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1 Keyse Mirelle – 6° Período Obstetrícia - 21/09/2021 DIABETE GESTACIONAL FATORES DE RISCO - Idade avançada - Sobrepeso/Obesidade (IMC >25 kg/m²) - Antecedentes familiares de DM - Antecedentes pessoais de alterações metabólicas (Ex: Síndrome de ovário policístico) - Antecedentes obstétricos • Dois ou mais abortos • DMG • Polidramania ou macrossomia • Óbito fetal sem causa • Malformação fetal OBS: Devemos lembrar que essas causas tem relação com o fator de risco de ter DM, porque provavelmente a mulher teve DM na gestação anterior e por causa disso teve as complicações acima, sendo assim ficaremos atentos na próxima gravidez. CLASSIFICAÇÃO (PRISCILLA WHITE) A1 e A2 é DMG, essa é desenvolvida durante a gravidez, sendo que A1 a paciente fez tratamento com dieta e A2 com insulina. Temos a Diabetes pré-gestacional, do tipo: B, C, D, F, R, H, T. O B e o C não tem alteração de vascularização e a diferença entre eles é o tempo de evolução, então se tiver menos de 10 anos de doença é do tipo B e se tiver mais é do tipo C. A partir do tipo D já começa as complicações de vasculopatia. Logo, a D tem retinopatia benigna ou HAS, a E nefropatia, R tem retinopatia proliferativa, H tem coronariopatia e a T tem transplante renal. FISIOLOGIA METABÓLICA NA GRAVIDEZ A mulher grávida tem mais maiores chances de fazer hipoglicemia em jejum. Difusão facilitada de glicose pela placenta -> maior disponibilidade de glicose para o feto -> hipoglicemia em jejum Aumento da resistência a insulina -> dificuldade de utilização da glicose pela mãe -> hiperglicemia pós-prandial OBS: O aumento da resistência a insulina ocorre para que a glicose da mãe não seja utilizada por ela e passada para o bebê. Ocorre em torno de 24 semanas: Aumento de hormônios contrainsulínicos (Hormônio lactogênio placentário) -> aumento da resistência a insulina -> hiperinsulinemia Sendo assim, tudo o que foi citado ‘’proporciona’’ que essa mãe desenvolva um quadro de diabetes. OBS: Se essa mulher tiver um pâncreas bom ela vai passar essa gravidez bem, mas se tiver um pâncreas ruim ela vai desenvolver um quadro de diabetes na gravidez. Como consequência do que já foi citado em cima: FETO: muita glicose e hiperinsulinismo compensatório (ou seja, o pâncreas do bebê começa a produzir muita insulina para colocar toda a glicose dentro da célula); MÃE: resistência a insulina -> risco elevado de diabetes gestacional (principalmente naquelas pacientes que não tem um pâncreas tão bom, porque já tem história familiar de DM, mais obesa, com síndrome metabólica). COMPORTAMENTO DO DM NA GESTAÇÃO 1° trimestre -> tendência a hipoglicemia materna com redução da necessidade de insulina OBS: Normalmente a dose de insulina é ajustada nesse período para menos, ou seja, reduzimos essa dose. 2° e 3° trimestre -> aumento da resistência a insulina, maior necessidade de medicação. Sendo assim, em torno de 20-24 semanas temos o aumento dos hormônios contra insulínicos e tendemos a aumentar a dose de insulina, e geralmente quando chega em torno de 36,37,38 semanas ela está no termo da gravidez e a placenta começa a ficar insuficiente e reduz a produção dos hormônios contra insulínicos, ou seja, do lactogênio placentário e essa paciente tem uma menor demanda de insulina, porque vai fazendo um quadro de insuficiência placentária no final da gravidez. 