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Laila Naiane MEDVII A radiologia de tórax é composta pela radiografia simples (geralmente de mais fácil acesso e o exame inicial), e a tomografia computadorizada • Anatomia radiológica • Métodos diagnósticos • Semiologia imagenológica básica • Patologias torácicas • o Coluna vertebral, clavículas, esterno, escápulas e costelas. o A importância da análise óssea se deve a pesquisa de lesões próprias, bem como parâmetro para avaliação da insuflação, centralização e grau de penetração das radiografias de tórax • o Cúpula diafragmática ▪ A cúpula direita é mais alta que a esquerda em virtude da presença do fígado inferiormente (essa diferença não deve ultrapassar 3cm), e inferiormente a cúpula diafragmática esquerda está a bolha gástrica o Atenção a síndrome de poland: ausência do músculo peitoral • ➔ localizado entre os campos pleuropulmonares o Mediastino superior: contém o esôfago e a traqueia posteriormente, e parte do timo e os grandes vasos anteriormente, além de linfonodos o Mediastino médio: é onde está o coração, os nervos frênicos, aorta ascendente, arco aórtico e tronco da artéria pulmonar o Mediastino anterior: está à frente do coração e atrás do esterno: contém gordura e parte do timo o Mediastino posterior: atrás do pericárdio: contém aorta descendente, esôfago e linfonodos o Contornos mediastinais: ▪ duas a direita: veia cava superior e átrio direito ▪ e três a esquerda: arco aórtico, tronco pulmonar e ventrículo esquerdo o Índice cardiotorácico: avaliação do tamanho do coração, sendo normal quando o seu maior diâmetro transverso não ultrapassa 50% do diâmetro dos campos pleuropulmonares. Resumindo: o coração deve caber num hemitórax ▪ Em crianças é até o,6 ou 60% Laila Naiane MEDVII Obs: situs inversus: coração do lado direito → condição invertida, em espelho. Situs solitus: topografia habitual TIMO➔ Em crianças corresponde a uma imagem triangular no mediastino superior (sinal da vela de navio). Cuidado para não achar que é algo patológico (imagem abaixo) DICAS PARA ANALISAR UMA RADIOGRAFIA DE TÓRAX: 1. Olhar o parênquima pulmonar e a trama vascular (atenção ao hilo pulmonar) 2. Olhar o mediastino (atenção aos contornos mediastinais) a. O brônquio direito é mais verticalizado 3. Olhar os seios costofrênicos 4. Olhar as partes ósseas 5. Olhar as partes moles • As sombras hilares são formadas pelos brônquios-fonte, veias e artérias pulmonares É importante pedir a radiografia em perfil para observar os lobos e a utilização apenas em PA pode confundir onde está o problema Os pulmões são divididos pela pleura visceral em seus lobos, três a direita, e dois a esquerda • Pulmão direito: (2 fissuras – oblíqua e horizontal) ➔ 3 lobos: inferior, médio e superior Laila Naiane MEDVII o • Pulmão esquerdo: (1 fissura – oblíqua) ➔ 2 lobos: inferior e superior o Radiografia simples • As incidências mais comuns são: PA e perfil o Por que PA? para não deformar (aumentar) a área cardíaca. Voce sempre coloca a estrutura que quer analisar mais perto do filme. o Em virtude da divergência que sofrem os feixes de raio x, pode haver distorção de estruturas que estão mais distantes da película ➔ por isso rx da coluna é em AP • Existem outras incidências Laila Naiane MEDVII o Oblíqua: avaliação de arcos costais e mediastino o Laurell: decúbito lateral (com raios horizontalmente)➔ boa para ver derrame pleural o Apicolordótica: realizada em AP, onde o paciente fica apenas com a porção superior do dorso em contato com o filme, liberando a visualização dos ápices pulmonares • o Identificação (canto superior direito) o Mostrar todas as estruturas do tórax (não cortar as cúpulas diafragmáticas ou ápices pulmonares) o Preencher os critérios: ▪ Boa Penetração: visualização de pelo menos três corpos vertebrais acima do botão aórtico, não sendo possível uma completa definição destes atrás da sombra cardíaca. Caso a penetração seja muito grande, os contornos dos corpos vertebrais serão identificados acima e abaixo do botão aórtico. Se for baixa penetração, os corpos vertebrais não serão visualizados em nenhum ponto do mediastino ▪ Centralização: verificado pelo alinhamento das