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QER7 Trauma de extremidades

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Marina Ribeiro Portugal 
 
MARINA RIBEIRO PORTUGAL 
 
QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 
1
1. Descreva sucintamente a vascularização do membro superior 
 
2. Descreva sucintamente a vascularização do membro inferior 
 
Marina Ribeiro Portugal 
 
MARINA RIBEIRO PORTUGAL 
 
QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 
2
3. Descreva a estrutura óssea das cinturas escapular e pélvica 
 A cintura escapular é formada por 7 peças ósseas (as clavículas, as escápulas, os úmeros e 
o manúbrio) e possui 5 articulações 
❖ Glenoumeral → É a articulação com maior mobilidade do corpo humano. Permite séries 
extensas de movimentos do membro superior, com a contribuição dos tendões dos 
músculos subescapular, supraespinhal, infraespinhal e redondo menor para a sua fixação 
❖ Esterno clavicular → Localiza-se entre o manúbrio e a clavícula, de formato esferoide. 
Permite movimentos amplos nos planos frontal e transversal e alguma rotação antero-
posterior no plano sagital. Sua função é absorção de impactos e consequentemente, a 
proteção de estruturas articulares, da caixa torácica e de órgãos vitais 
❖ Acrômio clavicular → Sua movimentação é limitada nos três planos. É comum apresentar 
variações anatômicas entre um indivíduo e outro (faceta córaco clavicular extra) 
❖ Córaco clavicular → Articulação que permite pouco movimento, responsável por unir o 
processo coracóide da escápula e a porção inferior da clavícula 
❖ Escápula torácica → Questionada por alguns autores por não unir ossos, portanto a rigor, 
não é uma articulação, porém para outros é identificada como uma articulação funcional, 
pois os músculos que se inserem na escápula agem na estabilidade do ombro e no 
posicionamento adequado da articulação glenoumeral. 
 A pelve é formada por quatro ossos, que incluem um par de quadris conhecidos como 
ossos inominados, o sacro, que vem com os cinco ossos sacrais inferiores, que é fundido 
ao cóccix, que possui quatro vértebras fundidas e uma individual terminal única. A cintura 
pélvica consiste dos ossos do quadril e do sacro, e sua função é a de transmitir o peso da 
parte superior do corpo para os membros inferiores, enquanto permite que o corpo se 
mantenha balanceado. Enquanto isso o ílio, o ísquio e o púbis se fundem na puberdade 
para formar os ossos inominados, se unindo ainda à cartilagem encontrada no acetábulo. 
4. Descreva a estrutura óssea dos membros superior e inferior 
 Principais regiões do membro superior, que incluem 
❖ Ombro 
❖ Braço 
❖ Cotovelo 
❖ Antebraço 
❖ Mão 
 
Marina Ribeiro Portugal 
 
MARINA RIBEIRO PORTUGAL 
 
QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 
3
 
 A extremidade inferior pode ser dividida em várias partes ou regiões, conforme listado em 
baixo 
❖ Quadril 
❖ Coxa 
❖ Joelho 
❖ Perna 
❖ Tornozelo 
❖ Pé 
 
Marina Ribeiro Portugal 
 
MARINA RIBEIRO PORTUGAL 
 
QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 
4
5. Descreva os compartimentos musculares do membro inferior 
 Quadril e pelve → A estrutura de sustentação da região do quadril é a pelve, que é 
constituída da cintura pélvica e do cóccix. Por sua vez, a cintura pélvica é formada por dois 
quadris e pelo sacro, interconectados na sínfise púbica e nas articulações sacroilíacas. Cada 
quadril possui três partes (ílio, ísquio e púbis), e recebe a cabeça do fêmur para formar a 
articulação do quadril. Esta articulação em bola e soquete é responsável por fornecer uma 
ampla gama de movimentos à extremidade inferior. Vários músculos agem em na 
articulação do quadril, causando a movimentação da coxa, e, portanto, do membro 
inferior. Eles são divididos em grupos musculares anterior e posterior. O grupo posterior 
pode ainda ser dividido ainda em subgrupos superficial e profundo. O grupo muscular 
anterior inclui o músculo ilíaco, o psoas maior e o psoas menor. Os músculos posteriores 
superficiais são os três músculos glúteos (glúteo máximo, glúteo médio e glúteo mínimo), 
e o tensor da fáscia lata. Por sua vez, os músculos posteriores profundos são o piriforme, 
o obturador interno, o obturador externo, o gêmeo superior, o gêmeo inferior e o 
quadrado femoral. As principais artérias desta região são as artérias glútea e femoral, que 
se originam das artérias ilíacas. A drenagem venosa de todo o membro inferior é realizada 
pelos sistemas venosos superficial e profundo. As principais veias que drenam o quadril e 
a pelve são consideradas profundas, e incluem as veias ilíacas externas e internas, que se 
unem para formar as veias ilíacas comuns. Elas possuem muitas tributárias, mas as mais 
importantes são as veias femorais, junto com as veias profundas da pelve e da coxa. Os 
principais nervos desta região são os nervos clúneos, nervo cutâneo femoral, nervo 
femoral, nervo obturador, nervo isquiático (ciático) e nervos glúteos. Todos eles se 
originam dos plexos lombar e sacral, exceto os nervos clúneos. 
 Coxa → A coxa localiza-se entre o quadril e o joelho. Ela é a parte mais forte e proeminente 
da extremidade inferior, e, portanto, a favorita dos entusiastas fitness. A estrutura da coxa 
é dada pelo fêmur, o único osso desta região, que é o osso mais longo do corpo. Ele possui 
uma extremidade superior, uma diáfise e uma extremidade inferior, cada uma cheia de 
marcos anatômicos. O fêmur participa de duas grandes articulações do membro inferior; 
a articulação do quadril em sua extremidade superior e a articulação do joelho em sua 
extremidade inferior. Vários músculos se inserem e agem no fêmur. Eles se utilizam da 
mobilidade permitida pelas duas articulações. Os músculos da coxa podem ser divididos 
em três grupos: anterior, medial e posterior. O grupo anterior ocupa o compartimento 
anterior, situado na frente da coxa, e inclui o sartório e o quadríceps femoral. O último, na 
verdade, é um grande músculo constituído em quatro músculos menores, chamados reto 
femoral, vasto medial, vasto lateral e vasto intermédio. O grupo medial ocupa o 
compartimento medial da coxa, como você deve ter deduzido. Ele inclui o pectíneo, o 
adutor magno, o adutor mínimo, o adutor longo, o adutor curto e o grácil. Estes músculos 
também são chamados de adutores da coxa. O grupo muscular posterior é o menor grupo, 
ocupando o compartimento posterior da coxa. Ele contém os três músculos do jarrete, 
chamados semimembranoso, semitendinoso e bíceps femoral. A inervação e a 
vascularização da coxa é uma continuação direta do quadril. O suprimento arterial vem da 
artéria femoral e seus ramos. A principal veia de drenagem da coxa, e na verdade de todo 
o membro inferior, é a veia femoral. Ela é parte do sistema venoso profundo, e drena para 
a veia ilíaca externa, e é uma continuação direta da veia poplítea. A veia femoral também 
recebe sangue desoxigenado das veias circunflexas, da veia safena magna e das veias 
profundas da coxa. A inervação é fornecida por dois grandes nervos e seus ramos: os 
Marina Ribeiro Portugal 
 