2 Keyse Mirelle – 6° Período Obstetrícia - 21/09/2021 OBS: Próximo ao termo pode ocorrer insuficiência placentária e redução da necessidade de insulina. Puérperio -> Redução brusca da necessidade de insulina, isso ocorre porque tirei a placenta da paciente então tudo volta ao normal do mesmo jeito dos quadros de pre-eclampsia, por exemplo. COMPLICAÇÕES Complicações gestacionais -> Complicações Fetais -> Complicações Neonatais COMPLICAÇÕES GESTACIONAIS - Abortamento -> Hb glicada >12 Obs: Quando se tem essa Hb se associa a quadros de abortamentos de repetição. - Morte fetal tardia -> acidose metabólica fetal e/ou policitemia fetal Obs: é a complicação mais temida, é muito comum ter uma grávida e ela chegue com pré-natal correto e de uma hora para outra o bebê faleceu, por isso devemos afastar DM porque é uma das principais causas de óbito fetal sem explicação. Isso ocorre porque esse bebê tem mãe diabética e ele faz um quadro de acidose metabólica fetal e além disso ele fica bem gordinho, sendo assim a insulina que ele produz que está em uma quantidade muito grande tem um efeito chamado de GH like, logo ele aumenta a gordura dele e fica com peso acima de 4-4,5kg. Quando isso acontece ele faz uma hipoxemia relativa, sendo assim o oxigênio dele fica insuficiente para quantidade de tecido que ele tem, então consequentemente faz uma policitemia, logo aumenta a produção de hemoglobina fetal. E ao aumentar a hemoglobina fetal, essa acaba piorando o problema invés de resolver, pois tem uma afinidade muito grande pelo oxigênio, então faz um quadro de hipoxemia e também pode ir a óbito, pois acaba fazendo várias coisas para compensar, mas na verdade invés de melhorar o quadro faz é piorar. - Alteração do volume do LA -> Polidramnia (25%) Obs: Sabemos que o líquido amniótico é o xixi do bebê, então quando temos o aumento do açúcar no sangue do bebê faz uma diurese osmótica no rim dele e aumenta a quantidade de ureia. Sintomas do DM: muita sede, urina muito e muita fome. No bebê acontece a mesma coisa, ele urina muito e faz um quadro de polidramnia. - Macrossomia fetal (DMG) COMPLICAÇÕES FETAIS - Anomalias congênitas • Diretamente relacionado ao valor da hemoglobina glicada (ou seja, DM prévio a gestação- então, tem correlação com a diabetes pré-gestacional) Obs: A DM na gravidez precisa do aumento dos hormônios contra insulínicos para que ela seja desenvolvida e isso só acontece a partir do segundo trimestre. • Hiperglicemia na organogênese (6-8 sem) -> Excesso de radicais livres -> Malformações: 1) Cardiovasculares 2) Sistema urinário 3) Tubo neural • Idealmente deve ter Hb glicada <6,5% para engravidar OBS: Se engravidar com Hb glicada >6,5% tem risco de complicações maiores como malformações fetais. - Distúrbios do crescimento: OBS: é muito bom diagnosticar nesses casos se a mulher é diabética prévia ou não. • DM prévio a gestação com vasculopatia (Classe D) ✓ Insuficiência placentária -> restrição de crescimento fetal ✓ DM prévio a gestação pode ter vasculopatia: feto restrito + Oligodramnia Obs: As mulheres que são DM descompensada prévia ela faz uma vasculopatia difusa e isso inclui também a defesa placentária, levando a um feto restrito e com oligodramnia, ou seja, é o contrário do que temos normalmente na gestação que é uma paciente diabética que desenvolveu essa doença na gravidez. • DMG (Classe A a C) – Não tem vasculopatia ✓ Macrossomia fetal (peso >4kg) ✓ Hiperglicemia fetal -> Aumento da produção e insulina -> estimulo ao crescimento fetal (Efeito GH-like) • Distócia de ombros ✓ Deposição maior de gorduras nos ombros -> Dificuldade de liberação durante o parto vaginal Obs: Porque normalmente o ombro desse bebê diabético é muito gorduroso. • Prematuridade ✓ Secundário a hiperdistensão uterina 3 Keyse Mirelle – 6° Período Obstetrícia - 21/09/2021 Obs: Isso ocorre tanto por conta do tamanho do bebê quanto pela polidramnia. ✓ Indicação materna por descompensação da doença – indicação antes da hora. COMPLICAÇÕES NEONATAIS O bebê da mãe diabética ele tem uma maturidade pulmonar mais retardada, pois a quantidade do açúcar dificulta a produção do surfactante pulmonar e a maturidade pulmonar, sendo assim esse bebê faz síndrome da angústia respiratória quando nasce, sendo assim fica mais desconfortável. Depois que ele nasce, ele sai do ambiente hiperglicêmico que temuma produção de açúcar bem elevada e ele continua com a produção de