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Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 1 1. Descreva sucintamente a vascularização do membro superior 2. Descreva sucintamente a vascularização do membro inferior Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 2 3. Descreva a estrutura óssea das cinturas escapular e pélvica A cintura escapular é formada por 7 peças ósseas (as clavículas, as escápulas, os úmeros e o manúbrio) e possui 5 articulações ❖ Glenoumeral → É a articulação com maior mobilidade do corpo humano. Permite séries extensas de movimentos do membro superior, com a contribuição dos tendões dos músculos subescapular, supraespinhal, infraespinhal e redondo menor para a sua fixação ❖ Esterno clavicular → Localiza-se entre o manúbrio e a clavícula, de formato esferoide. Permite movimentos amplos nos planos frontal e transversal e alguma rotação antero- posterior no plano sagital. Sua função é absorção de impactos e consequentemente, a proteção de estruturas articulares, da caixa torácica e de órgãos vitais ❖ Acrômio clavicular → Sua movimentação é limitada nos três planos. É comum apresentar variações anatômicas entre um indivíduo e outro (faceta córaco clavicular extra) ❖ Córaco clavicular → Articulação que permite pouco movimento, responsável por unir o processo coracóide da escápula e a porção inferior da clavícula ❖ Escápula torácica → Questionada por alguns autores por não unir ossos, portanto a rigor, não é uma articulação, porém para outros é identificada como uma articulação funcional, pois os músculos que se inserem na escápula agem na estabilidade do ombro e no posicionamento adequado da articulação glenoumeral. A pelve é formada por quatro ossos, que incluem um par de quadris conhecidos como ossos inominados, o sacro, que vem com os cinco ossos sacrais inferiores, que é fundido ao cóccix, que possui quatro vértebras fundidas e uma individual terminal única. A cintura pélvica consiste dos ossos do quadril e do sacro, e sua função é a de transmitir o peso da parte superior do corpo para os membros inferiores, enquanto permite que o corpo se mantenha balanceado. Enquanto isso o ílio, o ísquio e o púbis se fundem na puberdade para formar os ossos inominados, se unindo ainda à cartilagem encontrada no acetábulo. 4. Descreva a estrutura óssea dos membros superior e inferior Principais regiões do membro superior, que incluem ❖ Ombro ❖ Braço ❖ Cotovelo ❖ Antebraço ❖ Mão Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 3 A extremidade inferior pode ser dividida em várias partes ou regiões, conforme listado em baixo ❖ Quadril ❖ Coxa ❖ Joelho ❖ Perna ❖ Tornozelo ❖ Pé Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 4 5. Descreva os compartimentos musculares do membro inferior Quadril e pelve → A estrutura de sustentação da região do quadril é a pelve, que é constituída da cintura pélvica e do cóccix. Por sua vez, a cintura pélvica é formada por dois quadris e pelo sacro, interconectados na sínfise púbica e nas articulações sacroilíacas. Cada quadril possui três partes (ílio, ísquio e púbis), e recebe a cabeça do fêmur para formar a articulação do quadril. Esta articulação em bola e soquete é responsável por fornecer uma ampla gama de movimentos à extremidade inferior. Vários músculos agem em na articulação do quadril, causando a movimentação da coxa, e, portanto, do membro inferior. Eles são divididos em grupos musculares anterior e posterior. O grupo posterior pode ainda ser dividido ainda em subgrupos superficial e profundo. O grupo muscular anterior inclui o músculo ilíaco, o psoas maior e o psoas menor. Os músculos posteriores superficiais são os três músculos glúteos (glúteo máximo, glúteo médio e glúteo mínimo), e o tensor da fáscia lata. Por sua vez, os músculos posteriores profundos são o piriforme, o obturador interno, o obturador externo, o gêmeo superior, o gêmeo inferior e o quadrado femoral. As principais artérias desta região são as artérias glútea e femoral, que se originam das artérias ilíacas. A drenagem venosa de todo o membro inferior é realizada pelos sistemas venosos superficial e profundo. As principais veias que drenam o quadril e a pelve são consideradas profundas, e incluem as veias ilíacas externas e internas, que se unem para formar as veias ilíacas comuns. Elas possuem muitas tributárias, mas as mais importantes são as veias femorais, junto com as veias profundas da pelve e da coxa. Os principais nervos desta região são os nervos clúneos, nervo cutâneo femoral, nervo femoral, nervo obturador, nervo isquiático (ciático) e nervos glúteos. Todos eles se originam dos plexos lombar e sacral, exceto os nervos clúneos. Coxa → A coxa localiza-se entre o quadril e o joelho. Ela é a parte mais forte e proeminente da extremidade inferior, e, portanto, a favorita dos entusiastas fitness. A estrutura da coxa é dada pelo