Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
.. Controle Linear .. Sumário Definição 1 Controle por Realimentação 2 Sistemas lineares invariantes no tempo (LIT) 4 Transformada de Laplace 13 Funções de Transferência 15 Diagrama de Blocos 24 Modelos de Estado 27 Relação entre função de transferência emodelo de estado 28 Realimentação de Estados 34 Critério de Routh-Hurwitz 36 2 .. Controle Linear Definição Sistemas dinâmicos são sistemas que tem comportamento descrito de maneira causal ao longo do tempo. Abordam-se nesse curso sistemasmo- delados por equações diferenciais (li- neares e invariantes no tempo, quase sempre). Amodelagem serve para prever com- portamento e prever a relação entre en- tradas e saídas a ser imposta para obter um comportamento. O controle procura obter um comportamento e para isso necessita de instrumentação: sensores e atuadores. A figura abaixo esquematiza um sistema de controle de posição no qual não há realimentação, um esquema de con- trole emmalha aberta. Nesse exemplo, uma referência a ser seguida é fornecida para o controlador, o qual aciona o atu- ador e gera a entrada que leva o sistema para a posição desejada. Figura 1: Diagrama de blocos. Figura 2: Sistema de posição emmalha aberta. 1 .. Controle Linear Controle por Realimentação A robustez é alcançada pela observa- ção contínua: o sinal desejado é com- parado com o obtido. A realimentação permite corrigir o erro (diferença entre saídamedida e saída desejada) continu- amente. A realimentação configura umamalha fechada, com a presença de um ramo direto e um ramo inverso (ramo da reali- mentação). Nesse esquema de controle de posição apresentado, o controlador está posicionado no ramo direto, mas em outra configuração poderia ser posi- cionado no ramo inverso. Figura 3: Exemplo de sistema de controle complexo. 2 .. Controle Linear Figura 4: Tipos demalhas de controle. 3 .. Controle Linear Sistemas lineares invariantes no tempo (LIT) Podem ser representados por equações diferenciais com entrada u(t) e saída y(t), sendo a ordem n do sistema aquela da equação. an dny(t) dtn + an−1 dn−1y(t) dtn−1 + . . .+ a1 dy(t) dt +a0y(t) = dm dmu(t) dtm + dm−1 dm−1u(t) dtm−1 + . . .+ b1 du(t) dt + b0u(t) Os parâmetros dessas equações dife- renciais são constantes no tempo. A aplicação de leis da física (por exemplo, Leis de Newton para o caso de sistemas mecânicos) permite descrever os siste- mas LIT pormeio de equações diferenci- ais na forma apresentada. Exemplo Tanques que se comunicam Em plantas químicas, é necessário manter o nível de líquidos. Ummodelo simplificado émostrado na figura abaixo, na qual: q0, q1, q2 = taxas de fluxo do líquido; A1,A2 = Área de seção dos tanques; h1, h2 = níveis de líquido; R1,R2 = resistência de fluxo, controlada por válvulas. 4 .. Controle Linear Assumindo q1 e q2 proporcionais aos níveis relativos de líquido e inversamente proporcionais às resistências de fluxo, são governados por: q1 = h1 − h2 R1 e q2 = h2 R2 . As variações de níveis de líquidos são governadas por: A1dh1 = (qi − q1)dt A2dh2 = (q1 − q2)dt o que implica A1 dh1 dt = qi − q1 A2 dh2 dt = q1 − q2 Estas equações são obtidas por linearização e aproximação. Na realidade, o fluxo de líquido émuito complexo e isso pode envolver fluxos turbulen- 5 .. Controle Linear tos, que não podem ser descritos por equações diferenciais lineares. Para simplificar a análise, fluxo turbulento é desconsiderado no desenvolvimento. Sejam qi e q2 entrada e saída do sistema. Agora pretendemos desenvolver uma equação diferencial para descrevê-las. A diferenciação de rendimento fornece: dh2 dt = R2 dq2 dt dh1 dt = R1 dq1 dt + dh2 dt = R1 dq1 dt +R2 dq2 dt Agora termine o desenvolvimento e obtenha uma equação diferencial de segunda ordem relacionando entrada e saída do sistema. Solução: Igualando-se as duas equações definidas para dh1 dt temos: R1 dq1 dt +R2 dq2 dt = qi − q1 A1 = 1 A1 qi − 1 A1 q1 Para escrever uma equação diferencial relacionando a saída q2 com a entrada qi é necessário eliminar as termos dependentes de q1 na equação diferen- cial anterior. Para isso, tomam-se as seguintes relações já mostradas: q1 = q2 + A2 dh2 dt e h2 = R2q2. 6 .. Controle Linear Assim é possível isolar q1 e dq1 dt : q1 = q2 + A2R2 dq2 dt dq1 dt = dq2 dt + A2R2 d2q2 dt2 Substituição de q1 e dq1 dt na primeira equação diferencial: R1 ( dq2 dt + A2R2 d2q2 dt2 ) +R2 dq2 dt = 1 A1 qi − 1 A1 ( q2 + A2R2 dq2 dt ) Desenvolvendo essa equação obtém-se: A1A2R1R2 d2q2 dt2 +(A1R1 + A1R2 + A2R1) dq2 dt + q2 = qi Essa é a equação diferencial de segunda ordem que relaciona a entrada com a saída do sistema de dois tanques interligados. 7 .. Controle Linear Exemplo Sensor de nível Identifique o sistema, o controle e a realimentação na figura abaixo: Solução: A figuramostra um sistema de controle de nível no qual a variável contro- lada é o nível de líquido, que é a saída do sistema, e a variável manipulada é a vazão de água, que é a entrada do sistema. A saída do sistema é realimen- tada, através da bóia, fornecendo uma nova configuração para a válvula que regula a vazão de entrada. Assim, o nível de líquido é controlado através da contínua alteração da vazão de entrada. 