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Isabela Miquilini Manifestações Orais de Doenças Infecciosas Virais • Parasita intracel. obrigatório • Não tem vida livre • Replicação viral só é possível dentro de outras células • Origem ainda questionável: molécula de RNA ou seres unicelulares? Herpes Simples Familia herpetoviridae • Herpes simples = HSV-1 e 2 • Varicela zoster = HHV-3 • Epstein Barr = EBV ou HHV-4 • Citomegalovirus = CMV ou HHV-5 • Roséola = HHv-6 ou 7 • Sarcoma de Kaposi = HHV-8 HSV-1 • Dissemina-se por sal iva infectada ou lesões orais ativas. • Adapta-se melhor às regiões oral, facial e ocular HSV-2 • Transmitido por contato sexual • Os recém-nascidos podem i n fe c ta r - s e a a p ó s a passagem pelo canal vaginal • Adapta-se melhor às regiões genitais e pele abaixo da cintura Vírus altamente infectante - 60 a 95% da população adulta já foi exposta As lesões c l ín i cas e as alterações teciduais produzidas pelos dois tipos são idênticas. de 1 31 Isabela Miquilini Infecção pelo herpes simples 1. Exposição inicial de um individuo ao vírus 2. Infecção primária (nos caos sintomáticos, o vírus te m u m p e r í o d o d e incubação de 3 a 9 dias) O vírus segue pelos nervos sensitivos e é transportado para os gânglios sensitivos (principalmente trigêmeo) onde permanecem em período de latência Gengivoestomatite herpética primária • Padrão mais comum de i n f e c ç ã o p r i m á r i a sintomática; • 6 meses a 5 anos de idade; • Linfadenopatia, calafrios, febre, náusea, anorexia, irritabilidade. • Vesículas que se rompem e formam inúmeras úlceras com bordas avermelhadas • Em adultos: Inicio é abrupto e f r e q u e n t e m e n t e a c o m p a n h a d o d e l i n fa d e n o p a t i a , fe b re , c a l a f r i o s , n á u s e a s , irritabilidade e anorexia. •Pode causar cegueira • Vesículas-satélites na pele perioral s ã o b a s ta n te comuns •Auto inocu lação para dedos, olhos região genital pode ocorrer de 2 31 Infecção subclínica (Assintomática na maioria dos casos) GEHP (maioria entre os casos 6 meses a 5 anos) ↓ Fagotonsilite (Indv. adultos) Isabela Miquilini Infecção secundária/recorrente Após a resolução da infecção primária, o HSV migra através de nervos sensitivos até o gânglio trigêmeo, onde permanece em estado de latência., até ser reativado. - Essa reativação do vírus pode ser decorrente de: ✓ Idade avançada ✓ Luz UV ✓ Estresse físico ou emocional ✓ Trauma ✓ Trat. odontológico ✓ Gravidez ✓ Extremos de temperatura ✓ Febre ✓ Alterações hormonais ✓ Fadiga ✓ Neoplasias malignas 6h a 24h • S i n a i s e s i n t o m a s prodrômicos • Dor, ardência, prurido • Formigamento • Calor localizado • Desenvolvem-se pápulas pequenas e eritematosas que formam grupamentos de vesículas preenchidas por líquido Após 2 dias • Ve s í c u l a s ro m p e m - s e formando ú lceras que coalescem • L i b e ra ç ã o d o l i q u i d o contendo o vírus pode causar disseminação das lesões 7 a 10 dias • Cicatrização • A maioria dos indivíduos afetados apresenta duas recidivas por ano Localização mais comum: Borda de vermelhão do lábio e pele adjacente aos lábios (herpes labial) Panarício herpético: Lesões nos dedos que p o d e m re s u l ta r d a autoinoculação a partir de lesões orais e genitais. Herpes barbae: Lesões herpéticas podem disseminar se na região barbada da face, decorrentes do trauma repetitivo do ato do barbear. de 3 31 Isabela Miquilini Tratamento: Uso oral: • Aciclovir 400mg - 5x/dia por 5 dias • Valaciclovir 2g - 2x/dia por 1 dia • Famiciclovir 1,5g - 1x/dia por 1 dia • Famciclovir 750mg - 2x/dia por 1 dia Uso tópico • Aciclovir 5% (mais efetivo no período prodrômico) Laserterapia (padrão-ouro) Herpes Zóster (COBREIRO) - Causado pelo vírus varicela- zoster - A catapora (varicela) é a infecção primária - Após a cura da catapora, o vírus segue para o período de latência através de nervos sensitivos até se instalar no gânglio dorsal Infecção primária A primeira infecção com o v írus ocorre geralmente durante a infância e causa a varicela. O vírus então se move para o gânglio espinhal e permanece em estado latente por tempo indefinido. Infecção secundária Anos mais tarde, na idade adulta, uma fraqueza no sistema imunológico, seja por stress ou outras causas,. pode reativar o vírus e levar a zona (herpes zoster). - Essa reativação do vírus pode ser decorrente de: ✓ Imunossupressão ✓ Radiação ✓ E s t