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Avaliação Cinética Funcional do Assoalho Pélvico Feminino PROFª MARCIELLE AL INE DE MEDEIROS BRITO FIS IOTERAPIA UROGENITAL Estática Pélvica ❑ Os órgãos pélvicos são mantidos em suas posições fisiológicas pelo aparelho de fixação: Aparelho de Fixação Sistema de Suspensão R1 Lig. Pubovésico-uterino Lig. Cardinal Lig. Uterossacro Sistema de Sustentação R2 Musculatura do Assoalho Pélvico (MAP) Sistema de Contenção R3 Aponeurose e Fáscias ❑ Equilíbrio Pélvico: ▪ R1+R2+R3 ≥PIA ❑ Desequilíbrio Pélvico: ▪ R1+R2+R3 ≤ PIA Estados hormonais, esportes, prolapsos. Fatores que interferem na biomecânica pélvica ❑Hiperlordose lombar ❑Ante-versão pélvica ❑Disfunção sacro ilíaca ❑Assimetria de solicitações de peso corporal ❑Desequilíbrio entre grupos musculares adutores e abdominais ❑Disfunção do quadril Função da Musculatura do Assoalho Pélvico ❑ Suporte dos órgãos pélvicos e estabilização do tronco, sacro e cóccix; ❑ Preservação e/ou do ângulo anorretal e apoio ao reto durante a evacuação; ❑Manutenção da pressão responsável pelo fechamento da uretra e ânus durante AVD’s; ❑ Inibição do músculo detrusor da bexiga; ❑ Relaxamento durante a fase de esvaziamento (bexiga e ânus) e durante o parto; ❑Manutenção da continência e estática pélvica. Ação básica dos MAP – contração/relaxamento de forma coordenada, controlada e automática, de modo a preservar a continência e sustentar as vísceras pélvicas. Estrutura Muscular do Assoalho Pélvico Músculo Elevador do Ânus: Fibras do tipo I: 70% Fibras do tipo II: 30% Tipos de Fibras Musculares ❑ Fibras I: ▪ contração lenta, grande quantidade de mitocôndrias, mioglobina, sem sofrer fadiga; ▪ mantêm o tônus muscular. ❑ Fibras II: ▪ contração rápida, pequena concentração de mitocôndrias, grande quantidade de enzimas proteolíticas, mais fatigáveis; ▪ contraem rapidamente em resposta ao aumento de pressão intra-abdominal. Classificação das disfunções do assoalho pélvico ❑ Incontinência urinária (incontinência de esforço, urge-incontinência ou incontinência urinária mista) ❑ Incontinência fecal ❑ Prolapso dos órgãos pélvicos (POP) ❑ Anormalidades sensoriais e de esvaziamento do trato urinário baixo ❑ Disfunções defecatórias ❑ Disfunções sexuais ❑ Dores pélvicas crônicas. Avaliação Cinética Funcional do Assolho Pélvico Feminino Etapas da Avaliação Identificação História Clínica Hábitos de Vida História Sexual Informações de dados Urinários Informações de dados Ginecológicos e Obstétricos Função Intestinal Exame Físico Questionários Identificação História Clínica ❑Queixa principal ❑HDA ❑HDP ❑Antecedentes pessoais e familiares ❑Antecedentes cirúrgicos ❑Diagnóstico clínico ❑Diagnóstico cinético-funcional Hábitos de Vida Dados Ginecológicos e Obstétricos Dados Urinários História Sexual Função Intestinal e Anorretal Exame Físico ❑ Esclarecer a paciente ❑ Proporcionar conhecimentos básicos a cerca da doença ❑ Informar sobre a função do AP ❑ Esvaziar a bexiga ❑ Posicionar a paciente em litotomia ❑ Inspeção e palpação Exame Físico In sp eç ão Visualização da genitália externa Teste de esforço (espirro, tosse, valsalva) Visualização da contração da MAP Coordenação e sinergismo Pa lp aç ão Avaliação da sensibilidade Avaliação dos reflexos Detectar pontos dolorosos Avaliação do tônus Avaliação Funcional do Assoalho Pélvico (AFA) Esquema PERFECT