fêmur, o único osso desta região, que é o osso mais longo do corpo. Ele possui uma extremidade superior, uma diáfise e uma extremidade inferior, cada uma cheia de marcos anatômicos. O fêmur participa de duas grandes articulações do membro inferior; a articulação do quadril em sua extremidade superior e a articulação do joelho em sua extremidade inferior. Vários músculos se inserem e agem no fêmur. Eles se utilizam da mobilidade permitida pelas duas articulações. Os músculos da coxa podem ser divididos em três grupos: anterior, medial e posterior. O grupo anterior ocupa o compartimento anterior, situado na frente da coxa, e inclui o sartório e o quadríceps femoral. O último, na verdade, é um grande músculo constituído em quatro músculos menores, chamados reto femoral, vasto medial, vasto lateral e vasto intermédio. O grupo medial ocupa o compartimento medial da coxa, como você deve ter deduzido. Ele inclui o pectíneo, o adutor magno, o adutor mínimo, o adutor longo, o adutor curto e o grácil. Estes músculos também são chamados de adutores da coxa. O grupo muscular posterior é o menor grupo, ocupando o compartimento posterior da coxa. Ele contém os três músculos do jarrete, chamados semimembranoso, semitendinoso e bíceps femoral. A inervação e a vascularização da coxa é uma continuação direta do quadril. O suprimento arterial vem da artéria femoral e seus ramos. A principal veia de drenagem da coxa, e na verdade de todo o membro inferior, é a veia femoral. Ela é parte do sistema venoso profundo, e drena para a veia ilíaca externa, e é uma continuação direta da veia poplítea. A veia femoral também recebe sangue desoxigenado das veias circunflexas, da veia safena magna e das veias profundas da coxa. A inervação é fornecida por dois grandes nervos e seus ramos: os Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 5 nervos femoral e isquiático (ciático). Eles se originam dos plexos lombar e sacral, respetivamente. Joelho → A articulação do joelho é formada pela interação de três ossos: fêmur, tíbia e patela. Na verdade, a articulação toda consiste em duas articulações abrigadas um uma única cápsula, que é reforçada por vários ligamentos intra e extra-capsulares. A articulação do joelho é uma articulação em dobradiça, capaz de realizar principalmente flexão e extensão, mas também um pequeno grau de rotação. Estes movimentos são realizados com a ajuda de vários músculos da coxa e da perna. Os extensores do joelho são os quatro músculos que formam o quadríceps femoral, enquanto os flexores incluem o bíceps femoral, o semitendinoso, o semimembranoso, o sartório, o poplíteo e o gastrocnêmio. Como qualquer estrutura no corpo humano, o joelho também precisa de suprimento sanguíneo e nervoso. As artérias que suprem o joelho são as seis artérias geniculares, que envolvema articulação. Juntamente com outras artérias da extremidade inferior, elas formam a anastomose genicular. Elas se originam da artéria poplítea, a continuação direta da artéria femoral, posteriormente ao joelho. A principal veia do joelho é a veia poplítea. Ela recebe sangue transportado por todas as veias da perna, e se esvazia na veia femoral. Os principais nervos do joelho são os nervos geniculares, que se originam dos nervos tibial e fibular/peroneal comum, os principais ramos do nervo isquiático (ciático) da coxa. Além disso, o joelho é inervado ainda pelo ramo articular do nervo obturador e os ramos musculares do nervo femoral. Perna → Os dois principais ossos da perna são a tíbia (osso da canela), localizada medialmente, e a fíbula, que se localiza mais lateralmente. A tíbia é o maior dos dois, e por isso é responsável pelo suporte de peso. Duas articulações mantêm unidas a tíbia e a fíbula (as articulações tibiofibulares superior e inferior), bem como uma estrutura anatômica chamada de membrana interóssea. A perna é dividida em três compartimentos: anterior, posterior e lateral. O grupo muscular anterior inclui: tibial anterior, extensor longo do hálux, extensor longo dos dedos e o fibular/peroneal terceiro. O compartimento posterior consiste em sete músculos no total, divididos nos grupos superficial e profundo. Os músculos superficiais são o gastrocnêmio, o sóleo e o plantar (que juntos formam o tríceps sural), enquanto a camada profunda consiste no poplíteo, tibial posterior, flexor longo dos dedos e flexor longo do hálux. O compartimento lateral da perna é o menor deles, contendo somente dois músculos: fibular/peroneal longo e curto. As principais artérias que suprem a perna com sangue oxigenado são as artérias tibiais anterior e posterior, juntamente com seus ramos. A artéria tibial anterior emite um ramo crucial chamada artéria fibular/peroneal, que supre principalmente os músculos da perna. As artérias tibiais se originam da artéria poplítea. Em relação às veias importantes da perna; as veias safena magna