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ATIVIDADE DE PLANEJAMENTO DE CARDÁPIO COMPONENTES DO GRUPO ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ CRIAÇÃO DO CARDÁPIO ITENS segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira SALADA PRATO PRINCIPAL GUARNIÇÃO PRATO BASE SOBREMESA MATERIAL PARA CONSULTA CARDÁPIO: REQUISITOS E DETERMINANTES. FATORES ADMINISTRATIVOS QUE INFLUENCIAM NO PLANEJAMENTO E ESCOLHA DO CARDÁPIO. A palavra cardápio ou menu, representa a lista das preparações oferecidas pelo restaurante à sua clientela. Em UAN, o cardápio tem como objetivos principais: • Oferecer alimentação saudável e segura sob o aspecto higiênico; • Estar adequado às necessidades nutricionais da clientela; • Atender fatores psicológicos, culturais e sociais da clientela; • Ajustar-se à disponibilidade financeira da empresa por meio do controle de custos; • Satisfazer a clientela proporcionando o prazer de uma boa refeição; • Atender às exigências do PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador. Todo cardápio para população sadia deve seguir as orientações do Guia Alimentar para a População Brasileira. Especificamente nas UAN de empresas, temos a Portaria Interministerial 66/2006, que estabelece os parâmetros nutricionais para a alimentação do trabalhador - PAT: Programa de Alimentação do Trabalhador. FATORES ADMINISTRATIVOS QUE INFLUENCIAM NO PLANEJAMENTO E ESCOLHA DO CARDÁPIO O cardápio além de informar a clientela os pratos que serão servidos em uma refeição, é um documento de trabalho que serve para uma série de funções: guia de compras, ordem de trabalho para a cozinha, estoque e salão, material de análise de resultados e ainda, no caso de restaurantes comerciais, instrumento de propaganda e venda. Enfim, é em torno do cardápio que giram todas as operações do restaurante, tornando-o peça primordial para sua gestão. A partir do planejamento do cardápio podem ser dimensionados os recursos humanos e materiais, o controle de custos, o planejamento de compras, a fixação dos níveis de estoque, a determinação dos padrões a serem utilizados na confecção das receitas, servindo ainda para a pesquisa e análise das preferências alimentares dos clientes (ABREU, 2019). Itens do cardápio Os itens do cardápio dependem do tipo de restaurante. No dia-a- dia de uma UAN, normalmente são oferecidos: - Entradas frias: saladas e miscelâneas frias como tortas, frios, entre outros. - Entradas quentes: sopas e consommés, salgados, tortas, etc. - Prato principal ou prato proteico: é o prato elaborado com carnes de todos os tipos ou ovos, representando a principal fonte de proteína da refeição. - Guarnições ou acompanhamentos: são as preparações que acompanham o prato principal, como legumes, verduras, massas, entre outros. - Prato base: habitualmente é sempre o arroz branco com feijão. Outras opções podem ser oferecidas desde que o porcionamento seja equivalente ao do arroz com feijão, como arroz integral, arroz à grega, feijão preto, lentilha, etc. - Sobremesas: frutas e/ou doces. - Complementos: sucos, água, pão, temperos para salada, entre outros. PADRÃO DE CARDÁPIOS DE UAN - Básico ou horista: preparações mais simples, mais habituais e de menor custo quando comparado aos demais padrões. Às vezes, sem opção de escolha de itens do cardápio. - Intermediário ou mensalista: mais elaborado, mais criativo. Oferece mais opções dos itens do cardápio. Custo intermediário. - Superior ou diretoria: mais elaborado e diversificado dos três padrões. Produções culinárias mais elaboradas e sofisticadas. Serviço de atendimento diferenciado podendo haver mesas com toalhas, utensílios de 1ª linha, Fatores determinantes na elaboração de cardápio De acordo com Silva & Martinez (2008), o ponto de partida para planejar um cardápio ou uma dieta é o estudo da população a que se destina. Quando se trata de coletividade sadia, primeiramente se deve estabelecer o indivíduo padrão a partir da média das características da população estudada. Os demais dados a considerar são: • Quanto ao cliente: tipo de atividade, nível socioeconômico- cultural, hábitos alimentares, religião, região ou origem da clientela, estados nutricional e fisiológico, idade, sexo, necessidades básicas, número de comensais atendidos e expectativas de consumo. • Quanto à escolha dos alimentos: disponibilidade