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AP3 Carolina Correa Pinto Coelho

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UNIVERSIDADE UNIGRANRIO
CAROLINA CORRÊA PINTO COELHO
2038052
Política econômica
	
Duque de Caxias - RJ
2021
INTRODUÇÃO 
Este trabalho tem com objetivo indentificar e explicar quais são as metas das políticas macroeconômicas ou políticas econômicas e seus instrumentos. Além de apresentar uma reportagem, onde o governo utiliza estes instrumentos de política macroeconômica para atingir uma meta macroeconômica. Mas o que são políticas macroeconômicas? Podemos dizer que são aquelas que visam os objetivos amplos da economia como um todo, refletindo nos indicadores de bem estar da sociedade que estão ligados ao crescimento econômico, inflação, balanço de pagamentos e desemprego.
DESENVOLVIMENTO
A macroeconômia, segundo Garcia e Vasconcellos (2002, p.83), “[...] estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, tais como: renda e produto nacionais, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balança de pagamentos e taxa de câmbio”. Ou seja, a política macroeconômica cumprem as metas de longo e curto prazo para que haja o equílibrio dos indicadores e passa a promover o crescimento econômico de uma maneira mais sustentável e promovendo o bem estar da população.
Essas metas da política macroeconômica estão relacionadas ao alto nível de empregabilidade, estabilidade dos preços, distribuição da renda e crescimento econômico. No entanto, o alto nível de empregabilidade é importante, pois as pessoas receberam um salário e consequentemente terão como adquirir bens ou serviços. Deste modo se não há procura de produtos, a produção diminui e o lucro tamém. Existe uma preocupação enorme quanto ao nível da empregabilidade para que haja um equilíbrio entre demanda e oferta.
Uma outra meta da macroeconômia é a estabilidade dos preços que influencia diretamente na inflação. Sendo responsável pelo aumento contínuo e generalizado dos preços. Já a distribuição justa de renda, observa-se que a cada dia fica mais clara a desigualdade, onde os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres mais pobres. O crescimento econômico oferta uma quantidade de mercadorias e serviços maior que o crescimento populacional, trazendo o surgimento de novas indústrias, que pioram a qualidad do meio ambiente e causam o aumento da poluição e o aumento de renda. Esse progresso estimula a atividade produtiva e aumenta o produto nacional, isso ocorre quando à desemprego.
Para atingir as metas a política macroeconômica se subdivide em instrumentos, cada um aborda um determinado ponto da economia do país e juntos determinam os rumos econômicos. A política monetária tem como função o controle da quantidade de moeda em circulação no país, a política fiscal atua na manutenção do equilíbrio das receitas e dos gastos do governo, a política de rendas controla e congela os preços e por último a política cambial e de relações economicas externas que administra as taxas de câmbio.
REPORTAGEM
Zeina Latif: Corte de juros tem impacto modesto
Para economista, medida não muda quadro atual da economia brasileira
O Comitê de Política Monetária do Banco Central anunciou nesta quarta-feira, 31, redução de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, para 6% ao ano. “Um ciclo de corte agora é uma redução mais modesta do que se viu em lá trás, quando o país saiu de uma Selic de 14,25% ao ano em 2016 e foi para 6,5%. Agora, já não é a mesma magnitude. E isso já mostra que há limites para beneficiar o crescimento da economia. Terá um impacto modesto”, afirma Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos. 
Segundo a economista, a medida pode trazer uma melhora na confiança do empresário, pode ajudar a fomentar os mercados de capitais e de crédito, mas não vai mudar o quadro econômico atual. “Nós temos um problema maior. O grosso dessa fraqueza econômica é do lado da oferta. Estamos fracos estruturalmente. E, nesse caso, a contribuição dos juros é marginal.” 
De acordo com estudo elaborado pela XP, o potencial de crescimento do país no longo prazo, considerando a tecnologia do parque industrial, a qualidade da mão de obra e da infraestrutura, está em torno de 1%. Esse número já foi de até 3,5% na média das gestões FHC e Lula. “Depois de tantos equívocos de política econômica e de má alocação de recursos, esse é o resultado do custo para a economia: essa crise longa, que reduz a taxa de investimento e torna a retomada ainda mais difícil”, afirma Zeina. 
A expectativa da economista é que a Selic termine este ano em 5%, totalizando um corte de 1,5 ponto percentual em relação aos 6,5%, que vigorava desde março de 2018. O Copom ainda terá mais três reuniões até o final deste ano (setembro, outubro e dezembro). Apesar de ter um impacto modesto, a medida poderá estimular setores mais ligados ao crédito, como construção civil e aquisição de carros, segundo a economista.  
De acordo com KIANEK (2019), houve uma redução na taxa de juros na economia e assim pode ocorrer uma melhora nos mercados, mas não o suficente para mudar a economia. A redução da Selic causa um estímulo ao consumo que aquece a economia, aumentando a inflação quando ela está abaixo da meta (foi o ocorrido). Já aumentar a Selic causa uma desaceleração da economia, o que impede que a inflação fique muito alta. 