clavículas ▪ Adequada inspiração: contar 9 a 10 arcos posteriores ou 6 a 7 arcos anteriores. Se visualizar menos, significa que o pulmão está hipoinsuflado Tomografia • Padrão ouro para avaliação do parênquima pulmonar ➔ não há sobreposição de estruturas • A tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) proporciona imagens detalhadas do parequima pulmonar • Diferencia características teciduais de lesões expansivas entre císticas, sólidas, adiposas • Permite avaliar o mediastino, o parênquima e a parede torácica OBS: a ressonância magnética do tórax é utilizada apenas em lesões da parede torácica Os dados clínicos são de extrema importância para o diagnóstico de imagem • As alterações parenquimatosas consistem em lesões do espaço alveolar (aéreo) e de seu interstício (paredes do alvéolo) Laila Naiane MEDVII • As alterações do espaço aéreo podem ser resumidas em ocupação, redução e aumento • A ou substituição do ar no espaço aéreo é denominada consolidação e se traduz na rx e na tc como aumento da atenuação do parênquima pulmonar (imagem branca) o exemplo de consolidação acima: broncopneumonia o o Exemplo de consolidação acima: pneumonia lobar o Na consolidação pode estar presente , que corresponde a um brônquio em que o epitélio de muco ciliar eliminou o conteúdo que preenchia a via aérea, apresentando-se como uma imagem hipotransparente no interior da consolidação ➔ o brônquio consegue se limpar e o alvéolo não. O broncograma aéreo é mais uma dica de que se trata de uma consolidação pulmonar ▪ Acima temos um exemplo de broncograma aéreo • Principais causas de consolidação pulmonar: o Processos infecciosos (pneumonias) o Tumores (linfoma, carcinoma broncogênico) o Inflamações (sarcoidose) o Trauma (sangue o Broncoaspiração (pneumonia lipoídica) Laila Naiane MEDVII Aletectasia A redução do espaço aéreo por colapso (ou colabamento) do parênquima pulmonar é denominada atelectasia. Ela pode se apresentar completa ou parcial. Existem sinais diretos e indiretos para sua identificação. • Como constitui um colapso de uma porção do pulmão, a área afetada vai demonstrar um aumento da densidade (sem ar fica so o interstício), em decorrência da presença da pressao negativa no espaço pleural unidas, as estruturas moveis no tórax serão deslocadas para o lado da atelectasia (desvio mediastinal e traqueal, elevação da cúpula diafragmática e deslocamento das fissuras). Como a consolidação também é radiopaca, como a atelectasia, a forma de diferenciar é o desvio das estruturas • Atelectasia total do pulmão direito. Pulmão direito radiopaco com sinais de perda de volume, nota-se desvio da traqueia para a direita (imagem abaixo) Laila Naiane MEDVII o • Quando há UMA MASSA PULMONAR ASSOCIADA A ATELECTASIA ➔ SINAL DO S DE GOLDEN → lembrar de lesão tumoralquando houver massa peri-hilar associada a atelectasia do lobo superior direito. Lembrar que o Sinal S de Golden so se forma no lado direito, sendo específico do lobo superior direito As atelectasias podem ser ocasionadas por mecanismos compressíveis (massa pulmonar), obstrutivos (nódulo ou corpo estranho no interior da arvore brônquica), aderências e trauma• Tanto as consolidações quanto as atelectasias podem apresentar um sinal característico que auxilia na sua localização entre os segmentos pulmonares. O SINAL DA SILHUETA ocorre quando estruturas de densidades semelhantes de tocam, passando a apresentar um contorno único, ou seja, perde o contorno da estrutura • Pode ser reversível ou irreversível • As alterações reversíveis constituem a hiperinflação na asma ou por mecanismo valvar • As irreversíveis caracterizam o enfisema pulmonar • Os achados comuns no rx que indicam aumento do espaço aéreo o Aumento do diâmetro torácico o Aumento dos espaços intercostais o Retificação das cúpulas diafragmáticas o Visualização da borda inferior do coração (aspecto em gota) • Lembrar que na asma, caso seja revertido o broncoespasmo, essas alterações desaparecem, enquanto no enfisema, não. Laila Naiane MEDVII • A definição de enfisema pulmonar consiste em destruição do parênquima pulmonar, e esta destruição forma aéreas onde o ar fica aprisionado Na TCAR do tórax, caracterizamos