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WL-P & R-02-Direito Civil-01-Parte Geral do Código Civil-009

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Waldeck Lemos 
Perguntas & Respostas 
 
Disciplina: 
Direito Civil 
Folha: 
1 de 2 
 
Perguntas & Respostas/WLAJ/DP 
QUESTÕES 
 
Fonte: CRETELLA JUNIOR, J. e CRETELLA NETO, J. - 1.000 Perguntas e Respostas de Direito Civil – Editora 
Forense Jurídica (Grupo GEN). 
 
CAPÍTULO 01 - PARTE GERAL DO CÓDIGO CIVIL 
 
01) Qual a conseqüência da coação sobre a validade do ato jurídico? 
R.: A coação grave enseja anulação do ato jurídico. A ameaça do exercício normal de um direito ou o simples 
temor reverencial não são consideradas formas de coação e, pois, não ensejam a anulação do ato jurídico. 
 
02) Que é simulação? 
R.: É a declaração enganosa da vontade, geralmente acordada entre as partes, que visam a obter algo diverso do 
explicitamente indicado, criando-se mera aparência de direito, para iludir ou prejudicar terceiros ou burlar a lei. 
 
03) Qual a conseqüência da simulação sobre a validade dos atos jurídicos? 
R.: A simulação, ao impedir a livre manifestação de vontade, enseja anulação do ato jurídico, mas é necessário 
que alguém tenha tido prejuízo ou que a lei tenha sido burlada. 
 
04) Depois de praticarem ato jurídico simulado, as partes passam a discutir entre si e a litigar judicialmente. 
Alguma delas poderá alegar que o ato jurídico foi simulado? 
R.: Quem criou o vício não poderá argüi-lo em juízo. É um tradicional princípio de Direito, o de que ninguém pode 
alegar, em seu benefício, a própria torpeza. 
 
05) O que é fraude contra credores? 
R.: É o ato praticado pelo devedor insolvente ou na iminência de sê-lo, que desfalca seu patrimônio, onerando, 
alienando ou doando bens, de forma a subtraí-los à garantia comum dos credores. 
 
06) Quais as condições necessárias para que se reconheça a fraude contra credores? 
R.: Deve haver acordo entre as partes contratantes (consilium fraudis), e deve ser possível demonstrar que a 
celebração do ato jurídico se destinava a prejudicar terceiros (eventum damni). Se a alienação ocorreu a título 
gratuito, presume-se a fraude. 
 
07) Como se pode anular o ato jurídico praticado em fraude a credores? 
R.: Mediante ação própria, denominada revocatória ou pauliana. 
 
08) O que é fraude à execução? 
R.: É a alienação ou a oneração de bens do devedor, quando contra ele já pendia ação fundada em direito real ou 
corria contra ele demanda capaz de levá-lo à insolvência. Ocorre também nos casos expressos em lei. 
 
09) Qual a diferença entre fraude à execução e fraude contra credores? 
R.: Fraude à execução é matéria de direito processual. Pouco importa, para sua existência, que o autor tenha 
expectativa de sentença favorável em processo de cognição, ou se é portador de título executivo extrajudicial que 
enseja processo de execução. Os atos praticados em fraude à execução são ineficazes, podendo os bens ser 
alcançados por atos de apreensão judicial, independentemente de qualquer ação de natureza declaratória ou 
constitutiva. Fraude contra credores é matéria de direito material. Consta de atos praticados pelo devedor, 
proprietário de bens ou direitos, a título gratuito ou oneroso, visando a prejudicar o credor em tempo futuro. O 
credor ainda não ingressou em juízo, pois a obrigação pode ainda não ser exigível. A exteriorização da intenção 
de prejudicar somente se manifestará quando o devedor já se achar na situação de insolvência. O credor deve 
provar a intenção do devedor de prejudicar (eventum damni) e o acordo entre o devedor alienante e o adquirente 
(consilium fraudis). Os atos praticados em fraude contra credores são passíveis de anulação por meio de ação 
apropriada, denominada ação pauliana. Os bens somente retornam ao patrimônio do devedor (e ficarão sujeitos à 
penhora) depois de julgada procedente a ação pauliana. 
 
10) Quais os elementos acessórios ou acidentais dos atos jurídicos? 
R.: Condição, termo e encargo. 
 
 
Waldeck Lemos 
Perguntas & Respostas 
 
Disciplina: 
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Folha: 
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