e parva são responsáveis pela drenagem superficial. A primeira se abre na veia femoral, e a segunda na veia poplítea. As veias profundas da perna são denominadas fibular e tibial, com a veia tibial também terminando na veia poplítea. No que diz respeito à inervação da perna, os nervos mais importantes são os nervos fibular/peroneal comum, tibial e safeno. Os dois primeiros são ramos do nervo isquiático (ciático), enquanto o último se origina do nervo femoral. Estes três nervos se dividem para suprir as várias estruturas da perna. Tornozelo e pé → Ela é composta de três ossos: tíbia, fíbula e tálus (osso do tornozelo). Dos três, a fíbula possui apenas um papel funcional secundário, facilitando o movimento do tornozelo, e não o formando estruturalmente. Existem dez ligamentos no total fornecendo força e estabilidade ao tornozelo, sendo o mais importante deles o ligamento Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 6 deltoide. Inferiormente à articulação talocrural encontra-se a articulação subtalar (ou talocalcânea), que dá ao pé a capacidade de inversão e eversão. O osso chamado tálus está envolvido na articulação do tornozelo. Entretanto, esse é só um dos ossos do pé. Estes incluem 7 ossos tarsais; calcâneo, tálus, navicular, cuboide e cuneiformes (que são três no total), bem como os metatarsos e falanges. Eles são mantidos unidos por vários ligamentos, sendo os mais conhecidos os ligamentos colaterais e os ligamentos plantares longos do pé. O grupo central de músculos está localizado no compartimento central do pé. Eles se dispõem em várias camadas. Estes músculos são chamados flexor curto dos dedos, quadrado plantar, lumbricais, interósseos plantares e interósseos dorsais. Continuado mais lateralmente, mas ainda na face plantar do pé, nós encontramos os músculos do compartimento lateral: adutor do dedo mínimo, flexor curto do dedo mínimo e opositor do dedo mínimo. O grupo medial também consiste em três músculos, e eles são chamados abdutor do hálux, adutor do hálux e flexor curto do hálux. Agora vamos continuar para o dorso do pé. Existem somente dois músculos dorsais aqui: extensor curto dos dedos e extensor curto do hálux. Apesar de a vasta maioria dos recursos didáticos separarem os músculos do pé por compartimentos, eles também podem ser divididos de acordo com as suas localizações. Os músculos se originando a partir da perna são chamados de músculos 'extrínsecos' do pé, enquanto aqueles que se originam abaixo do tornozelo são chamados de músculos 'intrínsecos' do pé. O suprimento arterial do pé é fornecido pela artéria dorsal do pé e seus ramos na face dorsal. Por sua vez, o arco plantar profundo e seus ramos são responsáveis pela vascularização do lado plantar. Em termos de drenagem venosa, as veias superficiais do pé consistem nas redes venosas superficial dorsal e plantar. As veias profundas incluem o arco plantar profundo e o arco venoso dorsal. Estes sistemas superficial e profundo coletam o sangue das veias marginais, digitais e metatarsais do pé. As veias superficiais drenam para o arco venoso dorsal. Por sua vez, o arco venoso drena para as veias safenas da perna. Em relação à inervação, os principais nervos responsáveis pelo suprimento nervoso do pé são os nervos medial e plantar, juntamente com os nervos digitias. 6. Descreva detalhadamente o procedimento de imobilização de membros Mesmo uma fratura fechada pode causar lesão arterial, em função da laceração causada por fragmentos ósseos Uma luxação pode se reduzir (voltar ao lugar) espontaneamente, ou mesmo após alguma manipulação no momento do trauma. Uma vez na sala de emergência, a equipe pode não atentar para o risco de que aquela luxação possa ter produzido lesão arterial no momento do trauma. Mesmo que não haja suspeita inicial de lesão vascular no atendimento a uma fratura ou luxação, é muito importante avaliar pulsos antes e após a manobra, pois existem situações em que a manobra de redução ou realinhamento provoca lesão arterial. Uma lesão da íntima arterial pode produzir um padrão de lesão suboclusiva. Neste caso, ao invés de um membro pálido e frio, pode haver apenas redução da amplitude dos pulsos distais e lentificação do enchimento capilar, mascarando a lesão arterial grave. Outra possibilidade é de que, em certos sítios anatômicos, a presença de circulação colateral pode retardar o diagnóstico de lesão arterial grave. Lembrar-se de realinhar fraturas e aplicar talas imediatamente antes de atuar sobre a lesão arterial. Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 7 Lembrar-se de reduzir luxações imediatamente antes de atuar sobre a lesão arterial e aplicar uma tala. Mesmo que a tentativa de redução não tenha logrado êxito, deve-se imobilizar o membro com uma tala. O alinhamento de fraturas e redução de luxações nunca deve atrasar o tratamento de emergência de lesões arteriais importantes. Se não for possível corrigir tais problemas em alguns segundos, passar para o controle da hemorragia propriamente dito. Lembrar que lesão arterial com risco de isquemia do membro pode ocorrer diante de traumas contusos, por esmagamento, penetrantes, torcionais e luxações. A lesão arterial oclusiva produz um membro frio, pálido e sem pulsos distais. 