8 .. Controle Linear Exemplo Posicionamento antena Identifique o sistema, o controle e a realimentação para omecanismo de po- sicionamento de antena apresentado na figura abaixo: Solução: A figuramostra um sistema de controle de posicionamento de uma antena. A entrada desse sistema é um torque, fornecido pelomotor, e a saída é a po- sição angular, medida pelo sensor de posição. Essa posição é então utilizada pelo controlador para gerar o perfil de torque que fornecerá a posição an- 9 .. Controle Linear gular selecionada no painel de controle, configurando-se um esquema de controle por realimentação. Exemplo Sistemamecânico de segunda ordem Considere o sistemamassa-mola-amortecedor, commassam em [kg], cons- tante demola k em [N/m] coeficiente de amortecimento c em [N.s]. Sendo x(t) a saída e f(t) a entrada, obtenha ummodelo para esse sistema. Solução: Três forças atuam sobre o corpo livre demassam, a força Fk proveniente damola, a força Fc proveniente do amortecedor e a força F de entrada. Aplicando- 10 .. Controle Linear se a segunda lei de Newton e considerando-se o deslocamento x(t) na di- reção e no sentido apresentados n figura, obtém-se: ∑ forças = F − Fk − Fc = mẍ(t) As leis constitutivas damola e do amortecedor dizem que Fk = kx(t) e Fc = cẋ(t). Portanto, a seguinte equação diferencial é obtida: mẍ(t) + cẋ(t) + kx(t) = F Essa equação diferencial representa ummodelo para o sistema. Exemplo Circuito elétrico de segunda ordem Obtenha uma equação diferencial quemodele o circuito RLC abaixo. 11 .. Controle Linear Solução: Adota-se vR(t) a tensão no resistor, vL(t) a tensão no indutor e vC(t) a ten- são no capacitor. Portanto, segundo a lei de Kirchoff: v(t) = vR(t) + vL(t) + vC(t) Segundo as leis constitutivas de cada um dos componentes, vR(t) = Ri(t) vL(t) = L di(t) dt i(t) = C dvC(t) dt Portanto: v(t) = Ri(t) + L di(t) dt + vC(t) Derivando os dois membros da equação emanipulando-a de forma a obter uma relação entre a tensão de entrada V e corrente i(t), considerada a saída do sistema, temos: dv(t) dt = R. di(t) dt + L d2i(t) dt2 + dvC(t) dt dv(t) dt = L d2i(t) dt2 +R. di(t) dt + 1 C i(t) d2i(t) dt2 + R L . di(t) dt + 1 LC i(t) = 1 L dv(t) dt 12 .. Controle Linear Caso a saída fosse a tensão no capacitor teríamos: v(t) = Ri(t) + L di(t) dt + vC(t) v(t) = RC dvC(t) dt + LC d2vC(t) dt2 + vC(t) LC d2vC(t) dt2 +RC dvC(t) dt + vC(t) = v(t) Transformada de Laplace Ferramenta essencial para o desenvolvi- mento conceitual de funções de trans- ferência. A transformada de Laplace permite resolver equações diferenciais lineares através de operações algébri- cas com variáveiscomplexas. Para uma função f(t) t ≥ 0, a transformada de Laplace é definida como: L[f(t)] = F (s) = ∫ ∞ 0 f(t)e−stdt sendo s = σ+jω uma variável complexa. Algumas propriedades: • Linearidade: a transformada de Laplace da soma de duas funções é igual à soma das transformadas de Laplace dessas duas funções. L[αf1(t)+βf2(t)] = αF1(s)+βF2(s) • Diferenciação (condições iniciais nulas): derivar uma função n vezes no tempo implica emmultiplicar n vezes por s no domínio de Laplace. L[d nf(t) dt n ] = snF (s) • Integração (condições iniciais nu- las): integrar no tempo implica 13 .. Controle Linear em dividir por s no domínio de La- place. L[ ∫ f(t)dt] = F (s) s • Translação: a transformada de La- place de uma função deslocada no tempo é igual à transformada de Laplace da função sem o des- locamentomultiplicada por uma exponencial dependente do deslo- camento. L[f(t− a)u(t− a)] = e−asF (s) Onde u(t) é uma função degrau usada para garantir f(t − a) nula antes do tempo a. • Convolução: a transformada de Laplace da convolução entre dois sinais é igual ao produto da trans- formada de Laplace de cada um desses dois sinais. L[f(t) ∗ g(t)] = F (s)H(s) • Teorema do valor final: o valor em regime permanente de uma fun- ção pode ser obtido a partir da transformada de Laplace dessa função avaliada em s = 0. lim t⇝∞ f(t) = lim s⇝0 sF (s) A seguir é apresentada uma tabela com a transformada de Laplace de algumas funções selecionadas, todasmultiplica- das por um degrau unitário, ou seja, são nulas para t < 0. Note que u(t) é o de- grau unitário e δ(t) o impulso. f(t) L[f(t)] u(t) 1 s t 1 s2 tn n! sn+1 eat 1 s−a cos(ωt) s s2+ω2 sen(ωt) ω s2+ω2 eatcos(bt) s−a (s−a)2+b2 eatsen(bt) b (s−a)2+b2 δ(t) 1 14 .. Controle Linear Funções de Transferência Na formamais simples de sinais de en- trada x(t) e saída y(t) de tempo contí- nuo, a função de transferência é oma- peamento linear da transformada de LaplaceX(s) da entrada para a trans- formada Y (s) da saída: Y (s) = H(s)X(s) ou H(s) = Y (s) X(s) = L[y(t)] L[x(t)] ondeH(s) é a função de transferência do sistema LIT. A função de transfe- rência é uma relação algébrica no plano complexo para representar um sistema LIT. Seja um sistema descrito pela seguinte equação diferencial: an dny dtn + an−1 dn−1y dtn−1 + · · ·+ a1 dy dt + a0y = bm dmx dtm +bm−1 dm−1x dtm−1 + · · ·+b1 dx dt +b0x Aplicando a transformada de Laplace (para condições iniciais nulas): G(s) = Y (s) X(s) = bms m + bm−1s m−1 + · · ·+ b1s+ b0 ansn + an−1sn−1 + · · ·+ a1s+ a0 G(s) = ∑m i=0 bis i∑n i=0 ais i A função de transferência é: G(s) = bms m + bm−1s m−1 + · · ·+ b1s+ b0 ansn + an−1sn−1 + · · ·+ a1s+ a0 ou em formato de polos e zeros G(s) = bm an (s− z1)(s− z2) . . . (s− zm) (s− p1)(s− p2) . . . (s− pn) . Polos: raízes do polinômio caracterís- tico (denominador). Zeros: raízes do po- linômio no numerador. 15 .. Controle Linear Exemplo Equação de terceira ordem Obtenha uma representação em função de transferência para o sistema: ... y + 6ÿ + 11ẏ + 6y = 6u Solução: Aplicando a transformada de Laplace para condições iniciais nulas: (s3 + 6s2 + 11s+ 6)Y (s) = 6U(s) Y (s) U(s) = 6 s3 + 6s2 + 11s+ 6 Ou, em formato de polos e zeros: Y (s) U(s) = 6 (s+ 3)(s+ 2)(s+ 1) Exemplo Sistemamecânico de segunda ordem Obtenha a função de transferência domassa-mola-amortecedor sendo x(t) a saída e f(t) a entrada. 