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Direito Processual Civil - RECURSOS

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APELAÇÃO 
1) Noções Gerais 
- É um recurso excelência/fundamentação livre 
(fundamentação ampla), pois não há limitação de 
matérias que possam ser levadas a apreciação do 
tribunal. 
- Objeto: é interposto em face de uma sentença. 
- O recurso de apelação além de atacar a sentença, 
interponível em face dela, também se prestará a acatar 
as decisões interlocutórias proferidas no curso do 
procedimento sobre as quais não incidir a preclusão – 
Art. 1.009, §1º CPC. 
- As decisões que estiverem elencadas no rol do artigo 
1.015 CPC desafiam agravo de instrumento, não sendo 
possível revisão no tribunal em decisão interlocutória 
(aquelas no curso do procedimento) em recurso de 
apelação 
 - Quem analisa: tribunal hierárquico competente. 
- Adoção do princípio da irrecorribilidade em separado 
das decisões interlocutórias (NCPC, art. 1.009, § 1º) – 
preclusão elástica – discussão acerca do art. 278 – 
proposta de sistematização: nulidade relativa (erro de 
procedimento – necessidade de protesto). Atenção 
especial para as decisões proferidas em audiências. 
- Modificação do juízo de admissibilidade, o Juiz de 1º 
Grau apenas recebe, colhe a contraminuta, declara os 
efeitos e remete ao Tribunal. 
- Preparo – segue a regra exposta na parte da Teoria 
Geral. 
- Fim da discussão acerca de qual o recurso cabível 
em face da decisão que confirma, concede ou revoga a 
antecipação da tutela na sentença. O §5º do art. 1.013 
esclarece que o recurso cabível é o de apelação. 
Mesma ideia do §3o do art. 1.009. 
 
2) Regularidade formal: 
a) Petição dirigida ao juízo de 1º Grau (interposição de 
recurso em face da sentença), contendo: 
b) Requisitos de admissibilidade da petição (art. 1.110) 
− Nome e qualificação das partes (apelante e 
apelado); 
− Exposição do fato e do direito; 
− Razões do pedido de reforma ou decretação de 
nulidade (error in judicando e error in 
procedendo); 
− Pedido de nova decisão. 
c) Eventuais preliminares relativas às decisões 
interlocutórias. 
 
3) Procedimento: 
a) interposição no prazo legal – 15 dias úteis; 
b) intimação do recorrido para as contrarrazões 
(apelada deve responder no prazo de 15 dias); 
c) caso o recorrido, em preliminar, peça a reanálise 
das decisões interlocutórias, o recorrente, após a 
apresentação, será intimado para se manifestar das 
preliminares no prazo de 15 dias (NCPC, art. 1.009, §2º); 
d) se houver a interposição de apelação adesiva, 
ocorrerá a intimação do apelante para as 
contrarrazões (é possível, suscitar em preliminar das 
contrarrazões da apelação adesiva as decisões 
interlocutórias não atacadas da apelação 
propriamente dita? Resposta: Sim, mantém-se aqui 
também a essência do recurso aderente); 
e) o Juiz a quo receberá, com os efeitos determinados 
na lei, e remeterá os autos ao Tribunal, onde será 
distribuído ao um Relator. 
f) Posturas do Relator face ao recebimento do recurso 
de apelação: 
I. verificar se não é o caso de julgamento monocrático, 
nas hipóteses do art. 932, incs. II a V, do CPC; 
II. caso não seja, elaborará seu voto para o julgamento 
do órgão colegiado (Importante modificação aqui, pois 
a apelação não terá mais revisor, o que potencializa a 
utilização de memoriais e a realização de sustentação 
oral no âmbito dos Tribunais). 
- O relator poderá decidir monocraticamente a 
apelação, nas seguintes hipóteses: I – não reconhecer 
de recurso (art. 932, III); II – negar provimento (art. 932, 
IV); III – dar provimento (art. 932, V). 
- Caberá agravo interno contra tal decisão monocrática 
do relator, no prazo de 15 dias, que deverá ser dirigido 
ao órgão competente para o julgamento do recurso, de 
acordo com o regimento do tribunal. A seguir, será 
intimada a outra parte para apresentar contrarrazões, 
no mesmo prazo. Se não houver retratação, o relator 
levará o agravo para julgamento ao órgão colegiado, 
solicitando a sua inclusão em pauta; provido o agravo 
interno, o recurso terá seguimento. 
 
