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Políticas Públicas em Educação

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Prévia do material em texto

1 
 
Disciplina: Políticas Públicas em Educação 
Autores: M.e Vaneli Rodrigues Chaves 
Revisão de Conteúdos: Esp. Larissa Carla Costa 
Revisão Ortográfica: Esp. Marlon Richard Alves Pillonetto 
Ano: 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas 
páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de 
Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em 
cobrança de direitos autorais. 
 
2 
 
Vaneli Rodrigues Chaves 
 
 
 
 
Políticas públicas e educação 
 1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2018 
Curitiba, PR 
Editora São Braz 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
CHAVES, Vaneli Rodrigues. 
Políticas Públicas em Educação / Vaneli Rodrigues Chaves – Curitiba, 
2018. 
36 p. 
Revisão de Conteúdos: Larissa Carla Costa. 
Revisão Ortográfica: Marlon Richard Alves Pillonetto. 
Material didático da disciplina de Políticas Públicas em Educação – 
Faculdade São Braz (FSB), 2018. 
ISBN: 978-85-5475-148-7 
 
4 
 
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! 
 
 Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, 
nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de 
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão 
Universitária. 
 A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e 
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do 
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas 
também brasileiros conscientes de sua cidadania. 
 Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar 
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as 
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão 
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e 
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e 
estudantes. 
 
 
 Bons estudos e conte sempre conosco! 
 Faculdade São Braz 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Apresentação da disciplina 
 
Esta disciplina objetiva ser base para o entendimento de alguns conceitos 
que precedem Educação e Sociedade. Será estudada a concepção de Estado, 
Educação e Políticas Públicas e quais suas interações na evolução da educação 
nacional, na escolarização e nos sistemas de ensino. 
Serão vistos ainda, alguns programas públicos para educação nacional, 
seus pontos fortes, suas deficiências e como as Políticas Públicas se tornam 
ações tomadas pelos administradores com anuência dos entes públicos e/ou 
privados, na tentativa de equalizar os deveres e direitos de todos os cidadãos 
que a elas estão submetidos 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Aula 1 – Políticas Públicas 
 
Apresentação da aula 1 
 
Para dar início ao estudo das Políticas Públicas para Educação, precisa-
se conceituar alguns termos, objetos de estudo e pensamentos a respeito do 
tema. Desse modo, serão estudados os conceitos de estado e educação e as 
relações entre estado, educação e sociedade. 
 
 1.1 Concepções de Estado e Educação, e as relações entre Educação, 
Estado e Sociedade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:https://br.freepik.com/vetores-gratis/conjunto-de-icones-de-
politica_1489172.htm#term=politica&page=1&position=40 
 
 
As Políticas Públicas são ações tomadas pelos administradores com 
anuência dos entes públicos e/ou privados na tentativa de equalizar os deveres 
e direitos de todos os cidadãos que a elas estão submetidos. 
 
São direitos sociais a educação, a alimentação, o trabalho, a moradia, 
o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma 
desta Constituição. (BRASIL, 1998, s/p) 
 
As Políticas Públicas, como o nome mesmo traduz, devem atender ao 
interesse público do povo, da maioria da população que por elas será atingida. 
 
7 
 
Podem ser encaradas em duas vertentes: Política de Estado ou Política 
de Governo. Ambas terão amplitude nas suas ações para o atendimento dos 
direitos constitucionalmente assegurados. 
A Política Pública de Estado independe da influência do governo vigente, 
do partido político ou do responsável pelo instrumento. Sua concepção e 
execução é mais ampla e tem caráter instrucional e normativo para a nação. 
Já a Política Pública de Governo pode ser influenciada e alternada 
conforme os governantes vigentes. 
 
Ví deo 
Assista ao vídeo elaborado e divulgado pelo canal da Escola 
Virtual da Cidadania da Câmara dos Deputados, que ilustra 
muito bem o que são as Políticas Públicas e como elas 
funcionam. Disponível em: 
https://youtu.be/406y7gDN-ZE 
 
1.1.1 Estado 
 
 A definição literal de Estado encontrada no Dicionário Aurélio é: 
 
Estado: [Lat.statu] sm. 1. Modo de ser ou estar. 2. Situação ou 
disposição em que acham as pessoas ou as coisas. 3. Situação social 
ou profissional, condição. 4. O conjunto das condições físicas e morais 
duma pessoa. 5. Luxo, pompa. 6. O conjunto dos poderes políticos 
duma nação; governo. 7. Divisão territorial de certos países. 8. Nação 
politicamente organizada. (FERREIRA, 2010, p. 316) 
 
 O termo Estado começou a ser definido a partir da obra O Príncipe, de 
Maquiavel, em 1513, em que o autor reflete a ação de um governo sobre seu 
povo através de fatos e verdades da ação política, onde a dicotomia das forças 
postas pelos poderosos sobre o povo determina a ação política. 
 A seguir serão transcritos alguns trechos da obra que ilustram bem o que 
pensava Nicolau Maquiavel, ou Niccolò di Bernardo dei Machiavelli: 
 
 
https://youtu.be/406y7gDN-ZE
 
8 
 
Todos os Estados, todos os governos que tiveram e têm autoridade 
sobre os homens, foram e são ou repúblicas ou principados. Os 
principados são: ou hereditários, quando seu sangue senhorial é nobre 
há longo tempo, ou novos. Estes domínios assim obtidos estão 
acostumados, ou a viver submetidos a um príncipe, ou a ser livres, 
sendo adquiridos com tropas de outrem ou com as próprias bem como 
pela fortuna ou virtudes [...] Os Estados que são governados por um 
príncipe e servos, têm aquele com maior autoridade, porque em toda a 
sua província não existe alguém reconhecido como chefe senão ele, e 
seus súditos obedecem a algum outro, fazem-no em razão de sua 
posição de ministro oficial, não lhe dedicando o menor amor. Quando 
aqueles Estados que se conquistam, como foi dito, estão habituados a 
viver com suas próprias leis e em liberdade, existem três modos de 
conservá-lo: o primeiro, arruiná-los; o outro, ir habitá-los pessoalmente; 
o terceiro, deixá-los viver com suas leis”. (MAQUIAVELLI, 2015, s/p) 
 