insulina, pois o pâncreas dele ainda não entendeu que ele saiu do ambiente em que estava, então o bebê faz um quadro de hopoglicemia neonatal, sendo assim é comum após o nascimento desse bebê ficar dosando o açúcar no dedo de 2 em 2 horas por pelo menos 24 hs. O cálcio desse bebê tende a ficar bem baixo, então tem indicação de repor. Aumenta a bilirrubina do bebê e faz um quadro de policitemia, tem a ver com a hiperglicemia materna que faz uma hipoxemia fetal relativa que isso pode levar um quadro de aumento de bilirrubina, icterícia neonatal e policitemia. Pode causar alteração no coração, sendo a hipertrofia do septo interventricular a mais comum. Vale ressaltar, temos o coração que é dividido em 4 partes, sendo a parte de cima os átrios e a de baixo são os ventrículos, logo fazemos uma hipertrofia nessas camadas de dentro. É uma das cardiopatias mais comuns das pacientes que são diabéticas prévias na gravidez. Também tem maiores riscos de diabetes no futuro, sendo assim esse bebê tem maiores chances de ser diabético, obeso. Então, mesmo que ele não tenha tido nenhum problema e sim tenha sido um problema na gravidez da mãe, esse bebê pode apresentar algumas complicações. DIAGNÓSTICO – MINISTÉRIO DA SAÚDE Um dos exames que pedimos é a glicemia em jejum na rotina do pré-natal e depois de 24-28 semanas pedimos o teste oral de tolerância à glicose de 75g, nesse último a mulher bebe uma ‘’guarapinha’’ de açúcar e ela fica bebendo esse açúcar em jejum 1 hora após beber e 2 horas depois também. O MS organiza da seguinte forma, no pré-natal, se a mulher tiver no primeiro trimestre ou <24 semanas ela vai fazer a glicemia em jejum, se ela tiver mais de 24 semanas até 28 faz o teste oral de tolerância a glicose (TOTG) de 75g e se tiver >28 semanas pedimos o TOTG imediatamente. Exceção: depois de 24 semanas são aqueles casos que a mulher não tem o TOTG ou uma localidade que não tenha laboratório, ai nesses casos o MS libera fazer uma glicemia em jejum. Na glicemia em jejum, se a paciente vim com resultado menor que 92 mg/dL isso é normal, mas se vim de 92- 125mg/dL essa tem um quadro de diabetes gestacional, e se vim maior que 126mg/dL ou com a HbA1c >6,5% essa mulher é diagnosticada com DM na gestação. OBS: Devemos lembrar que isso não está ligada a idade gestacional. OBS: devemos lembrar que o ponto de corte da mulher adulta sem gestação e do homem é 99mg/dL. OBS: O DM não precisa das semanas para dar diagnóstico, diferente da pré-eclampsia que tem que esperar até a 20° semanas, no DM é dependente do valor da glicemia para dar o diagnóstico. O TOTG temos três medidas de laboratório (TEMOS QUE GRAVAR) para gravidez: • Jejum maior que 92mg/dL • 1° hora: maior que 180 mg/dL 4 Keyse Mirelle – 6° Período Obstetrícia - 21/09/2021 • 2° hora: maior que 153 mg/dL Obs: Não precisa só de um exame alterado, sendo assim já tenho diagnóstico de DMG. Diabética prévia e não diabética gestacional: • Se jejum>126mg/dL • 2°hora>200mg/dL OBS: Para ser diabética prévia ela precisa de HbA1c >6,5% ou glicemia em jejum >126mg/dL. Ou ela fazer uma TOTG e ter na 2° hora uma glicemia maior que 200. OBS: Não está relacionado a idade (SEMANAS) em que dosamos o açúcar. TRATAMENTO Quando a paciente tem diagnostico de DM vamos pensar no tratamento e no acompanhamento, na seguinte ordem: Dieta + Atividade física + Glicemia - Alvos glicêmicos OBS: Quando estamos falando em gestação, sempre devemos pensar na mãe e no bebê. • Glicemia de jejum e pré-prandial: <95 mg/dL • Uma hora pós-prandial: <140 mg/dL • Duas horas pós-prandial: <120 mg/dL • HbA1c: <6,0% Hipoglicemia: HGT <70mg/dL - TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO • Dieta ✓ Encaminho para o nutricionista ✓ O tratamento dietético auxilia na manutenção de alvos glicêmicos ✓ Objetivo: alcançar metas de peso e melhorar os fatores de risco cardiovasculares como hipertensão e dislipidemia ✓ Padrão: 03 