r e s s e f í s i c o o u emocional ✓ Infecção pelo HIV ✓ Tratamento odontológico ✓ Alcoolismo ✓ Tratamento com drogas citotóxicas ✓ Neoplasias malignas ✓ E n v e l h e c i m e n t o ( a prevalência da doença aumenta com a idade) Herpes-zoster tende a ocorrer em 10% a 20% dos indivíduos Não há múltiplas recidivas ≠ Herpes simples de 4 31 Isabela Miquilini Manifestações Clínicas Divididas em 3 fases 1. Prodrômica - A replicação viral inicial desencadeia ganglionites que promovem necrose neural e neuralgia grave. - Dor intensa que precede de 1 a 4 dias as erupções cutâneas e que acomete 90% dos indivíduos - Mal estar, febre e cefaléia - A dor pode ser confundida com dor de dente, infarto, otite, apendicite 2. Aguda - Inicia-se com a erupção de v e s í c u l a s c o m b a s e eritematosa. - 3 a 4 dias = Vesículas se rompem, formando úlceras - 7 a 10 dias = Formam-se as crostas - As lesões seguem trajeto do nervo afetado e terminam na linha média - O exantema regride em 2 a 3 semanas em indivíduos sadios. - N o p r o c e s s o d e cicatrização, pode ocorrer hipo ou hiperpigmentação. Lesões orais - O c o r r e m q u a n d o h á envolv imento do nervo trigêmeo - Lesões acometem a mucosa móvel e aderida - Estendem-se até a linha média - Pode promover perda de vitalidade de dentes - Comprometimento vascular resulta em osteonecrose. - Intervalo médio entre o aparecimento do exantema e a osteonecrose = 21 dias de 5 31 Isabela Miquilini 3. Crônica - Afeta aproximadamente 15% dos pacientes - C a r a c t e r i z a d a p e l a neuralgia pós-herpética ‣ A dor é descrita como u m a q u e i m a ç ã o pulsátil persistente por mais de 3 meses, com prurido e vermelhidão ao leve toque. - Geralmente regride após aproximadamente 1 ano **Variante Zoster sine herpete (Zoster sem erupção cutânea) • Dor acentuada de início abrupto e hiperestesia sobre o dermátomo específico. • Febre, cefaléia, mialgia e linfadenopatia podem ou não acompanhar a recidiva. Diagnóstico Herpes-Zoster • Manifestações clínicas • Cultura viral • Esfregaços citológicos • Té c n i c a s m o l e c u l a re s : Hibridização e PCR Tratamento • A n t i v i r a i s ( A c i c l o v i r , Valaciclovir, Fanciclovir) • Antipiréticos, Antipruriginosos • Antibióticos (para tratar infecções secundárias) • Neuralgia pós-herpética = - Analgésicos, narcóticos, antidepressivos tricíclicos, ant iconvuls ivantes e anestésicos tópicos. Mononucleose Infecciosa (Febre glandular ou doença do beijo) • Doença sintomática • Exposição ao vírus Epstein- B a r r ( E BV - H H V 4 = Geralmente aos 3 anos em países subdesenvolvidos) • Infecção pelo contato íntimo (Transferência direta da sal iva : canudos, objetos contaminados, beijos, etc) • E B V p e r m a n e c e n o hospedeiro por toda a vida • Manifestações Orais - Leucoplasia pilosa oral - Linfomas - Carcinoma nasofaríngeo de 6 31 Isabela Miquilini - A l g u n s c a r c i n o m a s gástricos - Possivelmente carcinomas d e m a m a e hepatocelulares Características clínicas • A apresentação clínica varia de acordo com a idade; • A maioria das infeções pelo E B V e m c r i a n ç a s é assintomática • Crianças com menos de 4 anos com sintomas ➡ Febre, tosse, faringite, rinite, l i n f a d e no p a t i a , hepatoesplenomegalia • Crianças com 4 anos ou mais ➡ Prevalência muito menor de hepatoesplenomegalia, tosse e rinite • Maioria dos adultos jovens ➡ Febre, l infadenopat ia , faringite e tonsilite • Adultos com mais de 40 anos ➡ F e b r e f a r i n g i t e predominam Complicações são incomuns em qualquer idade Fase prodrômica - Fadiga; - Mal-estar; - Anorexia; - Febre que pode alcançar 40°C (2 a 14 dias); - Linfadenopatia evidente (90% dos casos) Aumento de v o l u m e amigdaliano associado a e x s u d a d o difuso Petéquias no palato duro ou m o l e q u e desaparecem de 24 a 48h Diagnóstico • Manifestação clínica • Leucograma aumentado (L infocitose e l infócitos atípicos) • Pesquisa de anticorpos Tratamento • Regride dentro de 4 a 6 semanas de 7 31 Isabela Miquilini • Antipiréticos • Ant i - i n f l amatór i o s não esteroidais • Evitar exercícios diante do risco de ruptura esplênica Sarampo • Altamente contagiosa • Paramoxivírus • Erradicação é possível com ampla vacinação • Voltou a ser um surto no Brasil • Disseminação por gotícula de saliva Características clínicas 3 estágios cada um com 3 dias - > Sarampo de 9 dias Estágio 1: - Coriza, conjuntivite, tosse - Manchas de koplik: necrose epitelial focal Estágio 2: - Erupções cutâneas Estágio 3: - Ausência de febre - Descamação na região das manchas Compl icações : encefal i te , bronquite, diarréia HPV (Papilomavírus humano) • Epiteliotrópicos; (Promove lesão em regiões revestidas por epitélio) • + de 200 tipos de HPV; • Aproximadamente 30 tipos associados à lesões na mucosa oral; • Numerados de acordo com a ordem de identificação; Transmissão - Via sexual - Oral-genital - Genital-genital - Manual-genital - Transmissão vertical - Auto-contaminação • A infecção pelo HPV é considerada a IST de maior incidência no mundo; de 8 31 Isabela Miquilini • Estima-se que haja cerca de 600 milhões de pessoas infectadas pelo HPV no mundo; • 8 0 % d a p o p u l a ç ã o sexualmente ativa já entrou em contato com O HPV em algum momento da vida. • Não está comprovada a p o s s i b i l i d a d e d e contaminação por meio de objetos, toalhas, roupas íntimas, uso de vaso sanitário e piscina Variantes • Baixo r isco oncogênico (desenvolvimento de lesões benignas e exofíticas): 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 70, 72 e 81 • A l to r i s co oncogên i co (desenvolvimento de lesões malignas e endofíticas) 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 59, 68, 73 e 82 Relatos de múltiplas causas de doenças por HPV em homens e mulheres Lesões benignas em relação direta ao HPV • Papiloma escamoso = 6, 11 • Condiloma acuminado = 2, 6, 11, 53, 54 • Verruga vulgar = 2, 4, 6, 40 • Hiperplasia Epitelial Focal = 13, 32 Papiloma Escamoso (PE) • Faixa etária mais acometida: 30 - 50 anos • Homens = mulheres • Lábios, língua e palato mole • HPV - 6 e 11 • Nódulo com pro jeções digitiformes "couve-flor" • I m p l a nta ç ã o s é s s i l o u pediculada de 9 31 Homens Cancer de penis Cancer anal Cancer de cabeça e pescoço Condiloma acuminado Mulheres Cancer de vulva e vagina Cancer anal Cancer de cabeça e pescoço Cancer de colo uterino Condiloma acuminado H P V n ã o p o s s u i capacidade de gerar sozinho câncer de boca Isabela Miquilini • Cor branca ou semelhante à da mucosa (indica excesso de produção de queratina) • Tamanho < 0,5 cm Verruga Vulgar (VV) • Hiperplasia benigna focal do e p i t é l i o p a v i m e n t o s estratificado; • Sem predileção por sexo/ faixa etária; • Comum em pele (dorso das mãos e dedos) • Vermelhão do lábio, mucosa labial, língua; • HPV - 2, 4, 6 e 40; • Risco de contágio - Auto- inoculação; • Ausência de sintomatologia. Condiloma • Hiperplas ia benigna do e p i t é l i o p a v i m e n to s o estratificado; • Sem predileção por sexo; • IST > Lesões anais e Genitais; • Mucosa jugal, palato mole, freio lingual; • HPV - 2, 6, 11, 53, 54 • Ausência de sintomatologia; • Coloração normal • Lesões maiores que as de VV e PE • Nomenclatura acessória: Crista de galo Hiperplasia Epitelial Multifocal • Hiperplas ia benigna do e p i t é l i o p a v i m e n to s o estratificado; • Sem predileção por sexo, população jovem; • Mucosa labial, jugal e lingual; • HPV - 13 e 32, • Ausência de sintomatologia; • Pacientes na fase de AIDS; de 10 31 Isabela Miquilini Diagnóstico • União dos achados clínicos + b i ó p s i a e a n á l i s e anatomopatologia • Pode-se lançar mão de testes para identificar o tipo do vírus • Testes Não moleculares - Citopatologia - Histopatologia - Imuno-histoquímica • Testes Moleculares - Métodos Diretos Prevenção • A vacinação contra o HPV é uma prevenção do câncer do colo do útero. • A vacina não substitui a re a l i z a ç ã o d o e x a m e Papanicolau ou o uso de preservativos • Deve ser feita no início da adolescência, antes do início da vida sexual (se o individuo tiver tido contato com o vírus antes da vacina, ela não terá o efeito protetivo) • Bivalente = 16, 3 e 18 • Quadrivalente = 6, 11, 16 e 18 HIV/AIDS • Como o HIV causa a AIDS? Imunossupressão • AIDS = estágio da doença HIV • Destrói os mecanismos de defesa do corpo atingindo os linfócitos TCD4 permitindo q u e o u t ra s i n fe c ç õ e s oportunistas instalem-se Epidemiologia • 36,9 milhões de pessoas em todo o mundo viviam com HIV em 2017. • 1,8 milhão de novas infecções pelo HIV em 2017. • 9 4 0 . 