4) Efeitos do recurso de apelação 
- Regra: duplo efeito, a apelação terá efeito devolutivo. 
Mas também deverá ser recebida no efeito suspensivo; 
- O art. 1.012 do CPC estabelece as todas as hipóteses 
de recebimento sem efeito suspensivo. 
4.1) Técnica para concessão de efeito diferenciado ao 
recurso de apelação 
- Contemplação da possiblidade de antecipação da 
tutela recursal da apelação (NCPC, art. 1.012, §4o); 
- Agora por simples petição ao Tribunal ou ao próprio 
Relator, tudo dependerá do momento em que se fizer o 
requerimento: i. entre a interposição do recurso e a 
designação do relator – ao Tribunal, ficando o relator 
prevento; ii. depois de sorteado o relator – ao próprio 
relator. 
4.2) Profundida do efeito devolutivo 
- Houve um aprimoramento e ampliação das hipóteses 
de julgamento do mérito diretamente pelo tribunal pela 
primeira vez: 
a. sentenças processuais (NCPC, art. 485); 
b. nulidade da sentença por desrespeito ao 
princípio da correlação; 
c. omissão de um dos pedidos; 
d. decretar nulidade por falta de fundamentação 
(cautela na atividade do tribunal) 
importante: é possível defender que, em virtude da 
valorização do contraditório exposto nas normas 
fundamentais (NCPC, art. 9º), o julgamento pela 
primeira vez diretamente pelo Tribunal não poderá 
ocorrer sem o prévio conhecimento das partes. 
 
- Teoria da causa madura: possibilidade de o tribunal 
apreciar pela primeira vez o mérito da causa – Art. 
1.013, CPC. 
- Causa madura: Causa pronta para receber uma 
sentença de mérito 
- Finalidade: anulação dos feitos adquiridos já dentro 
do processo 
Se o tribunal afastar a carência, pode-se julgar o 
mérito do processo em detrimento da teoria da causa 
madura. 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
1) Noções Gerais 
- É um recurso que se dirige diretamente a uma 
decisão interlocutória; 
- Quantas decisões interlocutórias são proferidas no 
decurso? Várias. 
- No código de 2015, o legislador buscou pretender com 
que a parte não tivesse a liberdade de recorrer de toda 
decisão interlocutória, então delimitou a matéria, 
diminuindo notadamente as hipóteses de incidência do 
recurso, restringindo as matérias que podem ser 
objetos de agravo de instrumento. Deste modo, a 
decisão deve estar disposta no rol do art. 1.015. 
- O recurso de agravo é destituído de efeito suspensivo 
(não tem, em regra tal efeito), sendo possível a parte 
agravante demonstrar a probabilidade obter êxito, e 
transformá-lo em suspensivo. 
Art. 1.019 – possibilidade do relator atribuir efeito 
suspensivo ao recurso de agravo. 
 
2) Taxatividade do rol do art. 1.015, NCPC 
Neste artigo estão previstas quais decisões são objeto 
de recurso de agravo. 
I a XIII – quais situações são possíveis 
Parágrafo Único – outras hipóteses 
XII – vetado 
XIII – “cláusula de fechamento” 
OBS.: o parágrafo único geralmente traz hipóteses de 
exceção, neste artigo traz mais hipóteses de objeto de 
agravo de forma IMEDIATA. 
 