CONCLUSÃO
Pode-se concluir que a política macroeconômica está mais presente na vida das pessoas do que elas imaginam, o seu desequilíbrio afeta diretamente toda a vida e o bem estar da sociedade. A questão da inflação também é importante, por acarretar distorções na distribuição da renda, desemprego, balanço de pagamentos, entre outros. O trabalho mostrou, também que a autoridade monetária configura-se em um importante elemento para os resultados obtidos na economia quando as políticas monetárias são implementadas corretamente e fiscalizadas. Portanto, é função de todo o cidadão fiscalizar e cobrar dos governantes para que eles façam as melhores escolhas, visando o bem estar da sociedade.
RREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ARAUJO, A. Teoria macroeconômica com fragilidade fiscal. Rio de Janeiro, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71402019000300281&lang=pt. Acesso em: 3 mai. 2021.
GARCIA, M. E.; VASCONCELLOS, M. A. S. Fundamentos da economia. São Paulo, 2002, Saraiva.
MARTINS, A. Aumento de preços no atacado sinaliza inflação acima de 5% em 2021, diz Ibre/FG. São Paulo, 2021. Disponível em: https://valorinveste.globo.com/mercados/brasil-e-politica/noticia/2021/03/24/aumento-de-precos-no-atacado-sinaliza-inflacao-acima-de-5percent-em-2021-diz-ibrefgv.ghtml. Acesso em: 4 mai. 2021.
MOURA, B. A.; TIRYAKI, G. F.; TEIXEIRA, D. N. Fragilidade fiscal e os ciclos econômicos no Brasil pós Plano Real: evidências de um modelo de fator dinâmico associado à análise VAR. Belo Horizonte, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-63512020000200517&lang=pt. Acesso em: 3 mai. 2021.
PAULA, L. F. Crise e perspectivas para a economia brasileira. São Paulo, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142017000100125&lang=pt. Acesso em: 4 mai. 2021.
RESENDE, M. F. C.; TERRA, F. H. B. Ciclo, crise e retomada da economia brasileira: avaliação macroeconômica do período 2004 – 2016. Campinas, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-06182020000200469&lang=pt. Acesso em 3 mai. 2021.
STEIN, G. Q. A política das políticas macroeconômicas: abordagens sobre a tomada de decisões. Rio Grande do Sul, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufv.br/apgs/article/view/4825/2435. Acesso em: 3 mai. 2021.
REPORTAGEM 
KIANEK, A. Zeina latif: corte de juros tem impacto modesto. 2019. Disponível em: https://veja.abril.com.br/economia/zeina-latif-corte-de-juros-tem-impacto-modesto/. Acesso em: 5 mai. 2021.
UNIVERSIDADE UNIGRANRIO
CAROLINA CORRÊA PINTO COELHO
2038052
Análise histórica sobre a inflaçãodo Brasil 
	
Duque de Caxias - RJ
2021
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo abordar a alta na inflação e os planos econômicos adotados na tentativa de controlar a inflação. A alta na inflação aconteceu durante alguns anos e só foi controlada pelo Plano Real nos anos 90. Mas o que é inflação e hiperinflação? Inflação refere-se ao aumento contínuo e generalizado dos preços de um determinado produto ou serviço na economia. Esse aumento na inflação causa desequilíbrio em todo o país, principalmente nas classes mais baixas. Já a hiperinflação é uma inflação fora de controle à níveis muito elevados, ou seja, é o encarecimento rápido dos produtos e desvalorização da moeda, podendo haver a recessão. 
DESENVOLVIMENTO
A inflação vinha a níveis elevados desde os anos 60, causada pela expansão monetária e crise do petróleo, tendo em média a taxa de inflação anual de 69% á 230%. Devido à elevação na inflação ocorreu a hiperinflação, que é a consequência do aumento constante dos preços, que se mantêm em um elevado patamar e sem controle. Além de corroer o poder de compra do consumidor, a alta constante dos preços causa desvalorização da moeda. Essa alta ocorreu entre os anos 80 e 90, quando o mesmo produto chegava a quase dobrar de preço de um mês para outro.
A partir dos anos 70 o governo lança o primeiro plano, com a intenção de controlar e manter o crescimento econômico. Esse plano deu certo até a chegada da primeira crise internacional do petróleo. Daí começaram a surgir vários planos econômicos com a intenção de reduzir a inflação, mas todos foram fracassados. Foi o Plano Real nos anos 90 que marcou o fim do período de instabillidade e altas taxas de inflação.
Entre os anos de 1969 e 1973 o Brasil viveu o chamado “milagre” econômico, desenvolvido por Delfin Neto, cujo princípio era o desenvolvimento rápido e que teve como princinpais características o incentivo da produção industrial, arroxo salarial, aquisição de empréstimos estrangeiros e a construção de grandes obras. O que ocorreu foi o imenso capital estrangeiro no país, que durante anos não recebia investimentos estrangeiros, por causa da instabilidade econômica, inflação, resultados políticos do governo de Jânio Quadros, e do tumultuado governo João Goulart. Deste modo os recursos voltaram ao Brasil através da estabilidade política e econômica, mas esse milagre trouxe benefícios a curto prazo como a aquisição de bens por parte da população que se encontravam na quele momento com umalto poder de compra. Já em longo prazo houve o aumento da divida externa e da desigualdade social.