7. Defina fraturas e cite os tipos Solução de continuidade óssea Resultado de sobrecarga única ou repetitiva Exposta X fechada Simples x cominutiva A fratura cominutiva são mais de dois fragmentos Fratura, fem. Ruptura parcial ou completa de um osso. Notas: i) Na fratura ocorre uma perda de continuidade. ii) Quando ela se dá de forma completa, estabelece-se um ponto de mobilidade onde ele não deveria existir. Ver Fratura/luxação; Luxação; Hematoma; Osteoclasia;Torção; Traumatismo. Fratura de stress, fem. Ruptura de osso ou cartilagem decorrente de movimentos repetidos, estereotipada na fratura de stress como um traço tênue na substância óssea, não havendo separação dos fragmentos fraturados. Fratura em galho verde, fem. Ruptura em apenas um lado do osso ou cartilagem, na qual a outra face permanece envergada sem que haja separação dos fragmentos. Fratura osteocondral, fem. Ruptura de osso ou cartilagem que inclui a superfície articular cartilaginosa e o osso subcondral. Fratura patológica, fem. Ruptura que ocorre num sítio do osso já debilitado por outra patologia. Nota: entende-se por patologia as infecções, os tumores ou outras lesões. Fratura por arrancamento, fem. Ruptura que ocorre quando um fragmento ósseo é arrancado por um tendão ou ligamento. Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 8 Fratura fechada ❖ Radiografia, Tc (fratura articular) e RNM ❖ Redução sob anestesia ❖ Imobilização provisória ou definitiva Fratura exposta ❖ Quando há comunicação entre o hematoma fraturário e o meio externo ❖ Na sala de emergência ➢ Antibiótico profilático (cefalosporina de primeira geração + aminoglicosídeo) ➢ Imunização antitetânica ➢ Curativo estéril imobilização ➢ Objetos grosseiros podem tirar ❖ Encaminhar ao centro cirúrgico ❖ Se houver dúvida quando ao caráter da fratura (se é ou não exposta) tratar como exposta ❖ Se o osso perfurar algum órgão do TGI também pode ser considerada fratura exposta, não se aplica ao pulmão 8. Descreva a classificação de Gustilo Classificação de Gustillo e Anderson *Pela energia do trauma, a ferida por arma de fogo é classificada no grau III 9. Sobre torniquete Definição → Torniquetes são dispositivos de contenção de hemorragias que são aplicados nos membros (inferiores e superiores) geralmente para conter lesões de extremidades exsanguinantes. Tipo Ferida Contaminação Lesão de partes moles Lesão óssea I <1 com Limpa Mínima Simples II 1 – 10 cm Moderada Moderada Moderada IIIA > 10 com Contaminada Grave + cobertura cutânea possível Multifragmentar IIIB > 10 com Contaminada Grave + cobertura de partes moles deficiente Multifragmentar IIIC > 10 com Contaminada Lesão vascular que requer reparo Multifragmentar Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 9 Descrição detalhada ❖ O torniquete deve ser aplicado no membro afetado cerca de 5 a 7 cm em posição proximal à lesão. ❖ Não aplicar sobre articulações. Caso a lesão esteja próxima a uma articulação, posicione o torniquete acima da articulação. ❖ Aperte o torniquete até que o sangramento pare completamente. ❖ A correta aplicação do torniquete dói bastante. Avise isso ao paciente. ❖ Pode ser colocado por cima das roupas. (Mas tenha cuidado para não aplicar em cima de objetos dentro dos bolsos da vítima, por exemplo). ❖ Caso um torniquete não seja suficiente para interromper completamente o sangramento, pode-se utilizar mais um torniquete em posição proximal ao primeiro. ❖ O torniquete pode ser aplicado em outras pessoas ou a própria vítima pode aplicar em si mesma. ❖ Registre o horário de aplicação no torniquete. ❖ Não afrouxe ou retire o torniquete (Somente deve ser retirado no momento em que possa ser feita a correção da lesão). Indicações → Utilize o torniquete para conter hemorragias em membros sempre que a compressão direta não puder ser realizada ou não for efetiva. Riscos → Inviabilidade do membro podendo ocasionar na necessidade de amputação; lesões nervosas; síndrome compartimental; dor; isquemia; rabdomiólise 10. Descreva medidas auxiliares e de reanimação na avaliação secundária do trauma de extremidades A avaliação secundária é o exame completo do paciente, que inclui história detalhada e exame físico, incluindo a reavaliação dos sinais vitais. 