MARINA RIBEIRO PORTUGAL 
 
QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 
5
nervos femoral e isquiático (ciático). Eles se originam dos plexos lombar e sacral, 
respetivamente. 
 Joelho → A articulação do joelho é formada pela interação de três ossos: fêmur, tíbia e 
patela. Na verdade, a articulação toda consiste em duas articulações abrigadas um uma 
única cápsula, que é reforçada por vários ligamentos intra e extra-capsulares. A articulação 
do joelho é uma articulação em dobradiça, capaz de realizar principalmente flexão e 
extensão, mas também um pequeno grau de rotação. Estes movimentos são realizados 
com a ajuda de vários músculos da coxa e da perna. Os extensores do joelho são os quatro 
músculos que formam o quadríceps femoral, enquanto os flexores incluem o bíceps 
femoral, o semitendinoso, o semimembranoso, o sartório, o poplíteo e o gastrocnêmio. 
Como qualquer estrutura no corpo humano, o joelho também precisa de suprimento 
sanguíneo e nervoso. As artérias que suprem o joelho são as seis artérias geniculares, que 
envolvema articulação. Juntamente com outras artérias da extremidade inferior, elas 
formam a anastomose genicular. Elas se originam da artéria poplítea, a continuação direta 
da artéria femoral, posteriormente ao joelho. A principal veia do joelho é a veia poplítea. 
Ela recebe sangue transportado por todas as veias da perna, e se esvazia na veia femoral. 
Os principais nervos do joelho são os nervos geniculares, que se originam dos nervos tibial 
e fibular/peroneal comum, os principais ramos do nervo isquiático (ciático) da coxa. Além 
disso, o joelho é inervado ainda pelo ramo articular do nervo obturador e os ramos 
musculares do nervo femoral. 
 Perna → Os dois principais ossos da perna são a tíbia (osso da canela), localizada 
medialmente, e a fíbula, que se localiza mais lateralmente. A tíbia é o maior dos dois, e por 
isso é responsável pelo suporte de peso. Duas articulações mantêm unidas a tíbia e a fíbula 
(as articulações tibiofibulares superior e inferior), bem como uma estrutura anatômica 
chamada de membrana interóssea. A perna é dividida em três compartimentos: anterior, 
posterior e lateral. O grupo muscular anterior inclui: tibial anterior, extensor longo do 
hálux, extensor longo dos dedos e o fibular/peroneal terceiro. O compartimento posterior 
consiste em sete músculos no total, divididos nos grupos superficial e profundo. Os 
músculos superficiais são o gastrocnêmio, o sóleo e o plantar (que juntos formam o tríceps 
sural), enquanto a camada profunda consiste no poplíteo, tibial posterior, flexor longo dos 
dedos e flexor longo do hálux. O compartimento lateral da perna é o menor deles, 
contendo somente dois músculos: fibular/peroneal longo e curto. As principais artérias 
que suprem a perna com sangue oxigenado são as artérias tibiais anterior e posterior, 
juntamente com seus ramos. A artéria tibial anterior emite um ramo crucial chamada 
artéria fibular/peroneal, que supre principalmente os músculos da perna. As artérias tibiais 
se originam da artéria poplítea. Em relação às veias importantes da perna; as veias safena 
magna e parva são responsáveis pela drenagem superficial. A primeira se abre na veia 
femoral, e a segunda na veia poplítea. As veias profundas da perna são denominadas 
fibular e tibial, com a veia tibial também terminando na veia poplítea. No que diz respeito 
à inervação da perna, os nervos mais importantes são os nervos fibular/peroneal comum, 
tibial e safeno. Os dois primeiros são ramos do nervo isquiático (ciático), enquanto o último 
se origina do nervo femoral. Estes três nervos se dividem para suprir as várias estruturas 
da perna. 
 Tornozelo e pé → Ela é composta de três ossos: tíbia, fíbula e tálus (osso do tornozelo). 
Dos três, a fíbula possui apenas um papel funcional secundário, facilitando o movimento 
do tornozelo, e não o formando estruturalmente. Existem dez ligamentos no total 
fornecendo força e estabilidade ao tornozelo, sendo o mais importante deles o ligamento 
Marina Ribeiro Portugal 
 
