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Abordagem do paciente pediátrico com anemia ANEMIA ➢ Redução do volume das hemácias ou na concentração de hemoglobina abaixo dos níveis encontrados em indivíduos saudáveis ➢ Valores “normais” – variam com idade, gênero, raça, altitude ➢ Ajustes fisiológicos: o Aumento do débito cardíaco o Aumento da taxa de extração de oxigênio o Desvio do fluxo sanguíneo para os órgãos e tecidos vitais o Aumento dos níveis de eritropoetina o Aumento na produção de hemácias pela medula óssea o Diminuição da afinidade da hemoglobina pelo oxigênio ➢ Semiologia: o Idade, gênero, raça, dieta, doenças crônicas, medicamentos, infecções o História familiar o Esplenomegalia, icterícia, início precoce de litíase biliar o Palidez, sonolência, irritabilidade, diminuição da tolerância a exercícios o Achados clínicos → Hb menor que 7 a 8g/dl o Sopro cardíaco o Fraqueza, taquipneia, taquicardia, cardiomegalia, IC ➢ Classificação o Morfologia ▪ Tamanho das hemácias (volume corpuscular médio – VCM) ▪ Aparência microscópica o Fisiologia o Diminuição da produção o Aumento de destruição o Perda CLASSIFICAÇÃO – MORFOLOGIA ➢ VCM o Microcíticas, normocíticas ou microcíticas o Tamanho muda com a idade ➢ Esfregaço no sangue periférico ➢ Mudanças na aparência CLASSIFICAÇÃO – FISIOLOGIA ➢ Reticulócitos o Percentual normal entre os eritrócitos totais: 1% o Contagem absoluta de reticulócitos: 25.000 a 75.000/mm3 ➢ Anemia → produção de eritropoetina e número de reticulócitos devem estar aumentados ➢ Reticulócitos baixos ou normais – resposta inadequada à anemia – falência da medula óssea relativa ou eritropoese ineficaz ➢ Reticulócitos aumentados – resposta normal da medula óssea à destruição ou perda ➢ Diminuição da produção o Eritropoese ineficaz o Falha completa ou relativa de eritropoese o Reticulócitos normais ou baixos ➢ Aumento da destruição ou perda o Hemólise o Sequestramento o Sangramento o Reticulócitos aumentado ➢ Uso do VCM e da contagem de reticulócitos na classificação e diagnóstico das anemias ➢ Anemias de produção inadequada o Anemia da doença crônica o Anemia da doença renal o Anemia fisiológica da infância o Anemias megaloblásticas o Anemia ferropriva ➢ Anemias hemolíticas o Esferocitose hereditária o Doença falciforme o Síndromes Talassêmicas o Anemias Hemolíticas autoimunes ➢ Diagnóstico clínico o Anemia leve- sem sintomas o Palidez de conjuntiva, língua, mãos e leito ungueal o → 93% de sensibilidade e 57% de especificidade em pacientes com Hb < 5 o Hb entre 5 e 8: sensibilidade 66% o Idade ▪ Prematuridade o Sexo ▪ Deficiências ligadas ao X o Raça ▪ Hb S/C – negros e populações hispânicas o Sinais e sintomas ▪ Cor da urina e icterícia ▪ Sangramentos ▪ Atraso do DNPM ▪ Infeccioso o Fatores dietéticos ▪ Introdução precoce de leite de vaca o História prévia de anemia e história familiar o Medicamentos e exposição ▪ Deficiência de G6PD o Doenças de base o Exame físico ▪ Pele ▪ Face ▪ Olhos ▪ Boca ▪ Mãos ▪ sistema nervoso central ANEMIA DA DOENÇA CRÔNICA ➢ “anemia da inflamação” – ativação crônica imunológica ➢ Complica diversas doenças sistêmicas associadas a infecções, Á autoimunidade ou neoplasias ➢ Hemácias tem ciclo de vida diminuído, secundário à eritrofagocitose por macrófagos ativados ➢ Insuficiência da medula óssea relativa ➢ Eritropoetina levemente aumentada, mas ainda inadequada ➢ Menor disponibilidade de ferro o Retenção de ferro pelo sistema reticulo endotelial, limitando a