0 0 0 d e p e s s o a s mor re ram por causas relacionadas à AIDS em 2017. • Ma io r p reva l ênc i a em homens Tipos de HIV Dois tipos: HIV-1 e HIV-2 • HIV-1: mais frequente • HIV-2 mais frequente na África (40% homologia com HIV-1) Transmissão • Fluidos que contém o HIV: - Sangue - Sêmen de 11 31 Isabela Miquilini - Fluido vaginal - Leite - Ou t ros f l ú i dos que contenham sangue • Transmissão ocupacional: Infrequente • O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue. • No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em até 30 minutos. • Nos casos em que o resultado do teste é positivo, deve-se fazer o exame de sangue convencional para confirmar a presença do HIV e a sua quantidade. • No centros de tratamento especializado, o tratamento é feito com o apoio de uma e q u i p e c o m p o s ta p o r m é d i c o , p s i c ó l o g o e assistente social. Janela imunológica • Intervalo de tempo entre a infecção pelo HIV e a produção de anticorpos anti- HIV no sangue. • Sorologia positiva, na maioria dos casos, é constatada de 30 a 60 d ias após a exposição ao HIV. • Se um teste de HIV é feito durante período da janela i m u n o l ó g i c a , h á a de 12 31 O sexo oral não é uma das formas de transmissão mais importantes por conta da capacidade protetora da s a l i v a q u e r e d u z a habilidade do HIV infectar os l i n fóc i tos , no entanto, ulcerações e patologias inflamatórias hemorrágicas (p.ex., gengivite, periodontite) p o d e m p re d i s p o r u m indivíduo e transmissão oral Isabela Miquilini possibilidade de apresentar um falso resultado negativo. • No per íodo de j ane la imunológica, a pessoa já poderá transmitir o HIV para outras pessoas, caso esteja realmente infectada. Características clínicas 1. Infecção aguda • 2 a 8 semanas após a exposição ao HIV; • Sintomas comparáveis a outros quadros virais: dor d e g a rg a nta , fe b re , cefaleia, mialgia, artralgia; • Alterações orais: Eritema da mucosa e ulcerações focais; • Essa fase desaparece d e n t r o d e p o u c a s semanas • ↑TCD8 e ↓TCD4 2. Infecção assintomática • Após o sexto mês de infecção e se estende até o indivíduo se tornar s i n t o m á t i c o o u imunodeficiente.• Pode levar meses ou anos • O que define o tempo n e c e s s á r i o a o aparecimento de sintomas da AIDS? - Cepa viral - U s o d e d r o g a s antitireovirais - F a t o r e s imunogenéticos - Idade - Novas exposições ao vírus - Hábitos e qualidade de vida 3. Infecção sintomática • Sistema imunológico já debilitado • Compl icações cl ín icas ge ra i s e /ou eventos oportunistas • Complexo relacionado a AIDS (CRA): período de febre crônica, perda de peso, diarreia, candidíase o ra l , h e r p e s zo s te r , leucoplasia pilosa oral Manifestações orais associadas ao HIV ✓Candidose: eritematosa, pseudomembranosa , queilite angular de 13 31 Isabela Miquilini ✓Leucoplasia pilosa ✓Sarcoma de Kaposi ✓Linfoma Não-Hodgkin ✓Doenças periodontais: eritema linear, PUN, GUN • Embora nenhuma das lesões encontradas nos pacientes com HIV seja exclusiva deles, e l a s p o d e m s e r m a i s prevalentes e mais severas • Cirurgião-dentista pode ser o pr imeiro prof iss ional a suspeitar que o paciente tem infeção pelo HIV • Lesões orais podem sinalizar a progressão da infecção e a necessidade de ajuste da terapia • L e s õ e s f o r t e m e n t e associadas ao HIV ✓Candidose: eritematosa, pseudomembranosa , queilite angular ✓Leucoplasia pilosa ✓Sarcoma de Kaposi (lesão maligna) ✓Linfoma Não-Hodgkin ✓Doenças periodontais: eritema linear, PUN, GUN • Lesões menos comumente associadas ao HIV ✓ Infecções bacterianas: Tuberculose ✓Hiperpigmentação ✓Estomatite ulcerativa necrosante ✓Doenças de glândulas salivares: xerostomia, aumentos de volume ✓Úlceras inespecíficas ✓ Infecções virais: herpes, Citomegalovírus (CMV), HPV, herpes-zoster • Lesões vistas na infecção pelo HIV ✓Distúrbios neurológicos: paralisia facial, neuralgia trigeminal ✓ I n f e c ç õ e s v i r a i s : c i t o m e g a l o v í r u s , molusco contagioso ✓ I n fe c ç õ e s f ú n g i c a s exc eto c a n d i d í a s e : Histoplasmose ✓R e a ç õ e s m e d i c a m e n t o s a s : ulcerações , reações l iquenóides , er itema multiforme ✓E s to m a t i te a f to s a recorrente de 14 31 Isabela Miquilini Candidose • Manifestação intraoral mais comum em indivíduos com HIV • Mais de 90% dos indivíduos com AIDS • Muitas vezes é o sinal que leva ao diagnóstico. • Geralmente há envolvimento multifocal. • Tratamento é mais é difícil em pacientes HIV positivos Leucoplasia pilosa oral (LPO) • Causada pelo Epstein-Barr. • Placa branca não