MARINA RIBEIRO PORTUGAL 
 
QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 
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deltoide. Inferiormente à articulação talocrural encontra-se a articulação subtalar (ou 
talocalcânea), que dá ao pé a capacidade de inversão e eversão. O osso chamado tálus está 
envolvido na articulação do tornozelo. Entretanto, esse é só um dos ossos do pé. Estes 
incluem 7 ossos tarsais; calcâneo, tálus, navicular, cuboide e cuneiformes (que são três no 
total), bem como os metatarsos e falanges. Eles são mantidos unidos por vários 
ligamentos, sendo os mais conhecidos os ligamentos colaterais e os ligamentos plantares 
longos do pé. O grupo central de músculos está localizado no compartimento central do 
pé. Eles se dispõem em várias camadas. Estes músculos são chamados flexor curto dos 
dedos, quadrado plantar, lumbricais, interósseos plantares e interósseos dorsais. 
Continuado mais lateralmente, mas ainda na face plantar do pé, nós encontramos os 
músculos do compartimento lateral: adutor do dedo mínimo, flexor curto do dedo mínimo 
e opositor do dedo mínimo. O grupo medial também consiste em três músculos, e eles são 
chamados abdutor do hálux, adutor do hálux e flexor curto do hálux. Agora vamos 
continuar para o dorso do pé. Existem somente dois músculos dorsais aqui: extensor curto 
dos dedos e extensor curto do hálux. Apesar de a vasta maioria dos recursos didáticos 
separarem os músculos do pé por compartimentos, eles também podem ser divididos de 
acordo com as suas localizações. Os músculos se originando a partir da perna são 
chamados de músculos 'extrínsecos' do pé, enquanto aqueles que se originam abaixo do 
tornozelo são chamados de músculos 'intrínsecos' do pé. O suprimento arterial do pé é 
fornecido pela artéria dorsal do pé e seus ramos na face dorsal. Por sua vez, o arco plantar 
profundo e seus ramos são responsáveis pela vascularização do lado plantar. Em termos 
de drenagem venosa, as veias superficiais do pé consistem nas redes venosas superficial 
dorsal e plantar. As veias profundas incluem o arco plantar profundo e o arco venoso 
dorsal. Estes sistemas superficial e profundo coletam o sangue das veias marginais, digitais 
e metatarsais do pé. As veias superficiais drenam para o arco venoso dorsal. Por sua vez, 
o arco venoso drena para as veias safenas da perna. Em relação à inervação, os principais 
nervos responsáveis pelo suprimento nervoso do pé são os nervos medial e plantar, 
juntamente com os nervos digitias. 
6. Descreva detalhadamente o procedimento de imobilização de membros 
 Mesmo uma fratura fechada pode causar lesão arterial, em função da laceração causada 
por fragmentos ósseos 
 Uma luxação pode se reduzir (voltar ao lugar) espontaneamente, ou mesmo após alguma 
manipulação no momento do trauma. Uma vez na sala de emergência, a equipe pode não 
atentar para o risco de que aquela luxação possa ter produzido lesão arterial no momento 
do trauma. 
 Mesmo que não haja suspeita inicial de lesão vascular no atendimento a uma fratura ou 
luxação, é muito importante avaliar pulsos antes e após a manobra, pois existem situações 
em que a manobra de redução ou realinhamento provoca lesão arterial. 
 Uma lesão da íntima arterial pode produzir um padrão de lesão suboclusiva. Neste caso, 
ao invés de um membro pálido e frio, pode haver apenas redução da amplitude dos pulsos 
distais e lentificação do enchimento capilar, mascarando a lesão arterial grave. 
 Outra possibilidade é de que, em certos sítios anatômicos, a presença de circulação 
colateral pode retardar o diagnóstico de lesão arterial grave. 
 Lembrar-se de realinhar fraturas e aplicar talas imediatamente antes de atuar sobre a 
lesão arterial. 
Marina Ribeiro Portugal 
 