Art. 1015. Cabe agravo de instrumento contra as 
decisões interlocutórias que versam sobre: I. Tutelas 
provisórias II. Mérito do processo III. Rejeição da 
alegação e convenção de arbitragem IV. Incidente de 
desconsideração da personalidade jurídica V. Rejeição 
do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do 
pedido de sua revogação VI. Exibição ou posse de 
documento ou coisa VII. Exclusão de litisconsorte VIII. 
Rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio IX. 
Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros X. 
Concessão, modificação ou revogação do efeito 
suspensivo aos embargos à execução XI. 
Redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 370, 
§1°. CPC XII. (vetado) XIII. Outros casos expressamente 
referidos em lei. Parágrafo único. Também caberá 
agravo de instrumento contra decisões interlocutórias 
proferidas na fase de liquidação de sentença ou de 
cumprimento de sentença, no processo de execução eno processo de inventário 
 
3) Necessidade de formação do instrumento: 
- Razão da formação – petição do recurso e 
integralidade dos autos (se eletrônico); se físico: além 
das razões recursais, precisa a parte contraria deverá 
juntar os autos; 
- Peças: obrigatórias, essenciais e facultativas. 
(i) Obrigatórias – não podem deixas de ser juntadas: 
petição inicial e documentos, contestação e 
documentos, cópia da decisão interlocutória recorrida, 
e eventualmente, cópia da petição que gerou a decisão 
a ser recorrida e qualquer documento hábil para 
identificar tempestividade do recurso (art. 1.017, I). 
(ii) Essenciais – peça sem a qual não seja possível se 
ter um conhecimento suficiente para que se tenha 
análise da decisão recorrida – motivo. A falta delas 
impedem o tribunal de ter ampla cognição. 
(iii) Facultativas – aquelas que o agravante repute ser 
úteis para a apreciação e julgamento do mérito 
recursal, sem prejuízo das peças obrigatórias. 
- Irregularidades ou falta de peças – consequências: 
(i) Falta por inexistência: não consta nos autos do 
processo, o advogado então declarara sua inexistência, 
justificando-a. 
(ii) Falta por Inexecução: a peça existia, porém não foi 
juntada – “é ônus do agravante formar o instrumento 
com peças suficientes para o órgão julgador” – se 
faltou peça, o recurso não será reconhecido por 
irregularidade formal. Porquanto, isso mudou, foi-se 
dada a oportunidade caso faltasse em primeiro 
momento a peça, a parte agravante fica intimado em 
prazo de 5 dias estabelecido apresentar a juntada da 
peça, não sendo punido em primeiro momento, se não 
juntada, consequentemente não há o reconhecimento, 
o processo é dado como irregular, deficiente. 
 
4) Procedimento 
a) Interposição – interposto diretamente no tribunal, se 
dará por meio de uma petição apresentada de forma 
escrita no prazo de 15 dias. 
- O recurso de agravo tem necessidade do 
recolhimento de preparo decorrente de previsibilidade 
pela justiça Estadual, pelo porte de remessa e retorno, 
se processo físico, pelo porte de retorno - (10 Ufesps). 
Uma vez interposto, será imediatamente sorteado um 
relator, onde este, resumirá o processo, ou julgará de 
maneira monocrática (dentro das hipóteses). 
b) Distribuição a um relator – será sorteado um relator. 
É possível que já exista relator previsto, neste caso o 
processo somente será encaminhado a ele. 
c) Posturas do relator: (i) monocraticamente fazer o 
juízo negativo de admissibilidade. (ii) 
monocraticamente dar provimento – dando 
oportunidade ao agravado de apresentar 
contraminutas. 
 
- Antecipar a tutela recursal, atribuindo o efeito 
suspensivo – art. 1.019: I) probabilidade de provimento 
OU II) relevante fundamentação e prova de um risco de 
dano grave ou de difícil reparação. 
 
