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Direitos Reais Sobre coisa alheia Enfiteuse → Direito medieval e anacrônico (em desacordo com a cronologia). → Parcela a propriedade de modo perpétuo, em violação ao liberalismo ocidental. Direitos da propriedade • Foreiro/enfiteuta: pode usar, fruir, dispor, ceder e transferir a coisa. ∟Domínio útil • Senhorio/nu-proprietário: cobrança da taxa anual (foro, cânon ou pensão); e direito de preferência na compra da enfiteuse (perspectiva legislativa para unificar propriedade e extinguir o modelo de direito real) ∟ Domínio diretor limitado → Caso o foreiro não exerça o direito de preferência ao senhorio, pagará um laudêmio (valor indenizatório livre). → CC de 2002 proíbe a constituição de novas enfiteuses. → A lei admite que o foreiro a remição do foro e a consolidação do domínio pleno com o foreiro. → Desaparecimento lento. Onde? → Cidade de Petrópolis. → Imóveis da Igreja Católica → Terrenos da Marinha (lei especial) Superfície → Instituto real no qual o proprietário concede o direito de construir ou plantar em seu terreno → A obra é do superficiário durante a cessão da superfície ∟ existe expectativa do fundeiro adquirir a obra e o direito de preferência. • Só tem eficácia real com o registro. → Superficiário deve arcar com tributos e encargos, além de tratar com zelo e cuidado. → Pode ser transferido a terceiros ou herdeiros, entretanto, veda o pagamento para tal. → Cabe indenização proporcional na desapropriação. Estatuto da Cidade Código Civil ∟ regula pela especialidade • Mais antigo que o CC, não confundir com. ∟ imóvel urbano e rural aplicação residual ∟ imóvel urbano ∟ construções e plantações. ∟ cede superfície para outros afim de plantações/construções ∟ pode conceder subsolo e espaço aéreo ∟ veda utilização do subsolo e espaço aéreo • exceto se for essencial ao fim da superfície ao qual se destina ∟ prazo determinado ou indeterminado ∟ somente prazo determinado ∟ possível hipotecar pela vigência do Direito Real. Extinção: proprietário fica com tudo (deve registrar) • falta de pagamento do cánon. • decurso do prazo determinado • descumprimento das cláusulas contratuais ∟ dar destinação diversa. → Direito de preferência aos envolvidos quando desejar alienar tanto o imóvel quanto o direito de superfície. • dono do solo: fundeiro • quem utiliza: superficiário • obra: implante → dominante (dono da servidão) → serviente ∟erga omnes: relevante apenas em caso de oposição. Servidões ∟ Relação de submissão entre dois imóveis. • independe da titularidade • um imóvel serve a outro. ∟ sem utilidade não existe • estabelecida em prol dos proprietários presentes e futuros. ∟ Não é uma relação entre os prédios. É facultativa ≠ passagem forçada ∟Imposição legal P1 P2 - - - - - - Características: Atipicidade Impresumibilidade Permanência Duradoura Indivisível – mesmo que dívida o imóvel, permanece. Toda modalidade exige registro Princípio da menor onerosidade ao imóvel serviente. → O direito de servidão tem a interpretação restritiva; mas o serviente não pode atrapalhar. Classificações I. Quanto à natureza: • Rústica: maior utilidade ao solo. • Urbana: maior utilidade ao prédio edificado. II. Conduta das partes: • Positiva: ato comissivo • Negativa: ato omissivo III. Modo: • Contínua: independe do ato humano • Descontínua: atuação humana sequencial. IV. Exteriorização: • Aparente: deixa rastros – únicas instituídas por desmembramento de imóvel. • Não aparente: não se revela Servidões Administrativas: impostas pela administração para garantir obras e servidões públicos. É uma restrição ao uso da propriedade privada. ∟ Sem serviente e dominante Obras: conservação e uso é do titular dominante. ∟ pode dispor de forma diversa. ∟ serviente pode mudar lugar se não houver prejuízo. ∟ caso o serviente seja o responsável, pode se exonerar cedendo a propriedade ao dominante. ∟ se o dominante não aceitar, se obriga à obra. → Uma vez registrada só se extingue com o cancelamento do registro. ∟ se estiver hipotecada, precisa da anuência do credor. Ações: Confessória Possessórias Negatórias Usucapião Origem Extinção • contrato • testamento • usucapião • confusão • convenção • por iniciativa do serviente • resgate • não uso Não pode contrair restrição administrativa ou legal. Usufruto ∟ Direito real de fruição por excelência ∟O direito real de retirar da coisa alheia durante um certo período de tempo, mais ou menos longo, as utilidades e proveitos que ela encerra, sem alterar-lhe a substância ou mudar-lhe o destino. Nu-proprietário: condição de dono e disposição da coisa. Usufrutuário: uso; gozo de forma transitória. Características • Direito real sobre coisa alheia: pode opor a todos e tem direito de sequela; • Direitos de uso e gozo: através também de representantes, pode retirar frutos naturais e civis da coisa (alugar o imóvel, por exemplo.) • Temporário: com a morte (vitalícia) ou renúncia do usufrutuário se extingue. ∟ Pessoa jurídica tem limite de 30 anos. ≠ Enfiteuse (perpétua) • Inalienável: não é absoluto, pois pode alienar em favor do nu- proprietário (consolidando a propriedade). ∟ Também