disponibilidade para eritropoese o Absorção intestinal diminuída ➢ Manifestações clínicas o Doença subjacente o Anemia leve a moderada ➢ Achados laboratoriais o Hb: 6 a 9g/dL- microcítica/ hipocrômica ou normo/normo o Reticulócitos: Normal ou Baixo o Leucocitose o Ferro sérico: diminuído o Transferrina sérico: baixa a normal ➢ Tratamento o Sem resposta á suplementação de Ferro o Raramente indicado transfusão o Resolve com o controle da doença subjacente o EPO humana pode melhorar a atividade e sensação de bem-estar ANEMIA DA DOENÇA RENAL ➢ Doença renal crônica ➢ Anemia normocítica ➢ Contagem de reticulócitos: normal ou baixa ➢ Produção diminuída de EPO pelos rins doentes ➢ Deficiência de ferro absoluta e funcional da perda sanguínea crônica ➢ Níveis de hemoglobina caem com a diminuição da taxa de filtração glomerular ( < 43mL/min/1,73m2) ➢ FDA recomenda manter nível de Hb de 10-12g/dL ➢ Tratamento o EPO o Suplementação de ferro (EPO exige ferro para síntese de Hb) ▪ Pode diminuir a dose de EPO necessária ANEMIA FISIOLÓGICA DA INFÂNCIA ➢ Ao nascimento, RN tem maiores níveis de Hb e HCT e mais hemácias que as crianças e adultos ➢ Declínio na primeira semana de vida que persiste por 6ª 8 semanas → anemia fisiológica ➢ Respiração – saturação de oxigênio – hemoglobina aumenta de 50 para 95% ➢ Troca normal e gradual de Hb fetal para adulta, de baixa afinidade pelo oxigênio ➢ Aumento de oxigênio no sangue e baixa regulação da produção de EPO → supressão da eritropoese ➢ Concentração de Hb cai até que as necessidades de oxigênio tecidual sejam maiores que a entrega → 8 a 12 semanas (Hb 11g/dL) ➢ O suprimento de ferro reticuloendotelial armazenado é suficiente, mesmo na ausência de dieta, até 20 semanas de idade ➢ Anemia fisiológica da prematuridade o Mesmos mecanismos, mas mais exagerados o Queda mais estrema e mais rápida o Hb: 7 a 9g/dL em 3 a 6 semanas o Produção de EPO mantém-se no fígado ANEMIAS MEGALOBLÁSTICAS ➢ Anemia macrocítica (hemácias grandes, ovais) ➢ Eritropoese ineficaz o Morte celular prematura o Diminuição da saída de eritrócitos da medula óssea o Afeta ainda a série mieloide e os precursores plaquetários o Trombocitopenia e leucopenia associados o Deficiência de vitamina B12 e ácido fólico ▪ Síntese defeituosa de DNA, RNA e proteínas DEFICIÊNCIA DE ÁCIDO FÓLICO ➢ Seres humanos não sintetizam folato e dependem da ingesta na dieta (vegetais, frutas, órgãos animais) ➢ Anemia ocorre após 2 a 3 meses em uma dieta sem folato ➢ Deficiência de ácido fólico o Ingesta inadequada o Absorção diminuída o Transtornos adquiridos e congênitos no metabolismo do folato ➢ Deficiência de ácido fólico o Ingesta inadequada ▪ Crescimento no período neonatal e na infância aumentam a demanda por ácido fólico ▪ Leite materno, formulações para lactentes e leite de vaca pasteurizado – quantidades adequadas ▪ Leite de cabra e leite em pó – deficientes ▪ Prematuros, portadores de transtornos hemolíticos – necessidades aumentadas ▪ Crianças maiores – destruição é a causa mais comum ▪ Hemoglobinopatias, infecções e má absorção – maior risco o Absorção diminuídas ▪ Estados diarreicos ▪ Cirurgia intestinal ▪ Drogas anticonvulsivantes (fenitoína, fenobarbital...) ▪ Uso excessivo de álcool o Transtornos adquiridos e congênitos do metabolismo de folato o Má absorção hereditária do folato – raro o Uso de metotrexato, pirirmetamina, trimetropim ➢ Manifestações clínicas o 4 a 7 meses o Irritabilidade, diarreia crônica, ganho de peso insuficiente o