removida à raspagem: - Estrias verticais - Aspecto espesso - Aspecto corrugado • Usualmente observada nas superfícies laterais da língua • Rara na mucosa jugal, palato e faringe. Sarcoma de Kaposi • Neoplasia maligna que se o r i g i n a n a s c é l u l a s endoteliais vasculares. • Mais comumente associado à imunodeficiência • Acredita-se que HHV-8 seja o agente etiológico • Le s õ e s m u c o c u t â n e a s normalmente multifocais • Após terapia anti-retroviral a incidência desta neoplasia caiu significativamente • Lesões iniciais - inicialmente m á c u l a s o u p l a c a s arroxeadas, seguida de aumento progressivo de volume nodular ou tumoral e então extensos focos de necrose tecidual de 15 31 Isabela Miquilini • Aproximadamente 70% dos ind i v íduos com SK/H IV possuem lesões orais • Palato duro, a gengiva e a língua são afetados mais frequentemente Doenças periodontais • Eritema Linear Gengival - Faixa linear de eritema que envolve gengiva marg ina l l i v re e se e s t e n d e 2 - 3 m m apicalmente - Parece ser um t ipo incomum de candidose • G e n g i v i t e u l c e r a t i v a necrosante (GUN) - Ulceração e necrose de uma ou mais papilas interdentais sem perda de inserção periodontal - Sangramento espontâneo, dor, ulceração, halitose intensa • Per iodont i te U lcerat i va Necrosante (PUN) - Ulceração e necrose de uma ou mais papilas interdentais com perda de inserção periodontal - Sangramento espontâneo, dor, ulceração, halitose Lesões induzidas pelo HPV simultaneamente de 16 31 Isabela Miquilini • Lesões múltiplas • Maior prevalência de lesões por HPV em indivíduos infectados pelo HIV Herpes •Padrão atípico •Lesões maiores, disseminadas •Maior duração de tempo • Não respondem de forma rápida aos tratamentos convencionais Histoplasmose • I n fe c ç ã o f ú n g i c a q u e costuma ser subclínica e assintomática em pacientes sadios, mas promove lesões em pacientes infectados pelo HIV • Infecção fúngica profunda mais comum relacionada à AIDS Molusco contagioso • Infecção cutânea causada por um poxvírus; • Pápulas cerosas em forma de cúpula (pele da face); Linfadenopatia generalizada persistente (LGP) • 3 meses • Envolve 2 ou + locais extrainguinais Linfoma não-Hodgkin • 2ª neoplasia mais comum, depois do sarcoma de kaposi • Agressivo, de alto grau de 17 31 Isabela Miquilini Carcinoma epidermoide • Neoplasia maligna mais comum na mucosa oral • 90% dos cânceres de boca são do tipo carcinoma epidermóide • HIV = Prejuízo da resposta imune = Desenvolvimento precoce de CEC Hiperpigmentação •Na pele, unhas, mucosas - > E fe i to d e medicamentos Tratamento Te r a p i a a n t i r r e t r v i r a l combinada (cART) Profilaxia pós-exposição • Prevenção da infecção pelo HIV usando os medicamentos que fazem parte do coquetel utilizado no tratamento da AIDS; • Exposição ocupacional ou exposição não ocupacional (sexual). • Tempo de tratamento: 28 dias - sem parar, para impedir a infecção pelo virus. • Te m p o p a ra i n í c i o d o tratamento: 2 a 72 horas após a provável exposição ao HIV. • A eficácia da PEP pode diminuir à medida que as horas passam. Bactérias Sífilis • Infecção com disseminação mundial • Causada pela bactér ia Treponema pallidum • Humanos são os únicos h o s p e d e i ro s n a t u ra i s comprovados para Sífilis Transmissão • S e x o s e m c a m i s i n h a , incluindo sexo oral • Gravidez - sífilis congenita • Sangue contaminado - risco d e t r a n s m i s s ã o p o r transfusão sanguínea de 18 31 Isabela Miquilini Aumento do número de casos • Queda do uso de métodos a n t i c o n c e p c i o n a i s d e barreira; • Elevado número de parceiros sexuais; • Promiscuidade sexual; • Falta de conhecimento relevante; • Respostas da saúde pública ao controle das infecções sexualmente transmissíveis (por exemplo, notificação mais rápida). Características clínicas 1. Primária - 3 a 90 dias após contágio - Latência 2. Secundária - 4 a 10 semanas após contágio - Latência 3. Terciária - 1 a 30 anos após contágio 4. Congenita **Primária e secundária = altamente infecciosas Sífilis primária • C a r a c t e r i z a d a p r i n c i p a l m e n t e p e l o desenvolvimento do cancro, que é uma lesão papular que desenvolve uma ulceração central de base c lara , tipicamente solitário e indolor • 85% ocorrem em área genital • A cavidade oral é o sitio extragenital mais comum • Se desenvolve na área de inoculação cl in