pode fazer cessão do exercício. • Impenhorável: o exercício pode ser penhorado ∟desde que com expressão econômica. → Finalidade assistencial → Pode resultar de doação ou testamento ∟ podem ser bens móveis, móveis, patrimônio inteiro ou parte dele → Constitui de ato jurídico oneroso ou gratuito; ou decorrente da lei, como os pais nos bens dos filhos. → O Código Civil não admite usufruto sucessivo. → Já o usufruto simultâneo é permitido, beneficiando várias pessoas, que podem reverter em favor de outros beneficiários sobreviventes. Direitos do Usufrutuário • Posse • Usar • Administrar • Percepção dos frutos Obrigações do Usufrutuário • Conservar e zelar a coisa • Reparar estragos e devolver incólume • Não pode alterar a destinação • Fazer inventário dos bens objetos do usufruto e dar caução real ou fidejussória. ∟ podem dispensar. Extinção • Cancelamento no CRI • Morte do usufrutuário • Advento do termo • Cessação do motivo originador • Destruição da coisa • Confusão e culpa do usufrutuário • Não-uso. Uso → Direito real que, a título gratuito ou oneroso, autoriza uma pessoa a retirar, temporariamente, de coisa alheia, todas as utilidades para atender às suas próprias necessidades e às de sua família. ∟ usufruto-anão/restrito → O exercício não pode ser cedido. → Pode ser objeto móvel ou imóvel; porém não fungível ou consumível. → Não pode usufruir tudo, apenas o indispensável. → O conceito família abrange nesse caso também domésticos à serviço. → O restante se aplica semelhante ao usufruto. Habitação → Direito temporário de ocupar gratuitamente casa alheia, para morada do titular e de sua família. ∟ menor que o uso. → Não pode nem emprestar a casa → Se for dividido entre mais de uma pessoa, e um habitar sozinho, o outro NÃO pode cobrar aluguel. → Habitador paga impostos. → Aplicado ao cônjuge sobrevivente e ao companheiro. Concessão de Uso Especial de Moradia e Concessão de Direito Real de Uso → Referem-se a áreas públicas, geralmente invadidas e urbanizadas por favelas. → Busca regularizar juridicamente essas áreas dentro da política de reforma urbana. Compromisso de compra e venda (de imóvel registrado na matrícula) → Sem o registro: é um contrato preliminar com efeitos obrigacionais interpartes (obrigação de fazer o contrato definitivo)∟Não sendo celebrado, o promitente comprador pode: • Ação de obrigação de fazer com prazo razoável • Esgotado o prazo, o juiz pode suprir a vontade do inadimplente e o contrato preliminar se torna definitivo. • Se não interessar mais ao compromissário, pode requerer perdas e danos. → Com registro: é um direito real de aquisição a favor do comprador. • Categoria intermediária entre direito real de gozo e de direito real de garantia. • Efeitos erga omnes; • Cabe ação de adjudicação compulsória • Depositando o valor integral, a coisa será entregue. Súmula 543 STJ- Na hipótese de resolução de contrato de promessa de compra e venda de imóvel submetido ao Código de Defesa do Consumidor, deve ocorrer a imediata restituição das parcelas pagas pelo promitente comprador - integralmente, em caso de culpa exclusiva do promitente vendedor/construtor, ou parcialmente, caso tenha sido o comprador quem deu causa ao desfazimento. ∟ Contrato sob perspectiva de adesão ∟ Nula a perda de toda as parcelas. → Distrato: ambas as partes querem a extinção do contrato, o que não se aplica a esse tipo de contrato, que só se finda com descumprimento ou resolução contratual. Súmula 308 STJ - A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior à celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel. ∟ STJ admite ação em face do agente financeiro para outorga da escritura definitiva e liberação da hipoteca em litisconsórcio necessário com o promitente vendedor. Laje → Direito de propriedade limitada (?) ∟ discussão doutrinária e silêncio legislativo → O proprietário de uma construção-base, cedente, pode ceder a superfície superior (espaço aéreo) ou inferior (subsolo) da sua construção a outrem, o cessionário ou lajeiro, a fim de que construa unidade distinta daquela originalmente edificada sobre o solo. ∟ O Código Civil permitiu a restrição da propriedade no espaço tomado no plano vertical. → Aplica na conservação, os direitos de condomínio, dividindo o que for possível, pela proporção contratual. → As partes que servem a todo o edifício, podem ser reparadas e divididas em reparações urgentes do art. 249. Direito de Preferência → Em caso de alienação de qualquer das partes sobrepostas, tem direito de preferência em igualdade de condições com terceiros, até em ação adjudicatória → Em pluralidade 1º: titular das lajes ascendes 2º: titular das lajes ascendentes ∟Prioridade para laje mais próxima. → Para construir nova loja, precisa de autorização dos demais lajeiros, respeitando os limites municipais urbanísticos. → Cada titular de uma laje paga seu tributo independente. ∟ é um direito perpétuo (≠ de superfície) → Em ruína da construção-base, o subsolo se mantém. Reconstruindo em 5 anos, o lajeiro recupera sua propriedade. ∟ Pode pedir reparação civil em caso de culpa.
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