 O Estado é uma forma organizacional, com poder para governar um povo 
em determinado território. De cunho político, pode ser democrático ou 
autocrático. É considerado como um conjunto de instituições formado por um 
governo, forças armadas e funcionalismo público, que administram e controlam 
uma nação, tornando-a um país soberano, tendo estrutura própria e sendo 
politicamente organizado, numa área territorial perfeitamente delimitada. 
 Estado serve também para designar as divisões regionais definidas 
política e geograficamente e que fazem parte de uma república federativa, 
abarcando o controle das instituições de toda comunidade através da 
propagação de sua ideologia política. 
 Nenhum humano vive sem Estado, pois esse regula toda existência em 
sociedade. O Estado de direito é aquele que enfoca a sua organização na divisão 
de poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). 
 Várias correntes filosóficas opõem-se à existência do Estado. O 
anarquismo, como exemplo, prima pelo desaparecimento do Estado em função 
da formaçãode associações livres e organizações participativas. 
 O Estado como uma ferramenta de domínio utilizada pela classe 
dominante, é a consideração feita pelo Marxismo, opondo-se ao Socialismo e 
Comunismo, que objetivam a liberdade por meio da luta de classes, extinguindo-
se a força do Estado. 
 O Estado moderno, atualmente, está fundamentado no que propôs 
Montesquieu em sua obra O Espírito das Leis, nascendo assim os três poderes 
atuais, fundamentando o Estado Democrático. 
 
9 
 
 No Brasil, vivencia-se um Estado Democrático que tem como principal 
função a interação entre a comunidade, suas necessidades, anseios e seus 
governantes. Executa-se a gestão por meio de Programas Públicos em 
diferentes esferas governamentais, sendo a Educação uma delas, para garantir 
o que desde o princípio se almeja: os direitos constitucionais de uma nação. 
 
1.1.2 Educação 
 
 O conceito descrito no Dicionário Aurélio para iniciar o estudo a respeito 
de Educação, é: [Lat.educatione]. sf. 1. Ato ou efeito de educar (-se). 2. Processo 
de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano. 3. 
Civilidade, polidez. (FERREIRA, 2010, p. 271) 
 Pode-se descrever a Educação como um processo contínuo de formação 
do indivíduo. Desde seu nascimento até sua morte, o ser humano está em 
desenvolvimento, podendo assim considerar que está sempre em crescimento 
pessoal. 
 A Educação pode ser considerada desde os primórdios como a evolução 
do homem na busca de uma melhoria de seu convívio social, seja por evoluções 
físicas, morais ou intelectuais. 
 Os significados passados de geração em geração, crenças, hábitos e 
costumes, fazem parte da Educação de um povo, podendo dar-se por meio de 
instrução formal ou informal, como no caso dos valores familiares ou religiosos. 
 A Educação tem em sua raiz a função de instruir, levar, direcionar, 
preparar o indivíduo para ampliar suas ações em sociedade. A Educação, em 
sentido amplo, representa tudo aquilo que pode ser feito para desenvolver o ser 
humano e, no sentido estrito, representa a instrução e o desenvolvimento de 
competências e habilidades. (VIANNA, 2007, p. 130) 
 Segundo Sócrates (469-399 a.C.) a educação tem como função apenas 
tirar de dentro do indivíduo tudo aquilo que ele já tem conhecimento no seu 
estado puro de consciência, sendo um processo interno, em que o valor está no 
desejo de aprender, no desejo de evoluir e entender o que antes já era percebido 
de maneira nublada por valores, julgamentos e opiniões externas. 
 
10 
 
 Muito tempo depois, Mahatma Gandhi concordava com Sócrates ao dizer 
que a verdadeira educação consiste em pôr a descoberto ou atualizar o melhor 
de uma pessoa. 
 Aristóteles (384-322 a.C.) acreditava que a Educação era o meio para a 
transformação humana, para ascensão política e meio para excelência moral. 
Foi dos pensadores gregos que mais influenciou a história da educação. 
 No século XVIII pode-se conceituar educação por meio da obra Emílio ou 
Da Educação, de Rousseau, no qual grifa-se: 
 
Amanham-se as plantas pela cultura e os homens pela educação. Se 
o homem nascesse grande e forte, seu porte e sua força seriam inúteis 
até que ele tivesse aprendido a deles servir-se. Ser-lhes-iam 
prejudiciais, impedindo os outros de pensar em assisti-lo e, 
abandonado a si mesmo, ele morreria de miséria antes de ter 
conhecido suas necessidades. Deplora-se o estado da infância; não 
começasse sendo criança. [...] Nascemos fracos, precisamos de força; 
nascemos desprovidos de tudo, temos necessidade de assistência; 
nascemos estúpidos, precisamos de juízo. Tudo o que não temos ao 
nascer, e de que precisamos adultos, é nos dado pela educação. 
(ROUSSEAU, 1968, p. 10) 
 
 A Educação sempre foi base e pilar para formação integral do indivíduo e 
sua atuação em sociedade. Sua aplicação é fonte para base política e social na 
humanidade. 
 A Educação transcende os muros escolares, perpassa a ambientes de 
desenvolvimento integrais, absorvendo os indivíduos como seres complexos, 
buscando atender todas as perspectivas do desenvolvimento humano, com 
objetivo maior: a construção do conhecimento. 
 Inúmeros autores e pensadores inovaram o conceito de Educação nos 
séculos XIX e XX, criando escolas integralizadas à vivência dos alunos e 
valorizando as experiências pessoais, o desenvolvimento psicossocial e ainda 
respeitando os interesses dos educandos. A partir dessa época, a Educação 
passou a basear-se em pilares onde a individualidade e a liberdade eram mais 
importantes que o conteúdo trabalhado em si. 
 No Brasil, teve-se um precursor na Educação para uma sociedade livre e 
autônoma, que foi Paulo Freire. Freire (1968) pregava que a educação sozinha 
não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda. A partir de 
seus textos, foi possível discutir a função social da Educação ante sua função 
cognitiva e o empoderamento das classes dominantes sobre as classes 
 
11 
 
populares. O conhecimento totalmente autoritário seria desconstituído, havendo 
uma horizontalização do processo educacional, com intuito de criar uma 
consciência política e crítica nos indivíduos. 
 Para Paulo Freire a Educação é dialógica, baseada na identidade do 
aluno, sendo que o conteúdo deve respeitar a realidade do educando e objetivar 
a transformação do mundo pela qualidade na Educação. 
 Seguindo esses preceitos sobre a Educação e Políticas Públicas, foram 
elaboradas propostas em diversas esferas administrativas e governamentais. 
 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
 
Amplie seus estudos lendo a Coleção Educadores, que 
reúne 31 autores brasileiros e 30 pensadores estrangeiros 
que exercem influência sobre a educação nacional. A 
coleção inclui ainda o Manifesto dos Educadores e um 
índice. No total são 63 livros. Essa coleção foi disponibilizada 
pelo MEC em novembro de 2010. A coleção está disponível 
em: 
 
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ResultadoPesqu
isaObraForm.do 
 
1.2. Relações entre Educação, Estado e Sociedade 
A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para 
mudar o mundo. 
 Nelson Mandela (2003). 
 