16 .. Controle Linear Solução: A equação diferencial do sistema é: mẍ(t) + cẋ(t) + kx(t) = f(t) Aplicando-se a transformada de Laplace sob condições iniciais nulas: ms2X(s) + csX(s) + kX(s) = F (s) (ms2 + cs+ k)X(s) = F (s) X(s) F (s) = 1 (ms2 + cs+ k) X(s) F (s) = 1/m s2 + cs/m+ k/m 17 .. Controle Linear Exemplo Circuito elétrico de segunda ordem Obtenha a função de transferência do circuito RLC abaixo considerando en- trada a tensão v(t) e saída a tensão no capacitor vC(t). Solução: A equação diferencial do circuito é: LC d2vC(t) dt2 +RC dvC(t) dt + vC(t) = v(t) Aplicando-se a transformada de Laplace sob condições iniciais nulas: (LCs2 +RCs+ 1)VC(s) = V (s) VC(s) V (s) = 1 LCs2 +RCs+ 1 18 .. Controle Linear VC(s) V (s) = 1/(LC) s2 +Rs/L+ 1/(LC) Exemplo Transpetro – 2006 – Engenheiro de Automação - 33 Um sistema tem a sua entrada x(t) relacionada com a saída y(t), através da seguinte equação diferencial: d2y dt2 + 5 dy dt = 10x(t) Considerando todas as condições iniciais nulas e aplicando, neste sistema, uma realimentação de saída, com lei de controle dada por x(t) = −Ky(t)+ r(t), a expressão da função de transferência relacionando a saída Y(s) e a en- trada de referênciaR(s) é: (A) Y (s) R(s) = K s2 + 5s+ 10K (B) Y (s) R(s) = 10 s2 + 5s+ 10 +K (C) Y (s) R(s) = 10 s2 + 5s+ 10K (D) Y (s) R(s) = 10K s2 + 5s+ 10K (E) Y (s) R(s) = K s2 + (5 +K)s+ 10K 19 .. Controle Linear Solução: A transformada de Laplace da equação é Y(s)(s2 + 5s) = 10X(s). Com a lei de controleX(s) = −KY (s) +R(s) Y (s)(s2 + 5s) = 10(−KY (s) +R(s)) Y (s)(s2 + 5s+ 10K) = 10R(s) Oque resulta na função de transferência da entrada R(s) para a saída Y(s) Y (s) R(s) = 10 s2 + 5s+ 10K Resposta: C Exemplo Transpetro – 2008 – Engenheiro de Automação - 36 Umdeterminado sistema físico pode ser modelado através da seguinte equa- ção diferencial ordinária: 2 d2u(t) dt2 + 14 du(t) dt + 20u(t) = d2y(t) dt2 + 4 dy(t) dt + 3y(t) Onde u(t) e y(t) representam, respectivamente, os sinais de entrada e de saída do sistema. A função de transferência deste sistema é: (A) 20s2 + 14s+ 2 s2 + 4s+ 3 20 .. Controle Linear (B) s2 + 4s+ 3 s2 + 14s+ 20 (C) 2s2 + 14s+ 20 s2 + 4s+ 3 (D) 3s2 + 4s+ 1 2s2 + 14s+ 20 (E) 20s2 + 14s+ 2 3s2 + 4s+ 1 Solução: A função de transferência é a razão entre as transformadas de Laplace da saída e da entrada. Aplicando a transformada à equação diferencial, 2s2U + 14sU + 20U = s2Y + 4sY + 3Y (2s2 + 14s+ 20)U = (s2 + 4s+ 3)Y Y U = 2s2 + 14s+ 20 s2 + 4s+ 3 Resposta: C Exemplo Petrobras – 2010 – Engenheiro Júnior - Elétrica - 10 Um sistema linear apresenta a seguinte configuração emmalha fechada, no domínio de Laplace. 21 .. Controle Linear No domínio do tempo, aplicando um degrau unitário na entrada deste sis- tema, a saída y(t), em regime permanente, tende para (A) 1 (B)K (C) 1/K (D) 10 (E) 1/10 Solução: O sistema emmalha fechada (P (s)) (da entradaR para a saída Y ) pode ser encontrado pela relação demalha P (s) = G(s) 1 +G(s) 22 .. Controle Linear ComG(s) = K s(s+ 10) P (s) = K s(s+ 10) (1 + K s(s+ 10) ) = K s(s+ 10) +K P (s) = K s2 + 10s+K = Y (s) R(s) A saída em regime permanente pode ser encontrada pelo teorema do va- lor final y∞ = lim s⇝0 sY (s) Como a entrada é um degrau, a atransformada de Laplace éR(s) = 1/s, Y (s) = P (s)R(s) = K (s2 + 10s+K) . 1 s Logo, y∞ = lim s⇝0 sK (s2 + 10s+K) . 1 s y∞ = K (0 + 10.0 +K) = K K = 1 Resposta: A 23 .. Controle Linear Diagrama de Blocos Usados para representar as relações de entrada, saída, realimentação e conexão entre sistemasmenores para construir ummaior. A seguir está representado o diagrama de blocos de um sistema re- alimentado com controlador no ramo direto. Um exemplo de diagrama para um caso de sistema de controle de nível: Outro caso no qual há uma realimenta- çãomas não émostrado explicitamente um controlador, que pode estar incluído no bloco "sistema": Note que a função de transferência de malha fechada de um sistema com re- alimentação negativa pode sempre ser definida como T = RD 1 +RI.RD ondeRD representa o RamoDireto e RI representa o Ramo Inverso da reali- mentação. 24 .. Controle Linear Exemplo Diagrama de blocos emalha fechada Esse diagrama representa amesma relação de entradas e saídas que o se- guinte: 7 Mostre a equivalência: Solução: Odiagrama original pode ser redesenhado da seguinte forma 25 .. Controle Linear ExemploDiagrama de blocos emalha fechada Obtenha a função de transferência de entrada para saída agrupando os blo- cos do diagrama. Solução: A resposta pode ser obtida utilizando-se a regra de que a função de trans- ferência emmalha fechada é dada por: T = RD 1 +RI.RD 26 .. Controle Linear comRD representando o RamoDireto eRI representando o Ramo Inverso da realimentação. Dessemodo obtém-se: θo(s) θi(s) = G1(s)G2(s) 1 +H(s)G1(s)G2(s) sendoRD = G1(s)G2(s) eRI = H(s). Tipicamente, os sistemas sãomodelados de duas formas: função de trasnferência emodelos de estados. As duas formas são obtidas a partir de equações dife- renciais lineares. Modelos de Estado A representaçãomais geral de espaço de estados de um sistema linear com en- trada p, saída q e n estados é escrita da seguinte forma: ẋ(t) = Ax(t) +Bu(t); y(t) = Cx(t) +Du(t). onde: x(t) é a variável de estados; u(t) é a entrada de controle; y(t) é o sinal de saída. Dessa forma é possível colocar um sistema de equações diferenciais em um formato padrãomatricial. Antes, convertem-se todas as equações em conjuntos de equações de primeira or- dem. Considere o seguinte sistema genérico de uma entrada e uma saída: y(n) + a1y (n−1) + · · ·+ an−1ẏ + any = u As variáveis de estado são definidas como: x1 = y x2 = ẏ ... xn = y (n−1) Assim, o seguinte acoplamento acon- tece, sendo a última equação uma equa- ção dinâmica: 27 .. Controle Linear ẋ1 = x2 ẋ2 = x3 ẋn−1 = xn ... ẋn = −anx1 − · · · − a1xn + u A última equação é obtida isolando-se o termo com derivada demais alta ordem na equação diferencial de ordem n. Esse conjunto de equações de primeira ordem pode ser colocado na formama- tricial: ẋ = Ax+Bu Onde: x = x1 x2 x3 ... xn ,B = 0 0 0 ... 