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Tutoria 3 – módulo 1: Baixa estatura 1. COMPREENDER A FISIOLOGIA DO CRESCIMENTO · CRESCIMENTO PRÉ-NATAL: fatores associados à saúde materna e à placenta constituem os fatores extrínsecos ao feto; a carga genética e a integridade do sistema endócrino são os fatores intrínseco. · CRESCIMENTO PÓS-NATAL: os fatores extrínsecos são – o acesso a nutrientes, o ambiente psicossocial e o acesso a medidas preventivas de saúde. Os impactos intrínsecos são semelhantes aos do período pré-natal, sendo que nessa fase, o crescimento depende do hormônio do crescimento (GH). · FASES: o crescimento estatural é um processo contínuo, mas não linear. Existem 3 fases do crescimento do crescimento pós-natal (primeiros anos de vida, infantil e puberal). Temos as mesmas fases para meninos e meninas, mas o ritmo de crescimento é diferente, principalmente durante a puberdade. · PRIMEIROS ANOS DE VIDA: ao nascer a criança tem um crescimento relacionado ao aporte nutricional intra uterino, e esse crescimento não tem relação com a altura dos pais; · Nos primeiros 2 anos de vida, a criança aumenta ou diminui a velocidade de crescimento para se posicionar na curva de crescimento em um patamar mais condizente com suas características familiares/genéticas. A velocidade de crescimento diminui com o avanço da idade. · CRESCIMENTO NA INFÂNCIA: a velocidade de crescimento continua a diminuir, atingindo seu ponto mais baixo (na média 5 a 5,5 cm/ano) logo antes do início da puberdade. Nessa idade, os efeitos de GH e dos hormônios tireoidianos são mais evidentes. · PUBERDADE: A velocidade de crescimento aumenta em razão da presença de esteroides sexuais. Nessa etapa, as diferenças de velocidade de crescimento entre sexo feminino e masculino começam a aparecer. · As meninas começam a puberdade 1 a 2 anos antes dos meninos e apresentam o estirão de crescimento no início do processo puberal. · Os meninos apresentam o estirão puberal no final da puberdade e têm um pico na velocidade de crescimento maior do que as meninas. · Os crescimento encerra-se com o fechamento das epífises de crescimento, o qual ocorre primeiro nas meninas, por terem iniciado o processo puberal antes. · O atraso no fechamento das epífises dos meninos e o pico maior na velocidade de crescimento faz os meninos serem em média, 13 cm mais altos que as mulheres. · As meninas entre 10 e 13 anos de idade são em média mais altas que os meninos; · 2. ENTENDER OS PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO (ESCORE Z, PERCENTIL, PROJEÇÃO DE ALTURA ALVO, PROPORÇÃO DE SIMETRIA CORPORAL, IDADE ÓSSEA) · Importante fazer a medição precisa do comprimento ou altura 3. ENTENDER O ESTADIAMENTO DE TANNER · dknjf 4. ENTENDER TIPOS DE BAIXA ESTATURA, FATORES QUE INFLUENCIAM E COMO SE DÁ O DIAGNÓSTICO (FAMILIAR E CONSTITUCIONAL) · Definição: condição na qual a altura dos indivíduos se encontra abaixo do percentil 3 na curva da OMS, ou está <-2 desvios-padrão (DP) abaixo da média da altura das crianças com a mesma idade e sexo; · A grande maioria das causas de baixa estatura durante o crescimento é de origem familiar; a fisiopatologia pode ser por diversos mecanismos, até associados. · Mecanismos por déficit no crescimento em doenças não endócrinas · Indução de um estado catabólico · Diminuição da oferta de nutrientes · Diminuição de oferta de nutrientes · Diminuição da oferta de oxigênio aos tecidos-alvo · Acúmulo de produtos tóxicos ou nocivos ao desenvolvimento normal · Aumento do gasto calórico com o metabolismo basal · Presença, em quantidade inapropriada, de hormônios que influenciam o crescimento · Baixa estatura idiopática (BEI): altura mais de 2 desvios padrão abaixo da média, sem sinais de doenças endócrinas ou pediátricas evidenciadas por uma completa avaliação por um endocrinologista pediátrico. · Crianças nascidas pequenas para a idade gestacional (PIG), estariam excluídas dessa nova classificação. · 2 subdivisões Baixa estatura familiar (BEF) e Retardo Constitucional do Crescimento e da Puberdade (RCCP) · BEF: o alvo genético, baseado na altura dos pais é abaixo da média da população em geral e a criança apresenta um crescimento dentro do esperado para aquele alvo. · RCCP: algumas crianças iniciam a puberdade um pouco mais tarde em função de um atraso na idade óssea, mas com uma previsão de estatura adulta dentro do alvo genético. · Baixa estatura patológica · Baixa estatura desproporcional: são as displasias ósseas – acondroplasias, hipocondroplasia, displasias metafisárias e epifisárias. Nessas crianças, por uma alteração genética, a cartilagem de crescimento não é normal e o crescimento dos ossos longos está prejudicado. Como o crescimento vertebral não está afetado, a relação entre corpo e membro é desproporcional. Por isso no exame físico é importante avaliar as proporções corporais (relação segmemto superior/ segmento inferior). Pode haver história familiar ou não. O diagnóstico é radiológico e está indicado o parecer de um geneticista. · Baixa estatura proporcional de origem pré-natal · Pequenos para a idade gestacional (PIG/ Retardo do crescimento intrauterino (RCIU): diagnostico feito ao nascer com a correlação da idade gestacional e peso e/ou comprimento de nascimento. Crianças nascidas PIG apresentam um maior risco de apresentar adrenarca precoce (produção de esteroides sexuais pela glândula suprarrenal) e, na vida adulta a simdrome plurimetabólica e hipertensão arterial. 10% dessas crianças não fazem uma recuperação do crescimento até o 2º ano de vida. · Síndromes genéticas: exemplos – síndrome de Russel-Silver, a síndrome de Nooran, a síndrome de Seckel e a Síndrome de Bloom. · Síndromes cromossômicas: síndrome de Tunner e síndrome de Down · Baixa estatura proporcional de origem pós-natal · Doenças crônicas: doença renal, doença hematológica, doença respiratória, doença cardíaca, doença gastrointestinal, doenças reumatológica e desnutrição. · Psicossocial: crianças com privação psicoafetiva podem ter compromento em seu crescimento mesmo quando expostas a uma dieta ideal. Nesse caso o quadro clínico é muito semelhante à deficiência de hormônio de crescimento (DGH), mas pode-se ver uma aceleração na velocidade de crescimento quando o ambiente social é alterado. · Endocrinopatias: hipotireoidismo, síndrome de Cushing, diabetes mellitus, hipogonadismo e DGH.
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