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal 
e distribuído imediatamente, se não for o caso de 
aplicação do art. 932, incisos III e IV , o relator, no prazo 
de 5 (cinco) dias: 
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou 
deferir, em antecipação de tutela, total ou 
parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao 
juiz sua decisão; 
II - ordenará a intimação do agravado pessoalmente, 
por carta com aviso de recebimento, quando não tiver 
procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por 
carta com aviso de recebimento dirigida ao seu 
advogado, para que responda no prazo de 15 (quinze) 
dias, facultando-lhe juntar a documentação que 
entender necessária ao julgamento do recurso; 
III - determinará a intimação do Ministério Público, 
preferencialmente por meio eletrônico, quando for o 
caso de sua intervenção, para que se manifeste no 
prazo de 15 (quinze) dias. 
 
d) Informação ao Juízo “a quo” – comunicação acerca 
da interposição do recurso. 
- Deve conter: cópia das razões recursais e dos 
documentos obrigatórios e essenciais. 
- O agravante terá 3 dias uteis para informar ao juízo 
de primeiro grau, a interposição do recurso de 
instrumento de agravo, e declarações. 
- Tem por objetivo e garantia da isonomia o exercício 
do contraditório sem ter que se deslocar até a sede 
(centro de SP). 
- Consequência na falta de informação: (i) processo 
físico (necessário que o agravado alegue e comprove o 
não cumprimento – leva ao não conhecimento do 
recurso do agravo. (ii) processo eletrônico – não há. 
(iii) processo misto (1ª instância físico e 2ª eletrônico) 
– ônus de informação sob pena de não conhecimento. 
 
5) Julgamento do recurso de agravo 
- 3 julgadores; 
- Maioria dos votos ou unanimidade; 
- Analisar sob a luz do art. 942. 
 
6) Tópicos essenciais de um recurso de agravo: 
I) Endereçamento – interposição direta no tribunal; 
II) Qualificação das partes; 
III) Síntese da causa – exposição do fato e do direito; 
IV) Razões de fato e de direito para a reforma ou 
anulação/ cassação da decisão recorrida; 
V) Pedido de atribuição de efeito suspensivo ou 
antecipação da tutela recursal – se for o caso – Neste 
tópico há que se fazer a exposição da probabilidade do 
direito e do risco de dano de difícil ou incerta reparação 
caso a medida não seja deferida liminarmente; 
VI) Pedido de nova decisão; 
VII) Nome e endereço dos advogados constituídos nos 
autos. 
VIII) Peças que formam o instrumento, caso o processo 
seja físico, tendo em vista que em se tratando de 
processos eletrônicos há a necessidade de formação 
de instrumento. 
 
AGRAVO INTERNO 
É um recurso contra qualquer 
decisão/pronunciamento do relator, em forma 
monocrática. 
→ Princípio da colegidade das decisões. 
- Há agravos regimentais – agravos que estiverem nos 
regimentos internos dos tribunais. 
- Prazo de 15 dias para interposição (art. 1.070). 
- Será apreciado por órgão colegiado, que poderá 
manter ou refazer a decisão. Contudo, não podem 
manter a decisão por seus próprios fundamentos (os 
do relator que também faz parte do colegiado). 
- Não há necessidade de preparo e recolhimento de 
remessa, pois ao pagar agravo de 
instrumento/apelação, se espera que seja julgado pelo 
colegiado, e não uma decisão monocrática. 
- O agravo interno deverá ser interposto, sempre 
fundamentado, por petição escrita, dirigida ao relator, 
em que apresentará os fundamentos das suas razões 
de inconformidade, bem como requererá novo 
julgamento. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art932iii
- O relator da decisão monocrática recorrida deverá 
determinar a intimação do agravado para apresentar 
contraminuta ao agravo interno, no prazo de 15 dias. 
Após as contraminutas, o relator deverá fazer juízo de 
retratação. Caso mantenha a decisão impugnada, 
deverá levá-lo a julgamento pelo órgão colegiado do 
tribunal, conforme dispuser o regimento interno. 
 
- Caso seja manifestamente improcedente ou incabível 
em votação unanime: será imposta uma multa ao 
agravante, de até 5% do valor atribuído a causa. 
O reconhecimento de um recurso ser improcedente 
deve se dar por votação UNÂNIME. Se um entender ser 
procedente, livre ficará da multa o agravante, não se 
aplica neste a teoria da maioria. 
Em próximo recurso, é necessária a comprovação do 
recolhimento da multo. Contudo, não é preciso da 
comprovação para novo recurso futuro: Fazenda 
Pública e aquele que é beneficiário de gratuidade da 
justiça. 
 