1 x = 0 1 0 · · · 0 0 0 1 · · · 0 ... ... ... . . . ... 0 0 0 · · · 1 −an −an−1 −an−2 · · · −a1 Para a variável de saída também é possí- vel colocar em formamatricial: y = Cx+Du y = [ 1 0 0 · · · 0 ] x1 x2 x3 ... xn + [ 0 ] u Amatriz D será nula namaioria dos ca- sos. Omodelo de estados de um sistema pode ser definido de infinitas formas diferentes, dependendo de como são atribuídas as variáveis de estado. Os polos de um sistema descrito no es- paço de estados são iguais aos autovalo- res damatriz de estados A. Relação entre função de transferência e modelo de estado A aplicação da transformada de Laplace nas equações domodelo de estados for- nece: sX(s) = AX(s) +BU(s) Y (s) = CX(s) +DU(s) 28 .. Controle Linear Manipulando a primeira equação: sX(s)− AX(s) = BU(s) (sI − A)X(s) = BU(s) X(s) = (sI − A)−1BU(s) onde I é umamatriz identidade de di- mensões iguais àquelas damatriz A. Substitui-se agora esse resultado obtido na equação de saída: Y (s) = C(sI − A)−1BU(s) +DU(s) Y (s) U(s) = C(sI − A)−1B +D Essa função de transferência dada em função dasmatrizes de estado do sis- tema. A equação característica de um sistema também pode ser obtida a partir domo- delo de estados fazendo -se: det[sI − A] = 0 Exemplo Tanques que se comunicam -Modelo de estado Em plantas químicas, é necessário manter o nível de líquidos. Ummodelo simplificado émostrado na figura abaixo, na qual: q0, q1, q2 = taxas de fluxo do líquido; A1,A2 = Área de seção dos tanques; h1, h2 = níveis de líquido; R1,R2 = resistência de fluxo, controlada por válvulas. 29 .. Controle Linear Assumindo q1 e q2 proporcionais aos níveis relativos de líquido e inversamente proporcionais às resistências de fluxo, são governados por: q1 = h1 − h2 R1 e q2 = h2 R2 . As variações de níveis de líquidos são governadas por: A1dh1 = (qi − q1)dt A2dh2 = (q1 − q2)dt o que implica A1 dh1 dt = qi − q1 A2 dh2 dt = q1 − q2 30 .. Controle Linear Estas equações são obtidas por linearização e aproximação. Na realidade, o fluxo de líquido émuito complexo e isso pode envolver fluxos turbulen- tos, que não podem ser descritos por equações diferenciais lineares. Para simplificar a análise, fluxo turbulento é desconsiderado no desenvolvimento. Sejam qi e q2 entrada e saída do sistema. Agora pretendemos desenvolver uma equação diferencial para descrevê-las. A diferenciação de rendimento fornece: dh2 dt = R2 dq2 dt dh1 dt = R1 dq1 dt + dh2 dt = R1 dq1 dt +R2 dq2 dt Agora termine o desenvolvimento e obtenha uma representação em espaço de estados. Solução: A equação diferencial do sistema considerando a entrada qi = u e a saída q2 = y é: ÿ + a1ẏ + a2y = b0u Com os parâmetros dados por: a1 = A1R1 + A1R2 + A2R2 A1A2R1R2 a2 = 1 A1A2R1R2 b0 = 1 A1A2R1R2 As variáveis de estado são escritas como: x1 = y x2 = ẏ 31 .. Controle Linear Portanto, as equações de estado podem ser escritas como: ẋ1 = x2 ẋ2 = −a2x1 − a1x2 + b0u Essas equações de estado podem ser colocadas em formamatricial: [ ẋ1 ẋ2 ] = [ 0 1 −a2 −a1 ][ x1 x2 ] +Bu y = [ 1 0 ] [x1 x2 ] Com A = [ 0 1 −a2 −a1 ] B = [ 0 1 −a2 −a1 ] e C = [ 1 0 ] Exemplo Tanques que se comunicam -Modelo de estado Obtenha uma representação em espaço de estados para: ... y + 6ÿ + 11ẏ + 6y = 6u 32 .. Controle Linear Solução: As variáveis de estado podem ser definidas como: x1 = y x2 = ẏ x3 = ÿ Portanto: ẋ3 = −6x1 − 11x2 − 6x3 + 6u Em formamatricial: ẋ1ẋ2 ẋ3 = 0 1 00 0 1 −6 −11 −6 x1x2 x3 + 00 6 u y = [ 1 0 0 ]x1x2 x3 Com A = 0 1 00 0 1 −6 −11 −6 B = 00 6 e C = [ 1 0 0 ] 33 .. Controle Linear Realimentação de Estados É possível projetar controladores tam- bém no espaço de estados. Nesse con- texto, a técnicamais comum é a aloca- ção de pólos através de uma realimenta- ção de estados. Alocar polos significa atribuir ao sistema de controle polos convenientemente escolhidos. Reali- mentar estados significa usar o vetor de estados do sistema em uma realimenta- ção tal que a lei de controle seja: u(t) = r(t)−Kx(t) sendoK = [ k1 k2 · · · kn ] o vetor de ganhos da realimentação de estados da planta com n estados. Seja a planta no espaço de estados dada por: ẋ(t) = Ax(t) +Bu(t) y(t) = Cx(t) +Du(t) Substituindo-se a lei de controle nesse modelo de estados tem-se: ẋ(t) = Ax(t) +B(r(t)−Kx(t)) y(t) = Cx(t) +D(r(t)−Kx(t)) Consequentemente o sistema emmalha fechada será representado por: ẋ(t) = (A−BK)x(t) +Br(t) y(t) = (C −DK)x(t) +Dr(t) Os autovalores de (A − BK) definem os polos do sistema emmalha fechada. Dessemodo é possível alocar os polos do sistema selecionando adequada- mente K. 34 .. Controle Linear Exemplo Realimentação de estados Um sistema descrito no espaço de estados por: [ ẋ1 ẋ2 ] = [ 0 1 −2 −3 ][ x1 x2 ] + [ 0 1 ] u Os polos desse sistema sem controle são s = −1 e s = −2. Use uma re- alimentação de estados para alocar os polos desse sistema em s = −1 e s = −5. Solução: A equação característica desejada é s2+6s+5 = 0. A equação caracterís- tica do sistema com a realimentação de estados e um vetor de