Exame Físico - Inspeção Exame Físico - Palpação ❑ Permite avaliação da sensibilidade, reflexos, tônus e função da MAP; ❑ Recursos utilizados: ▪ palpação digital (vaginal ou anal); ▪ perineômetro; ▪ cones vaginais; ▪ educator; ▪ ben-wa; ▪ eletromiografia. Exame Físico - Palpação ❑ Avaliação dos Reflexos e Sensibilidade: ▪ S2: pequenos lábios ▪ S3: vestíbulo ▪ S4: margem anal Exame Físico - Palpação ❑ Avaliação do Tônus: Exame Físico - Palpação ❑ Avaliação do Tônus: ▪ 0 – músculo não palpável ▪ 1 – músculo palpável, mas muito flácido, hiato vaginal largo, músculos oferecem resistência mínima à palpação ▪ 2 – hiato vaginal largo, mas músculos oferecem alguma resistência a palpação ▪ 3 – hiato vaginal levemente estreito, músculos oferecem leve resistência, mas ainda cedem facilmente à palpação ▪ 4 – hiato vaginal estreito, músculos oferecem alta resistência, mas cedem à palpação, sem dor ▪ 5 – hiato vaginal muito estreito, músculos oferecem resistência muito alta à palpação, como se estivesse palpando madeira, dor possivelmente presente (vaginismo). Palpação Bidigital 12 09 03 06 ❑ Localizando Estruturas: ▪ Região Anterior (12h): bexiga ▪ Região lateral (3h e 9h): músculo obturador interno (D e E) ▪ Região Posterior (6h): reto Palpação Bidigital ❑ Palpação da Região Vaginal: Palpação Bidigital ❑ Palpação da Região Vaginal: Palpação Bidigital ❑ Palpação da Região Vaginal: Palpação Bidigital ❑ Palpação da Região Vaginal: Palpação Bidigital ❑ Palpação da Região Vaginal: Palpação Digital ❑ Palpação da Região Anal: ESTRUTURA MUSCULAR E VESICAL LOCALIZAÇÃO PONTO DE REFERÊNCIA AÇÃO MOVIMENTO PERCEBIDO Mús. bulboesponjoso Superficial (ao redor do introito vaginal) Aa. interfalangeanas distais Fechamento do introito vaginal Pressão de fechamento em torno dos dedos do terapeuta Mús. elevador do ânus Profundo Aa. interfalangeanas proximais Elevação dos órgãos, fechamento de vagina e reto Elevação do dedo do terapeuta Mús. puborretal Alça muscular em torno do reto Aa. interfalangeanas proximais Fechamento do reto Tração cranial do dedo (em gancho) do terapeuta Mús. obturadores internos Profundo Aa. interfalangeanas distais Rotadores externos “Abaulamento” arredondado Avaliação Funcional do Assoalho Pélvico (AFA): Esquema PERFECT Escala de Oxford Modificada Perineometria Pico: 1:______/ 2:______/3:______ Teve contração associada? Cones Vaginais ❑ Instrumentos de formato oval; ❑ Peso varia entre 20 a 70g; ❑ Utilizados para avaliação (resistência muscular) e tratamento de disfunções do assoalho pélvico. Como utilizar os Cones Vaginais? ❑ Introduzir cone de menor peso ❑ Solicitar uma atividade (caminhada) durante 1 minuto sem contração da MAP; ❑ Se a paciente conseguir sustentar o 1º cone, evoluir para um cone de peso superior ao anterior. Educator ❑Dispositivo de plástico, composto por uma haste que se liga a uma estrutura em formato oval. ❑Objetivo: avaliar coordenação da MAP. Questionários ❑ King’s Health Questionnaire (KHQ): ▪ Objetivo: avaliar o impacto dos sintomas urinários sobre a qualidade de vida. ❑ International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF): ▪ Objetivo: avaliar o impacto da IU na QV e qualificação da perda urinária. ❑ Female Sexual Function Index (FSFI): ▪ Objetivo: avaliar a função sexual feminina, em qualquer fase da vida.
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