Casos avançados: hemorragia por trombocitopenia o Má absorção congênita: retardo cognitivo, anormalidades neurológicas, atraso no desenvolvimento ➢ Achados laboratoriais o VCM > 100fL o Contagem de reticulócitos baixo o Neutropenia e trombocitopenia – deficiência grave e prolongada o Ferro e vit B12: normais ou elevados o LDH: elevada o Neutrófilos: metamielócitos gigantes, com vacuolização citoplasmática ➢ Tratamento o Ácido fólico: 0,5 a 1 mg/dia, VO ou EV, por 3 a 4 semanas o Manutenção: polivitamínicos (0,2mg de folato) o Transfusão em casos graves DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B12 ➢ Proteína animal é a principal fonte de vitamina B12 ➢ Síntese de DNA ➢ Crianças e adultos: depósitos que duram 3 a 5 anos ➢ Neonatos de mães com baixos depósitos:6 a 18 meses ➢ Deficiência de Vitamina B12: o Ingestão inadequada o Ausência de fator intrínseco o Absorção intestinal alterada o Ausência da proteína de transporte de vitamina B12 o Ingestão inadequada ▪ Rara ▪ Restrição extrema ▪ 1º ano de vida em caso de mães veganas, com anemia perniciosa, com sd do intestino curto ou com cirurgia gástrica o Ausência de fator intrínseco ▪ Transtorno autossômico recessivo (falta de FI ou FI funcionalmente anormal) ▪ Sintomas: 6 a 24 meses ▪ Fraqueza, irritabilidade, anorexia ▪ Língua lisa, vermelha e dolorida ▪ Manifestações neurológicas: ataxia, parestesias, hiporreflexia, respostas de babinski e clono o Absorção intestinal alterada ▪ Doença inflamatórias: enterite regional, enterocolite necrosante ou doença celíaca ▪ Crescimento excessivo de bactérias intestinais em divertículos ou em duplicações de intestino delgado ▪ Remoção cirúrgica do íleo terminal o Ausência de proteína de transporte de vitamina B12 o Primeiras semanas de vida o Níveis séricos normais deficiência da proteína que transporta o Insuf de crescimento, diarreia, vômitos, glossite, anormalidades neurológicas ➢ Manifestações clínicas o Inicialmente inespecíficas: fraqueza, fadiga, insuficiência de crescimento e irritabilidade o Palidez, glossite, vomito, diarreia e icterícia o Sintomas neurológicos: parestesias, déficits sensoriais, hipotonia, crises convulsivas, retardo do desenvolvimento, regressão do desenvolvimento e alterações neuropsiquiátricas o Podem ocorrer sem qualquer anormalidade hematológica ➢ Achados laboratoriais o Macrocitose o Neutrófilos grandes e hipersegmentados o Neutropenia e trombocitopenia (casos avançados) o Ferro e ácido fólico normais ou elevados o LHD aumentada o Aumento das bilirrubinas o Teste terapêutico com FI – avalia a má absorção ➢ Tratamento o Necessidade fisiológica de B12: 1 a 3 mcg/dia o Reposição de vitamina B12 ANEMIA FERROPRIVA ➢ Deficiência de ferro – distúrbio nutricional mais comum e mais disseminado no mundo ➢ Anemia ferropriva- 30% da população mundial, maioria em países em desenvolvimento ➢ Etiologia: o Dietas pobres em ferro ▪ Leite de vaca em excesso ▪ Desnutrição o Perda sanguínea ▪ Sangramento oculto ▪ Ulcera péptica, divertículo de Meckel, pólipo ou hemangioma, doença inflamatória intestinal ▪ RN exposto a proteína do leite de vaca integral ▪ Diarreia crônica o Diarreia crônica o Perda menstrual o Adolescentes grávidas ➢ Manifestações clínicas o Maioria assintomática, identificada por triagem laboratorial o Palidez, normalmente percebida quando Hb < 8g/dL ▪ Palma das mãos, pregas palmares, leitos ou conjuntivas o Alterações fisiológicas- eficazes, com pouca manifestação de sintomas o Irritabilidade