ganhosK =[ k1 k2 ] é dada por: det[sI − (A−BK)] = 0 det[s [ 1 0 0 1 ] − ( [ 0 1 −2 −3 ] − [ 0 1 ][ k1 k2 ] )] = 0 det[ [ s −1 2 + k1 s+ 3 + k2 ] = 0 s2 + (3 + k2)s+ (2 + k1) = 0 35 .. Controle Linear Igualando-se o polinômio característico desejado com aquele proveniente da realimentação de estados é possível determinar K: s2 + (3 + k2)s+ (2 + k1) = s 2 + 6s+ 5 3 + k2 = 6 2 + k1 = 5 Portanto: K = [ 3 3 ] Critério de Routh-Hurwitz A estabilidade de um sistema nem sem- pre é facilmente analisada e para isso existe algunsmétodos para classificá- las, sendo um deles o critério de Routh- Hurwitz. Ométodo permite determi- nar a estabilidade de um sistema linear contínuo. Considerando-se a seguinte equação característica de um sistema: Q(s) = ans n + an−1s n−1 + · · ·+ a1s+ a0 Pode-se entãomontar a seguinte tabela com os coeficientes: sn an an−2 an−4 · · · sn−1 an−1 an−3 an−5 · · · sn−2bn−1 bn−3 bn−5 · · · ... ... ... ... ... s0 hn−1 No caso da linha sn−2 : bn−1 = − 1 an−1 ∣∣∣∣∣ an an−2an−1 an−3 ∣∣∣∣∣ bn−2 = − 1 an−1 ∣∣∣∣∣ an an−4an−1 an−5 ∣∣∣∣∣ E no caso da linhas sn−3: cn−1 = − 1 bn−1 ∣∣∣∣∣ an−1 an−3bn−1 bn−3 ∣∣∣∣∣ 36 .. Controle Linear cn−2 = − 1 bn−1 ∣∣∣∣∣ an−1 an−5bn−1 bn−5 ∣∣∣∣∣ Quando a tabela de Routh-Hurwitz é então determinada, é feita uma análise da primeira coluna. Se todos os termos tiverem omesmo sinal, o sistema é es- tável. Contudo, se houver algumamu- dança de sinal, pode-se afirmar que o sistema possui aomenos um pólo no semi plano direito e o sistema é instável. Exemplo Petrobras – 2014 – Engenharia de Equipamentos Júnior Eletrônica - 32 O critério de estabilidade de Routh é determinado em função das raízes da equação característica da equação diferencial que reage o sistema e que re- presenta os polos da função de transferência. Assim, dada a equação carac- terística, representada pelo polinômio p(s) = 2s3+2s2+3s+6, verifica-se que, pelo critério da estabilidade, o sistema é : (A) estável, pois todas as raízes da equação característica estão no semiplano da direita. (B) estável, pois existe apenas uma transição de sinal na primeira coluna da tabela de Routh. (C) estável, pois não existe transição de sinal na primeira coluna da tabela de Routh. (D) instável, pois existem duas transições de sinal na primeira coluna da ta- bela de Routh. 37 .. Controle Linear (E) instável, pois existem polos complexos conjugados no semiplano da es- querda. Solução: Analisando-se a equação característica é possível obter a seguinte tabela de Routh: s3 2 3 s2 2 6 s1 −3 0 s0 6 Assim é possível notar que existem duas transições de sinal na primeira co- luna, e assim, pode-se afirmar que aomenos um pólo está no semiplano di- reito e o sistema é instável. Resposta: D Caiu no concurso! Transpetro – 2006 – Engenheiro de Automação - 29 Uma planta industrial pode ser modelada através de uma Função de Trans- ferência G(s) racional e contínua, de terceira ordem, estritamente própria e estável. Com relação a G(s), é correto afirmar que: (A) possui três pólos localizados no semiplano s da direita. (B) possui pelomenos um zero localizado no infinito. (C) o seu grau relativo é zero. 38 .. Controle Linear (D) possui dois zeros localizados sobre o eixo imaginário no plano s. (E) todos os pólos estão localizados sobre o eixo real negativo. Resposta: B Caiu no concurso! Transpetro – 2006 – Engenheiro de Automação - 31 Num circuito elétrico, o sinal de tensão v(t), causal, é representadomate- maticamente pela expressão no domínio de Laplace: V (s) = 10s+ 20 s2 + 4s+ 20 Esta tensão tem a sua expressão no domínio do tempo, para t ≥ 0 , dada por: (A) v(t) = 10e−2t cos(4t) (B) v(t) = 10e−2t sin(4t) (C) v(t) = 20e−2t sin(4t+ π 4 ) (D) v(t) = 10e−2t cos( √ 20t) (E) v(t) = 10e−2t sin( √ 20t) Resposta: A Caiu no concurso! 39 .. Controle Linear Transpetro – 2008 – Engenheiro de Automação - 31 A figura acima apresenta o diagrama de um sistema de controle cujas equa- ções sob a forma de espaço de estado são: { Ẋ(t) = AX(t) +Bu(t) y(t) = CX(t) com a lei de controle u(t) = −KX(t) +Mr(t) Onde A = [ 0 1 −8 −6 ] ,B = [ 0 1 ] ,C = [ 10 0 ] eK = [ 6 3 ] Quando uma entrada r(t) do tipo degrau for aplicada, qual o valor do ganho Mpara que o erro de estado estacionário seja NULO? (A) 5,00 (B) 3,65 (C) 2,48 (D) 1,40 40 .. Controle Linear (E) 0,80 Resposta: D Caiu no concurso! Transpetro – 2008 – Engenheiro de Automação - 37 Um sistema dinâmico emmalha fechada pode ser modelado sob a forma de espaço de estado através das seguintes equações: [ ẋ1(t) ẋ2(t) ] = [ −5 6 −1 0 ][ x1(t) x2(t) ] + [ 1 3 ] u(t) y(t) = [ 2 0 ] [x1(t) x2(t) ] As posições dos pólos no plano s da função de transferência deste sistema são (A) s1 = -2 e s2 = -3 (B) s1 = -1 e s2 = -3 (C) s1 = -1 e s2 = -2 (D) s1 = -2 e s2 = -4 (E) s1 = -3 e s2 = -5 Resposta: A 41 .. Controle Linear Caiu no concurso! Termoceará – 2009 – Engenheiro de Termelétrica - 32 Considere omodelo de um sistema linear dado pela seguinte representa- ção em espaço de estado: Ẋ(t) = [ −11 −60 1 5 ] X(t) + [ 1 0 ] u(t) y(t) = [ 1 15 ] X(t) Os polos deste sistema são: (A) 5,0 e 1,0 (B) 2,0 e 4,0 (C) - 2,0 e - 4,0 (D) - 5,0 e -1,0 (E) -11,0 e 5,0 Resposta: D 42 .. Controle Linear Caiu no concurso! Petrobras - 2010 - Engenheiro de Equipamentos – Eletrônica - 43 Seja um sistema linear e invariante no tempo definido pelo seumodelo em espaço de estados: [ ẋ1 ẋ2 ] = [ −3 1 −2 1, 5 ][ x1 x2 ] + [ 1 4 ] u y = [ 1 0 ] [x1 x2 ] A função de transferência Y (s)/U(s) é (A) s+ 2, 5 s2 + 1, 5s+ 3, 5 (B) s+ 3, 5 s2 + 1, 5s− 2, 5 (C) s+ 2, 5 s2 + 3, 5s+ 1, 