 Com esse pensamento de Nelson Mandela, inicia-se a tratativa em 
relação ao Estado, Educação e Sociedade, pois nada mais importante para um 
povo do que a importância dada a esse tema pelos sistemas governamentais. 
 A sociedade é determinante, exigente e cobradora dos indivíduos que se 
adaptem e se desenvolvam para o bem comum. A Educação é o meio para a 
certeza de que os objetivos serão alcançados com eficiência, tornando o sujeito 
peça fundamental nessa engrenagem chamada Estado. 
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ResultadoPesquisaObraForm.do
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ResultadoPesquisaObraForm.do
 
12 
 
 Programas de Estado ou de Governo voltados à Educação são 
elaborados e divulgados desde sempre, mas o que os diferencia são os casos 
de sucesso para o desenvolvimento social que os mesmos propõem, os que 
buscam uma formação holística desta sociedade. 
 As pessoas são parte de um sistema integrado, dependente e 
forçosamente competitivo. Vive-se em sociedade, orientado por um Estado e 
tem-se a Educação como ferramenta transformadora. Saber fazer uso desta 
relação para o bom desenvolvimento humano é o grande desafio. 
 Nações desenvolvidas buscam cada vez mais diminuir a força entre esses 
poderes ou fatores. Mas o que vale ficar registrado é a necessidade de coesão 
para o desenvolvimento do ser humano. 
 Humanos são produtores e produtos dessa relação entre Estado e 
Sociedade. São resultado da construção de um sistema que precisa ser 
analisado, criticado e eternamente alimentado pela busca da excelência no 
desenvolvimento. 
 Jean Piaget (1978) propunha que a principal meta de educação é criar 
homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetiro 
que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, 
descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em 
condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe. 
 São esses homens que usarão esta poderosa arma de transformação 
para o bem ou para o mal, garantindo a perpetuação da humanidade e de 
socialização das ideias e avanços civilizatórios, garantindo a harmonia na 
sociedade facilitada pela existência de um Estado que realmente se 
responsabilize pelo planejamento, desenvolvimento e execução de instrumentos 
normativos e facilitadores do desenvolvimento social e humano. 
 
Resumo da aula 1 
 
 Nesta aula entendeu-se o funcionamento do Estado como forma 
organizacional, que tem na sua principal função a interação entre indivíduos, 
suas necessidades, seus anseios e seus governantes, por meio de Políticas 
Públicas que tomam a Educação como principal ferramenta transformadora para 
evolução de uma Sociedade. 
 
13 
 
 Concluiu-se que se busca um modelo perfeito, ou ao menos, um modelo 
ideal de Sociedade desde os primórdios da humanidade, em que grandes 
revoluções aconteceram para que essa evolução de fato aconteça. Mas nada 
em tempo algum suprimiu ou diminui a importância da Educação como mola 
propulsora de desenvolvimento humano. 
 
Atividade de Aprendizagem 
O que é Educação e como ela se dá? 
 
 
 
Aula 2 - Políticas Sociais e Políticas Educacionais 
 
Apresentação da aula 2 
 
 Nesta aula serão estudados os conceitos de Políticas Sociais e 
Educacionais, bem como suas implicações nos Programas para Educação 
Nacional. Será vista também, a evolução que a educação nacional almeja e 
quais os caminhos percorridos como trilhas para planejamento e execução de 
uma qualidade na educação e a garantia dos direitos dos cidadãos brasileiros. 
 
2.1 - Políticas Sociais e Educação 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:https://br.freepik.com/vetores-gratis/conjunto-de-icones-de-traducao-e-
dicionario_1530864.htm#term=logo educac%C3%A3o&page=1&position=7 
 
 
14 
 
 
 Políticas Sociais podem ser definidas como ações ou programas que 
partem do poder público para garantir o bem comum, os direitos iguais e acesso 
a todos os cidadãos à Cidadania: Educação, Saúde, Trabalho, Assistência 
Social, Previdência Social, Justiça, Agricultura, Saneamento, Habitação Popular 
e Meio Ambiente. 
 A Política Social deve ser estudada na dimensão política e histórica, 
voltadas à proteção social e a solução da desigualdade social. Vale ressaltar que 
o estudo histórico deve ser compreendido no tempo e espaço implicado pelos 
elementos econômicos, culturais, sociais e políticos, que geram demandas de 
responsabilidade estatal. 
 Quando valorizados os aspectos políticos e históricos de cada nação, 
compreende-se os motivos que nem sempre os mesmos programas sociais, 
quando aplicados em comunidades distintas, alcançam os mesmos resultados. 
 Segundo Faria (1998), o regime adotado em um país quanto à provisão 
de serviços e criação de políticas sociais, possui forte relação com os papéis 
atribuídos à tríade Estado, mercado e sociedade civil (nos textos denominado 
como família). As configurações das inter-relações entre essas três instituições, 
são capazes de promover diferentes arranjos de bem-estar social 
 A provisão das demandas por serviços sociais recai sobre os elementos 
da tríade. Assim, Estado, mercado e família formam pilares de sustentação para 
a garantia dos serviços sociais e do bem-estar dos indivíduos. Essas instituições, 
conforme se estruturam, impactam profundamente umas às outras e são 
mutuamente impactadas. 
 Conforme o papel de cada uma dessas instituições - Estado, mercado e 
famílias -, na provisão desses serviços denota-se uma configuração diferente 
das formas como os serviços sociais são alocados em determinada sociedade. 
No entanto, é importante que os arranjos institucionais formem um arcabouço 
suficiente para a garantia efetiva dos direitos sociais. 
 A intervenção estatal é dimensionada também, a partir do tamanho do 
papel do Estado como garantidor desses serviços. Porém, esses papéis são 
dinâmicos e se modificam com o tempo, modificando também o ônus da garantia 
de determinado serviço e fazendo surgir novas demandas sociais (FARIA, 1998). 
 
15 
 
 Em 1967, Marshall difundia a ideia de que a Educação é um direito civil, 
político e social, para garantir eliminação da pobreza, busca de equidade social 
e bem-estar em seu amplo conceito. 
 
Tabela 2.1: Direitos de Cidadania segundo Thomas Marshall. 
 