icamente evidente 3 a 90 dias após a exposição inicial • Cicatrização espontânea em caso de não-diagnosticado/ tratado Sífilis Secundária • Inicia-se de 4 a 10 semanas após a infecção • As lesões podem surgir antes da resolução completa do cancro • S u r g i m e n t o d e manifestações sistêmicas: - Mal-estar - Febre - Cefaleia - Mialgia de 19 31 Isabela Miquilini - Linfadenopatia - Perda de peso • Sinal consistente: erupção cutânea maculopapular difusa e indolor, disseminada por todo o corpo, inclusive na boca • Na maioria dos pacientes, cicatriza sem deixar marcas • Em cavidade oral, pode ocorrer a formação de placas mucosas = zonas de m u c o s a s e n s í v e l e esbranquiçada decorrente d e á r e a s f o c a i s d e espondilose e exocitoseintensa na mucosa oral • Condi loma lata , ocorre tipicamente como múltiplas lesões papilares semelhantes a papilomas virais • Lues maligna disseminada Sífilis Terciária • Após a fase secundária, a latência pode durar de 1 a 30 anos • Complicações mais sérias da doença: - Sistema cardiovascular ‣ Aneurisma da aorta ‣ Insuficiência cardíaca congestiva - SNC ‣ Psicose ‣ Paralisia generalizada ‣ Demência ‣ Morte - Lesões oculares - Inflamação crônica granulomatosa difusa - Goma - perfuração do palato em direção à cavidade nasal de 20 31 Isabela Miquilini Sífilis congênita • Transmissão vertical da mãe para o feto durante a vida intrauterina • Há quanto mais tempo a mãe tenha tido a infecção, menor a chance de infecção fetal. • Q u a n d o a m u l h e r s e encontra na fase primária ou secundária da doença (as mais infectastes) maiores serão os riscos de aborto, da c r i a n ç a n a s c e r c o m malformações ou natimorta. • Manifestações precoces - 2 a 3 semanas após o nascimento - Febre - Icterícia - Anemia - Hepatoesplenomegalia - Retardo no crescimento - Rinite - Fissuras cutâneas radiais ao redor da boca - E rupções cu tâneas m a c u l o p a p u l a r e s descamativas, ulceravas ou vesículo-bolhosas Consequênc ias da s í f i l i s congênita • Tríade de Hutchinson - Sir Jonathan Hutchinson (1858) - definiu 3 achados d i a g n ó s t i c o s p a t o g n o m ô n i c o s , conhecidos como tríade de Hutchinson: • Dente de Huthchinson - Incisivos com formato de chave de fenda e molares com formato de amora •Ceratite ocular intersticial •Surdez Outras alterações identificadas nos pac i entes da s í f i l i s congênita • Bossa frontal • Maxila atrésica • Palato ogival • Nariz em sela • Sinal de Higoumenaki • Prognatismo mandibular relativo de 21 31 Isabela Miquilini • Rágades • Tíbia em sabre • Surdez do oitavo nervo craniano • Escápula escafoide • Articulação de Clutton Diagnóstico • Exame de campo escuro de um esfregaço do exsudato de uma lesão ativa para pesquisa de Treponema pallidum - Resultados falso-positivos (dev ido à semelhança morfológ ica de alguns microorg. habitantes da flora oral, tais como o Treponema m i c r o d e n t i u m , T . m a c r o d e n t i u m e T . mucosum). • Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) - Após as 3 semanas iniciais da infecção, os testes de triagem são fortemente positivos durante todo período das 2 primeiras fases. - Após o desenvolvimento da latência, a positividade em geral decresce com o tempo. Tratamento: • Penicilina: - Dose e o esquema de administração variam de acordo com a fase da doença, envolvimento neurológico e estado imunológico do paciente. • Sífilis primária, secundária ou latente recente = Penicilina G benzatina parenteral • Alérgicos à penicil ina = eritromicina e ceftriaxona Tuberculose C a u s a d a p e l a b a c té r i a Mycobacterium tuberculosis Fa tores re lac ionados ao ressurgimento da TB: • Epidemia do HIV; • Aumento de imigrantes provenientes de países onde a TB é endêmica; • Declínio na infraestrutura de cuidados com a saúde e prevalência aumentada de TB resistente a múltiplas drogas. • A Aids representa um dos fatores mais associados à progressão para doença Transmissão: Gotículas de saliva através de tosse ou espirro de uma pessoa infectada a outra que de 22 31 Isabela Miquilini n u n c a t e v e c o n t a t o anteriormente Tuberculose primária • Indivíduos não expostos previamente • Re s p o s ta i n f l a m a tó r i a inespecífica • Formação de um nódulo fibrocalcificado no sítio inicial do envolvimento • Microrgan ismos podem permanecer em latência até pela vida inteira • Febre • Efusão