5 (D) s+ 1, 5) s2 + 3, 5s− 2, 5 (E) s+ 1, 5 s2 + 3, 5s+ 1, 5 Resposta: D 43 .. Controle Linear Caiu no concurso! Petrobras - 2010 - Engenheiro de Equipamentos – Eletrônica - 44 Odiagrama em blocos da figura acimamostra um sistema linear, de 2ª or- dem, composto de dois integradores, somadores e ganhos. A entrada é u(t) e a saída y(t). A função de transferência deste sistema é: (A) Y (s) U(s) = 5s s2 − 3s+ 2 (B) Y (s) U(s) = 5 s2 + 3s+ 2 (C) Y (s) U(s) = 5s+ 1 s2 − 3s− 2 (D) Y (s) U(s) = 5s+ 1 s2 + 3s+ 2 44 .. Controle Linear (E) Y (s) U(s) = s+ 5 s2 + 3s+ 2 Resposta: D Caiu no concurso! Petrobras - 2010 - Engenheiro de Equipamentos – Eletrônica - 48 Odiagrama em blocos da figura acimamostra um filtro digital, tendoX(z) como entrada e Y (z) como saída. A expressão da função de transferência H(z) = Y (z) X(z) é (A)H(z) = z2 + 3z + 2 z2 + 3z + 8 (B)H(z) = z2 + 3z + 8 5z2 + 3z + 2 (C)H(z) = 2z2 + 3z + 5 z2 + 3z + 8 45 .. Controle Linear (D)H(z) = 3z2 + 2z + 5 z2 + 8z + 3 (E)H(z) = 5z2 + 3z + 2 z2 + 3z + 8 Resposta: E Caiu no concurso! Petrobras - 2010 - Engenheiro de Equipamentos – Eletrônica - 50 Considere os dados a seguir, para responder às questões de nos 50 e 51. Um sistema linear apresenta a seguinte configuração emmalha fechada: Aplicando um impulso unitário na entrada deste sistema, o sinal y(t) de saída será da forma: y(t) = Me−σt sin(ωt) Considerando que ω = 4 rad/s, o valor do ganho K é: (A) 85 46 .. Controle Linear (B) 50 (C) 45 (D) 41 (E) 25 Resposta: D Caiu no concurso! Petrobras - 2011 - Engenheiro de Equipamentos – Elétrica - 60 Um sistema linear, causal e de segunda ordem é representado pela seguinte função de Transferência: G(s) = K s2 + as+ b Esse sistema opera com razão de amortecimento 0,7 e frequência natural não amortecida de 15 rad/s. Quando alimentado por um degrau unitário em sua entrada, a saída, em regime permanente, atinge o valor 0,4. Os valores de a e K, respectivamente, são (A) 42 e 180 (B) 21 e 90 (C) 21 e 15 (D) 10,5 e 90 (E) 10,5 e 45 47 .. Controle Linear Resposta: B Caiu no concurso! Petrobras - 2011 - Engenheiro de Equipamentos – Eletrônica - 25 Considere as informações a seguir para responder às questões de nos 25 e 26. O controle de atitude de um satélite em órbita consiste em ajustar, auto- maticamente, o ângulo de seu eixo, demodo a direcionar sua antena para a região desejada na superfície da Terra. Omodelo simplificado desse sis- tema consta de um sinal de entrada, que é o torque τ(t), e de um sinal de saída, que é o ângulo θ(t). Considerando o vetor de estadoX(t) = [ x1(t) x2(t) ] de- finido com x1(t) = θ(t), posição angular e x2(t) = θ̇(t) = dθ dt , a velocidade angular, obtém-se o seguintemodelo em espaço de estado. Ẋ(t) = [ 0 1 0 0 ] X(t) + [ 0 1 ] u(t) y(t) = [ 2 0 ] X(t) Aplicando uma realimentação de estado, com a lei de controle dada por τ(t) = −Kx(t) = − [ k1 k2 ] X(t), o valor do vetor de ganhos K, que conduz os polos emmalha fechada para as posições -2 e -3, é (A) [5 6] (B) [2 3] 48 .. Controle Linear (C) [6 5] (D) [-5 -6] (E) [-2 -3] Resposta:C Caiu no concurso! Petrobras - 2011 - Engenheiro de Equipamentos – Eletrônica - 27 Ográfico da figura acima corresponde à resposta ao degrau unitário apli- cado na entrada de um sistema de 2a ordem, cuja função de transferência éG(s) = 16 s2 + 8s+ b . Com base nos dados da figura, os polos desse sis- tema são complexos, conjugados e iguais a 49 .. Controle Linear (A)−4± j8 (B)−4± j4 (C)−4± j8 √ 3 (D)−4± j4 √ 3 (E)−4± j3 Resposta: D Caiu no concurso! Petrobras - 2011 - Engenheiro de Equipamentos – Eletrônica - 28 Odiagrama em blocos da figura acimamostra um sistema emmalha fechada, ondeU(s) é o sinal de entrada e Y (s), o sinal de saída. O valor do ganhoK , para que os polos da função de transferência Y (s) U(s) sejam complexos, conju- gados e com parte real igual -6,5, é (A) 20 50 .. Controle Linear (B) 15 (C) 8 (D) 3 (E) 1 Resposta: D Caiu no concurso! Petrobras - 2011 - Engenheiro de Processamento - 63 51 .. Controle Linear A figura acima representa a resposta da variável de saída y(t) a uma pertur- bação degrau demagnitude de 2 unidades na variável de entrada de um pro- cesso, a partir de um instante em que o processo estava em regime perma- nente. Com base nessas informações, a função de transferência desse pro- cesso é (A) 2, 5/(2s+ 1) (B) 2, 5/(5s+ 1) (C) 2, 5/(30s+ 1) (D) 3, 0/(5s+ 1) (E) 3, 0/(30s+ 1) Resposta: B 52 .. Controle Linear Caiu no concurso! Petrobras - 2011 - Engenheiro de Processamento - 64 A figura acima representa a resposta da variável de saída a uma perturba- ção degrau demagnitude de 2 unidades na variável de entrada de um sis- tema de segunda ordem, a partir de um instante em que o processo estava em regime permanente. Com base nessas informações, conclui-se que (A) o sistema I tem fator de amortecimento (ξ) maior que o do sistema II. (B) o tempo de subida (ou ascensão) do sistema I é de 10min. (C) os dois sistemas têm fator de amortecimento ((ξ)) maiores do que 1. 