Fonte: Elaborada pela autora (2017). 
 
2.2 Políticas Educacionais 
 
 As Políticas Educacionais demandam atender as necessidades que vêm 
de longa data, como erradicação do analfabetismo por meio da alfabetização da 
idade certa, universalização do acesso à educação, diminuição da evasão 
escolar, construção de escolas adequadas à sua função, políticas orientadoras 
das ações educacionais e administrativas, entre outras necessidades que fazem 
do governo, um agente de programas voltados de forma direta para o meio 
social. 
 Inúmeros programas estudantis foram criados no Brasil desde a década 
de 30, no qual o modelo de trabalho agrário foi suprimido pelo modelo industrial. 
No comando de Getúlio Vargas, a Educação foi direcionada a Educação 
Profissional, voltada para as necessidades do mercado. 
 Desse modo, empresários e trabalhadores passam a ser atores políticos 
por meio do Estado. Conforme Cunha (2000): 
 
 
Direitos Civis Direitos Políticos Direitos Sociais 
Liberdade Individual (ir e 
vir, pensamento e fé) 
Exercício do Poder 
Político 
Bem-estar econômico 
e social 
Liberdade de Imprensa Poder eleitoral Serviços Sociais 
 
 Direito à Justiça 
 
Organismos Políticos Educação de 
Qualidade 
 
16 
 
O empresariado industrial, utilizou-se [não apenas] da via corporativa 
como um canal de instrumentalização de seus interesses, participando 
ativamente dos conselhos e comissões consultivas criados na década 
de 1930, contribuindo para a formação de uma coalizão favorável à 
implantação do capitalismo industrial. (CUNHA, 2000, p. 3) 
 
 Em 1932, um documento conhecido como Manifesto dos Pioneiros foi 
escrito por 26 educadores, entre eles Fernando de Azevedo e Anísio Teixeira, 
com o intuito de oferecer argumentos para diretrizes de uma política de educação 
nacional. O Manifesto trata da insatisfação dos educadores com o novo modelo 
profissional imposto igualmente à Educação. Sobre as mudanças e progressos 
da época, Magaldi e Gondra (2003) escreveram: 
 
É certo, porém, que com esse progresso mecânico e industrial que 
excedeu todas as fantasias poéticas e todas as previsões científicas, a 
sociedade passou a sofrer de um mal-estar singular e de uma 
inquietação dolorosa e angustiante. Não é preciso negar as conquistas 
morais da civilização atual, para reconhecer na indisciplina, sob todas 
as suas formas, moral, intelectual e social, a manifestação mais grave 
da crise tremenda que atravessa a civilização em movimento e em 
mudança. [...] O mundo das máquinas organizou-se, invadiu tudo. 
Pouco a pouco a existência foi dominada pelas exigências do monstro. 
Ele devia ajudar-nos a sujeitar a natureza; mas sujeitou a si, o homem, 
e não lhe deixa tempo para a vida puramente espiritual. (MAGALDI; 
GONDRA, 2003, p. 114) 
 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
 
Para saber mais sobre o Manifesto dos Pioneiros, sugere-se 
a leitura do texto Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, 
disponível em: 
 
http://www.educabrasil.com.br/manifesto-dos-pioneiros-da-
educacao-nova/ 
 
 O Manifesto busca a universalização da Educação com uma escola 
pública de qualidade, educação voltada a jovens e adultos e que fosse feita uma 
escola renovada. Encerra-se com esboço de um programa educacional onde um 
de seus itens é: 
 
 
17 
 
Reconstrução do sistema educacional em basesque possam contribuir 
para a interpenetração das classes sociais e a formação de uma 
sociedade humana mais justa e que tenha por objetivo a organização 
da escola unificada, desde o jardim da infância à universidade, “em da 
seleção dos melhores, e, portanto, o máximo desenvolvimento dos 
normais (escola comum), como o tratamento especial de anormais, 
subnormais e supernormais (classes diferenciais e escolas especiais). 
(AZEVEDO, s.d. p. 88 apud RIBEIRO, 1993, 108) 
 
 Vale ressaltar que na década da 90 houve o início da Globalização, com 
a competitividade internacional no mercado de trabalho e o Neoliberalismo 
imperando nos meios industriais. A educação não poderia ficar à margem, 
precisava acompanhar a modernização do trabalho. 
 Em março de 1990 acontece a Conferência Mundial sobre Educação para 
Todos, em Jomtien, Tailândia. Nessa conferência, o Brasil se mostra preocupado 
com seu processo educacional que ainda não estava adequado à modernização 
que imperava no mundo globalizado. 
 Como resultado, foi aprovada a Declaração Mundial sobre Educação para 
Todos, tendo o Brasil como um dos seus signatários, e enfoque principal: 
satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem e universalizar o acesso à 
educação com equidade entre outros fundamentos. 
 
Saiba Mais 
Saiba mais a respeito da Declaração Mundial sobre 
Educação para todos no site: 
https://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10230.htm 
 
 Em 1996 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional é normatizada 
pela Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, trazendo como principais 
avanços a criação do FUNDEB, política salarial aos professores, inclusão dos 
alunos com deficiências nas classes regulares, conteúdos sobre culturas afro-
brasileiras e indígenas e regulamentação do Sistema Educacional Brasileiro em 
todas suas esferas administrativas. 
 Em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais, PCNs, vieram com o 
objetivo de normatizar e nortear o trabalho curricular nacional. 
 
18 
 
 A partir de 2001 ocorreram inúmeros investimentos em Programas 
Educacionais. Todos com o enfoque principal a democratização e o acesso 
amplo e irrestrito a Educação. 
 Uma Escola do Tamanho do Brasil foi o programa do Governo Lula no 
ano de 2003, tendo como meta ampliar o atendimento ao maior número de 
alunos. 
A ampliação do tempo de duração da educação básica no Brasil é 
necessária e possível. Depende de vontade política e da ousadia em investir 
mais recursos, colocando-os sob controle público, promovendo, dessa forma, o 
acesso e a permanência de crianças, adolescentes, jovens e adultos nas 
escolas. Democratizar o acesso e a permanência na escola significa superar a 
dicotomia estabelecida entre qualidade e quantidade. Qualidade para poucos é 
privilégio, e educação é direito! Qualidade é fator fundamental para o resgate de 
uma dívida social histórica, que exige a inclusão, na escola, dos 60 milhões de 
brasileiros com 15 anos ou mais, que não tiveram possibilidade de concluir 
sequer a escolaridade fundamental. 
 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
 
