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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 35ª VARA DO TRABALHO DA COMERCA DE PORTO ALEGRE/RS. 
Processo nº 0001524-15.2011.5.04.0035
PARQUE DOS BRINQUEDOS LTDA., já qualificado nos autos do processo sob o número em epígrafe, por sua procuradora que junta neste ato instrumento particular de mandato, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência apresentar defesa na forma de CONTESTAÇÃO com fulcro nos artigos 847 e seguintes da CLT c/c o artigo 335 do Código de Processo Civil (“CPC”), nos autos da Reclamação Trabalhista proposta por JOAQUIM FERREIRA, também já qualificado nos autos pelos fatos e fundamentos de direito a seguir aduzidos: 
1 – FATOS E DIREITOS 
1.1 – Do Adicional de Transferência
Como narrado na petição inicial, o Reclamante requer que a Reclamada seja condenada ao pagamento do adicional de transferência, alegando que foi transferido para a filial localizada em Porto Alegre/RS logo após sua admissão. Todavia, Vossa Excelência, como bem esclarece o próprio Reclamante, a transferência foi realizada de forma definitiva e não provisória, razão pela qual o Reclamante não faz jus ao adicional de transferência, conforme preceitua o parágrafo 3º, do artigo 469, da CLT:
 “Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio. § 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação.” 
 Nesta mesma linha, a OJ 113 do TST alega que:
“ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 113 DA SBDI-1 DO TST. EMPREGADO TRANSFERIDO UMA ÚNICA VEZ. TRANSFERÊNCIA DEFINITIVA. PAGAMENTO INDEVIDO. O entendimento predominante neste Tribunal é o de que a provisoriedade constitui o pressuposto inafastável para o reconhecimento do direito ao adicional de transferência, o qual é definido pelo tempo de contratação, tempo de transferência e pelo número de mudanças de domicílio a que o empregado foi submetido. Assim, para a concessão do adicional de transferência, é imperioso o pressuposto de que a transferência efetivada tenha sido realizada em caráter provisório. Na hipótese, conforme consignado nos autos, a reclamante foi contratada para trabalhar em Porto Alegre/RS e, em julho de 2005, foi transferida uma única vez para Curitiba/PR, onde permaneceu até a ruptura do seu contrato de trabalho, ocorrida em novembro de 2010. Assim, verificando-se que houve uma única transferência do empregado durante a contratualidade, e por mais de cinco anos, é indevido o adicional de transferência, pois nesta hipótese, entende-se que a transferência teve caráter definitivo, nos termos da Orientação Jurisprudencial n 113 da SBDI-1 do TST. Precedentes. Recurso de Revista conhecido e provido (TST – RR: 8222920115090001, Relator: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 04/05/2016, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 13/05/2016.”
Isto posto, a Reclamada impugna o pagamento ao adicional de transferência e requer a improcedência do pedido.
1.2 – Das Férias em Dobro
O Reclamante requer que a Reclamada pague suas devidas férias em dobro relativas ao suposto período aquisitivo, porém, cabe dizer que, caso as férias fossem devidas ao Reclamante, as verbas seriam pagas no momento da rescisão contratual, todavia, a pretensão não é devida, conforme disposto abaixo.
Levando em conta que o Reclamante permaneceu em licença remunerada por 33 (trinta e três) dias consecutivos no curso do período aquisitivo, este perdeu o direito às férias, nos termos do artigo 133, inciso II, da CLT:
“Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias.”  
Sendo entendido que, a Reclamada não deixou de cumprir com as suas obrigações enquanto empregadora, já que, em nenhum momento deixou de pagar ao Reclamante o que lhe era devido, então, o pedido de férias em dobro é descabido.
1.3 – Da Estabilidade Provisória
O Reclamante pede a reintegração no emprego, alegando que era o presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e, por isso, possuía garantia provisória, porém, o Reclamante não tem direito à garantia provisória, como pode ser visto no artigo 10, inciso II, alínea “a”, do ADCT e artigo 164, parágrafo 1º da CLT, que especifica que apenas quem exercer o cargo de direção da CIPA possui esse direito.
“Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição: II -  fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: a)  do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato”
Considerando que o Reclamante ocupava o cargo de presidente da CIPA e não de direção ele não possuía nenhum direito à garantia provisória.
1.4 – Das Parcelas Rescisórias 
Vossa Excelência, cabe esclarecer que as parcelas devidas pela Reclamada ao Reclamante foram todas devidamente pagas nos termos da lei. 
Desta forma, a Reclamada nada deve ao Reclamante à título de verbas rescisórias, uma vez que quitou todas as parcelas devidas para o Reclamante na rescisão contratual, conforme documentação ora juntada. 
1.5 - Da Equiparação Salarial e Reflexos
Ainda, requer o Reclamante o reconhecimento da equiparação salarial comparando com Marcos de Oliveira, e que a Reclamada fosse condenada a proceder com o pagamento dessa diferença, com os reflexos nas verbas rescisórias. Porém esse pedido é inviável, já que o Reclamante narra o fato como se ambos laborassem trabalho de igual valor, com mesmo nível de satisfação e produção, e ainda declara que a jornada de trabalho era inferior à sua. 
Porém, nos fatos o próprio Reclamante confessa não laborar trabalho igual, conforme artigo 461, parágrafo 1º, da CLT, embora idêntica a produção de ambos, o paradigma tinha uma produtividade muito superior.
Pelos motivos acima, requer a Reclamada que o pedido do Reclamante seja julgado improcedente.
1.5 – Honorários Advocatícios 
Por ser o litígio da relação de emprego, seguindo a Instrução Normativa n.º 27/2005 do TST, nesta Justiça Especializada, os honorários advocatícios são disciplinados na Lei n.ª 5.584/70. 
Não preenchidos os requisitos do artigo 14 da referida lei, uma vez que não consta nos autos credencial sindical, não faz jus o Reclamante ao pagamento de honorários advocatícios. Aplicação ao caso do entendimento consubstanciado nas Súmulas n.º 219 e 329 do TST. Assim, requer seja indeferida a condenação de honorários advocatícios. 
1.6 – Da Compensação 
Caso seja deferido algum pedido requerido pela Reclamante, a Reclamada requer a possibilidade de compensar os valores pagos para o Reclamante, conforme previsão legal. Sendo assim, requer, inclusive, a compensação de R$ xxxxxx,xx (xxx), caso ocorra a procedência de algum pedido, o que se admite apenas para argumentar. 
2 – DA IMPUGNAÇÃO DOS PEDIDOS
Pelos fatos narrados nesta, a Reclamada impugna TODOS os pedidos abaixo da Reclamante eis que manifestamente improcedentes não merecendo guarida, bem como por terem sido devidamente pagos. 
2.1 - Pagamento de parcelas rescisórias, eis terem sido devidamente pagas;
2.2 - Pagamento do adicional de transferência, uma vez que não é devido;
2.3 - Pagamento em dobro das férias, uma vez que o Reclamante perdeu o direito às férias em decorrência da interrupção do período aquisitivo;
2.4 - Pagamento das diferenças decorrentes da equiparação salarial;
2.5 - Reintegração ao emprego em razão da garantia provisória, uma vez que o Reclamante não faz jus à estabilidade provisória; e
2.6 - Honorários advocatícios.3 – Requerimentos/Pedidos 
Diante dos fatos e fundamentos aduzidos, o Reclamante requer:
a) Recebimento da presente Contestação, bem como julgar improcedente a presente demanda e TODOS os pedidos mencionados acima, com extinção do feito com resolução de mérito, condenando o Reclamante ao pagamento das custas processuais;
b) Protesta por todos os meios de prova em direito admitido, em especial depoimento pessoal do Reclamante e testemunhal; 
c) Postula-se seja aplicado, ao pedido de assistência e honorários assistenciais, o quanto determinado nos artigos 14 e seguintes, da Lei 5584/70, bem como sumulas 219 e 329 do E. TST; e
d) Alternativamente, caso seja deferido algum dos pedidos do Reclamante, postula seja deferida a compensação dos valores pagos. 
Nestes termos,
pede deferimento.
Porto Alegre/RS, 02 de setembro de 2021.
Advogado(a) xxxx,
OAB/RS nº xxxx

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