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Faringotonsilites

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FARINGOTONSILITES E HIPERTROFIA DE TONSILAS PALATINAS 
E FARÍNGEA 
 
 
 Faringotonsilites: infecções autolimitadas nas tonsilas, faringe posterior, palato mole e órgãos 
linfoides. 
o Segundo alguns autores, só perde para Pneumonia em prescrição de 
antibioticoterapia. 
 Anel Linfático de Waldeyer: primeiro órgão do sistema linfático a analisar antígenos do ar e da 
alimentação. 
o Formado pela Tonsila Faríngea ou Nasofaríngea (TF); Tonsilas Tubárias (TT); Tonsilas 
Palatinas (TP) e as Tonsilas Linguais (TL). Faz parte do MALT (Mucosa Associated Lymphoid 
Tissue). 
 Tonsila Palatina: entre o pilar anterior (palatoglosso) e posterior (palatofaringeo); há uma 
cápsula a recobrindo e um tecido conjuntivo frouxo (favorece a formação de abscessos 
peritonsilares). 
o Inervada principalmente pelo nervo glossofaríngeo (relação com otalgia no pós 
operatório). 
o Distante aproximadamente 2,5cm da artéria carótida interna. 
o Irrigada pela artéria Lingual (ramo dorsal da lingual), artéria Facial (ramos tonsilar e 
palatino ascendente), artéria Faríngea Ascendente e artéria Maxilar Interna (artéria 
palatina descendente e artéria palatina grande) - “LFAM”. 
o Drenado pelas veias tonsilares, subsequente para as veias palatina, faríngea e facial. 
o As veias palatinas são a causa mais comum de sangramento tonsilar no pós operatório. 
o Crescem desde o período neonatal até os 15 anos. 
 Tonsila Faríngea: ou Adenóide, localiza-se no teto da Rinofaringe, podendo hipertrofiar e até 
quase que totalmente preencher a respectiva região e a entrada da tuba auditiva. 
o Irrigada pelas artérias faríngea e palatina ascendente, artéria do canal pterigoide, ramo 
faríngeo da artéria maxilar e ramo cervical ascendente do tronco tireocervical. 
o Aumenta de tamanho nos primeiros 6 a 7 anos e não é realizada com frequência 
Adenoidectomia, de forma isolada, em pessoas acima de 14 anos. 
o Gera voz hiponasalada. 
 Tonsila Tubária: localizadas por trás da abertura faríngea da tuba auditiva. 
o É contínua com a porção lateral da adenóide. 
 Tonsila Lingual: situadas na base da língua, inervada pelo glossofaríngeo e irrigada pela artéria 
lingual. 
o É a tonsila mais imunologicamente ativa na meia-idade 
 
ANEL DE WALDEYER compreende as tonsilas palatinas ou amígdalas, a tonsila nasofaríngea 
(adenoide), as tonsilas linguais e as tonsilas tubarias. 
MÉTODO MNEMÔNICO DO “LFAM” = love father and mother = lingual, facial, ascendente faríngea e 
maxilar. 
 
FARINGOTONSILITE VIRAL – FV 
 São 75% dos casos em crianças menores de 02 anos, diminuindo após a puberdade 
 Principal vírus é o Adenovírus (20% dos casos) 
 Podendo haver também Rinovírus, Coronavírus, Influenzae, Parainfluenzae e Vírus Sincicial 
Respiratório. 
 Quadro de Febre baia, Exsudato leve na Faringe e Tonsilas (sem placa extensa), Mialgia, Coriza 
e Obstrução Nasal. 
SINAIS E SINTOMAS DAS FT VIRAIS 
 Conjuntivite 
 Coriza 
 Tosse 
 Diarreia 
 Rouquidão 
 Estomatite ulcerativa discreta 
 Exantema viral 
o Exsudato não quer dizer que é bacteriano 
 
