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Dengue, chinkungunya e zika São arboviroses transmitidas por artrópodes com ciclo reprodutivo nos insetos ( Aedes aegypti). Transmissão por vias vetorial, vertical e transfusional. Além de que a zika é passada sexualmente e é hoje, tratada como Ist. A imunidade é permanente por sorotipo de dengue e CINKV e de ZIKV é indeterminada. Dengue Vírus de RNA, pertencente à família Flaviviridae. É esférico e possui 3 proteínas estruturais: proteínas do capsídeo (C), proteínas da membrana (prM) e proteínas do envelope (E). 4 sorotipos de vírus: DENV1 a DENV4. O nucleocapsídeo é icosaédrico. O vírion realiza a adsorção através de várias proteínas do hospedeiro: heparan sulfato, DC-SIGN, receptor de manose e CD14. Quadro clinico: Febre por 2 a 7 dias, abrupta; Cefaleia e dor orbital; Artralgia e mialgia; Exantema maculopapular, com prurido, no desaparecimento da febre; Anorexia, náuseas e vômitos; Diarreia não tão volumosa. Sinais de alarme: A fase critica da dengue é na defervescência da febre. · Dor abdominal intensa e continua. · Vômitos persistente. · Acumulo de líquidos ( ascite, derrame pleural, derrame pericárdico) *Nesses casos pedir ultrassom de abdômen e raio x de tórax. · Hipotensão postural e/ou lipotimia. · Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal. · Sangramento de mucosa. · Aumento progressivo do hematócrito. *Prova do laço: 3 minutos em crianças e 5 minutos em adultos. Em crianças deve ter 10 ou mais petéquias e no adulto de 20 a mais . Formas graves da doença Extravasamento de plasma levando ao choque. Aumento do hematócrito/ redução de albumina, derrame pleural e ascite. Acúmulo de líquidos com desconforto respiratório, sangramento grave ou sinais de disfunção orgânica. Hemorragia grave: pode ocorrer sem choque. Critério de dengue grave. Disfunções graves de órgãos: hepatite, encefalites ou miocardites. Diagnostico: -ELISA a partir do sexto dia dos sintomas. -NS1 até o quinto dia do inicio dos sintomas. -Isolamento viral, PT-PCR e imunohistoquimica até o quinto dia do inicio dos sintomas. Zika Arbovírus, gênero Flavovírus. Vírus RNA transmitidos pelos mosquitos do gênero Aedes. Acomete homens e primatas. 6 países relataram a associação com Guilain-Barré ou microcefalia Transmissão: -pela picada do mosquito Aedes. -transmissão ocupacional em laboratório de pesquisa. -transmissão perinatal: não recomenda interrupção da amamentação , normalmente é transmitida da mãe ao feto no primeiro trimestre de gestação. - Transmissão sexual: ambos tornam-se sintomáticos, o vírus vive mais tempo no sêmen que no sangue. Quadro clinico: febre baixa, artralgia, mialgia, cefaleia, exantema maculopapular, edema de membros inferiores, hiperemia conjuntival não purulenta. Menos frequente dor retro-orbital, anorexia, vômitos , diarreia ou dor abdominal. Pode ser assintomática. Duração de 4-7 dias. Diagnostico: deve suspeitar também de dengue, malária, riquetsiose, rubéola, sarampo, parvovirus, enterovírus e Chinkunguya. -ELISA IgG e IgM ( sempre testar dengue em paralelo). Só se faz sorologia depois de alguns dias do inicio de sintomas. -Diagnostico PT-PCR ate o quinto dia de sintoma (IAL até o terceiro dia) -Isolamento viral -PRNT, plaque reduction neutralization test Prevenção: Não há vacina, usar mangas longas e calças, roupas claras, permanecer em locais com ar condicionado e telados, usar repelente e reduzir criadouros. Sindrome de Guilan Barré Os sintomas começam como fraqueza e formigamento nos pés e nas pernas que se espalham para a parte superior do corpo. Pode ocorrer paralisia. Microcefalia Sinal clinico de mal formação em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. - perímetro craniano dois desvios padrão abaixo da referencia para a idade ( 31,5 para as meninas e 31,9 para os meninos) - primaria ( genética) e secundaria ( não genética) - infecção congênita por sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes simples ( SCORCH), concumo materno de drogas, causas metabólicas gestacional e encefalopatia hipoxico-isquemica. Chinkunguya É um vírus RNA, família Togaviridae, Genero Alphavirus com 3 subtipos. O vetor é o Aedes Egypti. O contágio do vetor se dá ao picarem indivíduos em fase de viremia. Período de incubação extrínseco: contaminação do mosquito após a picada de um hospedeiro virêmico (3 dias). Período de incubação intrínseco: 2 a 5 dias (intervalo de 1 a 12 dias). Suscetibilidade universal e imunidade duradoura. Quadro clinico: Início súbito de febre alta (acima de 38,5°C) e dor articular intensa e incapacitante. Artralgia simétrica, acometendo falanges, tornozelos e pulsos (joelhos, ombros e coluna também podem ser afetados). Outros: cefaleia, dorsalgia, mialgia, náuseas, vômitos, poliartrite, rash maculopapilar eritematoso e pruriginoso e conjuntivite. Manifestações atípicas: quadros neurológicos como meningoencefalite, mielite, paralisia facial, Guillain-Barré, lesões cutâneas bolhosas e hiperpigmentação da pele. Fase febril dura entre 3 e 10 dias. Rash inicia entre o 2° e 5° dia, pode se manter até 10 dias. Alguns indivíduos podem apresentar dor articular por meses ou anos. Fase aguda : Trombocitopenia leve (acima de 100.000/mm3 ). Leucopenia – geralmente menor do que 5000 células. Linfopenia – menor que 1000 células. Elevação discreta das transaminases. Proteína C reativa e taxa de sedimentação de eritrócitos elevados. Não há tratamento antiviral específico, usar sintomáticos dipirona, paracetamol ou opióides. A reidratação deve ser adequada aos achados do exame físico. Fase subaguda e crônica: Esperado a diminuição completa dos sinais e sintomas em 10 dias. Podem persistir quadros articulares dolorosos, incluindo poliartrites, tenossinovite, e síndrome de Reynaud. Após 3 meses de sintomatologia, com duração de meses a 1 ou mais anos, deve ser tratada com AINE, corticoesteroides orais ou intrarticulares e fisioterapia.
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