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SISTEMA COMPLEMENTO

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DEFINIÇÃO
- O sistema complemento é composto por várias proteínas plasmáticas que trabalham juntas
na oponização de microorganismos, na promoção do recrutamento de fagócitos para o
sítio de infecção e em alguns casos, na morte direta de patógenos (Abbas 8ª ed.).
HISTÓRICO
PROTEÍNAS DO SISTEMA DO COMPLEMENTO
- Conjunto de 20 proteínas (aproximadamente) solúveis no organismo, em sua forma inativa
fisiologicamente e serão ativadas por estímulos externos.
ATIVAÇÃO E FUNÇÃO EFETORA DO SISTEMA COMPLEMENTO
VIAS DE ATIVAÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO
- Elemento da imunidade inata;
- 20 proteínas solúveis inativas que são ativadas por estímulos estranhos;
- Classificação das formas distintas de ativação: clássica, alternativa e das lectinas - podem ser
concomitantes, produzindo todas as três frações solúveis que eliminam o antígeno.
VIA CLÁSSICA
- Ocorre quando já existe a formação da imunidade adaptativa humoral;
- Necessidade da imunidade adaptativa para sua ativação - mesmo que seja da imunidade
inata;
ETAPAS DA VIA CLÁSSICA
(1) Após a formação da imunidade adaptativa humoral, anticorpos da classe IgG ou IgM irão
se ligar aos receptores de superfície do antígeno e o complexo antígeno-anticorpo expõe
na região Fc, sítios de interação com a primeira fração do sistema complemento, a C1.
* O sítio combinatório está na Fab interagindo com o antígeno e a região Fc está exposta para
servir de ponte na eliminação do antígeno - no caso da imagem o mecanismo de eliminação do
antígeno é a ativação do sistema complemento.
(2) C1 ligado ao complexo antígeno-anticorpo se torna ativado e quebra C4 (C4a/C4b) e C2
(2a/2b).
(3) Ativação do complexo C4b2a (C3-convertase).
(4) Indução da formação do complexo C4b2aC3b (C5-convertase) - início da via efetora
comum.
VIA ALTERNATIVA
- Descoberta após a via clássica - maior importância na defesa do organismo;
- Não é necessário da formação da imunidade adaptativa humoral para garantir a ativação do
sistema complemento;
- O próprio patógeno pode ativar o sistema complemento;
ETAPAS DA VIA ALTERNATIVA
(1) Vários microorganismos são revestidos por uma cápsula de moléculas de água que são
capazes de hidrolisar a fração C3 (inativa solúvel nos líquidos orgânicos) .
(2) O C3 ao tocar na superfície aquosa do microorganismo, sofre hidrólise e forma o
fragmento C3b.
(3) O fragmento C3b se liga à proteína fator Bb, quebra a proteína, e o fragmento maior fica
aderido a ele formando a enzima C3bBb (C3-convertase).
(4) A C3-convertase amplifica a produção de C3b que desempenham sua função inflamatória
e quando em excesso se ligam a C3Bb formando o complexo C3bBbC3b (C5-convertase) -
início da via efetora comum.
VIA DAS LECTINAS
- Não é necessária a imunidade adaptativa humoral;
- O patógeno expressa a manose (açúcar comum na superfície de bactérias, vírus e
protozoários).
ETAPAS DA VIA DAS LECTINAS
(1) A manose é um açúcar presente na superfície de patógenos que pode ligar-se a fração
proteica ligante de manose conhecida como MBL, se tornando ativada.
(2) Ao ser ativada, a fração proteica MBL age sobre C4 e C2 produzindo os fragmentos C4b e
2a.
(3) Os fragmentos C4b e 2a formam o complexo C4b2a (C3-convertase).
(4) O complexo C4b2a clivam C3 (C3a/C3b).
(5) Formam o complexo C4b2aC3b (C5-convertase).
VIA EFETORA OU TERMINAL DO SISTEMA COMPLEMENTO
- Inicia-se com a C5-convertase (C4b2a3b) - C5a/C5b
- Via clássica e das lectinas: C4b2a3b
- Via alternativa: C3bBb3b
Abbas, 8º ed.
ETAPAS DA VIA EFETORA
(1) Clivagem da C5-convertase em C5a (solúvel em líquidos orgânicos e participação na
resposta inflamatória) e C5b (se une ao C6, C7 e C8 formando o complexo C5bC6C7C8).
FUNÇÕES DAS FRAÇÕES BIOLOGICAMENTE ATIVAS DO SISTEMA COMPLEMENTO
Abbas, 8º ed.
FORMAÇÃO DO MAC E LISE
- Complexo de ataque à membrana.
MAC
- A função do MAC é a lise celular;
- Complexo de ataque à membrana;
- Formação de um poro constituído de moléculas de C9.
PROPRIEDADES BIOLÓGICAS DOS FRAGMENTOS GERADOS DURANTE A ATIVAÇÃO DO
COMPLEMENTO
OPSONIZAÇÃO FRAÇÃO C3b E OUTRAS
- Patógenos recobertos por C3b são facilmente fagocitados;
- CR1, CR2, CR3 e CR4 são receptores para C3b presentes em macrófagos e PMNs.
ESTÍMULOS PRÓ-INFLAMATÓRIOS
ANAFILATOXINAS
- Induzem uma reação semelhante a reação anafilática na qual há a liberação de histamina
resultando na vasodilataão e edema.
QUIMIOTAXIA
- C5a e C5b67 são fatores quimiotáticos para PMN (neutrófilo).
AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA
- C3b
- Liberação de histamina
RESUMINDO…

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