O Programa Uma Escola do Tamanho do Brasil pode ser 
baixado na íntegra pelo site: 
 
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001806
.pdf 
 
 
 O Plano Nacional da Educação surgiu em 2001 com metas para dez anos, 
sendo a última atualização feita em 2014, válida até 2024. Essa meta trouxe 
como principal mudança a ampliação da duração do Ensino Fundamental para 
9 anos e a obrigatoriedade da matrícula na Educação Básica dos 4 aos 17 anos. 
 Ainda sobre essas metas, fala-se sobre um bloco de metas sobre a 
valorização dos profissionais da educação: 
 
 
19 
 
 
O Plano Nacional de Educação (PNE) determina diretrizes, metas e 
estratégias para a política educacional dos próximos dez anos. O 
primeiro grupo são metas estruturantes para a garantia do direito a 
educação básica com qualidade, e que assim promovam a garantia do 
acesso, à universalização do ensino obrigatório, e à ampliação das 
oportunidades educacionais. Um segundo grupo de metas diz respeito 
especificamente à redução das desigualdades e à valorização da 
diversidade, caminhos imprescindíveis para a equidade. O terceiro 
bloco de metas trata da valorização dos profissionais da educação, 
considerada estratégica para que as metas anteriores sejam atingidas, 
e o quarto grupo de metas refere-se ao ensino superior. (BRASIL, 
2014, s/p) 
 
Saiba Mais 
Saiba mais sobre o PNE no site do MEC: 
 
http://pne.mec.gov.br/ 
 
 
 
 O ano de 2007 foi o ano do Programa Todos pela Educação, que é um 
movimento da sociedade brasileira que tem como missão engajar o poder 
público e a sociedade brasileira no compromisso pela efetivação do direito das 
crianças e jovens a uma Educação Básica de qualidade. 
 Apartidário e plural, congrega representantes de diferentes setores da 
sociedade, como gestores públicos, educadores, pais, alunos, pesquisadores, 
profissionais de imprensa, empresários e as pessoas ou organizações sociais 
que são comprometidas com a garantia do direito a uma Educação de qualidade. 
 O objetivo do movimento é ajudar a propiciar as condições de acesso, de 
alfabetização e de sucesso escolar, a ampliação de recursos investidos na 
Educação Básica e a melhoria da gestão desses recursos. Esse objetivo foi 
traduzido em 5 metas a serem alcançadas até 2022, ano do bicentenário da 
Independência do Brasil. 
 Em 2017, a Base Nacional Comum Curricular surge como um documento 
de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de 
aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das 
etapas e modalidades da Educação Básica. 
 
20 
 
Ví deo 
Para ampliar seus conhecimentos, assista ao vídeo Base 
Nacional Comum Curricular, disponível no site: 
 
https://youtu.be/g2_9XIE18NA 
 
 
Resumo da aula 2 
 
 Nesta aula estudou-se que o desenvolvimento de Políticas Sociais e 
Educacionais no Brasil, como fonte para o desenvolvimento do cidadão na sua 
integralidade e na manutenção de seus direitos constitucionalmente adquiridos, 
são objetos de esforços desde a década de 30, quando diversos programas 
foram executados pelo Governo Federal, mas a meta de escolarização para 
todos, erradicação do analfabetismo e melhoria na qualidade da educação ainda 
está por ser atingida. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Em 1932, um documento conhecido como Manifesto dos 
Pioneiros foi escrito por 26 educadores, entre eles Fernando 
de Azevedo e Anísio Teixeira. Qual era o intuito desse 
documento? 
 
 
 
Aula 3 - Organização da Educação Brasileira e a Educação na Constituição 
Federal 
 
Apresentação da aula 3 
 
 A organização da Educação Brasileira é correlata diretamente a História 
do Brasil e suas vertentes políticas, sociais e econômicas e nesta aula será feito 
um parâmetro no desenvolvimento da Educação Brasileira por meio de uma linha 
 
21 
 
do tempo que apresentará alguns aspectos políticos, sociais e econômicos que 
foram destaque na época. 
 
3.1. Estudo da organização da educação brasileira: contextos históricos, 
políticos, econômicos, sociais e educacionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/o-antigo-livro-aberto-e-christian-
psalter_1187098.htm#term=historia da educac%C3%A3o&page=5&position=35 
 
 Para dar início a este estudo, sugere-se antes, assistir ao vídeo que traz 
um breve histórico da Educação Brasileira. 
 
Ví deo 
Linha do tempo da História da Educação no Brasil, disponível 
em: 
 
https://www.youtube.com/watch?v=VoTX8_pPrQE&feature=
youtu.be 
 
 Uma das formas de estudar a Educação Brasileira é conhecer a Políticas 
Sociais e Educacionais que aconteceram. Por tratar-se de fatos históricos, será 
utilizada uma linha do tempo com divisão por períodos para facilitar a 
visualização, iniciando pelo período que contém as primeiras reformas 
educacionais até os dias de hoje.22 
 
Tabela 3.1 – Linha do tempo de fatos histórico-políticos. 
1889 
Proclamação da 
República 
Reforma 
Benjamin 
Constant 
Regulamenta Ensino 
Primário e Secundário 
1889 a 
1894 
Militares 
assumem o país 
Analfabetismo 
beira 85% da 
população 
Separação entre Igreja e 
Estado 
1891 
Promulgação da 
Constituição 
Expansão dos 
colégios 
privados 
Educação 
Norte-
Americana 
influencia o 
Brasil 
Reforma 
Benjamin 
Constant 
1901 
Predomínio dos 
Estados SP, MG 
e RJ 
Desoficialização 
do Ensino 
Reforma Epitácio Pessoa 
1910 
Programas para 
melhoria da 
Educação 
Básica 
Escolas 
Moderna ou 
Racionalistas 
Reforma Rivadávia Corrêa 
1914 a 
1918 
Primeira Guerra 
Mundial – 
desenvolvimento 
industrial 
Criação do 
vestibular 
Reforma Carlos Nascimento 
1917 
Revolução 
Socialista 
Expansão dos 
colégios 
privados 
Educação Norte-Americana 
influencia o Brasil 
1920 
EUA é a maior 
potência 
econômica do 
mundo 
Escola Nova Aprendizado voltado à 
leitura, escrita e cálculo 
1922 
Criação do 
Partido 
Comunista 
Estudantes protestam contra Reforma Rocha 
Vaz 
1925 
Promulgação da 
Constituição 
Reforma João 
Luiz Alves 
Vestibular é definido como 
único acesso à universidade 
1929 
Eleição de 
Getúlio Vargas 
Quebra da 
bolsa de NY 
derrubando 
preço do café 
brasileiro 
Educação profissional - 
mercado industrial 
1930 
Revolução de 30 
liderada pelos 
estados de MG, 
PA e RS 
Realização da 
eleição para 
Presidente 
Golpe de 
Estado - 
Getúlio 
Vargas 
assume o 
Governo 
Provisório 
Educação 
Profissional 
 
