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Myllena Assis Sousa Pires • Medicina 3° Período CONCEITO É uma afecção causada pela obstrução, endurecimento ou estenose de artérias na periferia. Pode ocorrer em membros superiores ou inferiores, entretanto é bem mais comum nos membros inferiores. A aterosclerose é uma importante causa de doença arterial periférica, sendo comumente vista nos vasos dos membros inferiores. Artérias como femoral e poplítea são as mais afetadas. Quando as lesões se desenvolvem na perna e no pé, os vasos tibiais, peroneal comum ou pedal são artérias mais afetadas. A doença é mais frequentemente em homens de 60 a 70 anos de idade, onde os fatores mais comuns são: ▪ Tabagismo; ▪ Dislipidemia; ▪ Negros ▪ Diabetes mellitus (DM) ▪ Hipertensão arterial Quanto ao diabetes mellitus, sabe-se que os indivíduos que possuem a doença, a desenvolve mais do que não diabéticos, de forma extensa e rápida. Os sinais e sintomas da oclusão vascular são graduais. Usualmente, existe pelo menos um estreitamento de 50% do vaso antes de que os sintomas de isquemia surgirem. A claudicação intermitente, ou dor durante a marcha, é o principal sintoma. Normalmente, as pessoas com DOAP reclamam de dores na panturrilha, pois o musculo gastrocnêmio tem o maior consuma de O2 do que qualquer grupamento muscular na perna durante a marcha. É comum queixas de vaga sensação de dor ou dormência. Atividades como nadar, andar de bicicleta, subir escadas, utilizam outro grupamento de músculos e podem não incitar o mesmo grau de desconforto que a marcha. Outros sinais de isquemia incluem: a. alterações atróficas e adelgaçamento da pele e dos tecidos subcutâneos da perna e a Sistema Cardiovascular Doença arterial obstrutiva periférica Myllena Assis Sousa Pires • Medicina 3° Período diminuição do tamanho dos músculos da mesma. b. O pé frequentemente é frio, e os pulsos poplíteo e pedal são ausentes ou fracos. c. Cor do membro clareia, com a elevação da perna, devido os efeitos da gravidade sobre a pressão da perfusão, tornando-se vermelha-viva quando se encontra na posição pendente, por causa de um aumento autorregulatório no fluxo sanguíneo e de um aumento gravitacional na pressão de perfusão d. Dor isquêmica ao repouso, ulceração ou gangrena: desenvolvidas quando o fluxo sanguíneo é reduzido e ele não atinge mais as necessidades mínimas dos músculos e nervos em repouso. e. Necrose tecidual: conforma se desenvolve, existe uma dor severa na região da ruptura da pele, que piora à noite com a elevação do membro e melhor com a posição de pé. Caso sejam as coronárias (artérias do coração): produzirá a dor cardíaca durante o esforço (angina de peito). Caso sejam as carótidas (artérias do pescoço): produzirão perturbações visuais, paralisias transitórias e desmaios na evolução crônica ou o derrame (acidente vascular encefálico) na evolução aguda. : dos membros para sinais de isquemia crônica de baixo grau, tais como atrofia subcutânea, unha dos pés quebradiças, perda de pelos, palidez, sensação de frio ou rubor em posição pendente, necroses ou gangrena. : dos pulsos das artérias femoral, poplítea, tibial posterior e pedal dorsal permite uma estimativa do nível e do grau de obstrução. Presença de extremidades com temperatura diminuída em relação com a temperatura corporal ou da região proximal; pulsos arteriais diminuídos ou ausentes; presença de frêmitos. : sopro sistólico na região onde existe frêmito, característico de estenose. Já nos exames complementares para diagnóstico da DAOP, temos: razão da pressão sanguínea sistólica entre a região do tornozelo e do braço. É usada para detectar uma obstrução significativa, com uma razão de menor de 0,9, indicando oclusão. Normalmente a pressão sistólica do tornozelo excede a na artéria braquial, devido a pressão sistólica e a diferencial tendem a aumentar conforme a onda de pressão se move para longe do coração. Myllena Assis Sousa Pires • Medicina 3° Período ▪ Estetoscópio de ultrassom Doppler: detecta os pulsos e mede a pressão sanguínea; ▪ Imageamento por ultrassom; ▪ Arteriografia com imageamento por ressonância magnética (IRM); ▪ Angiografia invasiva com contraste. Os dois objetivos do tratamento são () diminuir seu considerável risco cardiovascular (2) reduzir os sintomas. a. Agentes antiplaquetários (aspirina ou clopidogrel); b. Estatinas c. Cilostazol: inibidor da fosfodiesterase; d. Pentoxifilina (antagonista do receptor de ADP) que diminui a viscosidade do sangue e melhora a flexibilidade dos eritrócitos. A caminhada (lenta) até o ponto de claudicação usualmente é estimulada, pois ela aumenta a circulação colateral. Já uma intervenção percutânea ou cirúrgica é reservada para o paciente com claudicação incapacitante ou uma isquemia ameaçadora ao membro. A cirurgia pode ser indicada em casos graves. Em pessoas diabéticas, as artérias fibulares entre os joelhos e os tornozelos estão comumente envolvidas, tornando difícil a vascularização. A tromboendarterectomia com remoção da porção central ocludente de tecido aterosclerótico, pode ser feita se o corte do vaso afetado for curto. Outros métodos são a angioplastia transluminal e a colocação de stents.
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