o enfisema em três tipos básicos: o Enfisema centrolubar o Enfisema parasseptal o Enfisema panlobular • É o aumento do brônquio (dilatação irreversível da arvore brônquica) • Etiologias: síndromes da discinesia ciliar, tumores, infecções repetitivas • Essa dilatação pode se apresentar em forma de tubos alongados (bronquiectasias cilíndricas) ou dilatações saculiformes (Bronquiectasias varicosas ou císticas) • No Rx: imagens ovaladas hipertransparentes, circunscritas, de paredes espessas • Na TC: imagens tubulares ou císticas o • SINAL DO ANEL DE SINETE → indica bronquiectasia (ocorre aumento do brônquio e mantem o tamanho normal da artéria pulmonar – antes a relação era 1:1) • As doenças parenquimatosas intersticiais são bem visualizadas da TC (TCAR alta resolução) • Elas se manifestam por meio de padrões de anormalidade identificáveis na TCAR, estando relacionados com a anatomia do lobo pulmonar secundário Obs: Infiltrado indica doença de interstício, cuidado p não confundir com consolidação • Os padrões de imagem na tc são: o Septal o Faveolamento o Cístico o Nódulos (se for maior q 3cm, passa a ser chamado de massa) o Opacidade em vidro fosco (aumento da opacidade pulmonar sem obscurecimento dos vasos pulmonares adjacentes, ao contrário do que acontece na consolidação) ▪ Pode resultar de anormalidade intersticiais mínimas, de doença do espaço aéreo ou aumento do fluxo sanguíneo • SEPTAL (opacidades reticulares) o Reflete a presença de espessamento dos septos interlobulares, que pode ser secundário a edema, infiltração celular ou, menos comumente, à fibrose o Septos espessados geralmente são mais evidentes na periferia pulmonar, onde podem ser visualizados como linhas perpendiculares à pleura o Na regiao pulmonar mais central, o espessamento septal assume um padrão de arcadas poligonais múltiplas Laila Naiane MEDVII o O espessamento do septo interlobular pode ser liso, nodular ou irregular na dependência da causa: ▪ Liso no edema agudo ▪ Irregular ou nodular na linfangite carcinomatosa TCAR evidenciando espessamento dos septos interlobulares e nódulos intralobulares no pulmão direito. Compatível com linfangite carcinomatosa Linfanfite carcinomatosa unilateral. O espessamento dos septos pode ser liso (setas vermelhas) ou nodular (em amarelo). Os vasos intralobulares podem estar proeminentes devido ao espessamento intersticial centrolobular (seta azul). Apesar do espessamento septal, não há distorção da arquitetura pulmonar, o que diferencia as alterações da linfangite das alterações da fibrose pulmonar. • FAVEOLAMENTO o São opacidades mistas reticulares e císticas periféricas que se apresentam em várias camadas o Sua presença reflete alterações de fibrose pulmonar que é a via final das patologias crônicas o A fibrose também causa distorção da arquitetura pulmonar, bronquiectasias de tração e bronquioloectasias • o Padrão associado a presença de lesões pulmonares circunscritas contendo ar e de paredes bem definidas o Podem representar faveolamento, cistos ou cavernas, pneumatoceles ou bronquiectasias císticas o Existem doenças comumente associadas ao padrão cístico que são predominantemente representadas por enfisema, bronquiextasia, fibrose pulmonar idiopática, linfagioliomíomatose, histiocitose de células de Langerhans pulmonar • NÓDULOS (OPACIDADES NODULARES) o Os nódulos pulmonares representam opacidades ovaladas, com diâmetro inferior a 3cm, e tem uma gama de diagnósticos diferenciais: Laila Naiane MEDVII hemangiomas, granulomas residuais e tumores pulmonares o Os nódulos pulmonares podem evoluir para massas (lesoes maiores que 3cm) o As massas pulmonares podem escavar pela necrose tumoral central, apresentando-se como uma imagem radiopaca com uma área hipertransparente de permeio (escavação) Massa pulmonar escavada: • OPACIDADE EM VIDRO FOSCO o A atenuação em vidro fosco é definida como um aumento da opacidade pulmonar sem obscurecimento dos vasos pulmonares adjacentes, ao contrário do que acontece na consolidação o Pode resultar de anormalidades intersticiais mínimas, de doenças do espaço aéreo ou aumento do fluxo sanguíneo • PERFUSAO EM MOSAICO o Representada por áreas de opacidades mistas, com