23 
 
1932 
Primeiro Código 
Eleitoral – 
aprovação do 
Voto Feminino 
Instituição da 
carteira de 
trabalho 
Manifesto dos 
Pioneiros 
Escola 
pública de 
qualidade 
para todos 
1990 
Collor toma 
posse como o 
presidente mais 
novo que o 
Brasil já teve 
Criação do 
Código de 
Defesa do 
Consumidor 
Conferência 
Mundial de 
Jomtien, 
Tailândia 
Declaração 
Mundial 
sobre a 
Educação 
para Todos 
1996 
Criado o 
COPOM - 
Comitê de 
Política 
Monetária 
LDB - Lei de 
Diretrizes e 
Bases da 
Educação 
Nacional 
Criação do 
FUNDEB 
Comissão 
Internacional 
sobre 
Educação - 
Jaques 
Delors 
1997 
Aprovada a 
reeleição no 
Brasil 
Aparição da 
ovelha Dolly - 
primeiro 
mamífero 
clonado no 
mundo 
Morre Paulo 
Freire e 
Madre Teresa 
de Calcutá 
Criação dos 
PCNs 
2001 
Vaca Louca, 
racionamento e 
apagão 
nacional, 
violação do 
painel eletrônico 
no Senado 
11 de setembro 
- Ataque 
terrorista aos 
EUA 
Plano Nacional da Educação 
- PNE - Metas para cada 10 
anos 
2003 
Lula assume 
presidência do 
Brasil 
Código Civil 
Brasileiro 
Projeto uma Escola do 
Tamanho do Brasil 
2007 
Parlamento do 
Mercosul 
(Parlasul) 
Jogos Pan-
Americanos no 
Rio 
Programa Todos pela 
Educação 
2008 
Obama eleito o 
1º presidente 
negro dos EUA 
Crise 
econômica 
mundial 
Convenção sobre os Direitos 
das Pessoas com Deficiência 
2009 
Pandemia de 
Gripe A - H1N1 
Diretrizes 
Operacionais 
para o 
Atendimento 
Educacional 
Especializado 
na Educação 
Básica 
Novo Acordo Ortográfico da 
Língua Portuguesa 
2010 
Dilma Rousseff 
é eleita a 1ª 
presidente 
mulher do Brasil 
Conferência Nacional de Educação, CONAE 
 
24 
 
2011 
Ápice da crise 
financeira na 
Europa 
Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com 
Deficiência – Viver sem Limite 
2012 
Ficha Limpa 
virou Lei 
Programa Um 
Computador por 
Aluno – 
PROUCA 
Programa de COTAS nas 
Universidades 
2014 
Copa do Mundo 
no Brasil 
Comissão 
Nacional da 
Verdade 
Plano Nacional de Educação 
2015 
Fracasso 
político e 
econômico no 
Brasil 
Estados Unidos 
e Cuba fazem 
as pazes 
Lei Brasileira de Inclusão da 
Pessoa com Deficiência 
2016 
Impeachment da 
Presidente 
Dilma 
Operação Lava 
Jato prende 
grandes 
empresários e 
políticos 
Cota nas Universidades para 
Pessoas com Deficiência 
2017 
Michel Temer é 
presidente do 
Brasil após 
Impeachment da 
Presidente 
Dilma 
Milhares de 
desempregados 
e crise política e 
econômica 
agravada 
Base Nacional Comum 
Curricular 
Fonte: Elaborada pela autora e adaptada pelo DI (2018). 
 
3.2 A Educação na Constituição Federal de 1988 
 
 Ao iniciar o estudo sobre a Constituição Federal de 1988, grifa-se o que 
está escrito no Art. 6º do Capítulo II, que trata dos Direitos Sociais que estão 
garantidos na Constituição Federal de 1988: 
 
São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a 
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a 
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, 
na forma desta Constituição. [Grifo do autor] (BRASIL, 1988, s/p) 
 
 O maior valor da Constituição Federal é garantir os direitos de deveres de 
qualquer cidadão brasileiro, entre eles o da Educação. 
 Durante o texto, observa-se as obrigações que são limitadas a União, aos 
Estados e aos Municípios. Cabendo a União o dever de proporcionar meios para 
 
25 
 
o amplo acesso à educação, tecnologia, pesquisa e inovação favorecendo o 
avanço da educação nacional. 
 Também caberá a União a cooperação técnica e financeira com os 
Estados e Municípios para manutenção dos Programas Educacionais para 
educação básica, envolvendo os alunos desde a Educação Infantil ao Ensino 
Médio. 
 Este capítulo sobre a Educação já sofreu alterações desde 1988 por meio 
de Emendas que foram atualizando os objetivos conforme o desenvolvimento 
dos alunos e as suas necessidades. 
 A Constituição trata dos direitos e deveres dos profissionais da educação, 
seus planos de cargo e carreira de acordo com a esfera administrativa que se 
encontra. 
O Ensino Superior é tratado no Art. 207, onde dispõe: 
 
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL. Art. 207 
Título VIII 
Da Ordem Social 
Capítulo III 
Da Educação, da Cultura e do Desporto 
Seção I 
Da Educação 
Art. 207. As universidades gozam, na forma da lei, de autonomia didático-científica, 
administrativa e de gestão financeira e patrimonial e obedecerão ao princípio da 
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. 
Parágrafo único. A lei poderá estender às demais instituições de ensino superior e aos 
institutos de pesquisa diferentes graus de autonomia. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Pec/msg1078-951015.htm 
 
O dever do Estado está garantido conforme o Art. 208: 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL. Art. 208 
 
Título VIII 
Da Ordem Social 
Capítulo III 
Da Educação, da Cultura e do Desporto 
Seção I 
Da Educação 
 Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: 
 I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de 
idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na 
idade própria; 
 II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; 
 III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino; 
 IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; 
 V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, 
segundo a capacidade de cada um; 
 VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; 
 VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de 
programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência 
à saúde. 
 § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. 
 § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público, ou sua oferta irregular, 
importa responsabilidade da autoridade competente. 
 § 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes 
a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequênciaà escola. 
 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Pec/msg1078-951015.htm 
 
 A Constituição Federal traz a garantia dos direitos constituídos aos 
cidadãos e os deveres distribuídos para os entes públicos e privados. Cabendo 
ao Ensino Privado o cumprimento das normas gerais da educação nacional e 
autorização e avaliação de qualidade pelo poder público. 
 Os artigos que tratam do cunho pedagógico estão diretamente 
relacionados ao cumprimento dos programas já elencados anteriormente, são 
retratos fiéis do que e como deverão ser tratados os sistemas de ensino. 
 As divisões das obrigações entre as esferas administrativas ficam da 
seguinte forma: 
 
 
27 
 
➢ MUNICÍPIOS: cuidam da Educação Infantil ao término do Ensino 
Fundamental, deverão aplicar no mínimo 25% (vinte e cinco por 
cento) do que arrecadam em impostos na Educação. 
 
