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TDE 1 - KURT LEWIN

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ITAJUBÁ – FEPI
Curso de Psicologia
Ana Vitória Honorato
Bianca Silva Caetano
Débora C. Marques Musso
Eduardo Fhilipe Vieira P. Aguiar
Gabriel Duarte Alves
Sabrina Brito Maciel
KURT LEWIN: Análise da teoria de campo
ITAJUBÁ
2021
Ana Vitória Honorato
Bianca Silva Caetano
Débora C. Marques Musso
Eduardo Fhilipe Vieira P. Aguiar
Gabriel Duarte Alves
Sabrina Brito Maciel
KURT LEWIN: Análise da teoria de campo
Trabalho apresentado à disciplina Psicologia Aplicada aos Grupos, do Centro Universitário de Itajubá – FEPI
Professora: Profª Ma. Regina Célia Teixeira
ITAJUBÁ
2021
1. INTRODUÇÃO
O ser humano é um ser gregário e disto tem-se por consequência, a necessidade de sentir-se parte do grupo, visando obter segurança e fortalecer suas relações interpessoais.
Inúmeros estudos têm sido realizados para entender-se o funcionamento e a funcionalidade dos grupos humanos, sendo este campo de interesse da Psicologia, pois as interações que ocorrem no grupo levam a mudanças na maneira de agir de cada integrante, uma vez que este pratica atos e recebe as consequências dos atos dos demais membros das diversas instituições humanas.
A formulação de uma literatura científica neste campo é de extrema importância para o psicólogo que apresenta uma atuação nos mais variados ramos sociais, pois possibilita a ampliação na compreensão e na utilização desse recurso. 
Sendo Kurt Lewin um dos psicólogos precursores do termo "Dinâmica de Grupo", onde fez significativas contribuições tanto à pesquisa quanto à teoria e, em 1945, estabeleceu a primeira organização dedicada especificamente à pesquisa nesse campo.
Este trabalho tem como objetivo discorrer de forma sintética sobre os estudos de Kurt Lewin referentes à dinâmica de grupo, assim como sua origem e sobre a compreensão dos fenômenos de grupos sob a visão da sua teoria de campo, estabelecendo um conceito mediante a maneira a que estes se estruturam e do funcionamento dos indivíduos dentro do mesmo.
	Comment by Regina Célia Teixeira: referência
2. KURT LEWIN – BIOGRAFIA
Kurt Lewin nasceu a 9 de setembro de 1890 em Mogilno, na Prússia, atual Polônia. De sua infância e de sua adolescência, de seus pais e de sua constituição familiar não sabemos quase nada que possa nos ajudar a decifrar ou pelo menos a perceber seu mistério psicológico. A primeira e única informação que possuímos de sua juventude é que fez seus estudos universitários sucessivamente nas Universidades de Friburgo (Alemanha), Munique e Berlim.
Seus interesses pela Psicologia aparecem gradualmente. Ele se consagra inicialmente à Química e à Física, depois à Filosofia para finalmente dedicar-se à preparação de uma tese de psicologia. Doutora-se em Filosofia pela Universidade de Berlim em 1914, apresentando e defendendo com sucesso uma tese sobre "A psicologia do comportamento e das emoções". Sua tese será retomada e completado pôr trabalhos posteriores sendo publicada simultaneamente em Londres e Berlim em 1926. O título inglês de sua primeira obra é "Investigation into the psychology of behavior and emotion.'' Kurt Lewin começaria sua carreira na Universidade de Berlim em 1914. Mas a guerra tem início no verão de 1914. E convocado e servira durante toda a guerra, dela saindo ileso. No outono de 1921 torna-se professor assistente do Instituto de Psicologia da Universidade de Berlim. Do outono de 1918 ao de 1921 não sabemos praticamente nada de Lewin salvo que durante esse período de pós-guerra, publica três artigos sobre a medida dos fenômenos psíquicos. Em 1926 torna-se professor titular de psicologia na Universidade de Berlim. Conservará suas funções e este estatuto acadêmico até a tomada do poder pelos nazistas em 1933.