Na década de 80 e 90 houve uma grande desvalorização da moeda, e na tentativa de conter a alta na inflação foram criados vários planos econômicoa e novas moedas. Como o Plano Cruzado que teve como finalidade apagar a memória inflacionária do país. As principais medidas foram o congelamento de preços e salários, desindexação da economia, criação do seguro desemprego e reforma monetária. No entanto o plano não foi acompanhado das reformas monetárias, fiscais e estruturais necessárias para apagar a inflação do país, e a demanda agregada acabou por subir alem da capacidade de produção da economia. Isso fez com que o plano se tornasse insustentável e a inflação voltou a subir. 
Já o plano Bresser surgiu para conter o problema do déficit público, onde o governo gastava mais do que arrecadava. A principal medida foi o congelamento dos preços, e devido a falta de credibilidade houve uma remarcação generalizada de preços e a inflação voltou a subir. Este plano fracassou no ajuste fiscal, negociação da divida externa, recessão e superávit comercial.
O Plano Verão tinha como principal finalidade conter a inflação através do controle de déficit público, como a privatizações de estatais e a demissão de funcionários, e o novo congelamento de preços. No entanto o plano não conseguiu conter a inflação, contribuiu para o aumento do déficit público e ocorreu uma recessão.
O Plano Collor teve como característica o corte da demanda agregada, fazendo com que a economia operasse abaixo da sua capacidade. As principais medidas foram o controle de preços e salários, confisco das contas bancárias, ajuste fiscal, criação de uma nova moeda, suspensão dos pagamentos da dívida externa e desindexação dos salários. Já as conseqüências estão relacionadas ao preço e aos salários estáveis por dois meses, a recessão profunda fez com que o governo aumentasse a emissão de moeda, fraca performance comercial, ajuste fiscal ineficiente, queda no PIB, saldo negativo no BP e recessão na economia brasileira. 
Foi o Plano Real nos anos 90 que marcou o fim do período de instabilidade e altas taxas de inflação. Este plano passou por três fases: programa de ação imediata, criação da URV e criação da nova moeda, o Real. O plano tratou primeiro a causa e depois o efeitto, não era possível imprimir dinheiro se não tivesse receita em caixa, cortou os gastos desnecessários, houve a privatização das empresas públicas e o aumento da receita do país foi obtida através do arrocho orçamentário com pagamentos de impostos e diminuição dos gatos. Com o equilíbrio da economia ocorreu o surgimento da URV, que interferia nos preços dos produtos ou serviços. Essa interferencia permitiu que os produto fossem calculados de forma mais precisa e a inflação conseguiu ser controlada, refletindo no equilíbrio da economia. 
CONCLUSÃO
Ao analisar a história do Brasil após os anos 70, podemos concluir que os movimentos de políticas foram precedidas por alterações no produto do país como o comportamento dos agentes econômicos. Estas alterações não foram o resultado direto da política monetária, por ter tido várias outras medidas que incentivaram o comportamento dos agentes, como o impulsionamento do crescimento do país e até mesmo a estabilização de um sistema monetário.
No entanto, os resultados foram influenciados por crises internas e externas, como a corrupção e a crise internacional. Assim, as políticas monetárias foram importantes para os resultados da economia brasileira ao decorrer dos anos. Os governos com políticas mais bem sucedidas, seja no controle inflacionário ou na formentação do crescimento, obtiveram melhores resultados devido ao uso de políticas monetárias e fiscais.
RREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Ajuste das contas públicas e transparência na comunicação explicam o sucesso do Plano Real. 2019. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/358/noticia. Acesso em: 5 mai. 2021.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Planos econômicos fracassaram em derrotar a superinflação até a chegada do Real. 2019. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/355/noticia. Acesso em: 5 mai. 2021.
CARRARA, A. F.; CORREA, A. L. O regime de metas de inflação no Brasil: uma análise impírica do IPCA. Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rec/v16n3/a04v16n3.pdf. Acesso em: 6 mai. 2021.
MUNHOZ, D. G. Inflação brasileira os ensinamentos desde a crise dos anos 30. Brasília, 1997. Disponívell em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4660961/mod_resource/content/1/Inflacao_brasileira_os_ensinamentos_desde_a_crise_dos_anos_30.pdf. Acesso em: 5 mai. 2021.
NEUHAUS, P. A inflação brasileira em perspectiva histórica. Rio de Janeiro, 1978. Disponível em: file:///C:/Users/Fernanda/Downloads/210-Texto%20do%20Artigo-16328-1-10-20130326.pdf. Acesso em: 5 mai. 2021.
VIEIRA, F. A.; HOLLAND, M. Crescimento econômico e liquidez externa no Brasil após 1970. São Paulo, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31572010000200004. Acesso em: 6 mai. 2021.

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