53 .. Controle Linear (D) os ganhos dos sistemas são iguais a uma unidade. (E) a sobrelevação do sistema II é de 0,8. Resposta: E Caiu no concurso! Petrobras - 2011 - Engenheiro de Processamento - 65 A figura a seguir representa, em diagrama de blocos, um sistema com 3 fun- ções de transferênciaG1(s),G2(s) eG3(s). A função de transferência global entre Y (s) eX(s) é dada por (A)G1(s)−G2(s) +G3(s) (B) [G1(s)−G2(s)]/G3(s) (C) [G1(s)−G2(s)]G3(s) (D)G1(s)G3(s)/[1−G2(s)G3(s)] 54 .. Controle Linear (E)G1(s)G3(s)/[1 +G2(s)G3(s)] Resposta: C Caiu no concurso! Petrobras - 2011 - Engenheiro de Processamento - 66 Considere que o controlador usado no sistema representado no diagrama de blocos seja do tipo PI (proporcional + integral), cuja equação descritiva é dada por p(t) = p+Kce(t) + Kc τi ∫ t 0 e(t)dt Para respostas do sistema à variação degrau, tanto na variável perturbadora como no valor de referência (set-point), com esse tipo de controlador, conclui- se que o(a) (A) desvio permanente da variável controlada em relação ao valor de refe- rência será igual a zero, para valores adequados do ganho e da ação integral do controlador. (B) resposta da variável controlada será estável para qualquer valor da ação integral. (C) resposta da variável controlada será estável para qualquer valor do ga- nho. 55 .. Controle Linear (D) resposta do sistema ficamais rápida para um dado valor da ação inte- gral, quando se diminui o ganho. (E) resposta do sistema tende a ser mais rápida para um dado valor do ga- nho, quando se aumenta o valor da ação integral. Resposta: A Caiu no concurso! Petrobras - 2011 - Engenheiro de Processamento - 67 Considere a figura e os dados abaixo para responder às questões de nos 67 a 69. Odiagrama de blocos acima representa um sistema de controle por reali- mentação de um determinado processo, cuja variável perturbadora é de- signada por u(t) e sua transformada de Laplace éU(s), em termos de variável- 56 .. Controle Linear desvio. As funções de transferência do controlador, da válvula de controle e do sensor-transmissor estão representadas, respectivamente, porGc(s), Gv(s) eGm(s). De acordo com as funções de transferência representadas no diagrama de blocos, analise as afirmativas a seguir. I - O sensor-transmissor émuito rápido se comparado ao processo e, por isso, a sua função de transferência é representada apenas por um ganho. II - A válvula de controle é do tipo ar-abre (ou falha fechada), porque o seu ganho é positivo. III - SeGc(s) = 5(2s + 1)/2s, o controlador é do tipo PI, e a sua ação é re- versa. Está correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. Resposta: E 57 .. Controle Linear Caiu no concurso! Petrobras - 2011 - Engenheiro de Processamento - 68 A função de transferência emmalha fechada entre a variável controlada y e a variável perturbadora u é definida por (A) 2(0, 2s+ 1) (0, 2s+ 1)(0, 5s+ 1) + 0, 25Kc (B) 2(0, 5s+ 1) (0, 2s+ 1)(0, 5s+ 1) + 0, 25Kc (C) 2(0, 5s+ 1) (0, 2s+ 1)(0, 5s+ 1) + (0, 5s+ 1) (D) 2(0, 2s+ 1) 1 + 0, 25Kc(0, 2s+ 1)(0, 5s+ 1) (E) 2(0, 2s+ 1) (0, 2s+ 1)(0, 5s+ 1)− 0, 25Kc Resposta: A Caiu no concurso! Petrobras - 2011 - Engenheiro de Processamento - 69 Considere que o controlador é proporcional puro e de ação reversa. Na hi- pótese de ocorrer uma perturbação degrau de 2 unidades em u, analise as decorrências abaixo. I - A resposta da variável controlada será estável para qualquer valor deKc. II - Não haverá desvio permanente da variável controlada em relação ao va- lor desejado. 58 .. Controle Linear III - O desvio permanente da variável controlada em relação ao valor dese- jado será de 2 unidades, se o valor deKc for igual a 4. IV - O desvio permanente na variável controlada em relação ao valor dese- jado serámaior quantomenor for o valor do ganho do controlador. São corretasAPENAS a(s) decorrência(s) (A) II. (B) I e II. (C) I e III. (D) III e IV. (E) I, III e IV. Resposta: D Caiu no concurso! Petrobras - 2010 - Engenheiro de Processamento - 07 Constatou-se que uma variável de processo emmalha fechada apresentava elevadas sobrelevações (ou overshoots) em resposta a distúrbios oumu- danças no seu set-point. Diagnosticou-se que a causa desse comportamento era sintonia inadequada do controlador, que era um PI, com função de trans- ferência dada por Gc(s) = kc(1 + 1 τls ) 59 .. Controle Linear , tal queKc é o ganho do controlador (adimensional) e τl é o tempo integral (com unidade de tempo). Dentre as alterações de sintonia apresentadas abaixo, a resposta emmalha fechada com o PI se tornarámenos oscilatória devido a: (A) diminuição deKc e de τl. (B) diminuição deKc e aumento de τl. (C) au- mento deKc, mantendo-se τl fixo. (D) aumento deKc e de τl. (E) aumento deKc e diminuição de τl. Resposta: B Caiu no concurso! Petrobras - 2010 - Engenheiro de Processamento - 08 Seja um sistema emmalha fechada com um controlador P, cuja função de transferência emmalha fechada é Y (s) L(s) = −4 s2 + 2s+ 2 , em variáveis-desvio. SeL(s) = 3 5 e se o set-point for mantido constante, o offset, definido como o erro permanente entre o set-point e o valor final da variável controlada, será (A) 0 (B) 3 (C) 6 (D) 12 (E)∞ 60 .. Controle Linear Resposta: C Caiu no concurso! Petrobras - 2010 - Engenheiro de Processamento - 19 Umdado sistema emmalha fechada apresenta a seguinte equação carac- terística (EC): 4s3 + 8s2 + 5s+ 5 = 0. OArranjo de Routh abaixo foi construído para analisar a estabilidade desse sistema. Mesmo sem o cálculo explícito das raízes, o Critério de Estabilidade de Routh leva a afirmar que, para esse sistema, há (A) um par de raízes no semiplano direito e uma raiz no semiplano esquerdo de s. 61 .. Controle Linear (B) uma raiz no semiplano esquerdo e um par de raízes sobre o eixo imagi- nário. (C) uma raiz no semiplano direito e um par de raízes no semiplano esquerdo de s. (D) trêsraízes no semiplano direito de s. (E) três raízes no semiplano esquerdo de s. Resposta: E 62 .. Controle Linear Caiu no concurso! Petrobras - 2010 - Engenheiro de Processamento - 20 Seja o diagrama de blocos para um processo emmalha fechada com um