FV – MONONUCLEOSE 
 Mononucleose Infecciosa é causada pelo Vírus Epstein Barr (EBV – quadro base) 
o Acometendo principalmente adultos da 2a e 3a décadas de vida em países 
desenvolvidos e faixa etária menor em países em desenvolvimento (“doença do beijo”). 
 Síndrome Mononucleose Símile: simulam quadro de Mononucleose Infecciosa = 
o HIV, Sífilis Secundário, Rubéola, Toxoplasmose e CMV. 
o Além de Adenovírus, Hepatites e Doença de Chagas Aguda. 
 É frequente pedir no ambulatório sorologias 
 Vírus com tropismo particular pelos linfócitos B, multiplicando esses, seguido de aumento dos 
linfócitos T citotóxicos atípicos, sendo a resposta celular a responsável por conter o processo. 
o Linfócitos atípicos estão acima de 10% 
 Em indivíduos imunossuprimidos (HIV, Transplantados), a resposta celular é l imitada e pode 
causar uma variedade de distúrbios linfoproliferativos, como Linfoma de Burkitt, Linfoma 
Hodgkin e Não Hodgkin e Carcinoma Nasofaríngeo. 
 Período de incubação varia de 2 a 7 semanas 
 Transmissibilidade de meses a anos 
 Duração média de 2 a 4 semanas. 
 A reatividade sorológica é de 80 a 95% na população global. (já ficou exposta ao vírus) 
 Transmissão principalmente por conta próximo ou saliva (“doença do beijo”), não só por beijo 
ou mesmo contato de crianças, e compartilhamento de objetos. 
 Clinica de mal-estar, coriza, angina, febre (podendo ser alta) e acompanhada de astenia 
intensa. 
 As tonsilas são hipertrofiadas, eritematosas, podendo apresentar exsudato. 
 Há também adenomegalia cervical posterior, principalmente. 
 Além de petéquias palatais e “rash” (USO DE MEDICACOES PODE CAUSAR erupções 
morbiliformes em até 95% dos tratados com Amoxicilina ou Ampicilina). 
 A maioria das infecções em crianças é assintomática. Adultos são mais sintomáticos 
 Hepatomegalia em 30 a 50% dos casos e Esplenomegalia em 50% dos casos, entre 2 a 4 
semanas, principalmente em menores de 4 anos 
 APRESENTACAO: Caso se apresente na forma pseudomembranosa, elas recobrem a 
amígdala, mas não a úvula. 
 Edema e hiperemia de úvula e palato reforçam o quadro de Mononucleose 
 A evolução do quadro geralmente é benigna, com prolongamento da febre e da faringite, 
em média, por 2 semanas, enquanto a adenopatia, astenia e hepatoesplenomegalia por até 
6 semanas. 
 O DIAGNÓSTICO é por meio do quadro clínico e exames de laboratório 
o Hemograma com Linfocitose (linfócitos > 50% dos leucócitos) 
o Linfócitos Atípicos (10% ou mais) 
o Discreto aumento de transaminases hepáticas 
o Tem 2 tipos de sorologia de anticorpos = 
 Sorologia de Paul-Bunnel-Davidson (anticorpos heterófilos) ou pesquisa de 
anticorpos contra o capsídeo viral (anti-VCA). 
 IgM anti-VCA > 1:10 
 IgG anti-VCA > 1:320 
o Esses 2 evidenciam infecção aguda ou recorrente. 
o O vírus fica latente > cuidado com pacientes com quadro 
recorrentes 
 TRATAMENTO DE SUPORTE (hidratação, analgesia e repouso - raro risco de rotura esplênica). 
 Alguns autores prescrevem corticoterapia. Outros não, devido ao risco de miocardite e 
encefalite. 
 