alternância de imagens de maior e menor densidade. Geralmente determinadas por alterações perfusionais ou doenças das vias aéreas • O espaço pleural é um espaço virtual que contem uma fina lâmina líquida que separa as pleuras visceral e parietal, que recobrem a caixa torácica • A pleura pode ser acometida por processos traumáticos, inflamatórios, infecciosos e tumorais • é um dos achados mais comuns. É a presença de líquido no espaço pleural, separando as duas pleuras. • Ocorre obliteração primeiramente dos dos seios costofrênicos e posteriormente dos campos pulmonares Laila Naiane MEDVII o Geralmente é necessário de 200 a 300mL para obliterar um seio costofrênico em ortostase • Parábola de damoiseau • O derrame pleural pode ser loculado, quando associado a processo inflamatório • • é a presença de ar no espaço pleural que se apresenta pela visualização do folheto visceral separado do parietal e pela ausência de campos pulmonares na região o Em pneumotóraces pequenos a separação da pleura visceral da parede torácica pode estar aumentada, obtendo radiografia com o paciente em expiração o Há alguns sinais secundários que estao associados com a gravidade: desvio do mediastino para o lado contralateral, rebaixamento do diafragma e alargamento do espaço intercostal o Pode haver o pneumotórax hipertensivo • A pleura também pode ser acometida por processos inflamatórios que promovem seu espessamento e, quando crônico, pode levar a um processo de calcificação, como na • O espaço pleural também pode ser sede de lesão por contiguidade na caixa torácica e processos expansivos primários e secundários, como o e as Laila Naiane MEDVII Em casos de suspeita de lesões embólicas torácicas, TC é um dos melhores métodos para tromboembolismo pulmonar (TEP). É observada uma falha de enchimento intraluminal nas fases pós-contraste endovenoso • O crescimento isolado do coração deve ser aferido na radiografia pela técnica do índice cardiotorácico • O crescimento das câmaras cardíacas vai apresentar sinais específicos na radiografia o Átrio direito: responsável pelo abaulamento da segunda concavidade da linha paracardiáca direita e com o seu crescimentoprojeta o coração para a direita. Está relacionado com a doença valvar tricúspide isoladamente ou como via final da IC o Ventrículo direito: o seu aumento é caracterizado pelo aumento do contato da área cárdica com o esterno, elevando posteriormente a ponto coração (o coração batte no esterno e é rechaçado para tras e para esquerda), aumentando o diâmetro transverso do coração. Está relacionado com distúrbios da valva pulmonar, shunt da esquerda para direita e hipertensão pulmonar o Átrio esquerdo: ocorre um aumento do diâmetro transverso do coração e projeção do átrio esquerdo na linha paracardiaca direita (sinal do duplo contorno atrial).o crescimento da auricula esquerda projeta-se na linha paracardiaca esquerda, formando a 4 concavidade esquerda, que so surge em condições patológicas, localizando-se entre a 2 e 3 concavidade da linha paracardiaca esquerda o Ventrículo direito: o coração cresce lateralmente à esquerda e se projeta inferiormente na cúpula diafragmática, sendo denominado como coração mergulhante. Está aumentado em condições patológicas das valvas mitral e aórtica, Laila Naiane MEDVII sobrecargas pressóricas e doença do musculo cardíaco, como infarto e miocardiopatias. • Trauma torácico • Anomalias congênitos • Doenças infecciosas • Tumores pulmonares • Doenças mediastinais • O rx era o primeiro exame a ser solicitado em um paciente com suspeita de lesão. Hoje, pede-se primeiro a tomografia (crânio, coluna cervical, tórax e abdome) o Se o paciente estiver estável, faz-se a TC pois é mais eficiente • As lesões parenquimatosas mais comuns: contusões pulmonares, as atelectasias e as lacerações o A é uma lesão traumática no parênquima alveolar e intersticial, com presença de sangue e edema, sem ver ruptura das paredes alveolares. Estão entre as lesões traumáticas mais comuns, surgindo entre 4 a 6 horas após o trauma e desaparecendo em até 6 dias. Seu aspecto vai variar de vidro fosco a pequenas consolidações na dependência do tamanho do traumatismo e da área afetada. Na