dos alimentos, verba disponível, safra dos alimentos escolhidos, mercado fornecedor, aceitação por parte da clientela, hábitos, combinação e monotonia dos ingredientes, alternância e balanço de nutrientes. • Quanto ao gerenciamento da UAN: planejamento antecipado e cíclico, custos e metas a serem atingidos, inventário físico da despensa, sazonalidade versus necessidade, reavaliação periódica dos cardápios elaborados, criação e teste de novas preparações, tipo e avaliação dos fornecedores, nível de sofisticação e de categoria dos clientes, supervisão do cumprimento das atividades programadas, treinamento de mão de obra e receituário padrão. • Quanto às preparações: disponibilidade de mão de obra, considerando turnos e habilidades, equipamentos, utensílios, área física, número de refeições, horários de distribuição, número de pontos de distribuição, clima, estação do ano, nível de saciedade da preparação, técnicas de preparo e de composição, conforme a seguir. Aspectos da composição básica do cardápio Segundo Teichmann (2000), um bom planejamento deve considerar os seguintes aspectos relacionados à seleção dos alimentos: - Cor: os alimentos que participarão de uma refeição deverão ter cores contrastantes e vivas, para dar ao prato um colorido que desperte o desejo de consumo. - Formas: a maneira como os alimentos serão apresentados também merece cuidado: em tiras, em cubos, em rodelas, em postas, em trouxinhas, em bolinhos, etc. - Sabores: no preparo de alimentos, os sabores devem ser bem destacados: ácido, salgado, apimentado, amargo, doce, picante, suave, azedo, etc., cuidando para que, no decorrer da refeição, os pratos a serem servidos não tenham sabores repetidos. Exemplo: peru à Califórnia e pêssego em calda. - Texturas: a variedade de textura enriquece o cardápio, agrada ao paladar; assim é importante incluir alimentos cuja consistência seja variada: líquida, macia, áspera, cremosa, úmida, seca, dura, fibrosa, etc. - Temperos: além de sabor, os temperos dão características bem definidas aos pratos: o picante de um picles, o apimentado de um molho à baiana, ou ainda aqueles temperos que identificam determinadas cozinhas: orégano com a cozinha italiana, hortelã com a cozinha árabe, etc. - Ingredientes: ter o cuidado de não repetir os mesmos ingredientes e também alimentos semelhantes em composição e sabor. Exemplos: canja e frango assado; salada de repolho e filé com couve-de-bruxelas; creme de ervilhas e vagem. - Tipo de preparo: a variedade nos métodos de preparo (assado, cozido, frito, grelhado, frito e empanado, etc.) enriquece a aparência e a degustação. Evitar por exemplo, duas preparações fritas ou duas preparações com molho no mesmo menu. - Temperatura: é importante que os alimentos sejam servidos nas temperaturas adequadas à sua apresentação: a sopa deverá estar fumegante; o sorvete não deve estar derretido, etc. - Disponibilidade dos gêneros: observar a sazonalidade dos gêneros alimentícios, a possibilidade de utilizar alimentoscongelados, dependentes de câmaras frigoríficas e/ou freezers, etc. - Conhecimento de preparações básicas (ingredientes utilizados) e nomenclatura clássica: para que se possa avaliar a preparação finalizada quanto às suas características e apresentação. Ferramentas para a elaboração de cardápios Teichmann (2000), enfatiza alguns aspectos práticos para o planejamento de cardápios: 1. Determinar os melhores dias e horários para o planejamento de cardápios considerando a presença do chefe de cozinha e maître, quando for o caso, para participar de sua elaboração. 2. Manter-se sempre atualizado por meio de um arquivo com revistas e livros especializados, receitas, fichas técnicas das preparações (receituário padrão), entre outros. 3. O cardápio deve ser elaborado com bastante antecedência para que haja tempo hábil de se verificar mão de obra disponível para a elaboração dos pedidos de compras e impressão do cardápio. Em UAN é recomendado que o cardápio seja elaborado com um mês de antecedência. 4. Verificar a disponibilidade de todos os alimentos em estoque e o período de safra dos alimentos in natura, 5. Consultar sempre os cardápios anteriores para evitar repetições. 6. Verificar a aceitação dos pratos antes de incluí-los novamente no cardápio. 