FV - FARINGITE HERPÉTICA 
 Vírus Herpes Simples (HSV) tipo 1 é o mais associado a manifestações orais. 
o Tipo 1 é oral 
o Tipo 2 é genital 
 Transmissão pela saliva ou secreções, com período de incubação de 2 a 12 dias. 
 Infecção 1a geralmente é uma gengivoestomatite, e 15 a 30% podem ter faringite herpética 
concomitante (odinofagia), além de febre e astenia. 
 Observam-se vesículas sangrantes ao toque ou úlceras com exsudato acinzentado e 
linfadenopatia cervical. 
 A fase aguda dura 7 a 10 dias, com regressão espontânea. 
 Porém o vírus fica latente e pode retornar em situação de fadiga, stress, trauma, febre e 
imunodeficiência. 
 Tratamento com sintomáticos (AINE e analgésicos). 
 Antirretrovirais são reservados para pacientes imunodeprimidos 
 
FV – HERPANGINA 
 Causada pelo vírus Coxsackie (tipos 2,3,4,5,6,8 e 10) ou Enterovírus 
 Transmissão fecal-oral ou disseminação respiratória. 
 Acomete geralmente crianças entre 1 e 7 anos e se inicia com febre alta acompanhada de 
anorexia e odinofagia, além de vômitos e diarreia, podendo durar de 2 a 4 dias. 
 Na orofaringe observam-se lesões hiperemiadas com vesículas ao centro, principalmente nos 
pilares de tonsilas, palato mole e úvula. Após o rompimento das vesículas formam-se úlceras 
rasas. 
 O tratamento é essencialmente sintomático. 
 
FARINGOTONSILITE BACTERIANA INESPECÍFICA 
 Principal agente etiológico = 
o Streptococcus pyogenes do grupo A (GAS) 
o Streptococcus beta-hemolítico do grupo A (GABHS) 
o 20% das faringotonsilites, principalmente entre 5 e 15 anos, com início entre 2 ou 3 anos. 
 Quadro de 3 a 6 dias no adulto 
 Quadro de 6 a 10 dias em crianças 
 Quadro clinico = odinofagia, disfagia, febre e linfonodomegalia dolorosa. 
o Eventualmente, náusease vômitos, dor abdominal e cefaléia. 
 Orofaringe hiperemiada, mucosa edemaciada, tonsilas palatinas com exsudato e criptas com 
pontos purulentos ou recobertos por secreções. 
 Staphylococcus aureus, Haemophilus ssp e Moraxella catarrhalis estão mais provavelmente 
relacionados a infecções persistentes e/ou recorrentes das tonsilas. 
o Mycoplasma pneumoniae é comum entre 9 a 19 anos e apresenta principalmente tosse 
 
 PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS CLINICOS DA FARINGOTONSILITE POR GAS - Streptococcus 
pyogenes do grupo A 
o Início súbito da dor de garganta 
o Idade de 5 a 15 anos 
o Febre acima de 38,5 
o Cefaleia 
o Náusea 
o Vomito 
o Dor abdominal 
o Inflamação das tonsilar e faringe 
o Exsudato faringotonsilar em placas 
o Petéquias no palato 
o Adenite cervical anterior 
o História de exposição a faringite estreptocócica 
o Exantema escalartiniforme 
 