maioria das vezes são consolidações. o As são semelhantes as contusões, estando associadas ao dano à parede alveolar, mas nesses casos tem ar dentro da consolidação. São consolidações com presença de cistos que formam pneumatoceles traumáticas ou hematomas. • estao relacionadas com trauma direto e podem ser identificadas pela perda da continuidade da cortical óssea o A localização do arco costal e dos demais ossos acometidos é importante devido a frequência de lesões de partes moles associadas, como: ▪ Lesões de vasos supra aórticos e traqueia em pacientes com fraturas dos dois primeiros arcos costais e clavículas Laila Naiane MEDVII ▪ Lesões do fígado e cúpula diafragmática em arcos costais inferiores • é caracterizado pela presença de ar dissecando o espaço pleural. O diagnostico radiológico é feito pela visualização da pleura visceral, limitando o pulmão contraído pelo ar e pela não visualização de parênquima na periferia da linha da pleura • O é a presença de ar no interstício mediastinal. As lesões traumáticas torácicas superiores e da regiao cervical podem promover lesões das estruturas aéreas superiores, podendo levar a dissecção do ar para o interstício. Quando é pequeno, rx ou cortes da TC em expiração podem facilitar sua visualização • é a presença de líquido no espaço pleural. O hemotórax é mais comum no trauma. Na TC a quantidade de líquido, qualquer quantidade, é visualizada, sendo que 200 a 300 mL já é o suficiente para obliterar o seio costofrênico. Quando há derrame pleural + presença de ar é denominado hidropneumotórax • : ar no tecido subcutâneo, e é identificado pela presença de linhas hiperlucentes (ar), dentro das estruturas de partes moles extratorácicas. Indica um trauma de alto impacto e por isso deve-se ter o cuidado em buscar outros achados como a fratura de costela Laila Naiane MEDVII • caracterizadas por falhas na composição da cúpula diafragmática, com deslocamento das estruturas do abdome para o tórax. As mais frequentes são: o Morgagni: quando o defeito diafragmático é central (anterior) e a direita. Geralmente está associada a herniação do fígado o Bochdaleck: quando o defeito é posterior e a esquerda, observado em rx de alças intestinais localizadas na base do pulmão correspondente • Fazem parte do conjunto dos cistos de duplicação do intestino primitivo, que está relacionado com o brotamento prematuro de estruturas da arvore brônquica o Broncogênicos apresentam-se como massas bem definidas, localizadas no mediastino ou no parênquima pulmonar, este último menos comum. A localização mais comum é subcarinal, e o diagnóstico é suspeitado pela radiografia simples e confirmado pela TC ou pela RM, ao verificarmos lesões que podem apresentar densidade cística ou de partes moles, que não captam meio de contraste o Pericárdicos: constituem 20% dos tumores cardíacos e podem ser congênitos ou adquiridos. São lesões císticas geralmente localizadas no seio cardiofrênico direito e frequentemente assintomáticas o De duplicação esofágica: classificados em 3 grupos, com base em características histopatológicas. Sua localização mais comum é no mediastino posterior, próximo a transição toracoabdominal o Linfangiomas: lesão benigna congênita caracterizada por focos de tecido linfático em padrão multicístico. Dividido em três de acordo com o aspecto de seus vasos linfáticos: simples/capilar, cavernoso e cístico/higroma cístico (mais comum). Sua composição é predominantemente cística, podendo apresentar septos e até componente sólido, mas calcificações são raras. Essas lesões tendem a moldar-se sem comprimir estruturas adjacentes Laila Naiane MEDVII o Cistos pulmonares: existem doenças sistêmicas que podem evoluir com lesões císticas difusas do parênquima pulmonar, como a histiocitose X e a linfagioleiomiomatose ▪ Linfafioleiomiomatose • Mais comum em mulheres jovens no período fértil, cistos de paredes finas em todo parênquima pulmonar e de localização preferencialmente central ▪ Histiocistose x • Acomete principalmente Adultos jovens. Os Cistos ficam localizados no lobo superior, com consequente progressão para fibrose pulmonar OBS: o cisto se diferencia do enfisema porque no enfisema