Em 1933, Lewin, por ser judeu, é obrigado pelos nazistas a deixar a Alemanha com sua família em 24 horas, pagando um resgate para não ser encarcerado em um campo de concentração. Passa pela Inglaterra onde permanece alguns meses, emigrando depois para os EUA, onde é convidado a ensinar na Universidade de Stanford (California). Aí permanecera um ano, tornando-se depois professor de Psicologia da Universidade de Cornell, Nova York. A seguir é convidado a ocupar a cátedra de psicologia da criança na Universidade de Iowa e assumir a direção de um centro de Pesquisas ligado a um departamento de psicologia da mesma Universidade, permanecendo aí até 1939. Durante este período, Lewin publica dois trabalhos teóricos, que logo o tornarão celebre: "A dynamic theory of personality" (56) e "Principles of topological psychology''(59). Nesta época, seu interesse principal, formular uma teoria do conjunto do comportamento individual e, paralelamente, elaborar modelos teóricos que lhe permitam renovar a experimentação e a exploração dos fatos psíquicos. Em 1939, ele volta a Universidade de Stanford e em 1940 torna-se professor na Universidade de Harvard. Em 1945 continuando seu magistério funda, a pedido do M.I.T. (Massachussets Institute of Technology), um centro de pesquisas em dinâmica de grupos. Para Lewin é a ocasião de criar e introduzir no vocabulário dos psicólogos o termo "Dinâmica dos Grupos". 
No início tentara defini-lo por referência ao contexto acadêmico no qual empreende seus novos projetos de pesquisas. No momento em que Lewin funda Dinâmica dos Grupos, o M.I.T. é o centro mais celebre dos EUA que se consagra em pesquisas em ciências nucleares. Kurt Lewin morreu súbita e prematuramente a 12 de fevereiro de 1947, com 56 anos, em sua residência de Newtonville, situada próxima aos dois centros que trabalhava: Harvard e o M.I.T. Após sua morte, os professores Alport, de Harvard, e Cartwright, da Universidade de Michigan, em colaboração com sua filha, Gertrud, editam e publicam vários artigos de Lewin sobre dois temas complementares tratando de psicologia social e de dinâmicas de grupos. O primeiro destes volumes intitulado "Resolving social conflicts" e o segundo como "Field theory in social science".
3. ORIGENS DA DINÂMICA DE GRUPO
Em meados da década de 1930, as ciências sociais estavam maduras para um rápido desenvolvimento da pesquisa empírica com grupos. E, de fato, ocorreu nos Estados Unidos uma grande explosão dessa atividade, pouco antes de sua entrada na Segunda Grande Guerra. Essa pesquisa, além disso, passou a apresentar, nitidamente, as características hoje associadas ao trabalho em dinâmica de grupo. Num período de aproximadamente cinco anos, empreenderam-se vários e importantes projetos de pesquisa, mais ou menos independentes um do outro, mas todos apresentando esses aspectos distintivos. Onde destacam-se os quatros a seguir mais importantes projetos: Criação experimental das normas sociais de Sherif em 1936; O alicerce social das atitudes de Newcomb nos anos de 1935-39; Grupos na sociedade de esquina de Whyte em 1937 e o Controle experimental da atmosfera de grupo de Kurt Lewin, Lippitt e White entre os anos de 1937 e 1940. Sendo este último estudo o enfoque do aprofundamento deste presente trabalho. 
3.1 Controle experimental da atmosfera do grupo 
O trabalho de maior influência, nos primórdios da dinâmica de grupo foi o de Lewin, Lippitt e White. Realizadas na lowa Child Welfare Research Station, entre 1937 e 1940, essas pesquisas sobre a atmosfera de grupo e estilos de liderança conseguiram uma síntese criadora das diversas tendências e dos vários desenvolvimentos acima considerados. O objetivo básico desta pesquisa foi estudar as influências no grupo como um todo, e em cada um dos participantes, de determinadas “atmosferas de grupo” ou “estilos de liderança”, experimentalmente provocados.