FARINGOTONSILITE ESTREPTOCÓCICA 
 Diagnostico é basicamente clínico, com uso de métodos diagnósticos para confirmação. 
 Cultura de orofaringe é o padrão ouro, mas demora de 18 a 48h o resultado, retardando o 
início do tratamento. 
o Mas isso não pode acontecer por conta do não tratamento 
o Vai ser os sinais e sintomas anteriores mencionados 
 Testes rápidos, como imunoensaio enzimático (ELISA), imunoensaio ópticos (OIA) e sondas 
(probes) de DNA, apresentam a vantagem do diagnóstico rápido (cerca de 15 minutos) 
o Especificidade de 95% e sensibilidade de 60 a 90% 
o Com valor elevado de falsos-negativos. 
o Alto custo e dificuldade de obter em pronto atendimento 
o A Sociedade Americana de Pediatria e a de Doenças Infecciosas não sejam realizados 
em crianças com clínica de infecção viral (passagem de IgG transplacentária para os 
menores de 2 anos e poucos receptores de Estreptococo em lactentes). 
 SWAB (teste rápido) passando no local da orofaringe > colocando no leitor para 
verificar. 
 Dosagem de anticorpos Antiestreptolisina O (ASLO), Antihialuronidade, Anti-DNAse e a 
Antiestreptoquinase é de pouca utilidade da fase aguda, pois seus títulos só se elevam em 2 a 
3 semanas. 
o Somente para verificar se o adulto teve contato prévio. 
 CRITERIOS CENTOR MODIFICADO 
o A soma dos pontos é usada para estimar a possibilidade de faringotonsilites 
estreptocócica por GAS e conduta 
 1 ponto 
 Febre 
 Exsudato nas tonsilas 
 Adenopatia cervical anterior 
 Ausência de tosse 
 Critérios modificados 
 Idade < 15 anos = acrescenta 1 ponto 
 Idade > 44 anos = subtrai 1 ponto 
 Tratamento preconizado a partir da contagem de pontos 
 -1, 0, 1 = não é necessário cultura e antibiótico 
 2 ou 3 = cultura ou teste rápido, se positivo usar antibiótico 
 4 ou 5 = teste rápido ou cultura, se positivo = antibiótico (risco alto) 
 TRATAMENTO: 
o Penicilina G Benzatina é o antibiótico de escolha. 
o Pode também ser usado Amoxicilina, Ampicilina, Macrolídeos (alérgico à Penicilina - 
Eritromicina, Azitromicina e Claritromicina), Cefalosporinas (Cefalexina, Cefuroxima e 
Cefadroxila) e Clindamicina. 
o Penicilina G Benzatina: 20Kg - 900.000 a 1.200.000 UI IM dose única 
o Amoxicilina ou Amoxicilina com Clavulanato: 40 a 50mg/Kg/dia (Tratado de ORL põe 
40) por 10 dias 
o Penicilina V: 25 a 40mg/Kg/dia dividida em 2 tomadas por 10 dias. 
o Em 20% dos pacientes com alergia à Penicilina, também são alérgicos às Cefalosporinas 
 COMPLICAÇÕES DA FARINGOTONSILITE ESTREPTOCÓCICA 
o Maior problema relacionado ao Estreptococo. 
o A proteína M tem mais de 120 tipos 
o Os sorotipos associados a faringotonsilite são diferentes do Impetigo ou Piodermite. 
o Estreptolisina O e a S lisam eritrócitos e danificam as células do miocárdio, por exemplo. 
o Produz toxina piogênica, cuja atividade é responsável pela Escarlatina. Também 
podendo estar relacionada a Síndrome do Choque Tóxico. 
o PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DA FAIRNGOTONSILITE ESTREPTOCÓCICA POR GAS 
 Febre reumática 
 Glomerulonefrite aguda 
 Escarlatina 
 Bacteremia 
 Linfoadenite cervical 
 Endocardite 
 Otite 
 Mastodite 
 Meningite 
 Abscesso periamigdaliano/retrofaringe 
 Pneumonia 
 Pandas 
 
FEBRE REUMÁTICA – FR 
 O risco de desenvolvimento de FR por Faringotonsilite não tratada, é de 1% na população geral 
e surge 4 semanas após a instalação da angina. 
 É a principal causa de cardiopatia, adquirida na infância e adolescência. 
 Os critérios de Jones Modificados (em 2015), podem ser utilizados como guia para o 
diagnóstico de FR. 
 O diagnóstico ocorre quando 
o existem 2 critérios maiores 
o ou 1 maior e 2 menores, associados à evidência de infecção estreptocócica 
 