11. Descreva detalhadamente o tratamento da fratura exposta As fraturas expostas são aquelas em que o foco fraturário comunica-se diretamente com o meio externo. Associam-se invariavelmente a lesões de partes moles, cuja gravidade se relaciona diretamente com a energia do trauma e com o risco de complicações, como infecção e pseudoartrose ❖ A antibioticoprofilaxia precoce é o fator isoladamente mais importante na prevenção de infecção. Idealmente, deve-se iniciar antes de 3 horas, mas já há evidência de que deve haver um esforço na administração endovenosa de cefalosporinas de primeira geração ainda em fase pré-hospitalar, na primeira hora após o trauma. ❖ A cobertura antitetânica deve ser avaliada e, se necessário, atualizada. Cobertura da área ferida com gaze ou tecido limpo após limpeza com água corrente ou soro fisiológico (quando possível) Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 10 Imobilização provisória com o material disponível Tratamento na Sala de Emergência Controle de sangramento → Pressão sobre o local do sangramento, elevação do membro ou torniquete, em última instancia Exposição de todo o membro para avaliar lesões associadas Imobilizar o membro em posição funcional Verificar a necessidade de profilaxia contra tétano Iniciar antibioticoterapia quando necessário Tratamento pelo Ortopedista Avaliação clínica do paciente → Estado vascular e neurológico do membro Solicitação de exames de imagem pertinentes Radiografias em duas incidências Radiografias em incidências especiais, quando houver necessidade de melhor investigação Tomografia computadorizada nas fraturas articulares e ocultas 12. Sobre rabdomiólise Defina → Síndrome do esmagamento Descreva a fisiopatologia ❖ Ocorre em portadores de lesão por esmagamento de massa muscular volumosa, em geral na coxa ou panturrilha. É uma combinação de lesão muscular direta, isquemia muscular e morte celular com liberação de mioglobina. ❖ A rabdomiólise pode se apresentar como patologia assintomática e somente com níveis de creatina-quinase elevadas ou chegar à insuficiência renal aguda e coagulação intravascular disseminada (CIVD). ❖ Para o diagnóstico é necessário que o paciente tenha lesão muscular aguda ou urina de coloração escura (âmbar) por causa da mioglobinúria, associada à elevação acentuada da creatino-quinase (CK). A CK deve estar pelo menos cinco vezes o seu limite superior normal e é geralmente superior a 5000 UI/L. Manifestações ❖ A tríade característica da rabdomiólise é composta por dor muscular, fraqueza e urina escura. ❖ Metade dos pacientes podem não relatar sintomas musculares, porém outros podem apresentar dor intensa. ❖ Outros sintomas incluem rigidez muscular e câimbras, mal-estar, febre, taquicardia, náuseas, vômitos e dor abdominal. Tratamento → O tratamento inicial consiste na administração endovenosa de soluções salinas, manitol e bicarbonato de sódio para prevenir a insuficiência renal. Deve-se manter, idealmente, débito urinário de cerca de 100 ml/hora até que a mioglobinúria desapareça ❖ Hidratação com solução isotônica ❖ NaHCO3 8,4% → Alcalinizar a urina ❖ Corrigir a hipercalemia → Risco de PCR ❖ Controle de gasometria → Mantendo o pH um pouco alcalino ❖ Controle de CPK → <5000 13. Sobre síndrome compartimental Defina → Asíndrome compartimental (SC) diz respeito ao aumento da pressão intersticial sobre a pressão de perfusão capilar dentro de um compartimento osteofascial fechado, podendo comprometer vasos, músculos e terminações nervosas provocando lesão tecidual. Os compartimentos mais afetados são aqueles que possuem uma menor Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 11 capacidade elástica de seus ossos e fáscia. Embora seja mais frequente nos membros (devido a formação de compartimentos pela fáscia que envolveos grupos musculares), pode ocorrer em outros locais, como o globo ocular (glaucoma), na cavidade intracraniana, na cavidade abdominal e nos rins. Descreva a fisiopatologia ❖ A síndrome compartimental tem como características de sua fisiopatologia a promoção do estresse oxidativo, um distúrbio baseado no desequilíbrio entre agentes oxidantes e antioxidantes, em favor a geração de radicais livre ou em detrimento da velocidade de remoção destes (SIES H, et al., 2017).Tais oxidantes, também denominados espécies reativas de oxigênio (ERO ́s) são instáveis e promovem grande dano celular, a partir de reações de óxido-redução com moléculas orgânicas, tais como fosfolipídios, proteína e DNA. Essas espécies são caracterizadas pela sua toxidade e capacidade de gerar injúria, caracterizando a síndrome de isquemia e reperfusão (SIR)(CAMPOS MTG, et al., 2017).Estes efeitos podem ser minimizados por técnicas que promovem tolerância a SIR, como o condicionamento isquêmico que consiste em ciclos alternados de Isquemia e Reperfusão para proteger o órgão dos efeitos negativos da IR, podendo ser feito antes (pré-condicionamento), durante (per- condicionamento) ou após (pós-condicionamento) o período isquêmico principal (HAUNSELOY DJ, et al., 2016; LEJAY A., et al., 2016) ❖ A elevação da pressão pode ocorrer por aumento do conteúdo do compartimento (edema muscular ou visceral) ou pela redução de volume ou complacência do compartimento (pressão externa localizada e talas). ❖ Qualquer forma de lesão das extremidades pode levar à síndrome compartimental, sendo as mais comuns as fraturas (principalmente tíbia e antebraço), queimaduras, lesões vasculares, reperfusão do membro, esmagamento, acidente ofídico, compressão por talas e curativos circunferenciais, e tem sido relatada também como uma complicação de algumas posições adotadas para cirurgia. ❖ Quando ocorre nos membros inferiores, os músculos do compartimento anterior da perna são os mais afetados, entretanto a loja posterior também pode ser acometida. No diagnóstico diferencial deve-se pensar em: claudicação intermitente, aprisionamento da artéria poplítea, miosites, tendinites, fraturas e neuropatias. Já nos membros superiores, a síndrome ocorre mais em antebraço por trauma musculoesquelético e vascular. ❖ Um aumento da pressão dentro do compartimento não é dissipado facilmente devido à ineslasticidade da fáscia que o envolve. ❖ O comprometimento do fluxo sanguíneo local prejudica a capacidade do endotélio capilar de manter uma membrana semipermeável para a passagem de solutos, fazendo com que ocorra o extravasamento de fluidos para dentro do compartimento, causando edema e elevando ainda mais a pressão intracompartimental, o que aumentará a isquemia muscular e nervosa, e também a formação de edema, estabelecendo um ciclo vicioso. ❖ Se o fluxo sanguíneo adequado não for restabelecido, o resultado é a morte dos tecidos dentro dos compartimentos. E ainda, a menos que o dano ao endotélio capilar seja reversível, a restauração do fluxo sanguíneo local irá agravar os danos, causando lesão por reperfusão, através da exsudação de fluidos do endotélio capilar comprometido. ❖ A evolução do quadro pode levar à rabdomiólise, caracterizada pela destruição do músculo estriado, ocasionando a liberação de mioglobina, capaz de ocluir o túbulo contorcido distal e causar falência renal. Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 12 Manifestações ❖ Podem apresentar-se de quatro a seis horas após a lesão, ou em uma forma mais tardia, depois de 48-96 horas. Sendo a dor desproporcional à lesão, dor aos movimentos ativos e passivos do grupo de músculos dentro do compartimento, palidez, enchimento capilar prejudicado, parestesia e ausência de pulso os principais achados clínicos. ❖ A dor é um sinal precoce e não deve ser ignorada, sendo caracterizada como pulsante ou em queimor, progressiva e persistente, profunda e que não alivia com medicação analgésica. A dor também não diminui com a imobilização do membro. ❖ A parestesia pode ser um sintoma mais tardio e é geralmente descrita como uma sensação de queimação, e reflete sofrimento nervoso. O edema do membro é evidente, brilhante, duro e quente. Outros sinais tardios incluem paralisia, devido à prolongada compressão de nervos e danos musculares irreversíveis, palidez e ausência de pulso. ❖ A ausência de pulso pode ser verificada na palpação ou com doppler, e sua existência não é necessária para o diagnóstico da síndrome compartimental. Ao exame físico ainda podemos encontrar equimoses e flictenas. ❖ 5P ➢ Pain → Dor ➢ Parestesias ➢ Paralisia ➢ Palidez ➢ Pulso ausente Tratamento → Após realizar o diagnóstico, devem ser retirados curativos ou talas que possam estar contribuindo para o surgimento do quadro. Se não houver melhora, a descompressão deve ser realizada urgentemente. Ainda, é importante proceder à elevação do membro ao nível cardíaco, com uma contenção elástica e gelo. Habitualmente, a descompressão é realizada por meio de uma fasciotomia, ou seja, a abertura cirúrgica da fáscia que inclui uma incisão alargada da pele, do tecido celular subcutâneo e da fáscia muscular em toda a sua extensão e em todos os compartimentos envolvidos, a fim de libertar os tecidos moles comprimidos e aumentar o volume muscular provocando, deste modo, a redução imediata da pressão intracompartimental e o restabelecimento da perfusão das estruturas contidas nesse compartimento. A ferida cirúrgica fica, então, aberta e vai sendo progressivamente encerrada, consoante o grau de edema e tensão dos tecidos moles. Também pode ser realizada uma fasciectomia, que seria a retirada da fáscia ao invés de apenas abri-la. Sempre quando é a feita a fasciotomia com a liberação da aponeurose, faz-se ainda uma dermotomia, pois a pele nesse caso pode atuar como um torniquete impedindo a expansão dos tecidos. A conduta pós-operatória mais importante será a prevenção das complicações. A posição neutra do membro afetado é a mais indicada, pois permite que a perfusão permaneça adequada. É sempre importante observar os sinais vitais do paciente, principalmente no controle da pressão, corrigir a hipoperfusão com soro fisiológico e se necessário coloides. O manitol pode ser