não consegue ver o parênquima • → anomalia congênita em que parte do pulmão é irrigado através da circulação sistêmica, e não pela circulação pulmonar. O aspecto radiográfico mais comum é a de uma massa nos lobos inferiores. Pode ser intralobar quando é recoberto pela pelura visceral e extralobar quando tem revestimento pleural próprio • Enfisema lobar congênito: é uma hiperdistensao de um lobo, podendo comprimir estruturas adjacentes. A evolução radiológica vai de uma massa, geralmente, nos lobos superiores e no lobo médio no neonato, que se torna hiperlucente e hipertransparente logo após o nascimento, e promove abaulamento das fissuras. Na TC visualiza-se um pulmão espontaneamente hiperdistendido, não se individualizando lesões císticas associadas • : o Tanto no RX quanto na TC a consolidação é homogênea, envolvendo um segmento ou um lobo do pulmão o A pneumonia lobar associada à infecção pela k. pneumoniae possui além das características descritas, uma produção excessiva de exsudato, caracterizando radiologicamente com uma pneumonia lobar com abaulamento da cissura, Laila Naiane MEDVII denominada pneumonia do lobo pesado • inflamaçãoem placas, acometendo vários focos de consolidação. Multibacteriana, acometendo jovens e idosos. Patg. Mais comum: s.aureus. o aspecto radiológico é de focos de consolidação esparsos e bilaterais, sendo também visualizados na TC, opacidades em vidro fosco e nódulos centrolobulares associados o As consolidações na broncopneumonia tendem a apresentar volumes menores que as lobares, todavia, se não tratadas sofrem confluência e acometem todo o pulmão • processo infeccioso que acomete a parede dos alvéolos, os septos interlobulares e o tecido de sustentação do parênquima. Os agentes mais comuns são: M pneumonia e P. jiroveci, bem como infecções virais o o aspecto radiológico é de um padrão reticular ou reticulonodular difuso, sendo o envolvimento alveolar raro o na TC os aspectos por imagem podem variar de septos, vidro fosco, cistos, opacidades irregulares, nódulos ou consolidações. • : cavidade secundária a processo infecioso piogênico. O abcesso é uma complicação de uma infecção pulmonar. Os patógenos mais comumente envolvidos são Staphylococcus e Klebissela o O aspecto radiológico característico dos abscessos é a presença de escavação, que pode ou não estar circundada por um processo consolidativo o A imagem do abscesso corresponde a área de opacidade pulmonar, que, quando encontra um brônquio, drena e pode apresentar níveis hidroaéreos Laila Naiane MEDVII • : acontece quando o patógeno está distribuído na corrente sanguínea, o que promove sua distribuição de maneira quase uniforme no pulmão, podendo existir um predomínio basal em decorrência de maior fluxo sanguíneo e maior área nesta regiao o O exemplo mais comum é a tuberculose miliar, em que o aspecto radiológico é de micronódulos difusos • : causada pelo mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, é dividida em primária (primoinfecção), e secundária o A forma primária é a que ocorre em indivíduos que ainda não tiveram contato com o bacilo, sendo, portanto, mais comum em crianças o A forma secundária desenvolve-se a partir de uma nova infecção (reinfecção exógena) ou da reativação de bacilos latentes (reinfecção endógena) o Na primo-infecção, a bactéria atinge o alvéolo, onde vai desencadear uma reação inflamatória pela sua proliferação, que culmina em atrair macrófagos que vao tentar conter o processo infecioso, formando o nódulo de Ghon o Se o processo inflamatório contiver a lesão, ocorrerá a formação de um granuloma, nestes casos, a maioria dos pacientes nem apresenta sintomas ou estes aparecem de forma frusta e inespecífica (febre e astenia) o Estes nódulos evoluem para uma calcificação distrófica, resultando na radiografia e na TC como um pequeno nódulo homogeneamente calcificado o Padrão de arvore em brotamento da tomografia, associada a lesões escavadas (principalmente nos ápices pulmonares, onde é mais rico em oxigênio)→ achados clássicos de tuberculose o Se não houver contensão, a lesão evolui e pode disseminar o bacilo por via linfática, gerando linfonodomegalias mediastinais Laila Naiane MEDVII