o Hb < 5g/dL: anorexia, desenvolvimento letárgico, sopro sistólico o Taquicardia e insuficiência cardíaca o Pica (substâncias não nutritivas) e pagofagia (gelo) ➢ Alterações laboratoriais o Hb diminuída o VCM baixo (indicador tardio da deficiência de ferro) o RDW aumentado o Leucócitos normais + trombocitose o Ferritina sérica diminuída o Esfregaço sanguíneo: hemácias microcíticas e hipocrômica o Pesquisa de sangue oculto nas fezes ➢ Tratamento o Administração oral de sais ferrosos simples – tto barato, rápido e eficaz ▪ Gosto ruim ▪ Crianças maiores – queixas gastrointestinais o Associação com vitaminas, metais ou outras substancias não aumentam a resposta aos sais o 3 a 6 mg/Kg de ferro elementar/dia o Sulfato ferroso: 20% de ferro elementar o Ferro parenteral – casos de má absorção o Aconselhamento dietético ▪ Evitar excesso de leite de vaca o Deficiência secundária a fluxo menstrual anormal – ferro e terapia hormonal o Transfusão – raramente necessária – insuficiência cardíaca o Resposta rápida – reavaliação com 4 semanas ➢ Diagnóstico diferencial o Anemia microcítica que falha á ingestão oral de ferro ▪ Má adesão ▪ Dose ou medicamento incorreto ▪ Má absorção do ferro administrado ▪ Perda de sangue contínua ▪ Infecção concomitante ou distúrbio inflamatório ▪ Deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico concomitante ▪ Outros diagnósticos: ✓ Talassemia ✓ Anemia da doença crônica ✓ Intoxicação por chumbo ➢ Prevenção o Amamentação o Cereais fortificados com ferro na introdução de novos alimentos o Limitação do uso do leite de vaca o Se necessário, fórmulas lácteas fortificadas com ferro o Triagem de rotina aos 12 meses ou antes se fator de risco o Alimentos ricos em ferro na dieta ANEMIAS HEMOLÍTICAS ➢ Hemólise – destruição prematura das hemácias ➢ Anemia hemolítica – velocidade de destruição > capacidade da medula de produzir novas hemácias ➢ Hemólise – sobrevida da hemácia é menor, EPO aumenta, produção aumentada de hemácias → aumento de reticulócitos ESFEROCITOSE ➢ Causa comum de hemólise ➢ Amplo espectro de gravidade ➢ Anormalidade hereditária mais comum da membrana da hemácia ➢ Doença autossômica dominante ou, menos frequentemente, recessiva ➢ 25% dos pacientes não tem história familiar prévia (mutações novas ou herança recessiva) ➢ A deformidade diminuída dos esferócitos prejudica a passagem celular dos cordões para o seio esplênico, sendo destruídos prematuramente no baço ➢ Manifestações clínicas o RN: anemia e icterícia o Gravidade dos sintomas é variável o Palidez, icterícia, fadiga, intolerância ao exercício o Esplenomegalia o Formação de cálculos bilaterais entre 4 e 5 anos de idade o Crise aplásicas o Anemia profunda, insuficiência cardíaca, hipóxia ➢ Alterações laboratoriais o Reticulocitose (6 a 20%) o Hiperbilirrubinemia o Hb 6 – 10g/dL o VCM normal o US abdome: cálculos biliares o Esfregaço sanguíneo: esferócitos ➢ Diagnóstico diferencial o Doença hemolítica isoimune do RN – incompatibilidade ABO ▪ Coombs o Anemias hemolíticas autoimunes – esferócitos o Lesão térmica o Doença de Wilson ➢ Tratamento o Esplenectomia ▪ Não recomendada se HB > 10g/dL e percentual de reticulócitos < 10% ▪ Recomendada em crianças > 5 anos – evitar risco de sepse pós esplectomia ▪ < 5 anos: esplenectomia parcial ▪ Ácido fólico 1 mg/dia ANEMIA FALCIFORME ➢ Doença hereditária monogênica, autossômica dominante, caracterizada pela presença de uma hemoglobina anormal (Hb S) ➢ Em determinadas condições de