utilizado para reduzir a pressão do compartimento e diminuir o prejuízo da reperfusão. ❖ Acolhimento ❖ Encaminhar paciente à Sala de Emergência ❖ Colocar o paciente na maca. Em caso de suspeita de trauma, manter estabilização cervical manual ❖ Avaliação primária e secundária – SAMPLA ❖ Administrar oxigênio em alto fluxo para manter SatO2 > ou igual a 94% Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 13 ❖ Monitorização e sinais vitais completos ❖ Acesso venoso calibroso (2) ❖ Reposição volêmica conforme protocolo de choque ❖ Avaliar e remover imobilizações ou enfaixamentos circulares apertadas ❖ Verificar perfusão distal constantemente ❖ Analgesia → Morfina 1-2mg EV, podendo ser repetido até obter analgesia com vigilância nos sinais de hipotensão ❖ Realizar a mobilização e imobilização adequadas de coluna cervical, tronco e membros em maca rígida ❖ Transferência para o hospital de referência 14. Defina fasciotomia e cite as indicações A síndrome compartimental relacionado a sobrecarga relacionado ao esforço físico, a dor tende a desaparecer em repouso, porém o membro ainda poderá isquemiar na ausência de tratamentos(CRENSHAW AH, 1996).Por isso, a terapia é considerada fundamental e, em alguns casos, urgente. Os primeiros cuidados a serem providenciados são a identificação e remoção de todas as forças compressivas externas, como hematoma, tumor e edema. É fundamental, também, a avalição precoce de hipovolemia, acidose metabólica, mioglobinemiaa fim de identificar possível comprometimento renal. Administração de fluidos por via intravenosa e suplementação de oxigênio pode ser necessária durante o tratamento, assim como análise bioquímica do sangue e urinálise. Deve-se, também, assegurar a condição normotensa do paciente. O adequado manejo de pacientes acometidos pela síndrome compartimental envolve uma atuação multidisciplinar podendo requerer a atuação de outras especialidades médicas como ortopedia(RAZAH, et al., 2015), cirurgia vascular(FRINKM, et al., 2009)e cirurgia plástica(DONALDSON J, et al., 2014).Nesse sentido, destaca-se a fasciotomia(CONE J, et al., 2017; DAI AZ, et al., 2017; VOLETI PB, et al., 2015, POZZI A, et al., 2014),como método cirúrgico de escolha, que resulta na descompressão dos compartimentos musculares(CAMPOS MTG, 2018).Entretanto, há outros procedimentos que podem ser realizados, como endoscopia, mais recentemente, visando redução iatrogênicas, procedimentos minimamente invasivos. Além disso, diferente do que se acreditava alguns anos atrás, o valor da pressão compartimental no pré-operatório não tem valor prognóstico significativo(WINKES MB, et al., 2012; BIEDERT RM, et al., 1997; BOODY AR, et al., 2005).O método de fasciotomia tradicional apresenta maior chance de infecção(BLAIR JÁ, et al., 2016)e longos períodos de processo cicatricial, de modo que o tempo de retorno as atividades cotidianas e que exigem maiores esforços é mais prolongada. Outros possíveis desfechos decorrentes do método tradicional de fasciotomia consistem em hematomas, lesão de nervos e vasos, adesão fascial e hemorragia do membro. Nesse sentido, MalffulliN, et al, 2015 publicou estudos que avaliaram a fasciotomia minimamente invasiva para tratamento da síndrome compartimental lateral ou anterolateral não traumática em atletas e seus resultados evidenciaram que 94% dos pacientes retornaram às atividades esportivas em 8 a 13 semanas. Dentre técnicas minimamente invasivas presentes na literatura, VoletiPB,et al., 2015descreveu a técnica de fasciotomia técnica endoscópica, que resultou em baixa taxa de complicações e recuperação rápida, permitindo o retorno de atletas ao esporte em pouco tempo. Enquanto PozziA,et al., 2014descreveu uma fasciotomia assistida por Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 14 endoscopia com uma mini-incisão. Foi descrito na literatura que a liberação incompleta do compartimento fascial resultava em retorno dos sintomas em 44,7% dos pacientes, então, Mathis KE,et al., 2015.Demonstrou que há uma forte relação entre o comprimento da fasciotomia e a diminuição da pressão dentro do compartimento. Estabeleceu, também, que deve haver liberação de pelo menos 90% do compartimento fascial acometido para retorno da pressão intracompartimental para níveis basais. Há relato, também, do emprego da sutura elástica como auxiliador no fechamento definitivo da incisão da fasciotomia que permitiu a sutura secundária e dispensou o uso de autoenxertia cutânea, técnica de manejo fácil e de baixo custo. Assim o procedimento se torna menos custoso e contribui para menor tempo de hospitalização quando comparada com a técnica a vácuo (CASTELO BRANCO PSM, et al., 2017). A fasciectomia, em geral, tem melhores resultados que a fasciotomia. A fasciectomia pode ser realizada por meio de uma incisão longitudinal ou incisão transversal curta seguida de ressecção longitudinal de uma faixa da fáscia, utilizando para isso uma tesoura longa (ALMEIRA MJ, 2016). 