con- trolador P exibido a seguir. Para degraus emL(t), afirma-se que, emmalha fechada com o controlador P (Kc > 0), a resposta Y (t) será (A) mais rápida emenos sensível ao distúrbio que emmalha aberta. (B) mais rápida emais sensível ao distúrbio que emmalha aberta. (C) mais lenta emais sensível ao distúrbio que emmalha aberta. (D) mais lenta emenos sensível ao distúrbio que emmalha aberta. (E) tão rápida e tão sensível quanto emmalha aberta. Resposta: A 63 .. Controle Linear Caiu no concurso! Petrobras - 2010 - Engenheiro de Processamento - 30 G1(s) = 1 s+ 1 eG2(s) = 2 5s+ 1 foram conectados conformemostrado abaixo. A função de transferênciaG(s) = Y (s) U(s) , representada no diagrama de blo- cos acima, apresenta polinômios em s, no numerador e no denominador, de ordens, respectivamente, (A) 0 e 1 (B) 0 e 2 (C) 1 e 1 (D) 1 e 2 (E) 2 e 2 Resposta: D 64 .. Controle Linear Caiu no concurso! Petrobras Biocombustível - 2010 - Engenheiro de Processamento - 39 Funções de transferência de 1a ordem com tempomorto são frequentemente empregadas namodelagem de processos para controle. Apresenta-se, ao lado, a simulação da resposta y(t) de um sistema representado por uma fun- ção desse tipo para um degrau demagnitude 0,5, aplicado na variável de en- trada no tempo t = 0. 65 .. Controle Linear Em função da resposta exibida para o degrau implementado, os parâmetros ganho estático, constante de tempo e tempomorto são, respectivamente, (A) 2, 5 e 0 (B) 2, 5 e 5 (C) 4, 10 e 0 (D) 4, 10 e 5 (E) 4, 25 e 0 Resposta: B Caiu no concurso! Petrobras Biocombustível - 2010 - Engenheiro de Processamento - 40 Dispõe-se das informações abaixo sobre os elementos de umamalha de con- trole. - Válvula em série com o processo: GfGp = Kτs+1 , com parâmetros cons- tantes. - Controlador: proporcional (Kc > 0). - Elemento demedida - em função da localização do sensor, duas funções de transferência são possíveis: Gm1 = Km (“Caso 1”) eGm2 = Kmexp(−θs) (“Caso 2”), com parâmetros constantes. Com base na descrição dos elementos acima, conclui-se que amalha fechada (A) será ESTÁVEL para qualquer valor deKc > 0, tanto para o “Caso 1” quanto para o “Caso 2”. 66 .. Controle Linear (B) será ESTÁVEL para qualquer valor deKc > 0 para o “Caso 1”, e pode se tornar INSTÁVEL àmedida que se aumentaKc para o “Caso 2”. (C) pode tornar-se INSTÁVEL àmedida que se aumentaKc para o “Caso 1”, e será ESTÁVEL para qualquer valor deKc > 0 para o “Caso 2”. (D) pode tornar-se INSTÁVEL àmedida que se aumentaKc, tanto para o “Caso 1” quanto para o “Caso 2”. (E) será INSTÁVEL para qualquer valor deKc > 0, tanto para o “Caso 1” quanto para o “Caso 2”. Resposta: B Caiu no concurso! Petrobras - 2008 - Engenheiro de Equipamentos – Terminais e Dutos - 33 Os pólos de uma função de transferência só NÃO estão associados ao(à) (A) tempo de resposta do sistema. (B) comportamento oscilatório do sistema. (C) estabilidade do sistema. (D) influência das derivadas do sinal de entrada. (E) influência das integrais do sinal de entrada. Resposta: D 67 .. Controle Linear Caiu no concurso! Petrobras - 2008 - Engenheiro de Equipamentos – Terminais e Dutos - 34 Em um sistema de controle, zeros demalha aberta positivos indicam (A) instabilidade damalha aberta. (B) sistema demalha aberta oscilatório. (C) possibilidade demalha fechada instável. (D) não-existência de zeros demalha fechada positivos. (E) não-existência de pólos demalha fechada positivos. Resposta: C 68 .. Controle Linear Caiu no concurso! Petroquímica Suape - 2010 - Engenheiro de Equipamentos Pleno – Ênfase em Eletricidade - 33 Um circuito RLC série apresenta seus componentes resistor (R), capacitor (C) e indutor (L), associados em série. A corrente elétrica que circula neste circuito émodelada por uma equação diferencial ordinária, linear, de 2ª or- dem e cuja equação característica, no domínio de Laplace, é,na forma pa- ramétrica, representada por s2 + 2ξωns+ ω 2 n Sendo os parâmetros: ξ a razão de amortecimento e ωn a frequência natu- ral não amortecida. A expressão da razão de amortecimento desse circuito em função dos com- ponentes R, L e C, é (A) ξ = R 2 √ C L (B) ξ = R √ C L (C) ξ = R 2 √ L C (D) ξ = 1 2R √ C L (E) ξ = R 2 √ LC Resposta: A 69 .. Controle Linear Caiu no concurso! Petroquímica Suape - 2010 - Engenheiro de Equipamentos Pleno – Ênfase em Eletricidade - 36 Omodelo em espaço de estados de um sistema linear é representado pela equação Ẋ(t) = [ 0 1 −12 −7 ] X(t) + [ 0 1 ] u(t) y(t) = [ 4 1 ] X(t) Ẋ(t) é a derivada em relação ao tempo do vetorX(t). Tal sistema pode se caracterizar por ser I - controlável. II - observável. III - estável. Corresponde(m) ao sistemamodelado acima a(s) característica(s) (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. Resposta: C 70 .. Controle Linear Caiu no concurso! Petroquímica Suape - 2010 - Engenheiro de Equipamentos Pleno – Ênfase em Eletricidade - 41 Analise as seguintes propriedades da Transformada de Laplace: 1) Aplicada sobre uma função exponencial: L[ke−αt] = k s+ α 2) Aplicada sobre a convolução de duas funções temporais, é igual ao pro- duto das correspondentes transformadas dessas funções, no domínio de La- place, ou seja, L[f1(t) ∗ f2(t)] = F1(s)F2(s) Considerando dois sinais no domínio do tempo, apenas para t ≥ 0, dados pelas funções x(t) = e−3t e y(t) = 2e−2t e sendow(t) = x(t) ∗ y(t), a ex- pressão dew(t), para t ≥ 0, é (A)w(t) = 2e−3t + 2e−2t (B)w(t) = 2e−2t − 2e−3t (C)w(t) = 2e−3t − 2e−2t (D)w(t) = e−3t − 2e−2t 71 .. Controle Linear (E)w(t) = 2e−3t − e−2t Resposta: B 72
Compartilhar