desoxigenação, há polimerização da HbS, deformando as hemácias, assumindo forma de foice, causando deficiência no transporte de oxigênio e outras complicações ➢ Doença genética mais comum diagnosticada por meio de triagem de RN ➢ Lactentes tem função imunológica anormal ➢ Asplenia funcional entre os 6 meses e 5 anos ➢ Sepse bacteriana é uma das principais causas de morbimortalidade (especialmente por Pneumococos e hemófilos) ➢ Infecção pelo Parvovírus B19 – limita a produção de reticulócitos. Aplasia da série vermelha, febre, dor, sequestro esplênico, síndrome torácica aguda, glomerulonefrite e AVC ➢ Manifestações clínicas e tratamento o Febre ▪ Emergência – avaliação e início precoce de antibióticos ▪ Considerar internamento o Dactilite ▪ Síndrome mão-pé ▪ Primeira manifestação de dor, ocorrendo em 50% das crianças até os 2 anos de idade ▪ Edema simétrico ou unilateral ▪ Paliativo, com tto da dor com paracetamol com codeína ▪ DD com osteomielite o Sequestro esplênico o Complicação com risco de morte o 30% das crianças o Etiologia desconhecida o Ingurgitamento e aumento do baço, hipovolemia, queda da Hb >2g/dL. Podem apresentar ainda reticulocitose e plaquetopenia o Podem estar acompanhados de infecção o Recorrência em 50% dos casos (6 meses após episódio anterior) o TTO: estabilização hemodinâmica, uso de soluções isotônicas e transfusão sanguínea o Esplenectomia o Dor ▪ Principal característica ▪ Mais comum em tórax, abdome e membros ▪ Episódios abruptos ▪ Pelo menos 1 episódio dolorosoao ano que precisa de atenção médica ▪ Etiologia desconhecida ▪ Patogênese: fluxo sanguíneo é interrompido na microvasculatura pelas células falciformes, resultando em isquemia tecidual ▪ Desencadeantes: estresse físico, infecções, desidratação, hipóxia, acidose local ou sistêmica, exposição ao frio ▪ TTO: analgésicos, AINES e opioides ▪ Hidroxiureia – múltiplos episódios dolorosos > 5 anos o Priapismo o Ereção peniana involuntária que dura mais de 30 minutos o 20% dos pacientes – média de idade de 12 anos o 90% apresentam pelo menos um episódio até os 20 anos o Intermitente- autolimitado, com diversos episódios o Refratário – se prolonga por várias horas o Maioria ocorre entre 3 e 9 da manhã o TTO: ▪ Avaliação urologista + analgesia ▪ > 4 horas: aspiração do sangue do corpo cavernoso + irrigação com adrenalina diluída o Prevenção- hidroxiuréia o Complicações neurológicas ▪ 11% AVC evidente: déficit neurológico focal que dura mais de 24 h e/ou RNM com infarto cerebral ▪ 20% AVC silencioso: evidência de AVC na RNM sem déficit neurológico focal ▪ A evidencia de um AVC pode ser encontrada em crianças om 1 ano de idade ▪ Cefaleia, convulsão, trombose venosa central ▪ Tto: O2 (Sat > 96%), transfusão sanguínea (Hb de 10 g/dL), transfusão de troca ▪ Prevenção: transfusão para manter HbS < 30% o Síndrome torácica aguda ▪ 2ª causa mais comum de internação, causa frequente de óbito ▪ Nava opacificação da radiografia de tórax, febre, desconforto respiratório e dor ▪ Mesmo sem febre – realizar radiografia de tórax para identificar STA ▪ 30% estão associados a infecção ▪ O quadro mais comum que precede a STA é a dor ▪ Exames: ▪ Hemoculturas ▪ Amostras nasofaríngeas para cultura viral ▪ Hemograma e bioquímica ▪ Oximetria contínua de pulso o Síndrome torácica aguda ▪ Tratamento • Transfusão sanguínea (simples ou de troca) • O2 suplementar • Antibióticos empíricos (cefalosporina e macrolídeos) • Terapia respiratória continuada • Broncodilador e