MARINA RIBEIRO PORTUGAL 
 
QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 
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 Lembrar-se de reduzir luxações imediatamente antes de atuar sobre a lesão arterial e 
aplicar uma tala. Mesmo que a tentativa de redução não tenha logrado êxito, deve-se 
imobilizar o membro com uma tala. 
 O alinhamento de fraturas e redução de luxações nunca deve atrasar o tratamento de 
emergência de lesões arteriais importantes. Se não for possível corrigir tais problemas em 
alguns segundos, passar para o controle da hemorragia propriamente dito. 
 Lembrar que lesão arterial com risco de isquemia do membro pode ocorrer diante de 
traumas contusos, por esmagamento, penetrantes, torcionais e luxações. A lesão arterial 
oclusiva produz um membro frio, pálido e sem pulsos distais. 
7. Defina fraturas e cite os tipos 
 Solução de continuidade óssea 
 Resultado de sobrecarga única ou repetitiva 
 Exposta X fechada 
 Simples x cominutiva 
 A fratura cominutiva são mais de dois fragmentos 
 Fratura, fem. Ruptura parcial ou completa de um osso. Notas: i) Na fratura ocorre uma 
perda de continuidade. ii) Quando ela se dá de forma completa, estabelece-se um ponto 
de mobilidade onde ele não deveria existir. Ver Fratura/luxação; Luxação; Hematoma; 
Osteoclasia;Torção; Traumatismo. 
 Fratura de stress, fem. Ruptura de osso ou cartilagem decorrente de movimentos 
repetidos, estereotipada na fratura de stress como um traço tênue na substância óssea, 
não havendo separação dos fragmentos fraturados. 
 Fratura em galho verde, fem. Ruptura em apenas um lado do osso ou cartilagem, na qual 
a outra face permanece envergada sem que haja separação dos fragmentos. 
 Fratura osteocondral, fem. Ruptura de osso ou cartilagem que inclui a superfície articular 
cartilaginosa e o osso subcondral. 
 Fratura patológica, fem. Ruptura que ocorre num sítio do osso já debilitado por outra 
patologia. Nota: entende-se por patologia as infecções, os tumores ou outras lesões. 
 Fratura por arrancamento, fem. Ruptura que ocorre quando um fragmento ósseo é 
arrancado por um tendão ou ligamento. 
 
Marina Ribeiro Portugal 
 
MARINA RIBEIRO PORTUGAL 
 
QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 
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 Fratura fechada 
❖ Radiografia, Tc (fratura articular) e RNM 
❖ Redução sob anestesia 
❖ Imobilização provisória ou definitiva 
 Fratura exposta 
❖ Quando há comunicação entre o hematoma fraturário e o meio externo 
❖ Na sala de emergência 
➢ Antibiótico profilático (cefalosporina de primeira geração + aminoglicosídeo) 
➢ Imunização antitetânica 
➢ Curativo estéril imobilização 
➢ Objetos grosseiros podem tirar 
❖ Encaminhar ao centro cirúrgico 
❖ Se houver dúvida quando ao caráter da fratura (se é ou não exposta) tratar como 
exposta 
❖ Se o osso perfurar algum órgão do TGI também pode ser considerada fratura exposta, 
não se aplica ao pulmão 
8. Descreva a classificação de Gustilo 
 Classificação de Gustillo e Anderson 
*Pela energia do trauma, a ferida por arma de fogo é classificada no grau III 
9. Sobre torniquete 
 Definição → Torniquetes são dispositivos de contenção de hemorragias que são aplicados 
nos membros (inferiores e superiores) geralmente para conter lesões de extremidades 
exsanguinantes. 
 
Tipo Ferida Contaminação Lesão de partes 
moles 
Lesão óssea 
I <1 com Limpa Mínima Simples 
II 1 – 10 cm Moderada Moderada Moderada 
IIIA > 10 com Contaminada Grave + cobertura 
cutânea possível 
Multifragmentar 
IIIB > 10 com Contaminada Grave + cobertura 
de partes moles 
deficiente 
Multifragmentar 
IIIC > 10 com Contaminada Lesão vascular que 
requer reparo 
Multifragmentar 
Marina Ribeiro Portugal 
 
MARINA RIBEIRO PORTUGAL 
 
QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 
9
 Descrição detalhada 
❖ O torniquete deve ser aplicado no membro afetado cerca de 5 a 7 cm em posição 
proximal à lesão. 
❖ Não aplicar sobre articulações. Caso a lesão esteja próxima a uma articulação, posicione 
o torniquete acima da articulação. 
❖ Aperte o torniquete até que o sangramento pare completamente. 
❖ A correta aplicação do torniquete dói bastante. Avise isso ao paciente. 
❖ Pode ser colocado por cima das roupas. (Mas tenha cuidado para não aplicar em cima de 
objetos dentro dos bolsos da vítima, por exemplo). 
❖ Caso um torniquete não seja suficiente para interromper completamente o 
sangramento, pode-se utilizar mais um torniquete em posição proximal ao primeiro. 
❖ O torniquete pode ser aplicado em outras pessoas ou a própria vítima pode aplicar em si 
mesma. 
❖ Registre o horário de aplicação no torniquete. 
❖ Não afrouxe ou retire o torniquete (Somente deve ser retirado no momento em que 
possa ser feita a correção da lesão). 
 
