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Tipos de Mediação

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MEDIAÇÃO SATISFATIVA
Escola de Harvard e alguns passos para negociações
[13/3/2008] A Escola de Harvard, nos EUA, é uma das mais conceituadas da atualidade e muitos dos seus modelos de gestão são adotados com êxito mundialmente. Algumas técnicas de negociação desta Escola foram abordadas hoje pelo professor da Facamp, Edmilson Manganote, no Fórum de Empreendedorismo da Unicamp. O palestrante enfatizou que o business da Universidade é a inovação tecnológica e que inovação não tem como se ensinar. "É uma vocação a se despertar." Os conceitos apresentados foram desenvolvidos em Harvard na década de 80. Manganote garante que eles são simples e podem ser válidos também para a realidade brasileira, mas não são 'definitivos', esclareceu.
Na opinião do palestrante, negociar envolve relacionamento com o cliente e troca. "Negociamos o tempo todo, até para estacionar o carro", lembrou. Explicou que uma das prioridades é a fidelização do cliente. "É preciso saber muito de si, "já que a autocompreensão é o primeiro passo para administrar reações", discutiu. "Qual é o seu estilo de negociar?", perguntou à platéia.
Manganote, com base nos estudos de Harvard, afirmou que, ao negociar, deve se ter claro aonde se quer chegar, sabendo o 'nosso lado' e o 'outro lado'. Negociar, sintetizou ele, consiste em atingir objetivos. Querer uma venda única ou um cliente para sempre depende desses objetivos. Harvard aconselha defender posições ao invés de interesses, administrar o tempo, deixar claros os interesses, entre outras possibilidades. O professor destacou ainda que, se alguém tem dúvida, deve fazer um exame. "O cliente nem sempre tem razão. Esta é prosa mole, bem como o orgulho negocial. Não somos os melhores", contestou. Negócio fechado. 
MEDIAÇÃO FAMILIAR
Objetivos da mediação familiar. Das dificuldades enfrentadas pelo Poder Judiciário dos Estados Unidos da América com o excesso de demandas e a sua conseqüente morosidade, decorreu o desenvolvimento de estratégias, como a solução alternativa das disputas (ADR - Alternative Dispute Resolution), os tribunais de pequenas causas, a arbitragem, a avaliação neutra antecipada e a mediação.(1)
A mediação, como uma forma de heterocomposição (2) dos conflitos sociais, é uma prática exercida por uma ou mais pessoas não envolvidas, que, usando técnicas apropriadas, assistem às partes na solução dos conflitos, identificando os pontos de controvérsia, visando facilitar que os
mediandos tomem as decisões que componham, da forma mais completa possível, os respectivos interesses.
Em meio ao desenvolvimento da mediação, utilizado nos mais diversos campos do direito, a mediação familiar, como área especializada, surgiu nos EUA por volta de 1974, e teve como objetivo prevenir os danos produzidos pelo divórcio, e sobretudo as suas conseqüências negativas no desenvolvimento dos filhos.
Fiel a estes objetivos iniciais, a mediação familiar sobretudo tem por objeto a família em crise, quando seus membros se tornam vulneráveis, não para invadir ou para dirigir o conflito, mas para oferecer-lhes uma estrutura de apoio profissional, a fim de que lhes seja aberta a possibilidade de desenvolverem, através das confrontações, a consciência de seus direitos e deveres3, criando condições para que o conflito seja resolvido com o mínimo de comprometimento da estrutura psico-afetiva de seus integrantes, podendo também ser vista como uma técnica eficiente para desobstruir os trabalhos nas varas de família e nas de sucessões, influindo decisivamente para que as querelas judiciais tenham uma solução mais fácil, rápida e menos onerosa.
A aplicação da mediação familiar. A mediação familiar não é um substituto à via judicial, mas uma via alternativa e complementar desta4, embora possa ser utilizada independentemente da submissão do caso a uma corte, na solução de conflitos familiares que não tenham que ser necessariamente submetidos ao Judiciário. Nas hipóteses dos conflitos em que obrigatoriamente deverá haver a intervenção judicial, a mediação pode ocorrer antes do ingresso em juízo, que é sem dúvida a opção mais favorável, com a prévia intervenção que terá por objetivo a conscientização dos mediandos a respeito de suas controvérsias e das possibilidades de confronta-las da maneira mais produtiva, e, quando possível, o preparo de um acordo que será submetido a homologação, ou no curso do processo, por recomendação do juiz ou iniciativa das partes, ou mesmo do representante do Ministério Público. 
Concebida originalmente para atender aos casos de divórcio, atualmente a mediação familiar teve ampliado o seu espectro de aplicação nas varas de família em todos os países onde é utilizada, passando a ter aplicação em todas as situações de conflito ou desagregação dos núcleos familiares, nos
processos de alimentos, guarda de crianças e adolescentes, regulação de visitas e outras situações presentes no dia-a -dia da família contemporânea. (5)
Formas e modelos de intervenção. Existem basicamente três formas de mediação familiar: a de intervenção mínima, no qual o mediador é uma presença neutra que estimula a duplo fluxo de informações; o da intervenção dirigida, que identifica e avalia com as partes as opções existentes, tentando persuadi-las a adotar aquela que considera mais conveniente; a intervenção terapêutica, que tem por objetivo proceder a um intervenção que corrija as disfuncionalidades detectadas, procurando uma decisão conjunta.(6)R
MEDIAÇÃO CIRCULAR-NARRATIVA
“SUARES (1997, p. 58-63) cita três modelos de mediação nos Estados Unidos, provenientes de diferentes epistemologias: o Modelo Tradicional-Linear de Harvard, o Modelo Transformativo de Bush e Folger e o Modelo Circular-Narrativo de Sara Cobb.  A autora considera que existem diferenças fundamentais entre o modelo de Harvard e os outros dois quanto à conceitualização da comunicação e a meta do processo.  Enquanto a escola de Harvard tem como meta o acordo, a transformativa busca a transformação da relação entre as partes envolvidas na disputa e a Circular-Narrativa foca tanto no acordo quanto nas relações.”[3]
Deve-se notar que o projeto de lei brasileiro acolhe implicitamente a orientação que vê na mediação um método para que as partes aprendam a administrar seus conflitos, já que proíbe expressamente que o mediador sugira uma proposta específica de acordo para as partes

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