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Trauma oclusal Periodonto tenta acomodar-se às forças exercidas sobre a coroa. Capacidade adaptativa varia entre diferentes pessoas e na mesma pessoa em diferentes momentos. O efeito das forças oclusais sobre o periodonto é influenciado pela magnitude, direção, duração e frequência das forças. Trauma oclusal Alterações patológicas ou mudanças adaptativas que ocorrem no periodonto em consequência de forças indevidas produzidas pelos músculos da mastigação. Força oclusal excessiva, além de causar danos aos tecidos periodontais, também pode causar lesões, por exemplo, na articulação temporomandibular, nos músculos mastigatórios e na polpa dental. O critério que determina se uma oclusão é traumática é o fato de ela produzir uma lesão periodontal e não a forma como os dentes ocluem. A má oclusão não é necessária para produzir trauma. Trauma agudo Impacto oclusal abrupto, como aquele produzido ao morder um objeto duro. Restaurações ou dispositivos protéticos que interferem na direção das forças oclusais sobre os dentes ou a alteram também podem induzir o trauma agudo. • Dor • Sensibilidade à percussão • Mobilidade aumentada. Tratamento • Remoção do fator causal • Medicação: Dipirona 1g – 1 comp. De 8 em 8 horas/dias • Ibuprofeno 600 mg – 1 comp. De 8 em 8 horas/dias • Checagem de guias: Lateralidade e Protusiva. Estágio I - Lesão Uma pressão levemente excessiva estimula a reabsorção do osso alveolar, com resultante aumento do espaço do ligamento periodontal. Uma tensão levemente excessiva causa alongamento das fibras do ligamento periodontal e a aposição (remoção de cálcio e a dos osteoblastos) de osso alveolar. Ex.: Ortodontia bem conduzida Uma pressão maior produz alterações no ligamento periodontal, começando com a compressão das fibras, produzindo áreas de hialinização (necrose e coagulação), e uma necrose do ligamento. Aumento da reabsorção do osso alveolar e da reabsorção da superfície dentária. Estágio II - Reparação Estimula uma atividade reparadora aumentada; Os tecidos danificados são removidos e novas células e fibras do tecido conjuntivo, osso e cemento são formados em uma tentativa de restaurar o periodonto lesionado. Formação óssea de reforço. Estágio III – Remodelação adaptativa Se o processo de reparação não puder acompanhar a destruição causada pela oclusão, o periodonto é remodelado em uma tentativa para criar uma relação estrutural na qual as forças não são mais lesivas aos tecidos. Isto resulta em um ligamento periodontal espessado em forma de funil na crista, e em defeitos angulares no osso, sem a formação de bolsa. Uma vascularização aumentada também foi relatada. Trauma Oclusal Primário Ocorre se o trauma de oclusão for considerado o fator etiológico primário na destruição periodontal e se a única alteração local à qual um dente estiver sujeito provir da oclusão. Periodonto normal Trauma Oclusal Secundário Ocorre quando a capacidade adaptativa dos tecidos para resistir às forças oclusais é prejudicada pela perda óssea resultante da inflamação marginal. Periodonto reduzido MAS Ele é considerado um fator de co- destruição, quando determinados tipos de forças são exercidas, e quando há presença de lesão gengival associada a placa. Potencial agravante da doença periodontal Conceito de Glickman O trauma oclusal pode alterar o trajeto da extensão da inflamação gengival para os tecidos subjacentes. Isto pode ser favorecido pela densidade reduzida de colágeno e pelo número aumentado de leucócitos, osteoclastos e vasos sanguíneos na porção coronal de dentes com mobilidade crescente. A inflamação então pode prosseguir para o ligamento periodontal, em vez do osso. A perda óssea resultante seria angular e as bolsas poderiam tornar-se intraósseas. Fator tempo O trauma é cofator na destruição periodontal Zona de irritação Inclui a gengiva marginal e a interdental, sendo limitado apenas de um lado pelo dente, desta forma não é afetada pelas forças de oclusão, logo uma inflamação gengival não poderá ter sido causada por um trauma de oclusão e sim pela irritação por placa bacteriana. A lesão associada à placa de um dente “não traumatizado” propaga-se via apical, envolvendo primeiro o osso alveolar e depois o ligamento periodontal. A progressão dessa lesão resulta em destruição supra-ósseas (horizontal) uniforme. Zona de co-destruição Inclui o ligamento periodontal, o cemento radicular e o osso alveolar, sendo demarcada coronariamente pelos feixes de fibras colágenas transeptais (interdentárias) e dentoalveolares (se projetam do cemento em direção ao tecido gengival livre das superfícies vestibular, lingual e interproximal). Mobilidade Resolução da mobilidade em um quadro de trauma oclusal em um dente com periodonto reduzido pode facilitar o processo de reparação tecidual. Bolsas em dentes com mobilidade visível clinicamente não respondem tão bem ao tratamento periodontal quanto as bolsas dos dentes sem mobilidade que apresentam doença periodontal com a mesma gravidade. Esplintagem periodontal (técnicas mais antigas utilizadas por dentistas para garantir a fixação de dentes com mobilidade por meio da contenção), ajuste oclusal coadjuvante ao tratamento (remoção de um ou mais dentes, colocação de aparelho ou cirurgia). Migração dental patológica • Equilíbrio entre os fatores que mantém a posição dentária fisiológica é interrompido pela doença periodontal; • Acompanhada por mobilidade e rotação; • A migração patológica na direção oclusal ou incisal é denominada extrusão. • Desequilíbrio entre as forças da oclusão e a pressão dos lábios, das bochechas e da língua; • À medida que a posição se altera, o dente fica sujeito a forças oclusais anormais, que agravam a destruição periodontal e a migração dentária; • A migração patológica pode continuar depois que um dente não entra mais em contato com seu antagonista. Periodonto reduzido • Sem doença periodontal ativa, podem suportar e adapta-se a uma força traumática (limitada) sem apresentar perda de inserção (retração + bolsa). • O uso de aparelho ortodôntico em pacientes com perio é permitido, desde que não haja atividade de doença, e que o remanescente ósseo tenha capacidade de suportar forças de um tratamento ortodôntico controlado. Cada caso é um caso Trauma oclusal crônico • Desgaste dentário • Movimentos migratórios • Extrusão dental • Bruxismo. Por Ana Nascimento IG: @loiraodontho
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