refeições principais (café da manhã, almoço e jantar) e dois lanches. Não passar mais de 3 hs sem se alimentar. ✓ De forma geral: evitar carboidrato, refrigerante, macarrão, açúcar e comer muita verdura e fruta. • Atividade física ✓ Atividade física de, no mínimo, 30 minutos por dia, de intensidade leve a moderada ✓ Atividade física vigorosa reduz o ganho de peso gestacional (atenção as contra- indicações) ✓ Se a gestante já praticava atividade física regular poderá manter a sua atividade, desde que haja conforto durante a prática, não cause risco de queda e impacto no abdômen. OBS: Devemos lembrar que a paciente grávida não pode ter um batimento >140, porque isso reduz o débito cardíaco e consequentemente o fluxo para o bebê. • Controle de peso: Devemos ter atenção em relação ao sobrepeso e obesidade, se ela tiver sobrepeso só pode ganhar entre 6 e 11 kg, se tiver obesidade pode ganhar entre 5 e 9 kg. Então vamos controlar, ainda mais por ser DM e então aumenta o risco de ter complicações. TRATAMENTO - MONITORIZAÇÃO GLICÊMICA • Curva glicêmica em domicílio: A paciente é diabética, já diagnostiquei ela com a glicemia em jejum que deu alterada, então faço acompanhamento, orientei dieta e atividade física e aí pedimos para ela fazer a curva glicêmica e retornar, pois depois disso irei saber se aquilo que introduzir para ela está adequado ou não. A gestante faz essa curva em casa, primeiro em jejum, depois 1 h após o café da manhã ela dosa o açúcar, 1 hora pré- almoço, 1 h após o almoço, pré-jantar, 1 hora após o jantar e por fim 3 horas da manhã. Ela então faz por dia 7 medidas. O mínimo é de 3 vezes por semana. OBS: Após duas semanas se mudanças do estilo de vida (dieta e atividade física) se não houver atingido as metas glicêmicas -> Optar por tratamento medicamentoso. 5 Keyse Mirelle – 6° Período Obstetrícia - 21/09/2021 Sabemos que está alterado quando em jejum está >95; 1 h após o café da manhã ela dosa o açúcar e está >140, 1 hora pré-almoço está >95... e vou fazendo isso nos seguintes: 1 h após o almoço, pré-jantar, 1 hora após o jantar e por fim 3 horas da manhã. Para considerar bom o controle dela deve ter <30% de alteração em todas a medidas, mas se tiver >30% devemos introduzir medicação para essa paciente. TRATAMENTO – FARMACOLÓGICO • Medicamento padrão -> Insulina - Não atravessa a placenta em uma extensão mensurável • Medicamentos alternativos -> Metformina e glibenclamida - Atravessam a barreira placentária, promovem aumento do risco de hipoglicemias neonatais (no caso da glibenclamida) - Só usamos esses medicamentos quando não conseguimos utilizar a insulina. Temos diversos tipos de insulina disponibilizado pelo ministério da saúde, mas o mais utilizado é o NPH e a regular. A NPH tem um pico de ação entre 4-6hs e a regular tem um pico de ação entre 2-4hs. Precisamos saber isso, porque se a paciente tiver utilizando a insulina NPH, porque eu sei se ela usa pela manhã e o pico de ação é entre 4-6 hs, ela vai ter ação no almoço, sendo assim a glicemia que irei olhar e saber se a insulina NPH está boa é a glicemia pré-almoço, da mesma forma se eu usar a insulina no almoço devemos olhar a glicemia pré-jantar para ver se está boa. A regular é entre 2-4hs, então se pedirmos para essa paciente medir o açúcar 2 hs após o almoço o que vai me refletir é a regular que ela está utilizando antes de comer, porque sei que 2 hs depois é o pico dela. Sendo assim, é muito importante sabermos isso para sabermos o que vamos ajustar para ela. • Indicações da Insulina: I. Todas as gestantes que já faziam uso antes da gravidez II. DM tipo 2 que fazia uso de hipoglicemiantes orais antes da gestação (nesse caso vamos trocar para insulina) III. DMG que não obtêm controleadequado com dieta e atividade física Obs: No posto de saúde se ensina a usar a insulina, a fazer o glicosímetro, a fazer o HGT e a curva glicêmica. • Indicações da