ESCARLATINA E SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO 
 ESCARLATINA: decorrente da ação de endotoxinas 
o rash cutaneopapular e eritematoso, deixando a pele áspera (“pele em lixa”) 
o linfonodomegalia 
o vômitos 
o febre e eritema de orofaringe. 
o Pode manifestar os sinais de Filatov (palidez perioral) e Pastia (presença de petéquias e 
hiperpigmentação em linhas de flexão). 
 Lesão da língua (início em morango branco e depois vermelho) = superfície dorsal 
da língua exibindo uma cobertura branca em associação com numerosas 
pupilas fungiformes aumentadas e inflamatosas 
 SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO: pode ocorrer após infecção ou colonização estreptocócica 
de qualquer sítio (faringe, pele). 
o O paciente apresenta hipotensão associada a pelo menos dois dos seguintes fatores: 
 insuficiência renal 
 Coagulopatia 
 alterações na função hepática 
 síndrome da angústia respiratória do adulto 
 necrose tecidual e rash eritematomacular 
 
ABSCESSO PERIAMIGDALIANO 
 A teoria mais aceita é a da extensão da infecção localizada na tonsila, para estruturas do 
espaço periamigdaliano. 
 É mais frequente no polo superior. 
 Mais comuns em adolescentes e adultos jovens 
 Recorrência em torno de 10 a 15%, podendo chegar a 20 ou 30% nas tonsilites recorrentes. 
 Geralmente o quadro é de febre, sialorreia, trismo, abaulamento de pilar e desvio de úvula. 
 Geralmente de flora mista, composta por aeróbios e anaeróbios. 
o Normalmente usa ceftriaxone e clindamicina 
 TC auxilia na avaliação da disseminação para espaços cervicais profundos. 
o Para verificar abscesso = TC com contraste 
 
PANDAS - Doença Autoimune Pediátrica Estreptocócica 
 PANDAS (Pediatric Autoimune Neuropsychiatric Disorders Associated with Streptococcal 
infections) 
 São complicações da infecção estreptocócica. 
 Crianças apresentas TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) ou “tics” semelhantes à Coreia 
Minor. 
 Os fatores de risco são sexo masculino e histórico familiar. 
 O tratamento é com antibioticoterapia e tratamento neuropsiquiátrico. 
 Tonsilectomia é controversa (alguns autores orientam, outros não) 
 SINAIS E SINTOMAS DE PANDAS 
o Início pré puberal 
o Transtorno obsessivo compulsivo 
o Aparecimento ou exacerbações abruptas 
o Associações com outras alterações neurológicas 
o Associação temporal com infecção pelo GAS 
 
FARINGOTONSILITE RECORRENTE 
 Recaída é o processo infeccioso que ressurge com o mesmo agente original, que não foi 
corretamente tratado. 
o Recaída é quando o paciente não foi bem tratado, e volta o mesmo agente 
o Recorrente é quando volta a infecção por um novo agente 
 Recorrente é o processo infeccioso que ocorre por meio de agente diferente da infecção 
precedente. 
 Geralmente ocorre por uso abusivo e incorreto de antibióticos, alterações da microbiota 
regional, mudança do epitélio das criptas e algumas infecções virais. 
 É indicado tratamento cirúrgico utilizando-se os critérios de Paradise 
o CRITERIOS DE PARADISE = indicação de amigdalectomia em FT recorrente 
 Sete episódios agudos em um ano 
 Cinco episodio por ano, em dois anos consecutivos 
 Três episódio de infecção aguda, em três anos consecutivos 
PFAPA 
 Composto pelos sintomas: febre periódica, estomatite, faringite e adenite cervical. 
 É a causa mais comum de febre periódicana infância. 
 Início aos 5 anos e resolução na adolescência. 
 A febre ocorre a cada 3 a 8 semanas, com duração de 3 a 6 dias. 
 Doença autolimitada e imunomediada. 
o Corticoterapia para modular o quadro 
 Tratamento baseia-se no uso de Prednisona 1-2mg/kg ou Betametasona 0,1 a 0,2 mg/Kg. 
 É indicada Amigdalectomia. 
 