Para as pesquisas posteriores de dinâmica de grupo, teve importância básica a maneira de Lewin formular o objetivo essencial desses experimentos. Selecionou-se, para pesquisa, o problema de liderança, em parte por sua importância prática na educação, no serviço social, na administração e nas questões políticas. Apesar disso, ao criar no laboratório os diferentes tipos de liderança,a intenção não foi copiar ou simular um “tipo puro”, que possa existir na sociedade. Ao contrário, o objetivo foi descobrir algumas das mais importantes variações de comportamento do líder e verificar como os vários estilos de liderança influenciam as características dos grupos e o comportamento dos participantes. De acordo com Lewin, o objetivo não era repetir uma autocracia ou uma democracia determinada, ou estudar uma autocracia ou uma democracia “ideal”, mas criar ambientes para apreender a subjacente dinâmica de grupo. Essa afirmação, publicada em 1939, parece ter sido a primeira em que Lewin empregou a expressão “dinâmica de grupo”. É importante observar, cuidadosamente, como Lewin generalizou o problema da pesquisa. 
Poderia considerar essa pesquisa, em primeiro lugar, como uma contribuição à tecnologia da direção do grupo no serviço social ou na educação. Ou poderia colocá-la no contexto da pesquisa de liderança. Todavia, na realidade, propôs o problema da maneira mais abstrata, como conhecimento da dinâmica subjacente à vida do grupo. Acreditou ser possível construir um conjunto coerente de conhecimento empírico a respeito da natureza da vida do grupo, que seria significativo quando especificado para qualquer tipo determinado de grupo. Imaginou, dessa maneira, uma teoria geral dos grupos, capaz de abranger questões aparentemente muito diversas, tais como a vida familiar, equipes de trabalho, salas de aula, comissões, unidades militares e comunidade. Além disso, compreendia, como parte do problema geral de compreensão da natureza da dinâmica de grupo, problemas específicos tais como liderança, status, comunicação, normas sociais, atmosfera coletiva e relações intergrupais. Quase imediatamente Lewin e seus colaboradores iniciaram vários projetos de pesquisa, planejados para contribuir com informações significativas para uma teoria geral da dinâmica de grupo.
4. TEORIA DE CAMPO
Lewin pautava sua teoria em duas condições:
1. O comportamento é resultado de um grupo de fatores coexistentes.
2. Esses fatores têm características de um campo dinâmico, onde cada aspecto desse campo é ligado e dependente dos outros.
Para simplificar, o comportamento não dependente de experiências passadas ou anseios de futuro, mas das influências presentes no momento, do acontecimento atuais e de como o indivíduo percebe esses acontecimentos. A esse campo dá-se o nome de “espaço de vida”.
Esse campo pode ser definido pela existência do indivíduo e o que ela implica, tanto física quanto socialmente, englobando o subjetivo do ser como seus sonhos, interesses, medos e angustias, e aquilo que lhe é diretamente ligado como sua relação com o ambiente onde vive, as pessoas que o cercam entre familiares, amigos, colegas de trabalho, e o contexto cultural pré-existente.
Kurt utiliza da expressão “C = f (P, M)” para demonstra sua teoria onde, C é o comportamento que é resultado “f” da interação entra a “P” pessoa e o “M” meio que a cerca. Sendo o ambiente comportamental o que rodeia a pessoa e como ela percebe esses fatores que a cercam. O campo psicológico é moldado conforme o senso de prioridade do indivíduo que é resultado de acontecimentos externos como, por exemplo, uma crise familiar fazendo o cidadão dar menos atenção a questões no trabalho e focando na família.