- Cabe recurso especial ou extraordinário (art. 102 e 
105) – REsp ou RE: única ou última instância. 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
1) Noções Gerais 
Este recurso é cabível contra qualquer 
pronunciamento judicial (acórdão, decisão etc.). 
- Prazo de 5 dias úteis (exceção à regra em relação ao 
prazo dos recursos), podendo ser dobrados com as 
hipóteses previstas em lei. 
- Não precisa de preparo (recolhimento de custas) e 
nem de porte de remessa e retorno, bastando apenas 
se fazer a interposição do recurso, 
 
2) Hipóteses de cabimento 
Art. 1022.Cabem embargos de declaração contra 
qualquer decisão judicial para: 
I. Esclarecer obscuridade ou eliminar 
contradição; 
II. Suprir omissão de ponto ou questão sobre o 
qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a 
requerimento; 
III. Corrigir erro material. (Ex.: nome das partes) 
 
(i) Omissão: falta de pronunciamento, enfrentamento 
em relação a um pedido. 
(ii) Contradição (interna): a decisão em si é 
contraditória – dentro do posicionamento jurisdicional 
antagônicas que se excluem. Ex.: juiz discorre quanto 
à inexistência de dano moral, e ao final coloca que foi 
evidenciado dano moral. 
(iii) Obscuridade: algo que não seja de fácil 
entendimento, não é claro, não é possível se extrair o 
que está na decisão (da leitura não dá para extrair a 
interpretação). Ex.: se o professor perguntou A ou B ou 
se é para responder C. 
 
- Também cabe quando a decisão proferida não estiver 
fundamentada, nos termos do art. 489, e o parágrafo 
único dispõe o que não se considera uma decisão 
fundamentada. 
- Manifestação do juiz acerca de casos repetitivos: 
mesma decisão em casos semelhantes (replicação), 
para que se tenha previsibilidade. 
 
3) Contraditório eventual 
Deve ter o contraditório, intimando o embargado para 
que se manifeste dentro do prazo de 5 dias úteis (com 
suas variações que nem o prazo para interposição). 
 
4) Competência para julgamento 
Depende de quem proferiu a decisão: 
- Se a decisão foi por Juiz de 1º grau (singular): ele 
mesmo julga. 
- Se for contra decisão monocrática (relator): ele 
mesmo julga. 
- Se a decisão foi por órgão colegiado: colegiado julga. 
 
5) Fungibilidade recursal explícita 
Ocorre quando há uma decisão monocrática e o 
recurso certo seria o agravo interno. 
O relator intimará para que no prazo de 5 dias 
transforme os embargos em agravo interno. 
 
6) Respeito ao princípio da complementariedade 
Dois recursos interpostos frente a uma decisão. Ex.: 
decisão omissa, falando somente de danos morais e 
não morais e materiais, e uma parte interpõe apelação 
e outra embargos. 
- Quando os embargos não são acolhidos – não tem 
alteração do julgado, o outro recurso então, será 
apreciado. 
- Quando há alteração do julgado, o recorrente será 
intimado para que no prazo de 15 dias, modifique 
(ratifique) adequando o recurso em virtude dos 
embargos acolhidos, afetando-o total ou parcialmente. 
 
7) Efeitos dos embargos de declaração 
- Em relação ao prazo recursal, o efeito é interruptivo: 
uma vez apreciados os embargos, o prazo volta a 
contar por inteiro. 
- Pode ter efeito suspensivo: art. 995, parágrafo único. 
A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa 
por decisão do relator, se da imediata produção de 
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou 
impossível reparação, e ficar demonstrada a 
probabilidade de provimento do recurso. 
 