o Os gânglios podem calcificar e o processo inflamatório se resolve ou podem fistular para um brônquio adjacente e determinar a disseminação broncogênica da tuberculose o Na forma secundária ou pós- primária, a infecção irá surgir após um período de latência do primeiro contato, e vai se alojar nos ápices pulmonares, evoluindo para um processo consolidativo que escava, forma um exsudato inflamatório (caseum) que é expelido ao encontrar um brônquio, dando o aspecto típico de consolidação com lesões escavadas de paredes espessas. o Árvore em brotamento: representação na TC devido a disseminação do exsudato para os bronquíolos, originando o aspecto de nódulos centro lobulares, caracterizando a disseminação broncogênica o Com a evolução da inflamação surge fibroses que culminam por promover atelectasias linerares, infiltrado reticular que promove tração das estruturas brônquicas, denominada bronquiectasia de tração o Tanto a tuberculose primária quanto a secundária podem disseminar-se hematologicamente e promover o surgimento de micronódulos (1 a 3cm) adjacentes à parede alveolar, caracterizando o aspecto miliar • inflamação granulomatosa (na fase mais avançada) semelhante a tuberculose, com os mesmos achados de consolidações escavadas, derrames pleurais e linfonomegalias. Geralmente associada a inalação de poeira ou de sedimentos das fezes de morcegos e pombos (esse é o diferencial) o Apresentação incomum: mediastinite fribosante em que o processo inflamatório e suas sequelas evoluem a tal ponto que resultam em estenose do esôfago, da veia cava, da aorta e das artérias pulmonares • infecção oportunista, causada pelo Aspergilus fumigattus, que se instala em locais “vazios” que tiveram outras infecções o Seu acometimento pulmonar está relacionado com patologias prévias, como atopia, infecção pelo bacilo de Koch ou Laila Naiane MEDVII Staphilococcus ou doença imunológica ▪ As manifestações radiológicas da aspergilose são divididas em três formas: aspergiloma, aspergilose broncopulmonar alérgica e aspergilose invasiva o Aspergiloma ou bola fúngica: aglomerado de hifas e detritos celulares no interior de uma cavidade pulmonar preexistente. O aspecto característico é de uma imagem hipotransparente ovalada no interior de uma cavidade com ar em volta (sinal do crescente ou sinal do menisco) e móvel a mudanças de decúbito o Aspergilose broncopulmonar alérgica: associada a reação inflamatória tipo l e lll que acontece em pacientes asmáticos. Há predomínio do envolvimento das vias aéreas proximais (medular do pulmao), onde já existe lesão de mucosa pela asma o Aspergilose invasiva: associada a uma primo-infecção pelo fungo em imunodeprimidos, permitindo alcançar o parênquima. Há presença de um halo de opacidade em vidro fosco adjacente, que ocorre a uma inflamação hemorrágica. • patógeno da flora oral que causa monilíase em pacientes imunocomprometidos. Pode por via hematogênica alcançar os pulmões e promover múltiplos nódulos (aspecto miliar) ou consolidações em bases com aspecto necrosante, evoluindo para formação de pequenos abscessos. Não possui aspecto de imagem típico e por isso deve-se analisar a clínica • é uma infecção oportunista, causada pelo fungo Pneumocystis juroveci (antigo Pneumocystis carinii). Causa pneumonia em pessoas imunodeprimidas e crianças malnutridas, sendo agressiva particularmente em pacientes com AIDS. A doença é por inalação dos esporos • O aspecto por imagem mais comum das neoplasias são os nódulos, podendo ser único ou múltiplos • O nódulo pulmonar solitário é um dos achados mais comuns em exames radiológicos de rotina, tanto na radiografia simples quanto na TC • Ao encontrar um nódulo, deve-se analisar os seus contornos (regulares ou irregulares, espiculado, mal definido), sua densidade (partes moles, cálcica, lipídica) e seu tamanho Laila Naiane MEDVII • São critérios de benignidade: 1. Presença de gordura 2. Calcificações grosseiras, como nódulo de Gohm na tuberculose 3. Ausência, ou mínimo crescimento em exames seriados de controle Foto: imagem com janela de mediastino demonstrando calcificação grosseira no interior do nódulo, com aspecto de “pipoca”, classicamente observada no