TONSILITE CRÔNICA 
 Considerada por muitos autores como tonsilite superior a 3 meses, associado a inflamação. 
 Apresenta halitose, caseum, eritema e adenopatia cervical. 
 Pode ainda haver febre recorrente, odinofagia, disfagia, respiração bucal, enfartamento 
ganglionar, indisposição e até palidez cutânea. 
 Apresenta flora bacteriana mista, com biofilme, não responsiva a antibióticos. 
 Há relação com o DRLF. 
 Considerar Tonsilectomia. 
 
DIFTERIA 
 Causada pelo Corynebacterium diphteraiae 
 Doença de notificação compulsória imediata, mesmo diante da suspeita. 
 Atualmente rara devido a vacinação. 
 Atinge preferencialmente crianças de 10 anos, com contato por meio de gotículas 
respiratórias, com período de incubação de 1 a 6 dias. 
 Apresenta-se com pseudomembranas nas tonsilas, agravando-se a doença em virtude da 
extensão dessas e da maior absorção das toxinas. 
 Diagnóstico padrão ouro é a cultura do patógeno. 
 Por isso administra-se o soro antidiftérico em ambiente hospitalar, associado a 
antibioticoterapia com Penicilina ou Eritromicina, além de hidratação e analgesia. 
 
ANGINA DE PLAUT-VICENT 
 Causada pelo Fusobacterium plautvicenti e Spirichaeta dentium, sapróvitas da cavidade oral, 
que unidos se tornam patogênicos devido à má higiene oral, desnutrição e mau estado dos 
dentes. 
 Ao exame = 
o Lesão ulceronecrótica unilateral 
o Exsudato pseudomembranoso, fétido, com disfagia e odinofagia. 
o Pode não haver febre 
 Diagnostico bacteriológico, com diagnostico diferencias doenças granulomatosas e 
neoplasias. • Tratamento com Penicilina ou Cefalosporina + Metronidazol + Higiene Bucal 
 
SÍFILIS 
 Causada pelo Treponema pallidum, cuja hipótese deve ser pensada em caso de ulceração 
tonsilar unilateral, pouco dolorosa, de aspecto tumoral e endurecida a palpação. 
 A boca é o loca extragenital mais acometido (10% dos casos). 
 Diagnostico feito por médio do Campo Escuro ou Sorologia (VDRL, FTA-abs). 
 Tratamento com Penicilina Benzatina 2.400.000 UI IM, dose única se primária. 
 
FARINGITE GONOCÓCICA 
 Causada pela Neisseria gonorrheae, de transmissão sexual. 
 O acometimento primário é na região urogenital, porem pode ser acometido o reto, orofaringe 
e conjuntiva. 
 Maior incidência entre os 15 a 30 anos, em homens, com período de incubação de 2 a 5 dias. 
 A manifestação faríngea acomete de 10 a 20% dos praticantes de sexo oral com os portadores 
da doença. 
 Pode ser assintomática ou causar mal-estar. 
 Tratamento com Ceftriaxone IM ou Doxiciclina VO por 07 dias. 
 
CÂNCER DE TONSILA 
 Suspeitar na presença de lesão ulcerada ou ulceronecrótica unilateral, que não melhora com 
tratamento. 
 Atenção para os fatores de risco: tabagismo, etilismo e HPV. 
 Diagnostico feito com biopsia, com palpação cervical cuidadosa. 
 Lesões bilaterais chamam a atenção para o diagnóstico de Leucemia e Agranulocitose. 
 