 Indicações → Utilize o torniquete para conter hemorragias em membros sempre que a 
compressão direta não puder ser realizada ou não for efetiva. 
 Riscos → Inviabilidade do membro podendo ocasionar na necessidade de amputação; 
lesões nervosas; síndrome compartimental; dor; isquemia; rabdomiólise 
10. Descreva medidas auxiliares e de reanimação na avaliação secundária do trauma de 
extremidades 
 A avaliação secundária é o exame completo do paciente, que inclui história detalhada e 
exame físico, incluindo a reavaliação dos sinais vitais. 
11. Descreva detalhadamente o tratamento da fratura exposta 
 As fraturas expostas são aquelas em que o foco fraturário comunica-se diretamente com 
o meio externo. Associam-se invariavelmente a lesões de partes moles, cuja gravidade se 
relaciona diretamente com a energia do trauma e com o risco de complicações, como 
infecção e pseudoartrose 
❖ A antibioticoprofilaxia precoce é o fator isoladamente mais importante na prevenção de 
infecção. Idealmente, deve-se iniciar antes de 3 horas, mas já há evidência de que deve 
haver um esforço na administração endovenosa de cefalosporinas de primeira geração 
ainda em fase pré-hospitalar, na primeira hora após o trauma. 
❖ A cobertura antitetânica deve ser avaliada e, se necessário, atualizada. 
 Cobertura da área ferida com gaze ou tecido limpo após limpeza com água corrente ou 
soro fisiológico (quando possível) 
Marina Ribeiro Portugal 
 
MARINA RIBEIRO PORTUGAL 
 
QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 
10
 Imobilização provisória com o material disponível 
 Tratamento na Sala de Emergência 
 Controle de sangramento → Pressão sobre o local do sangramento, elevação do membro 
ou torniquete, em última instancia 
 Exposição de todo o membro para avaliar lesões associadas 
 Imobilizar o membro em posição funcional 
 Verificar a necessidade de profilaxia contra tétano 
 Iniciar antibioticoterapia quando necessário 
 Tratamento pelo Ortopedista 
 Avaliação clínica do paciente → Estado vascular e neurológico do membro 
 Solicitação de exames de imagem pertinentes 
 Radiografias em duas incidências 
 Radiografias em incidências especiais, quando houver necessidade de melhor investigação 
 Tomografia computadorizada nas fraturas articulares e ocultas 
12. Sobre rabdomiólise 
 Defina → Síndrome do esmagamento 
 Descreva a fisiopatologia 
❖ Ocorre em portadores de lesão por esmagamento de massa muscular volumosa, em 
geral na coxa ou panturrilha. É uma combinação de lesão muscular direta, isquemia 
muscular e morte celular com liberação de mioglobina. 
❖ A rabdomiólise pode se apresentar como patologia assintomática e somente com níveis 
de creatina-quinase elevadas ou chegar à insuficiência renal aguda e coagulação 
intravascular disseminada (CIVD). 
❖ Para o diagnóstico é necessário que o paciente tenha lesão muscular aguda ou urina de 
coloração escura (âmbar) por causa da mioglobinúria, associada à elevação acentuada 
da creatino-quinase (CK). A CK deve estar pelo menos cinco vezes o seu limite superior 
normal e é geralmente superior a 5000 UI/L. 
 Manifestações 
❖ A tríade característica da rabdomiólise é composta por dor muscular, fraqueza e urina 
escura. 
❖ Metade dos pacientes podem não relatar sintomas musculares, porém outros podem 
apresentar dor intensa. 
❖ Outros sintomas incluem rigidez muscular e câimbras, mal-estar, febre, taquicardia, 
náuseas, vômitos e dor abdominal. 
 Tratamento → O tratamento inicial consiste na administração endovenosa de soluções 
salinas, manitol e bicarbonato de sódio para prevenir a insuficiência renal. Deve-se manter, 
idealmente, débito urinário de cerca de 100 ml/hora até que a mioglobinúria desapareça 
❖ Hidratação com solução isotônica 
❖ NaHCO3 8,4% → Alcalinizar a urina 
❖ Corrigir a hipercalemia → Risco de PCR 
❖ Controle de gasometria → Mantendo o pH um pouco alcalino 
❖ Controle de CPK → <5000 
13. Sobre síndrome compartimental 
 Defina → Asíndrome compartimental (SC) diz respeito ao aumento da pressão intersticial 
sobre a pressão de perfusão capilar dentro de um compartimento osteofascial fechado, 
podendo comprometer vasos, músculos e terminações nervosas provocando lesão 
tecidual. Os compartimentos mais afetados são aqueles que possuem uma menor 
Marina Ribeiro Portugal 
 