➢ ESTADOS E DISTRITO FEDERAL: tem como prioridade a 
segunda fase do Ensino Fundamental e o Ensino Médio, 
igualmente aos Municípios também devem aplicar no mínimo 25% 
(vinte e cinco por cento) do que arrecadam em impostos na 
Educação. 
 
➢ UNIÃO: deverá organizar os sistemas de ensino em todo território 
nacional, financiar as instituições de ensino público, dar equidade 
nas oportunidades e acesso as instituições escolares e manter um 
padrão mínimo de qualidade na educação por meio de avaliações 
nacionais. Também deverá aplicar no mínimo 18% (dezoito por 
cento) da arrecadação, e responsabilizar-se por calcular e distribuir 
entre Estados e Municípios o valor do Salário Educação. 
 
 Por fim, o capítulo destinado a Educação garante a execução do Plano 
Nacional da Educação com duração decenal, com o seguinte objetivo: 
 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL. Art. 227 
 
Título VIII 
Da Ordem Social 
Capítulo VII 
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso 
 
Art. 227 É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e 
ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao 
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência 
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão. 
 § 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do 
adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante 
políticas específicas e obedecendo aos seguintes preceitos: 
 
28 
 
 I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência 
materno-infantil; 
 II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas 
portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do 
adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a 
convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de 
obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de discriminação. 
 § 2º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso 
público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado 
às pessoas portadoras de deficiência. 
 § 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos: 
 I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no 
art. 7º, XXXIII; 
 II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; 
 III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola; 
 IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade 
na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a 
legislação tutelar específica; 
 V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição 
peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa 
da liberdade; 
 VI - estímulo do poder público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e 
subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou 
adolescente órfão ou abandonado; 
 VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e 
ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins. 
 
 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Pec/msg1078-951015.htm 
 
 Conclui-se então, que a Educação está diretamente ligada ao 
desenvolvimento social, político e financeiro das nações que está inserida. Que 
os Programas Públicos Educacionais têm como objetivo sanar as deficiências do 
sistema, garantir que os direitos e os deveres dos cidadãos sejam mantidos até 
por força legislativas como a Constituição Federal. 
 
Resumo da aula 3 
 
 Nesta aula fez-se um paralelo dos grandes acontecimentos brasileiros ou 
mundiais em relação aos Programas Educacionais e os seus avanços para 
busca da qualidade na Educação, ampliação da equidade e do acesso dos 
educandos a Escola e também para melhor organização das esferas 
administrativas sobre todo processo educacional nacional. 
 
29 
 
 
Atividade de Aprendizagem 
Discorra sobre as divisões das obrigações entre as esferas 
administrativas. 
 
 
 
 
Aula 4 - A Escolarização e a evolução dos sistemas de ensino no Brasil 
 
Apresentação da aula 4 
 
 Nesta aula será estudado a respeito da Escolarização. Escolarizar é 
submeter se ao ensino escolar. Cabe ao ambiente escolar cuidar da educação 
acadêmica e cognitiva dos alunos. Assim, será estudada a utilização dos 
Sistemas de Ensino como meio ferramental para atingir a qualidade na formação 
integral do indivíduo. 
 
4.1. Escolarização no Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:https://br.freepik.com/vetores-gratis/conceito-de-educacao-
online_1536677.htm#term=escola&page=2&position=9 
 
 
https://br.freepik.com/vetores-gratis/conceito-de-educacao-online_1536677.htm#term=escola&page=2&position=9
https://br.freepik.com/vetores-gratis/conceito-de-educacao-online_1536677.htm#term=escola&page=2&position=9
 
30 
 
 Por muito tempo, os termos Educação e Escolarização foram confundidos 
como o mesmo significado. 
 
Vocabula rio 
Escolarização: ação de escolarizar, de frequentar o ensino 
escolar, de ser alvo de algum tipo de aprendizagem: crianças 
em fase de escolarização. Ação de agir ativamente no 
processo escolar de outra pessoa, ensinando formalmente 
conteúdos escolares: o Estado providenciará escolarização 
aos que não conseguiram vagas. Reunião dos saberes e 
conhecimentos ensinados na escola: minha carreira é fruto 
de uma boa escolarização. 
 
Fonte: https://www.dicio.com.br/escolarizacao/ 
 
 A Escolarização oportuniza o desenvolvimento integral do indivíduo, 
aprendizagem de conceitos formais, experiências científicas que geram a 
desenvolvimento cognitivo e social do aluno. 
 Segundo Vygotsky (2009), o período de escolarização de um aluno auxilia 
a aprendizagem e sistematização dos conceitos científicos, pois, propicia um 
ambiente que “leva invariavelmente ao aumento dos tipos de pensamento 
científico”. 
 A partir do século XX, o espaço de aprendizagem extrapola o ambiente 
escolar, ficando a educação a cargo de diversos ambientes, onde todos, sem 
exceção, objetivam o aprendizado e o desenvolvimento humano. Sobre isso, 
Nóvoa (2002) explicita que: 
 
A escola não é o princípio da transformação das coisas. Ela faz parte de 
uma rede complexa de instituições e de práticas culturais. Não vale mais 
nem menos, do que a sociedade em que está inserida. A condição de 
sua mudança não reside num apelo à grandiosidade da sua missão, mas 
antes da criação de condições que permitam um trabalho diário, 
profissionalmente qualificado e apoiado do ponto de vista social. A 
metáfora do continente (os grandes sistemasde ensino) não convém à 
escola do século XXI. É na imagem do arquipélago (a ligação entre 
pequenas ilhas) que melhor identificamos o esforço que importa realizar. 
(NÓVOA, 2002, p. 06) 
 
 
31 
 
 Na sequência dessa aula, será feito um estudo sobre os Sistemas de 
Ensino como uma das ferramentas para organizar a Escolarização. 
 