LEISHMANIOSE 
 Causada geralmente a lesão mucosa pelo protozoário 
 Leishmania brasiliensis, transmitida pelo flebótomo. 
 Tem como alvo principal a mucosa nasal, oral e laringe. 
 Observa-se tecido fibroso misturado a tecido de granulação com aspecto vegetante. 
 Diagnóstico se baseia-se na biópsia. 
 Diagnostico diferencial são outras doenças granulomatosas (Tuberculose, Paracoco …) 
 O tratamento é feito com Glucantime (Antimonial Pentavalente). 
PARACOCCIDIODOMICOSE 
 Micose sistêmica causada pelo Paracoccidioides brasiliensis. 
 A faixa etária é de 30 a 50 anos, sexo masculino e zona rural. 
 A manifestação mais comum é a crônica do tipo adulto (90% dos casos), com a manifestação 
pulmonar a mais comum, além de mucosas e pele. 
 Avalia-se com a busca de lesões ulceradas dolorosas em Naso e Orofaringe. 
 A lesão oral pode ser confundida com carcinoma. 
 O diagnóstico é fechado com achado de fungos no escarro ou no raspado das lesões. 
 Tratamento com antifúngicos por longa data, como o Itraconazol. 
 
Indicações Cirúrgicas 
1. Indicações de amigdalectomia 
a. Amigdalites de repetição 
i. Não há consenso sobre a indicação de amigdalectomia por infecções 
recorrentes. 
ii. Surgiram alguns critérios que são usados 
1. Frequência 7 + episódio em 1 ano 
2. Frequência 5 + episodio/ano em 2 anos consecutivos 
3. Frequência 3 + episodio/ano em 3 anos consecutivos 
b. Abscesso periamigdaliano 
i. Bastante controversas 
c. Profilaxia para febre reumática 
i. A realização para a profilaxia de FR ainda gera discussões 
d. Aumento de volume unilateral ou suspeita de malignidade 
i. Processos malignos envolvendo os amigdalas são geralmente secundários a 
linfoma em crianças e carcinomas epidermóide em adultos 
e. Amigdalite crônica e halitose 
i. Considerar a severidade e o grau de alteração na qualidade de vida do 
paciente 
f. Portador crônico de Streptococcus pyogenes 
i. Tratamento considerado quando na família houver casos de FR, infecções de 
repetição e o paciente com história de glomerulonefrite. Nesses casos, o 
tratamento com antibiótico deve ser sempre a primeira opção no tratamento do 
portador crônico 
2. Indicações de Adenoidectomia 
a. Rinossinusites e adenoidites 
i. Considerar a cirurgia em pacientes que apresentam obstrução nasal moderada 
ou severa devido ao aumento da tonsila faríngea, pois melhoraria o fluxo nasal e 
a drenagem de secreções. Deve-se sempre investigar a presença de rinopatia 
alérgica e irritativa, para que o tratamento seja otimizado. 
b. Obstrução respiratória 
i. Devido a hipertrofia adenoideana isolada 
c. Otite média secretora 
i. A Adenoidectomia é um procedimento que tem comprovada eficácia no 
tratamento de otite secretora associada se necessária a miringotomia para 
colocação ou não de tubo de ventilação. 
d. Suspeita de neoplasia = linfomas 
e. AIDS 
3. Contra indicações 
a. Fenda palatina 
i. A presença indica uma maior probabilidade de o paciente apresentar 
insuficiência velo faríngea após a cirurgia, constituindo-se uma contra indicação 
relativa 
b. Anemia 
i. Evitar em pacientes que apresentam dosagem de hemoglobina inferior a 
10g/100ml ou nível hematócrito menor que 30% 
c. Infecção aguda 
i. Infecção pode aumentar o sangramento intra operatório 
ii. Aguardar período de 2 a 3 semanas 
d. Vacinação contra poliomielite 
i. Aguardar 15 dias 1 6 semanas após ultima dose para realizar cirurgia 
e. Discrasias sanguíneas não corrigidas 
f. Cardiopatias, pneumopatia, DM, hepatopatias descompensadas 
i. Síndrome de Down = cuidado com a coluna na hora de ficar deitado na cirurgia.

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