MARINA RIBEIRO PORTUGAL 
 
QER 7: TRAUME DE EXTREMIDADES 
11
capacidade elástica de seus ossos e fáscia. Embora seja mais frequente nos membros 
(devido a formação de compartimentos pela fáscia que envolveos grupos musculares), 
pode ocorrer em outros locais, como o globo ocular (glaucoma), na cavidade intracraniana, 
na cavidade abdominal e nos rins. 
 Descreva a fisiopatologia 
❖ A síndrome compartimental tem como características de sua fisiopatologia a 
promoção do estresse oxidativo, um distúrbio baseado no desequilíbrio entre agentes 
oxidantes e antioxidantes, em favor a geração de radicais livre ou em detrimento da 
velocidade de remoção destes (SIES H, et al., 2017).Tais oxidantes, também 
denominados espécies reativas de oxigênio (ERO ́s) são instáveis e promovem grande 
dano celular, a partir de reações de óxido-redução com moléculas orgânicas, tais como 
fosfolipídios, proteína e DNA. Essas espécies são caracterizadas pela sua toxidade e 
capacidade de gerar injúria, caracterizando a síndrome de isquemia e reperfusão 
(SIR)(CAMPOS MTG, et al., 2017).Estes efeitos podem ser minimizados por técnicas que 
promovem tolerância a SIR, como o condicionamento isquêmico que consiste em ciclos 
alternados de Isquemia e Reperfusão para proteger o órgão dos efeitos negativos 
da IR, podendo ser feito antes (pré-condicionamento), durante (per-
condicionamento) ou após (pós-condicionamento) o período isquêmico principal 
(HAUNSELOY DJ, et al., 2016; LEJAY A., et al., 2016) 
❖ A elevação da pressão pode ocorrer por aumento do conteúdo do compartimento 
(edema muscular ou visceral) ou pela redução de volume ou complacência do 
compartimento (pressão externa localizada e talas). 
❖ Qualquer forma de lesão das extremidades pode levar à síndrome compartimental, 
sendo as mais comuns as fraturas (principalmente tíbia e antebraço), queimaduras, 
lesões vasculares, reperfusão do membro, esmagamento, acidente ofídico, compressão 
por talas e curativos circunferenciais, e tem sido relatada também como uma 
complicação de algumas posições adotadas para cirurgia. 
❖ Quando ocorre nos membros inferiores, os músculos do compartimento anterior da 
perna são os mais afetados, entretanto a loja posterior também pode ser acometida. No 
diagnóstico diferencial deve-se pensar em: claudicação intermitente, aprisionamento da 
artéria poplítea, miosites, tendinites, fraturas e neuropatias. Já nos membros superiores, 
a síndrome ocorre mais em antebraço por trauma musculoesquelético e vascular. 
❖ Um aumento da pressão dentro do compartimento não é dissipado facilmente devido à 
ineslasticidade da fáscia que o envolve. 
❖ O comprometimento do fluxo sanguíneo local prejudica a capacidade do endotélio 
capilar de manter uma membrana semipermeável para a passagem de solutos, fazendo 
com que ocorra o extravasamento de fluidos para dentro do compartimento, causando 
edema e elevando ainda mais a pressão intracompartimental, o que aumentará a 
isquemia muscular e nervosa, e também a formação de edema, estabelecendo um ciclo 
vicioso. 
❖ Se o fluxo sanguíneo adequado não for restabelecido, o resultado é a morte dos tecidos 
dentro dos compartimentos. E ainda, a menos que o dano ao endotélio capilar seja 
reversível, a restauração do fluxo sanguíneo local irá agravar os danos, causando lesão 
por reperfusão, através da exsudação de fluidos do endotélio capilar comprometido. 
❖ A evolução do quadro pode levar à rabdomiólise, caracterizada pela destruição do 
músculo estriado, ocasionando a liberação de mioglobina, capaz de ocluir o túbulo 
contorcido distal e causar falência renal. 
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 Manifestações 
❖ Podem apresentar-se de quatro a seis horas após a lesão, ou em uma forma mais tardia, 
depois de 48-96 horas. Sendo a dor desproporcional à lesão, dor aos movimentos ativos 
e passivos do grupo de músculos dentro do compartimento, palidez, enchimento capilar 
prejudicado, parestesia e ausência de pulso os principais achados clínicos. 
❖ A dor é um sinal precoce e não deve ser ignorada, sendo caracterizada como pulsante ou 
em queimor, progressiva e persistente, profunda e que não alivia com medicação 
analgésica. A dor também não diminui com a imobilização do membro. 
❖ A parestesia pode ser um sintoma mais tardio e é geralmente descrita como uma 
sensação de queimação, e reflete sofrimento nervoso. O edema do membro é evidente, 
brilhante, duro e quente. Outros sinais tardios incluem paralisia, devido à prolongada 
compressão de nervos e danos musculares irreversíveis, palidez e ausência de pulso. 
❖ A ausência de pulso pode ser verificada na palpação ou com doppler, e sua existência 
não é necessária para o diagnóstico da síndrome compartimental. Ao exame físico ainda 
podemos encontrar equimoses e flictenas. 
❖ 5P 
➢ Pain → Dor 
➢ Parestesias 
➢ Paralisia 
➢ Palidez 
➢ Pulso ausente 
 Tratamento → Após realizar o diagnóstico, devem ser retirados curativos ou talas que 
possam estar contribuindo para o surgimento do quadro. Se não houver melhora, a 
descompressão deve ser realizada urgentemente. Ainda, é importante proceder à 
elevação do membro ao nível cardíaco, com uma contenção elástica e gelo. 
Habitualmente, a descompressão é realizada por meio de uma fasciotomia, ou seja, a 
abertura cirúrgica da fáscia que inclui uma incisão alargada da pele, do tecido celular 
subcutâneo e da fáscia muscular em toda a sua extensão e em todos os compartimentos 
envolvidos, a fim de libertar os tecidos moles comprimidos e aumentar o volume muscular 
provocando, deste modo, a redução imediata da pressão intracompartimental e o 
restabelecimento da perfusão das estruturas contidas nesse compartimento. A ferida 
cirúrgica fica, então, aberta e vai sendo progressivamente encerrada, consoante o grau de 
edema e tensão dos tecidos moles. Também pode ser realizada uma fasciectomia, que 
seria a retirada da fáscia ao invés de apenas abri-la. Sempre quando é a feita a fasciotomia 
com a liberação da aponeurose, faz-se ainda uma dermotomia, pois a pele nesse caso pode 
atuar como um torniquete impedindo a expansão dos tecidos. A conduta pós-operatória 
mais importante será a prevenção das complicações. A posição neutra do membro afetado 
é a mais indicada, pois permite que a perfusão permaneça adequada. É sempre importante 
observar os sinais vitais do paciente, principalmente no controle da pressão, corrigir a 
hipoperfusão com soro fisiológico e se necessário coloides. O manitol pode ser utilizado 
para reduzir a pressão do compartimento e diminuir o prejuízo da reperfusão. 
❖ Acolhimento 
❖ Encaminhar paciente à Sala de Emergência 
❖ Colocar o paciente na maca. Em caso de suspeita de trauma, manter estabilização 
cervical manual 
❖ Avaliação primária e secundária – SAMPLA 
❖ Administrar oxigênio em alto fluxo para manter SatO2 > ou igual a 94% 
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❖ Monitorização e sinais vitais completos 
❖ Acesso venoso calibroso (2) 
❖ Reposição volêmica conforme protocolo de choque 
❖ Avaliar e remover imobilizações ou enfaixamentos circulares apertadas 
❖ Verificar perfusão distal constantemente 
❖ Analgesia → Morfina 1-2mg EV, podendo ser repetido até obter analgesia com vigilância 
nos sinais de hipotensão 
❖ Realizar a mobilização e imobilização adequadas de coluna cervical, tronco e membros 
em maca rígida 
❖ Transferência para o hospital de referência 
14. Defina fasciotomia e cite as indicações 
 A síndrome compartimental relacionado a sobrecarga relacionado ao esforço físico, a dor 
tende a desaparecer em repouso, porém o membro ainda poderá isquemiar na ausência 