Objetos, pessoas e situações nesse meio imputam valências positivas ou negativas no indivíduo quando prometem satisfazer necessidades ou causar prejuízos, respectivamente. Quando positiva a valência o objeto, pessoa ou situação atrai o indivíduo enquanto quando negativa o afasta. Atração e repulsa são os vetores que atraem ou distanciam o indivíduo em direção ao objeto, pessoa ou situação. Como na física, quanto mais vetores impulsionando o indivíduo em uma direção mais ele é compelido ao objetivo. A interligação potencial entre os indivíduos a influência consequente disso, principalmente nesse momento de globalização, projeta a humanidade como uma grande malha, um grande lençol o qual quando puxado em uma das pontas produz rugas no outro lado oposto. A máxima de que temos acesso a quaisquer pessoas num grupo de um milhão através de três delas, ou num grupo de bilhão através de quatro. Para o grupo existir é necessária a coexistência e interdependência, o que agora é quase absoluta no planeta terra com a utilização da internet e outros meios de comunicação.
Mapeando o espaço vital por meio de analises topológicas e analises vetoriais para analisar a força da motivação em comportamentos desenvolveu-se vários estudos sobre motivação, satisfação, frustração, e efeito de diferentes formas de liderança em grupos de trabalho pelas mãos de Lewin. Para ele o indivíduo precisa de um certo grau de liberdade dentro dos grupos que está inserido para desenvolver e alcançar seus objetivos pessoais e assim a inter-relação “indivíduo X Grupo” se mantem.
Quando se deixa de pertencer a um grupo por uma decisão externa o indivíduo excluído cai numa zona de incerteza e isso resulta imprevisibilidade em seu padrão de comportamento, exemplo sendo o adolescente em transição para a vida adulta. Essas mudanças no grupo provocam um balanceamento em alguma de suas áreas resultando numa situação semi-estacionária.
“Por contemporaneidade, Lewin quer afirmar que os únicos determinantes do comportamento, em determinado momento, são as propriedades do campo naquele momento. Só os eventos do momento (tempo) podem ter efeito em determinado momento”
Dadas as explicações, segundo a teoria de Lewin, um grupo só sobrevive se com três pilares fundamentais: existência, interdependência e contemporaneidade.
5. CONCLUSÃO
As forças sociais e psicológicas podem ser estudadas a partir das dinâmicas de grupo mediante a observação de aspectos que atuam como coesão, coerção, pressão social, atração, rejeição, resistência a mudança, interdependência e equilíbrio, para isso se faz necessário o estudo da dinâmica de grupo como ciência empírica dos processos científicos dependendo da observação, mensuração, quantificação e experimentação.
Entender como esta ferramenta foi concebida pelos teóricos e filósofos, assim como ao contexto que exigiu a elaboração desse método nos auxilia ao entendimento tanto da formação dos grupos sociais quanto da atuação de cada indivíduo nestes inseridos. 
Kurt Lewin desempenhou um papel fundamental para a formulação da dinâmica de grupo que conhecemos hoje, seus estudos contribuíram para a formação de sua teoria de campo, a qual buscou compreender como funcionava a dinâmica dentro de um grupo por meio do comportamento de seus integrantes e sua interação com o meio que estavam inseridos, vendo assim a resultante interação nas ações que estes indivíduos desempenhavam dentro do grupo que se encontravam inseridos. 
Portanto neste trabalho podemos entender melhor a importância da dinâmica de grupo para o impulso do indivíduo no trabalho dentro desse espaço social atuando em conjunto com outros, desenvolvendo seu potencial como ser de ação, pois esta ferramenta só se torna efetivamente eficaz através da boa interação entre os indivíduos que compõem este agrupamento tornando os desafios que podem aparecer muito mais fáceis de lidar 
REFERÊNCIAS
MINICUCCI, Agostinho. Técnicas do trabalho de grupo. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001. Cap. 1
CARTWRIGHT, Dorwin; ZANDER, Alvin Frederick. Parte I: Introdução à dinâmica de grupo. In: CARTWRIGHT, Dorwin; ZANDER, Alvin Frederick. Dinâmica de grupo: pesquisa e teoria. 1ª. ed. São Paulo: Herder, 1967. p. 2-37.
AMARAL, Vera Lúcia. Dinâmica dos grupos e o processo grupal. Natal - RN: UFRN, 2007. 2 - 16 p.

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