 
EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL 
1) Noções gerais 
São recursos excepcionais, e estão no “último 
patamar” dentro da escala judiciária. 
Cabe ao STF (15 ministros) a interpretação da 
Constituição Federal. 
STJ – dá a última e melhor interpretação da norma 
infraconstitucional. 
- São recursos de fundamentação vinculada – “stricto 
direito”, ou seja, não há possibilidade de veicular 
nesses recursos, matéria fática. Assim, não tem 
fundamentação aberta, não é possível veicular 
qualquer matéria, somente as previstas na CF. 
 
- Efeitos: tem efeito devolutivo e em regra, não tem 
efeito suspensivo, a decisão recorrida tem eficácia 
imediata, pode-se executar a decisão na pendência de 
um RE ou REsp. 
- Sua interposição é feita nos órgãos de origem. 
- Características: 
▪ Exigem o prévio esgotamento dos recursos dos 
tribunais ordinários (súmula 207 – STJ). 
▪ Recursos não vocacionados à correção da injustiça 
do julgado (deve ser dada a interpretação correta 
para manter-se a uniformidade). 
▪ Não se prestam à revisão da matéria de fato. 
▪ Apresentam um sistema de admissibilidade 
bipartido ou desdobrado ou provisório (duplo juízo 
de admissibilidade) – há um juízo de 
admissibilidade prévio (local), que poderá 
encaminhar ao STJ/STF, ou poderá ter um juízo 
negativo de admissibilidade, devendo a parte 
interpor recurso de agravo para ser apreciado pelo 
STJ/STF. 
▪ Os requisitos e fundamentos específicos de 
admissibilidade estão na CF. 
▪ É possível o cumprimento provisório da sentença 
na pendência de um recurso especial, visto que tais 
recursos são destituídos de efeito suspensivo. 
- Hipóteses de cabimento: RE – art. 105, CF e REsp – 
art. 102, CF. 
RE – julgado pelo STJ. 
REsp – julgado pelo STF. 
 
- Súmula 207 – STJ: há a necessidade do esgotamento 
de todos os recursos em sua origem. A parte deve ter 
utilizado- se de todos os recursos. 
- Súmula 126 – STJ: quando o acórdão recorrido 
proferido em última ou única instância, e se assenta 
em fundamento constitucional e infraconstitucional, há 
a necessidade de a parte fazer interposição de ambos 
recursos (RE – constitucional e REsp – 
infraconstitucional). 
- Deve-se atacar todos os fundamentos. 
- Súmula 5 – não se permite que nestes recursos, se 
pretenda a revisão ou reapreciação de cláusulas 
contratuais. 
- Súmula 7 – não se permite que nestes recursos haja 
a pretensão para reexame relativo às provas. 
 
2) Objeto 
RE – violação da CF oriunda do debate de uma tese, a 
decisão sendo proferida em única ou última instância 
de qualquer órgão do poder judiciário. 
REsp – violação de normas constitucionais oriunda do 
debate de uma tese, decisão proferida em única ou 
última instância oriunda de um tribunal local ou 
regional federal. 
- JEC não desafia REsp, cabendo somente o RE, desde 
que haja violação de norma constitucional e que seja 
em única ou última instância. 
3) Hipóteses de cabimento 
3.1) RE: 
a) Contrariedade à CF; 
b) Declaração de inconstitucionalidade de lei 
federal ou tratado; 
c) Julgar válido lei ou ato de governo local 
contestado em face da CF; 
d) Julgar válida lei local contestada em face da CF 
 
Necessidade de demonstração de repercussão geral – 
decisão tenha uma finalidade dentro da sociedade, 
economicamente ou socialmente. 
- Reserva de Plenário (STF): decide se a matéria/tema 
tem ou não repercussão geral, devendo ter quórum 
qualificado – 2/3 dos integrantes têm que entender que 
há repercussão geral. 
3.2) REsp 
a) Contrariedade à lei federal ou tratado, ou 
negar-lhes vigência; 
b) Julgar válido lei ou ato de governo local 
contestado em face da lei federal; 
c) der a lei federal interpretação divergente (deve 
ser atual) da que lhe haja atribuído outro 
tribunal. 
 