de tratamentos(CRENSHAW AH, 1996).Por isso, a terapia é considerada fundamental e, 
em alguns casos, urgente. Os primeiros cuidados a serem providenciados são a 
identificação e remoção de todas as forças compressivas externas, como hematoma, 
tumor e edema. 
 É fundamental, também, a avalição precoce de hipovolemia, acidose metabólica, 
mioglobinemiaa fim de identificar possível comprometimento renal. Administração de 
fluidos por via intravenosa e suplementação de oxigênio pode ser necessária durante o 
tratamento, assim como análise bioquímica do sangue e urinálise. Deve-se, também, 
assegurar a condição normotensa do paciente. O adequado manejo de pacientes 
acometidos pela síndrome compartimental envolve uma atuação multidisciplinar 
podendo requerer a atuação de outras especialidades médicas como ortopedia(RAZAH, et 
al., 2015), cirurgia vascular(FRINKM, et al., 2009)e cirurgia plástica(DONALDSON J, et al., 
2014).Nesse sentido, destaca-se a fasciotomia(CONE J, et al., 2017; DAI AZ, et al., 2017; 
VOLETI PB, et al., 2015, POZZI A, et al., 2014),como método cirúrgico de escolha, que 
resulta na descompressão dos compartimentos musculares(CAMPOS MTG, 
2018).Entretanto, há outros procedimentos que podem ser realizados, como 
endoscopia, mais recentemente, visando redução iatrogênicas, procedimentos 
minimamente invasivos. 
 Além disso, diferente do que se acreditava alguns anos atrás, o valor da pressão 
compartimental no pré-operatório não tem valor prognóstico significativo(WINKES MB, et 
al., 2012; BIEDERT RM, et al., 1997; BOODY AR, et al., 2005).O método de fasciotomia 
tradicional apresenta maior chance de infecção(BLAIR JÁ, et al., 2016)e longos períodos 
de processo cicatricial, de modo que o tempo de retorno as atividades cotidianas e 
que exigem maiores esforços é mais prolongada. 
 Outros possíveis desfechos decorrentes do método tradicional de fasciotomia consistem 
em hematomas, lesão de nervos e vasos, adesão fascial e hemorragia do membro. Nesse 
sentido, MalffulliN, et al, 2015 publicou estudos que avaliaram a fasciotomia 
minimamente invasiva para tratamento da síndrome compartimental lateral ou 
anterolateral não traumática em atletas e seus resultados evidenciaram que 94% dos 
pacientes retornaram às atividades esportivas em 8 a 13 semanas. 
 Dentre técnicas minimamente invasivas presentes na literatura, VoletiPB,et al., 
2015descreveu a técnica de fasciotomia técnica endoscópica, que resultou em baixa 
taxa de complicações e recuperação rápida, permitindo o retorno de atletas ao esporte 
em pouco tempo. Enquanto PozziA,et al., 2014descreveu uma fasciotomia assistida por 
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endoscopia com uma mini-incisão. Foi descrito na literatura que a liberação incompleta do 
compartimento fascial resultava em retorno dos sintomas em 44,7% dos pacientes, então, 
Mathis KE,et al., 2015.Demonstrou que há uma forte relação entre o comprimento da 
fasciotomia e a diminuição da pressão dentro do compartimento. Estabeleceu, também, 
que deve haver liberação de pelo menos 90% do compartimento fascial acometido para 
retorno da pressão intracompartimental para níveis basais. Há relato, também, do 
emprego da sutura elástica como auxiliador no fechamento definitivo da incisão da 
fasciotomia que permitiu a sutura secundária e dispensou o uso de autoenxertia 
cutânea, técnica de manejo fácil e de baixo custo. Assim o procedimento se torna menos 
custoso e contribui para menor tempo de hospitalização quando comparada com a técnica 
a vácuo (CASTELO BRANCO PSM, et al., 2017). 
 A fasciectomia, em geral, tem melhores resultados que a fasciotomia. A fasciectomia pode 
ser realizada por meio de uma incisão longitudinal ou incisão transversal curta seguida de 
ressecção longitudinal de uma faixa da fáscia, utilizando para isso uma tesoura longa 
(ALMEIRA MJ, 2016). 
15. Defina ligadura elástica e cite as indicações 
 Hemostasia prévia ou pré-operatória → É realizada antes da intervenção cirúrgica. Visa 
interromper temporariamente o fluxo sanguíneo para o local da incisão, reduzindo a perda 
sanguínea, proporcionando campo operatório exangue. Mais frequentemente é praticada 
nos membros e tem o objetivo de prevenir hemorragia. Eventualmente, pode ser usada 
em casos de atendimento aos acidentados. Ex. Compressão em massa de membros – Faixa 
de Esmarch, garrote de borracha, faixa pneumática, torniquete; Ligadura elástica na base 
de uma extremidade; Compressão digital de artérias e veias; Compressão manual da aorta, 
da veia cava. 
 O tipo mais empregado de hemostasia prévia é o garroteamento com torniquete 
pneumático. A compressão elástica de membros pode ser obtida mediante aplicação de 
longas tiras elásticas de borracha (Faixa de Esmarch), aplicadas de forma helicoidal no 
sentido das extremidades para as raízes dos membros, muito utilizada na cirurgia 
ortopédica 
 Indicações 
❖ Hemostasia 
❖ Prevenção de TEP 
❖ Hemorragia digestiva alta → Endoscopia 
 Na hemorragia digestiva → É importante salientar que, independentemente da eficácia do 
tratamento medicamentoso, todos os pacientes com suspeita de sangramento varicoso 
devem ser submetidos à endoscopia de emergência e a técnicas endoscópicas para 
interrupção do sangramento, incluindo a ligadura elástica, quando se colocam bandas 
elásticas na coluna da variz, injetando agentes esclerosantes (escleroterapia de varizes) ou 
adesivos teciduais em obturação das varizes gastroesofágicas. Essas técnicas podem 
obliterar as varizes, e a preferência é pela ligadura elástica que apresenta maior evidência 
de benefício. No entanto, varizes gastroesofágicas podem recidivar; portanto, vigilância 
endoscópica e retratamento são necessários. As vantagens da ligadura elástica são 
execução no momento da triagem e menos efeitos colaterais, mas requer treinamento 
adequado para sua realização e há a possibilidade de hemorragia após o procedimento 
16. Explique como é realizada uma arteriografia 
 A arteriografia consiste num método diagnóstico, minimamente evasivo, realizado para 
estudo das doenças arteriais ou doenças com importante participação arterial. O exame 
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exige o acesso ao espaço intravascular de uma artéria, conseguido através de uma punção. 
Realizada a punção arterial, com o uso de cateteres especiais e guias, pode-se navegar por 
dentro das artérias para os mais diversos locais do corpo, orientando-se por imagens em 
tempo real na tela do computador. Uma vez atingido o local de interesse, é injetado 
contraste radiológico e adquiridas imagens digitais, que são processadas e trabalhadas. É 
um método que evoluiu de forma rápida, sendo um procedimento seguro e confiável para 
o diagnóstico de determinas patologias. 
17. Explicar detalhadamente o uso do ultrassom com doppler e da arteriografia no trauma de 
extremidades 
 USG com doppler 
❖ Não invasivo 
❖ Portátil 
❖ Determina IPA 
❖ Grande fator preditivo negativo para lesão vascular importante 
 Arteriografia 
❖ Padrão ouro 
❖ Não deve ser usado rotineiramente 
18. Defina amputação de membros e cite as suas causas 
 Trauma de extremidade em que há perda ou remoção de extremidade do corpo parcial ou 
total. 
 Nas amputações ocorre secção (por corte, arrancamento ou outro tipo de traumatismo) 
de um membro ou de um segmento de um membro. As amputações podem provocar 
hemorragias muito importantes e levar à perda irreversível da parte amputada. A parte 
amputada deve acompanhar sempre a vítima ao hospital. Deve ser mantida seca, dentro 
de um saco de plástico fechado, que deve ser colocado dentro de outro e envolto em gelo. 
Deve seguir para o hospital fora da vista da vítima. 
 