4.2. Evolução dos Sistemas de Ensino 
 
 Os Sistemas de Ensino surgiram na intenção de auxiliar as instituições 
escolares a gerirem com maior controle e padronização, a qualidade ofertada 
aos seus alunos. 
 Entre inúmeras descrições, vale dizer que sistema é um conjunto de 
elementos que se relacionam entre si apesar de serem únicos e independentes. 
 Sistemas de Ensino: podemos dizer que é um conjunto de conceitos, 
conteúdos, metodologias e ferramentas que se relacionam para aumentar as 
condições de ensino e aprendizagem. 
 As relações entre os Sistemas de Ensino podem articular-se entre si, 
correlacionar para chegar a um denominador comum, independentemente de 
quem venha exercer o maior controle. 
 Os sistemas podem ser organizados em duas formas: funcionalista ou 
dialética. 
 
➢ Funcionalista tem como intenção a diminuição de conflitos, de 
divergências ou de sobreposições de ideias; 
➢ Dialética já aceita a divergência de ideias contanto que haja 
sempre um esforço para congruência do trabalho coletivamente. 
 
 Muitos autores negam a existência de um Sistema de Ensino Nacional, 
pois não se tem no Brasil, uma articulação entre os sistemas administrativos e 
acadêmicos, embora as leis que regem o país façam referência a esse termo. 
 Ainda no Brasil, os sistemas trabalham de forma competitiva, restritiva, 
dividida em classe, o que impede uma unificação do Sistema de Ensino, 
dificultado pela falta de uma cultura nacional para educação, sendo muitas vezes 
importadas as experiências internacionais sem passarem pelo crivo de 
adaptações nacionais para seu êxito. 
 Existe ainda a carência de autores que venham desenvolver sistemas 
essencialmente nacionais, que pelos estudos anteriores, possam chegar a um 
 
32 
 
sistema atualizado e que alcance a autonomia, a permanência, a longevidade, e 
a participação democrática e colaborativa das estâncias envolvidas, sejam elas, 
alunos, professores, gestores administrativos, gestores acadêmicos, pais e 
responsáveis e sociedade em geral. Para que uma Política Pública tenha 
longevidade, ela deverá ser instituída por Governo Federal. 
 Pode-se citar Saviani, no livro Educação brasileira: estrutura e sistema, 
que trata do sistema educacional como resultado da sistematização do processo 
educacional: 
 
Assim como o sistema é um produto da atividade sistematizadora, o sistema 
educacional é resultado da educação sistematizada. Isso implica, então, que não 
pode haver sistema educacional sem educação sistematizada, embora seja 
possível este sem aquele. Sócrates, por exemplo, exerceu atividade educacional 
sistematizada; todos os requisitos apontados acima foram preenchidos pela sua 
ação educativa. Não se pode afirmar, entretanto, que Sócrates tenha construído 
um sistema educacional. Isto pode ocorrer porque a atividade sistematizadora 
pode ser reduzida a uma tarefa individual. O sistema, porém, ultrapassa o 
indivíduo. Com efeito, os indivíduos podem agir de modo intencional visando, 
contudo, objetivos diferentes e até opostos. Estas ações diferentes ou 
divergentes levarão, é verdade, a um resultado comum; este não terá contudo, 
um caráter de sistema, mas de estrutura. Isto não quer dizer que se trata de um 
resultado irracional, incompreensível, sem sentido. Basta empreender a análise 
da estrutura passando do produto ao modo como foi produzido e o processo se 
tornará compreensível, sua racionalidade será posta em evidência. Embora 
racional e compreensível é, no entanto, um resultado não intencional. Coincide 
com aquilo que Vázques denominou “produtos inintencionais de uma práxis 
intencional. (SAVIANI, 1987, p. 85) 
 
 Saviani orienta as pessoas de que precisa-se atender a três requisitos se 
desejar um sistema educacional eficiente. Precisa-se conhecer os problemas 
que deseja-se resolver e quais as situações adversas que precisam ser 
resolvidas. Conhecer a estrutura em que se dará esse processo de ensino 
também é necessário para que não haja uma distância entre o possível e o ideal, 
para execução do planejado. E o terceiro requisito e não menos importante, é 
necessário formular o que Saviani chamou de pedagogia, uma estrutura 
consonante das práticas cotidianas, as experiências individuais e coletivas, o 
caminho e o destino que se almeja. 
 Os Sistemas de Ensino no Brasil, por muitas oportunidades, se 
confundem com os Sistemas ofertados por grandes grupos educacionais, 
nacionais e internacionais que oferecem trilhas, soluções, bases administrativas, 
curriculares, metodológicas e até direcionais com promessas de grandes 
resultados pedagógicos. Isso se faz, pois, essa lacuna existe de fato dentro das 
 
33 
 
esferas públicas e governamentais que não conseguiram ainda estruturar de 
maneira correta e eficiente o sistema educacional brasileiro. 
 
Resumo da aula 4 
 
 Nesta aula revisou-se alguns conceitos já dominados em aulas anteriores, 
estudando que descrição de Escolarização vem sendo confundida com 
Educação, mas tem em seu cerne o mais profundo desejo de educar o aluno 
como um cidadão crítico do seu próprio ambiente acadêmico, como fonte de 
recursos para que se beba conhecimento. Ademais, viu-se que os Sistemas de 
Ensino vêm com a mesma sede de organizar, mediar e normatizar o processo 
de ensino-aprendizagem, ainda incipiente no Brasil. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Defina escolarização e o que ela oportuniza. 
 
 
 
 
 
 
34 
 
Resumo da Disciplina 
 
 Esta disciplina teve como foco discutir a Educação e suas relações com o 
Estado e a Sociedade, para tanto, os conceitos estudados durante as últimas 
quatro aulas vieram a elucidar o desenvolvimento humano integral, em que 
direitos e deveres foram ao longo do tempo sendo estabelecidos por Políticas e 
Programas Públicos Sociais e Educacionais. 
 Viu-se alguns Programas Sociais imbricados à Educação como fonte e 
garantia dos direitos dos brasileiros ao acesso a formação política, social e 
cultural, e também uma linha do tempo para demonstrar o avanço que o Brasil 
teve na resolução de seus problemas sociais e na busca pela qualidade da 
educação, meta ainda não atingida, mas forçosamente integrante de todos os 
governos e administrações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
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