Metformina: I. Níveis glicêmicos descompensados mesmo com o uso da insulina (doses >100 UI/dia) II. Impossibilidade de acesso, administração, ou transporte seguro da insulina com baixa condição financeira Obs: pacientes analfabeto, baixas condições de vida e de entendimento, não fazemos isso por conta que não irá fazer o tratamento de forma correta e iremos causar uma hipoglicemia neles e isso acaba sendo pior. Obs: Não é a droga de primeira escolha. SEGUIMENTO NO PRÉ-NATAL - Ácido fólico 400 mcg/dia Exceto se for DM prévia, então nesse caso colocamos 4mg, porque tem uma grande chance de defeito neural. - Ecocardiografia fetal: com 28 semanas (gestante com diabetes pré-gestacional) – porque tem um risco grande de cardiopatias. - Consultas de pré-natal mensais até 28 semanas, quinzenais de 28-34 semanas e semanais após 34 semanas OBS: Essa paciente não pode fazer nem hipo e nem hiperglicemia porque pode fazer mal ao bebê, por isso é tão importante o acompanhamento. OBS: Portadoras de diabetes prévio deverão fazer uso de AAS em baixa dose, em 150 mg/dia até o parto, com objetivo de diminuir os riscos para pré-eclâmpia. AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL - Ultrassonografia obstétrica: entre 28-30 semanas com objetivo de avaliar macrossomia fetal - Cardiotocografia e mobilograma (é bom para avaliar se o bebê está bem): considerar a partir de 28 semanas. Não tem 6 Keyse Mirelle – 6° Período Obstetrícia - 21/09/2021 no UBS, mas em qualquer hospital do interior temos, o objetivo da cardiotocografia é ver a vitalidade do bebê para vermos se ele está bem. - Ultrassom para perfil biofísico fetal: avalia respiração do bebê, movimento fetal, tônus do bebê e o líquido amniótico. É importante pedida na paciente diabética porque ela tem uma alteração metabólica e faz com que p bebê se movimente e respire menos. Obs: A USG normal não ver o movimento do bebê. - Ultrassonografia com Doppler: principalmente se vasculopatia materna ou feto com restrição de crescimento. Para ver se essa paciente está fazendo alguma vasculopatia na placenta também. - Mobilograma ou teste de movimento fetal: • Permite avaliar o bem-estar fetal na gravidez • A presença de pelo menos SEIS movimentos fetais em uma hora representa uma situação tranquilizadora Pode ser feito em paciente diabética e não diabética. A paciente coloca o dia, horário de início e de término, e após 1 hora em cada refeição ela vai ficar sentada ou deitada do lado esquerdo observando o movimento do bebê. Então se o bebê se movimentar mais de 6 vezes nesse período é considerado normal e provavelmente está bem, mas se for menos é mais preocupante. Aí se ela se queixar que não se movimentou seis vezes, vamos contar: - Se movimentou 10 vezes ao dia, é bom. - Se movimentou 4-5 vezes ao dia, devemos encaminhar a paciente para maternidade porque provavelmente o bebê não está bem e está dando sinais que não está bem. SEGUIMENTO NO PRÉ-NATAL - Quando interromper a gestação? Atenção a avaliação da vitalidade fetal, através do mobilograma ou cardiotopografia ou perfil biofísico fetal. A via de parto pode ser normal, exceto se pesar mais que 4,5kg. Parto por via obstétrica PSAC se peso >4,5kg OBS: Na prática vemos que >4 kg já indicamos cesárea, por excesso de zelo pela paciente e para a bebê. CONTROLE GLICÊMICO PÓS-PARTO - Se iniciou o uso da insulina na gestação: • Suspender insulina • Monitorizar o HGT por 24-72h após o parto Obs: A paciente fica internada e vamos observar essa HGT. Se tiver normal, abaixo de 150 o HGT, iremos suspender tudo de medicação e mando ela para casa, depois de 6 semanas ela vai fazer um TOTG 75g e aí eu vejo se ela fica ou não fica diabética. - Se usava medicação antes da gravidez: • Retornar para dose utilizada, pois como já tirou a placenta não precisa de doses tão elevadas como foi durante a gravidez.
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