hamartoma pulmonar • As lesoes nodulares benignas mais comuns que geralmente preenchem estescritérios são os hamartomas pulmonares e os granulomas, pois geralmente são totalmente calcificados • Os granulomas residuais são a maior causa de lesão nodular em exames de rotina de tórax, e são decorrentes de sequela de primo-infecção pelo bacilo da tuberculose Foto: um dos nódulos ( o mais inferior) é bem calcificado, de contornos regulares, arredondado, bem definido com densidade cálcica: é um granuloma residual. O outro apresenta densidade de partes moles, contornos irregulares, tamanho grande, não tem calcificação grosseira: é câncer até que se prove o contrário OBS: todo nódulo pulmonar no RX merece ser investigado na TC • Existem achados que apntam para ma maior chance de malignidade: 1. Contorno espiculado ou irregular 2. Nódulos com densidade de partes moles e que captam o meio de contraste endovenoso • Existem vários tipos de carcinomas pulmonares, mas o mais comum são o adenocarcinoma e o carcinoma de células escamosas (broncogênico). Além desses, há o carcinoma de pequenas células e o carcinoma anaplásico de grandes células • Os achados radiológicos vão depender da localização do tumor, tamanho e histologia. São eles: 1. Alargamento hilar: pode representar o tumor ou as linfonodomegalias metastáticas 2. Obstrução de vias aéreas: levam à atelectasia pelo crescimento tumoral endobrônquico ou pela compressão extrínseca por lesões volumosas. Carcinoma broncogênico dá muita obstrução de via aérea e atelectasia 3. Massas periféricas: podem sofrer degeneração central e escavar, apresentando uma superfície interna irregular. Pode ter um aspecto semelhante a um abscesso, mas a lesão tumoral vai ter as paredes mais espessas e o realce pelo contraste é mais forte 4. Acometimento pleural: levando a formação de derrames exsudativos 5. Extensão óssea: acontece por contiguidade ou por disseminação hematogênica; também é possível o envolvimento de estruturas vasculares e neurológicas, como o tumor de Pancoast que promove a erosão dos arcos costais superiores e envolvimento de partes moles, Laila Naiane MEDVII inclusive dos nervos laríngeo recorrente, frênico e vago 6. Consolidações: originam-se nos alvéolos e simulam pneumopatias inflamatórias. A suspeição deve ser feita pela permanecia do aspecto após o tratamento específico Região Patologia Mediastino superior Timona Bócio de tireoide Linfoma Teratoma Cisto broncogênico Mediastino anterior Timona Linfoma Cisto tímico Lipoma Mediastino médio Aneurisma da aorta Linfoma Cisto paracardíaco Mediastino posterior Aneurisma da aorta Tumores de esôfago Cisto de duplicação esofágica Tumores neurogênicos Cisto de ducto torácico Linfoma Hematopoiese extramedular TIMONA TERATOMA TIREOIDE TERRIVEL LINFOMA : também chamado de carcinoma do timo, é um processo neoplásico que acomete o timo. Existe uma importante relação do timona com miastenia gravis, pois cerca de ¼ dos pacientes com mistenia apresenta timona. É pouco frequente baixo dos 40 anos de idade Radiologicamente caracteriza- se por uma massa heterogênea no mediastino anterior, com realce pelo contraste. Ao exame costuma-se verificar um alargamento do mediastino superiormente neoplasia de células germinativas. Sua caracterização ao exame pode ser facilitada pela presença de tecidos estranho à regiao, como dentes, calcificações, elementos gordurosos e císticos pode apresentar sinais de compressão de órgãos adjacentes e acarretar sintomas, como dispneia, disfagia ou rouquidão 1. Presença de linfonodomegalias Laila Naiane MEDVII 2. Os aneurismas de aorta • Os tumores neurogênicos se apresentam como lesões expansivas, de topografia como lesões expansivas, de topografia paravertebral, geralmente com relação com o forame de conjugação • A hematopoiese extramedular é considerada um mecanismo fisiológico compensatório, que ocorre quando a medula óssea é incapaz de suprir a demanda corporal de células sanguíneas. Caracteriza-se pela formação de tecido hematopoiético em topografia paravertebral. Geralmente, ocorre em pacientes com hemoglobinopatias ou doenças medulares adquiridas
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