4) Prequestionamento 
4.1) Constitucional ou inconstitucional? 
– É constitucional, visto que os requisitos para estes 
recursos devem estar previstos na CF. 
4.2) O que significa e como prequestionar? 
– Debater, deixar clara a causa debatida ou 
questionada em última ou única instância. 
4.3) O prequestionamento precisa ser numérico? 
– Não é necessária a menção do artigo no acórdão, 
basta que haja o enfrentamento do 
questionamento/tese. 
4.4) O que é prequestionamento ficto? 
- Presunção de que a tese tenha sido enfrentada. 
- Parte interpõe embargos declarando a omissão ao 
enfrentamento de uma tese. 
Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os 
elementos que o embargante suscitou, para fins de 
pré-questionamento, ainda que os embargos de 
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o 
tribunal superior considere existentes erro, omissão, 
contradição ou obscuridade. 
5) Efeito dos recursos extraordinário e especial 
5.1) Possibilidade de obtenção de efeito diferenciado. 
- É possível atribuir efeito suspensivo. 
5.1.1) Meio processual adequado: 
- Simples petição, demonstrando – a) probabilidade de 
êxito, E (somada) b) demonstração de dano de difícil ou 
incerta reparação. 
5.1.2) Competência - Art. 1.029, §5º (súmulas 634 e 635do STF) 
 
6) Interposição simultânea e processamento do RE e 
Resp 
7) Recursos extraordinário e especial repetitivos 
- Havendo multiplicidade de recursos especiais ou 
extraordinários sobre idêntica questão de direito, 
haverá afetação para julgamento do STJ ou do STF. 
- Esse mecanismo garante que as decisões, em 
múltiplas demandas de mesma matéria de direito, 
tenham decisões distintas, podem casar insegurança 
jurídica, violando a efetividade do processo justo. 
 
7.2) Requisitos: 
 a) multiplicidade de recursos versando 
idêntica questão de direito; 
b) seleção de dois ou mais recursos que 
representem a controvérsia como um todo; 
 b.1) pelo Presidente do Tribunal local 
ou pelo órgão julgador. 
 c) suspensão dos demais para aguardar 
fixação da tese. 
 
- A parte recorrente terá o prazo de 5 dias para 
manifestar-se sobre esse requerimento, cabendo 
agravo interno ou agravo de instrumento da decisão 
que o indeferir. 
- O requerimento será dirigido ao juiz, se o processo 
sobrestado estiver em primeiro grau; ao relator, se o 
processo estiver em tribunal de origem, ao relator do 
acórdão recorrido, se for sobrestado recurso especial 
ou recurso extraordinário no tribunal de origem; ao 
relator, no tribunal superior, de recurso especial ou de 
recurso extraordinário cujo processamento houver 
sido sobrestado. 
- A decisão que resolver o requerimento caberá agravo 
de instrumento, se o processo estiver em primeiro 
grau e agravo interno, se a decisão for de relator. 
 
7.3) Caso os recursos-pilotos não tenham a 
repercussão geral reconhecida, todos os afetados 
considerar-se-ão inadmitidos. 
8) Fungibilidade recursal explicita entre o Resp/RE 
Art. 1032 CPC. Se o relator, no Superior Tribunal de 
Justiça, entender que o recurso especial versa sobre 
questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 
dias para que o recorrente demonstre a existência de 
repercussão geral e se manifeste sobre a questão 
constitucional. 
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o 
caput, o relator remeterá o recurso ao Supremo 
Tribunal Federal, que, em juízo de admissibilidade, 
poderá devolvê-lo ao Superior tribunal de justiça. 
- Em ambos os casos, não se faz necessário novo juízo 
de admissibilidade dos recursos que são convertidos, 
basta o mero encaminhamento ao outro tribunal 
superior. 
Art. 1033 CPC. Se o Supremo tribunal Federal 
considerar como reflexa a ofensa à constituição 
afirmada ao recuso extraordinário, por pressupor a 
revisão da interpretação de lei federal ou de tratado, 
remetê-lo-á ao Superior tribunal de Justiça para 
julgamento como recurso especial.

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