser aplicado para todas as taxas de variação nas ciências naturais e sociais • Aplicações: - Se [C](t) for a concentração do produto de uma reação química no instante t, então a taxa de reação é a derivada d [C]/dt. Logo, ∫ 𝑑[𝐶] 𝑑𝑡 𝑑𝑡 = [𝐶](𝑡2) − [𝐶](𝑡1) 𝑡2 𝑡1 é a variação na concentração de C entre os instantes t1 e t2. - Se a taxa de crescimento populacional for dn/dt, então ∫ 𝑑𝑛 𝑑𝑡 𝑑𝑡 = 𝑛(𝑡2) − 𝑛(𝑡1) 𝑡2 𝑡1 é a alteração total da população no período de tempo de t1 a t2. (A população cresce quando ocorrem nascimentos e decresce quando ocorrem óbitos. A variação total leva em conta tanto nascimentos quanto mortes.) - Se um objeto se move ao longo de uma reta com a função de posição s (t, então sua velocidade é v (t) = s’(t), logo ∫ 𝑑𝑠 𝑑𝑡 𝑑𝑡 = 𝑠(𝑡2) − 𝑠(𝑡1) 𝑡2 𝑡1 é a mudança de posição, ou deslocamento, da partícula durante o período de tempo de t1 a t2. Isso era verdadeiro para o caso onde o objeto move-se no sentido positivo, mas agora demonstramos que é sempre verdade. - Se quisermos calcular a distância percorrida durante o intervalo de tempo, teremos de considerar os intervalos quando v (t) 0 (a partícula move-se para a direita) e também os intervalosquando v (t) 0 (a partícula move-se para a esquerda). Em ambos os casos a distância é calculada integrando-se |v (t)|, a velocidade escalar. Portanto, ∫ |𝑣(𝑡)|𝑑𝑡 = 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑡2 𝑡1 - A aceleração do objeto é a (t) = v’(t), logo ∫ 𝑎(𝑡)𝑑𝑡 = 𝑣(𝑡2) − 𝑣(𝑡1) 𝑡2 𝑡1 é a mudança na velocidade do instante t1 até t2
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