15. Defina ligadura elástica e cite as indicações Hemostasia prévia ou pré-operatória → É realizada antes da intervenção cirúrgica. Visa interromper temporariamente o fluxo sanguíneo para o local da incisão, reduzindo a perda sanguínea, proporcionando campo operatório exangue. Mais frequentemente é praticada nos membros e tem o objetivo de prevenir hemorragia. Eventualmente, pode ser usada em casos de atendimento aos acidentados. Ex. Compressão em massa de membros – Faixa de Esmarch, garrote de borracha, faixa pneumática, torniquete; Ligadura elástica na base de uma extremidade; Compressão digital de artérias e veias; Compressão manual da aorta, da veia cava. O tipo mais empregado de hemostasia prévia é o garroteamento com torniquete pneumático. A compressão elástica de membros pode ser obtida mediante aplicação de longas tiras elásticas de borracha (Faixa de Esmarch), aplicadas de forma helicoidal no sentido das extremidades para as raízes dos membros, muito utilizada na cirurgia ortopédica Indicações ❖ Hemostasia ❖ Prevenção de TEP ❖ Hemorragia digestiva alta → Endoscopia Na hemorragia digestiva → É importante salientar que, independentemente da eficácia do tratamento medicamentoso, todos os pacientes com suspeita de sangramento varicoso devem ser submetidos à endoscopia de emergência e a técnicas endoscópicas para interrupção do sangramento, incluindo a ligadura elástica, quando se colocam bandas elásticas na coluna da variz, injetando agentes esclerosantes (escleroterapia de varizes) ou adesivos teciduais em obturação das varizes gastroesofágicas. Essas técnicas podem obliterar as varizes, e a preferência é pela ligadura elástica que apresenta maior evidência de benefício. No entanto, varizes gastroesofágicas podem recidivar; portanto, vigilância endoscópica e retratamento são necessários. As vantagens da ligadura elástica são execução no momento da triagem e menos efeitos colaterais, mas requer treinamento adequado para sua realização e há a possibilidade de hemorragia após o procedimento 16. Explique como é realizada uma arteriografia A arteriografia consiste num método diagnóstico, minimamente evasivo, realizado para estudo das doenças arteriais ou doenças com importante participação arterial. O exame Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 15 exige o acesso ao espaço intravascular de uma artéria, conseguido através de uma punção. Realizada a punção arterial, com o uso de cateteres especiais e guias, pode-se navegar por dentro das artérias para os mais diversos locais do corpo, orientando-se por imagens em tempo real na tela do computador. Uma vez atingido o local de interesse, é injetado contraste radiológico e adquiridas imagens digitais, que são processadas e trabalhadas. É um método que evoluiu de forma rápida, sendo um procedimento seguro e confiável para o diagnóstico de determinas patologias. 17. Explicar detalhadamente o uso do ultrassom com doppler e da arteriografia no trauma de extremidades USG com doppler ❖ Não invasivo ❖ Portátil ❖ Determina IPA ❖ Grande fator preditivo negativo para lesão vascular importante Arteriografia ❖ Padrão ouro ❖ Não deve ser usado rotineiramente 18. Defina amputação de membros e cite as suas causas Trauma de extremidade em que há perda ou remoção de extremidade do corpo parcial ou total. Nas amputações ocorre secção (por corte, arrancamento ou outro tipo de traumatismo) de um membro ou de um segmento de um membro. As amputações podem provocar hemorragias muito importantes e levar à perda irreversível da parte amputada. A parte amputada deve acompanhar sempre a vítima ao hospital. Deve ser mantida seca, dentro de um saco de plástico fechado, que deve ser colocado dentro de outro e envolto em gelo. Deve seguir para o hospital fora da vista da vítima. Referências bibliográficas Aula de Dr. Felipe Góis (17/09/2021) ATLS: Advanced Trauma Life Support for Doctors. American College of Surgeons. 10 a edição. 2018. Ferreira, L.M., Odo, L.M. Guia de Cirurgia: Urgências e Emergências, 1 ª edição. São Paulo: Editora Manole, 2001. Schlickmann, P. F., Serra, V. D., de Carvalho, A. G., & de Souza, H. P. (2012).Trauma de extremidades: avaliação e manejo inicial das lesões graves e ameaçadoras da vida. Acta méd.(Porto Alegre), 5-5. Romero, M. G., & Mesa, D. A. P. Trauma vascular de extremidades. Cury Filho, J. M. (1993). Síndrome de compressäo dos compartimentos osteofasciais e seu tratamento: a fasciotomia. Rev. angiol. cir. vasc, 56-67. de Sousa Costa, P. L., de Almeida Carneiro, A., da Silva, A. F. T., de Macedo, B. F. S., Hanna, M. B. S., Pantoja, C. L., & Braga, F. B. (2019). Tratamento da síndrome compartimental: Artigo de atualização. Revista Eletrônica Acervo Saúde, (30), e1167-e1167.
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