7. Verificar a disponibilidade e funcionamento dos equipamentos para que não haja trocas de preparações de última hora. 8. Testar antecipadamente as receitas novas. 9. Para os casos de menus completos, como ocorre em UAN, uma das maneiras mais fáceis para montar o cardápio é utilizando um impresso onde seja possível incluir todas as preparações na mesma folha de papel (em folha A3ou A4, dividida em colunas pelo número de dias da semana que a UAN trabalha). Esse impresso permite a visualização do todo e é mais fácil de ser manuseado, pois evita a utilização de várias folhas ao mesmo tempo (planejamento horizontal). ETAPAS PARA A ELABORAÇÃO DE UM CARDÁPIO 1 – Definir primeiramente o tipo de carne a ser utilizada no prato principal (bovina, suína, frango, peixe), tomando o cuidado, caso haja opções, de não repetir o mesmo tipo de carne. Exemplo: contrafilé grelhado e Iscas de carne acebolada. 2 – Após esta etapa, definir as preparações (com técnicas de preparo, tipo de corte, etc.) tomando o cuidado para não repeti-las em cardápios que oferecem opções ou em dias consecutivos, como por exemplo, bife à parmegiana na segunda-feira e filé de frango à parmegiana na terça-feira, ou Almôndegas bovina ao sugo com opção de carne moída refogada no mesmo dia. 3 – Definir as guarnições mais adequadas aos pratos principais. Se houver opção de uma segunda guarnição, um deles poderá ser sempre uma verdura ou um legume, tomando o cuidado para não exagerar nas opções menos saudáveis como legumes fritos em imersão (à milanesa, à dorê, batatas fritas) ou servir só alimentos fontes de carboidratos. 4 – Apesar do arroz com feijão ser preferência entre os brasileiros, para quebrar a monotonia deve haver uma alteração no tipo e no tempero. Havendo possibilidade de oferecer dois tipos de arroz, variar com o arroz integral ou parboilizado é nutricionalmente, mais adequado. 5 – Definido os pratos quentes, escolher as saladas e por último as sobremesas. As saladas são preparações que têm sido cada vez mais valorizadas pelos consumidores e, devido ao seu baixo custo, pode-se oferecer maior variedade. É importante apresentá-las de forma atraente para despertar o desejo de consumo. Quanto às sobremesas, sabe-se que frutas servidas inteiras, como laranja com casca ou banana, são pouco atraentes para os comensais. Uma boa alternativa é servi-las cortadas (laranja em cubos, meia lua; laranja com cubos de mamão, com canela, banana com calda de laranja, assada com canela, etc.), ou na forma de salada de frutas. Além disso, deve-se aproveitar as frutas da época por serem mais saborosas e nutritivas e de custo mais acessível. Outras orientações: - Evitar colocar no mesmo cardápio alimentos flatulentos, ricos em enxofre, que podem levar à sensação de mal-estar e desconforto. São exemplos: abacate, acelga, batata doce, couve-flor, couve-de- bruxelas, brócolis, ervilha, feijão, goiaba, melancia, ovos, mostarda, nabo, rabanete, entre outros. - Se a UAN não funciona aos fins de semana, evitar preparações muito elaboradas na segunda feira e planejar com cuidado o pedido de compras dos vegetais para evitar que os mesmos não alterem suas características sensoriais no armazenamento prolongado. - Se a unidade oferece uma segunda opção de prato principal, sugere-se que esta não seja mais cara do que o primeiro prato (a opção também deve servir para diminuir o custo do prato principal). O mesmo se aplica aos demais itens que oferecem opções de consumo como sobremesas e guarnições, mas deve-se tomar cuidado na escolha e conhecer a clientela: se o prato opcional não for bem aceito, provavelmente haverá sobra de um e falta de outro, acarretando desperdício, elevação do custo e transtornos na operação. - Nunca introduzir mais de um prato “novidade” por dia. - Se o prato principal for muito simples a sobremesa deve ser mais sofisticada e vice-versa, principalmente para “equilibrar” o custo da refeição. - Evitar alimentos ricos em sódio como embutidos, carne seca, enlatados, caldos industrializados. Preparações com teores ACIMA de 0,6g de sódio/100 g do produto final são considerados de alto teor de sódio e devem ser evitados ou excluídos do cardápio (ANVISA, 2014). - A redação correta é imprescindível: o cardápio impresso não deve conter erros de ortografia ou digitação e termos estrangeiros devem estar corretamente grafados.
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