corticóides para os que tem asma • Controle da dor e manejo de líquidos ▪ Prevenção: • Fisioterapia • Monitoramento • Evitar hidratação excessiva o Doença renal ▪ Principal comorbidade que pode levar a morte prematura ▪ 7 tipos de nefropatias associadas ▪ Hematúria, proteinúria, insuficiência renal, defeitos de concentração ou hipertensão ▪ TTO da proteinúria assintomática com inibidores da ECA pode diminuir a insuficiência renal TALASSEMIA ➢ Fisiopatologia: o Produção inadequada do gene da β- globina ▪ Níveis diminuídos de HbA o Produção desequilibrada das cadeias de α- globina e β- globina ➢ Na medula óssea, as mutações prejudicam a maturação das hemácias → eritropoese ineficaz ➢ A medula é hiperativa, mas o paciente tem relativamente menos reticulócitos e há anemia severa Β- TALASSEMIA MAIOR ➢ Sintomáticas devido a anemia hemolítica progressiva ➢ Fraqueza profunda e descompensação cardíaca entre o 2º e o 6º mês de vida ➢ Necessidade de transfusão pode começar no 2º mês de vida até os 2 anos ➢ Decisão de transfundir depende da capacidade da criança em compensar o grau de anemia ➢ A partir de Hb 4g/dL- descompensação cardíaca ➢ Apresentação da doença grave o Fáscies talassêmica: hiperplasia maxilar, ponte nasal achatada, fronte proeminente o Fraturas ósseas patológicas, hepatoesplenomegalia acentuada e caquexia ➢ Palidez + Hemossiderose + Icterícia → coloração marrom esverdeada da pele ➢ Anemia crônica – aumento na absorção de ferro – complicações pelo depósitos excessivos de Ferro ➢ Achados laboratoriais o Anemia grave, reticulocitopenia, hemácias nucleadas numerosas e microcitose o Hb < 5g/dL o Reticulócitos < 8%, contagem desproporcionalmente baixa (eritropoese ineficaz) o Bilirrubina elevada (normal no início do quadro) o Ferritina sérica e saturação da Transferrina elevadas o Hiperplasia da medula óssea ➢ Tratamento o Antes de iniciar o tto deve-se obter um fenótipo eritrocitário o Terapia de transfusões crônicas ▪ 1x/mês ▪ HB pré-transfusão: 9,5 a 10,5 g/dL o Quelantes de ferro ▪ Deferasirox ou Deferoxamina o Transplante de célula tronco hematopoiética ▪ Sucesso em < 15 anos ANEMIA HEMOLÍTICA AUTOIMUNE ➢ Agentes extrínsecos e doenças – Hemólise ➢ Doença hemolítica mais importante – Dç Hemolítica do RN ou eritroblastose fetal ➢ Doenças associadas à Hemólise: o Idiopáticas o Relacionadas à infecção o Doenças imunológicas o Doenças de imunodeficiência o Neoplasias o Medicamentos ➢ Anticorpos anormais → contra os eritrócitos ➢ Classificação o Primária ou idiopática o Secundária (associada a doença de base) o Distúrbios inflamatórias crônicas ➢ Manifestações clínicas o Agudo – transitório ▪ Dura 3 a 6 semanas ▪ 2 a 12 anos ▪ 70 a 80% dos pacientes ▪ Precedido por infecções ▪ Início pode ser agudo, com prostração, palidez icterícia, febre, hemoglobinúria ▪ Baço aumentado – local primário de desnutrição de hemácias ▪ Hemólise pode continuar por meses ou anos ▪ Resposta variável a corticóide ▪ Taxa de mortalidade 10% ▪ Óbito atribuído a doença sistêmica subjacente ➢ Achados laboratoriais o Hb < 6g/dL o Esferocitose e policromatofilia, o Contagem reticulocitária baixa o Leucocitose o Plaquetas – normais o Teste indireto de Coombs positivo ➢ Tratamento o Transfusão em casos graves o Corticóides – hemólise grave o Imunoglobulina Ev – sem resposta satisfatória ao corticóide o Esplenectomia (> 6 anos) o Profilaxia com vacinas antes e penicilina oral depois da esplenectomia
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