pulmonar (ocasional) Tuberculose secundária • 5% a 10% dos pacientes com TB progridem da infecção para doença ativa • Estado de imunossupressão c o e x i s t e n t e é frequentemente responsável • O bacilo prolifera e provoca a doença • Sinais e sintomas: - Tosse crônica - Tosse com sangue - Febre - Suor noturno - Cansaço - Falta de apetite - Perda de peso - Dor no peito Tuberculose miliar • Disseminação difusa através do sistema sanguíneo Pode acometer: - Cérebro - Pulmões - Cavidade oral (incomuns) - Fígado - Baço e Rins - Ossos - Supra-renais Sinais e sintomas em região de cabeça e pescoço • Linfonodo • Laringe • Ouvido médio • U l c e r a ç õ e s c rô n i c a s , principalmente língua de 23 31 Em pacientes com Aids, mais de 50% terão lesões extrapulmonares Isabela Miquilini • Aumentos de volume, com ou sem envolvimento ósseo Características histopatológicas • Caracterizada por uma reação inflamatória crônica • Reação granulomatosa • Coleções circunscritas de histiócitos epitelioide • Linfócitos • C é l u l a s g i g a n t e s multinucleadas Diagnóstico • Radiografia de tórax • Exame histopatológico em casos de lesões orais • Teste tuberculínico - Positividade em mais de 80% da população dos países em desenvolvimento. - Não diferencia infecção de doença ativa - Resultados falso-negativos. - D o e n ç a a t i v a é diagnosticada por cultura a partir do escarro, PCR por colorações especiais . Tratamento • Te ra p i a c o m a g e n te s múltiplos - Isoniazida, rimpaficina, p i r a z i n a m i d a ( 8 semanas) - Isoniazida, rifampicina (16 semanas) • Taxas de recidiva de cerca de 1,5% Prevenção Vacina Bacilo de Calmette- Guérin (BCG) Actinomicose • Bactérias anaeróbias gram- positivas, filamentosas e ramificadas; • Actinomicetos: componentes saprófitos normais da flora oral; • Locais de colonização em pacientes saudáveis de 24 31 Isabela Miquilini - Criptas amigdalianas, placa dental e cálculo, sulco gengival e bolsas periodontais Características clínicas • I n f e c ç ã o a g u d a - > progressão rapida • I n f e c ç ã o c r ô n i c a - > d i s s e m i n a ç ã o l e n t a associada à fibrose • Locais mais acometidos - 55% região cervico-facial - 25% região abdominal e pelvica - 15% sistema pulmonar - 5% infecções superficiais da pele ou infecções na região urogenital • Área endurecida de fibrose, com aspecto "lenhoso", que ao final forma uma área central mais macia de abscesso. • A infecção pode estender-se para a superfície, formando um trajeto fistuloso. S i t i o s m a i s c o m u n s d e envolvimento na região de cabeça • Tecidos moles da região s u b m a n d i b u l a r , submentoniana e geninana • A língua é o sitio mais m e n c i o n a d o , m a s a localização em qualquer área da mucosa é possível Fúngicas Paracoccidioidomicose • Características clínicas - Homens : mulheres (15:1) - efeito protetor do ß- estradiol - Meia-idade - Trabalhadores rurais - A infecção inicia pelo p u l m ã o , m a s p o d e espa lhar- se por v i a hematogênica ou linfática para linfonodos, pele e glândulas adrenais de 25 31 Isabela Miquilini • Manifestações orais - Ú l c e ra s m o r i fo r m e s (superfície bem irregular) - Mucosa alveolar, gengiva e palato - Mais de uma área na b o c a é a f e t a d a simultaneamente Diagnóstico Achados clínicos + achados patológicos Tratamento • Derivados das sulfonamidas • Anfotericina B intravenosa • Itraconazol • Cetoconazol Hanseníase • D o e n ç a c a u s a d a p e l o Mycobacter i um leprae ("bacilo de H a n s e n " ) , que se instala na pele e nervos. • Causa geralmente manchas o u á r e a s d e p e l e “dormentes". • Aproximadamente 80% de todos os casos relatados atualmente são observados em sete países: Brasil, Índia, Indonés ia , Madagáscar, Myanmar, Nepal e Nigéria. • Mycobacterium leprae é a p r i m e i r a b a c t é r i a relacionada a uma doença humana. Foi descoberta em 1874 pelo médico norueguês, b a c t e r i o l o g i s ta e dermatologista, Armauer Hansen • A hanseníase é uma doença que atinge a pele, em qualquer área do corpo, e os nervos, principalmente os da face, mãos e antebraços, pernas e pés. • O período de incubação é longo e dura em média em torno de 2 a 5 anos; de 26 31 Isabela Miquilini • Pode atingir homens e mulheres, de qualquer idade, mas é menos comum em crianças muito novas. Características Clínicas Forma Multibacilar •Infiltração difusa; •M ú l t i p l a