 
 
Referências bibliográficas 
Aula de Dr. Felipe Góis (17/09/2021) 
ATLS: Advanced Trauma Life Support for Doctors. American College of Surgeons. 10 a edição. 
2018. 
Ferreira, L.M., Odo, L.M. Guia de Cirurgia: Urgências e Emergências, 1 ª edição. São Paulo: 
Editora Manole, 2001. 
Schlickmann, P. F., Serra, V. D., de Carvalho, A. G., & de Souza, H. P. (2012).Trauma de 
extremidades: avaliação e manejo inicial das lesões graves e ameaçadoras da vida. Acta 
méd.(Porto Alegre), 5-5. 
Romero, M. G., & Mesa, D. A. P. Trauma vascular de extremidades. 
Cury Filho, J. M. (1993). Síndrome de compressäo dos compartimentos osteofasciais e seu 
tratamento: a fasciotomia. Rev. angiol. cir. vasc, 56-67. 
de Sousa Costa, P. L., de Almeida Carneiro, A., da Silva, A. F. T., de Macedo, B. F. S., Hanna, M. 
B. S., Pantoja, C. L., & Braga, F. B. (2019). Tratamento da síndrome compartimental: Artigo de 
atualização. Revista Eletrônica Acervo Saúde, (30), e1167-e1167.

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