s l e s õ e s , pequenas e brilhantes; •Distribuição simétrica; •M ú l t i p l o s n e r vo s comprometidos; •Baciloscopia positiva; • Reação de Mitsuda negativo Forma Paucibacilar •Un ica ou poucas lesões; •Tamanhos variáveis, seca e descamativa; •D i s t r i b u i ç ã o assimétrica; •P o u c o s n e r v o s comprometidos; • Baciloscopia negativa • Reação de Mitsuda: (+) T e BT, (+) ou (*) no I Fascies leprosa: atrofia da espinha nasal, atrofia do processo alveolar maxilar a n te r i o r e i n f l a m a ç ã o endonasal. • Nódulos espessos • Ausencia de pelos • Fáscies Leonina Tratamento Paucibacelar: Seis doses supervisionadas, em 6 meses , nos pac ientes regulares. Duas m e d i c a ç õ e s d i f e re n te s (rifampicina e dapsona). Multibacelar Doze doses supervisionadas, e m 1 2 m e s e s , n o s pacientesregulares. Três med icações ( r i fampic ina , clofazimina, dapsona). de 27 31 Isabela Miquilini Candidose • Infecção fúngica oral mais comum em humanos • Causada pelo fungo candida albicans Dimorfismo - Levedura (inócua) • 30% a 50% das pessoas apresenta esse fungo na • cavidade oral sem causar alteração Hifa (patogênica) • É c o n s i d e ra d a u m a doença oportunista em muitas situações • I nd i v í duos saudáve i s t a m b é m p o d e m desenvolver candidose Fatores gerais que podem determinar a evidencia clínica de infecção ✓ Cepa da candida ✓ Meio ambiente local ✓ Estado imune Formas clínicas Pseudomembranosa • Placas brancas (queijo, leite coalhado) - sapinho • Principais locais: mucosa jugal, palato, dorso de língua. • Placas: massa desordenada de hifas, leveduras, células epiteliais descamadas e f ragmentos de tec ido necrótico • Removidas à raspagem • Pode ser in ic iada pela exposição do paciente a ATB de amplo espectro - forma aguda • Diminuição da capacidade imune do paciente - forma crônica. • Crianças de até 2 anos de idade = s istema imune imaturo • Pacientes na fase de AIDS- = s i s t e m a i m u n e comprometido Candidose eritematosa • Candidíase atrófica aguda • Atrofia papilar central • Estomatite protética de 28 31 Isabela Miquilini • Candidíase multifocal crônica • Queilite angular • ↑ xerostomia • E f e i t o c o l a t e r a l medicamentoso • Pós-radioterapia Síndrome de Sjögren - Candidose atrófica aguda "boca ferida/dolorosa por antibióticos - Sensação de queimação - Perda difusa das papilas filiformes da superfície dorsal da língua Atrofia papilar central - Zona er i tematosa bem demarcada na linha média do dorso posterior da língua. - F r e q u e n t e m e n t e assintomática - Eritema decorrente das perdas das papilas filiformes - Ta m b é m c h a m a d a d e glossite romboidal mediana Candidose multifocal crônica - Sinais de infecção pela atrofia papilar central - C a n d i d a e m o u t r a s superfícies orais - Junção entre o palato duro e o p a l a to m o l e e n a s comissuras labiais Estomatite protética - Graus variados de eritema - F o c o s d e h e m o r r a g i a petequial - G e r a l m e n t e assintomático - Região de próteses totais ou PPR - Higienização deficiente Queilite angular - Lesão em comissura bucal de 29 31 Isabela Miquilini - Eritema, descamação e fissuras - Comum em idosos com perda da DVO - Saliva se acumula nas comissuras favorecendo a proliferação de fungos Leucoplasia por candida - Placa branca não removida à raspagem - Menos comum e mais controversa infecção por c a n d i d a e m u m a leucoplasia Candidose mucocutânea - Componente de um grupo de desordens imunológicas raras - A i n t e n s i d a d e e s t á relacionada à gravidade do defeito imunológico - Distúrbio imunológico torna- se evidente durante os primeiros anos de vida (candidíase oral, nas unhas, n a p e l e e e m o u t ra s superfícies mucosas) - Lesões orais: placas brancas espessas, não removíveis. - Podem ser controladas com o u s o c o n t í n u o d e antifúngicos sistêmicos Diagnóstico A c h a d o s c l í n i c o s + citopatológicos Tratamento: • Antifungicos 1. Daktarin- Miconazol (nitrato de miconazol) - Gel oral - Bisnaga com 40g - Aplicar com cotonete em toda a área afetada (4 vezes ao dia) por 1 semana. - O tratamento deve ser m a n t i d o a t é o desaparecimento das lesões. de 30 31 Isabela Miquilini 2. Micostatin - Nistatina - Nistatina suspensão oral - 2 frascos - Fazer bochechos com 5 a 10ml da solução por aprox imadamente 1 m i n u t o d u r a n t e 2 semanas. de 31 31