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25/09/2021 14:45 Teste: Primeira Prova ON LINE
https://pucminas.instructure.com/courses/82931/quizzes/237090/take 1/14
Primeira Prova ON LINE
Iniciado: 25 set em 14:18
Instruções do teste
INSTRUÇÕES DA PRIMEIRA PROVA ON LINE
A prova tem a duração de 90 minutos.
Ao clicar em Primeira Prova ON LINE, no menu “tarefas” você iniciará a prova. A partir daí, você
deverá realizar a avaliação valendo-se de 1 (uma) única tentativa.
Ao final da prova não se esqueça de enviá-la clicando no botão “ENVIAR TESTE”. Só utilize
esse botão quando tiver finalizado a avaliação.
Não deixe para começar no final do turno, pois assim você terá menos tempo para a realização
da avaliação. Exemplo: a prova se encerra às 19h30min, se o aluno começar às 19 horas terá
somente 30 minutos para a realização.
Atenção, mesmo abrindo e fechando o navegador o tempo de realização continuará contando
após iniciada a avaliação.
Utilize preferencialmente o navegador Google Chrome.
Caso sua avaliação possua questões discursivas que requeiram um envio de arquivo, anexe o
arquivo em formato PDF. 
ATENÇÃO: Todas as provas iniciadas e que não houverem sido submetidas, serão
automaticamente encerradas pelo sistema transcorridos os 90 minutos de duração.
2 ptsPergunta 1
Considerando um breve histórico da humanidade, desde as origens e passando
pelo longo processo que nos fez chegar até aqui, transitando entre o mundo
humano e o mundo natural, podemos constatar que tudo isto só foi possível
graças à nossa extraordinária capacidade de cooperar, imaginar e fantasiar,
construindo e reconstruindo mundos imaginados, sonhados e amados.
Até hoje os mitos compartilhados nos faz ir adiante nessa jornada pela terra. Nas
sociedades medievais, onde a visão ou sentimento de mundo concebia a
realidade toda fortemente hierarquizada e divinamente organizada, falava-se
muito em fraternidade para dizer que todos são filhos e filhas de um mesmo Pai.
Com o advento da modernidade, que irrompe com a supremacia do novo e com a
ideia de progresso, a fraternidade passou a se chamar solidariedade. Este valor
tornou-se, hoje, indispensável para subsistência das sociedades
contemporâneas, cada vez mais complexas e marcadas por conflitos internos de
toda ordem.
25/09/2021 14:45 Teste: Primeira Prova ON LINE
https://pucminas.instructure.com/courses/82931/quizzes/237090/take 2/14
a religião, por se situar apenas na esfera do sagrado, está imune às contradições que
marcam o mundo profano. Por isso, na atuação dos grupos religiosos a única forma de
solidariedade encontrada é a universal.
no Capítulo “O Deus dos oprimidos”, do livro “O que é religião?”, de R. Alves, podemos
identificar os dois tipos de solidariedade, a partir da noção de “ambivalência da religião”,
trabalhada nele.
numa sociedade onde constatamos a propaganda oficial para o ódio e crescimento
inversamente proporcional entre riqueza e pobreza, não há espaço para atuar e
desenvolver ações no sentido de minimizar o sofrimento dos outros.
sendo as sociedades atuais complexas e marcadas por conflitos, devemos escolher a
solidariedade grupal pois somente por meio dela conseguiremos nos salvar e salvar os
membros da nossa família e dos nossos grupos.
Neste contexto, torna-se muito importante saber distinguir a solidariedade moral
da solidariedade grupal. 1) A Solidariedade grupal se dá na relação entre
pessoas que participam em determinada coisa, já que do esforço de todas elas
depende o êxito da causa comum. Por exemplo, há “solidariedade” entre os
membros do Ku Klux Klan quando se ajudam uns aos outros na eliminação dos
negros e têm todo o cuidado em não se delatar mutuamente. Perceba que este
tipo de solidariedade não é um valor moral, pois, aqui, muitos investem seus
esforços em uma causa moralmente indefensável e, portanto, injusta. 2) A
Solidariedade moral se refere à atitude de uma pessoa que se interessa por
outras e se esforça pelos empreendimentos ou assuntos dessas outras pessoas.
A solidariedade, neste caso, não é indispensável para a própria subsistência,
porque posso sobreviver mesmo que os outros pereçam, no entanto, o que é
muito duvidoso é que possa sobreviver bem. Porque acontece que nós não só
queremos viver, mas viver bem, e é difícil fazer isso sendo indiferentes ao
sofrimento dos outros.
Pois bem, o segundo tipo de solidariedade é sempre um valor moral. A
solidariedade, como valor moral, não é portanto grupal, e sim universal. E uma
solidariedade universal contrapõe-se inevitavelmente ao individualismo fechado,
à independência total e às “morais de estábulo”, ou seja, às endogamias, aos
nepotismos e aos comunitarismos excludentes.
 
Com base nos estudos que fizemos até aqui e no texto acima, é correto afirmar
que
2 ptsPergunta 2
25/09/2021 14:45 Teste: Primeira Prova ON LINE
https://pucminas.instructure.com/courses/82931/quizzes/237090/take 3/14
O sagrado não é uma eficácia inerente às coisas, pois coisas e gestos se tornam
sagrados quando os homens os batizam como tais.
É a experiência profana que possibilita ao ser humano construir uma vida com referência
e sentido, devida à homogeneidade que a caracteriza.
É impossível que a existência humana transcorra nas duas esferas, tendo o homem que
escolher entre o sagrado e o profano.
O mundo medieval é caracterizado por uma realidade que se apresenta bipartida entre o
sagrado e o profano.
O ser humano, ao contemplar o mundo de forma sagrada, dá a ele nova
categorização, pois “o Mundo deixa-se perceber como Mundo, como cosmos, à
medida que se revela como mundo sagrado”. O espaço sagrado permite que se
obtenha um “ponto fixo”, possibilitando, portanto, a orientação na homogeneidade
caótica, a “fundação do mundo”, o viver real. A experiência profana, ao contrário,
mantém a homogeneidade e portanto a relatividade do espaço. Já não é possível
nenhuma verdadeira orientação, porque o “ponto fixo” já não goza de um estatuto
ontológico único; aparece e desaparece segundo as necessidades diárias. “O
sagrado é apreendido como algo que ‘salta para fora’ das rotinas normais do dia
a dia, como algo extraordinário e potencialmente perigoso, embora seus perigos
possam ser domesticados e sua força aproveitada para as necessidades
cotidianas”. É uma experiência que possibilita ao ser humano construir uma vida
com referência e sentido. Em oposição, está o profano, que são os fenômenos
que não “saltam para fora”, fazendo referência somente à rotina da vida cotidiana.
Articulando os termos, se tem: “O sagrado e o profano constituem duas
modalidades de ser no Mundo, duas situações existenciais assumidas pelo
homem ao longo da sua história”. Coisas e pessoas tornam-se sagradas,
dependendo do sentido simbólico que se atribui a elas.
 
Adaptado de: ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. São Paulo: Martins
Fontes, 2001.
Disponível em: <
https://gepai.yolasite.com/resources/O%20Sagrado%20E%20O%20Profano%20-
%20Mircea%20Eliade.pdf>. Acesso em: 20/02/2021.
 
De acordo com o trecho acima e com o que você já aprendeu sobre o fenômeno
religioso, é correto o que se afirma em:
25/09/2021 14:45 Teste: Primeira Prova ON LINE
https://pucminas.instructure.com/courses/82931/quizzes/237090/take 4/14
2 ptsPergunta 3
https://drive.google.com/drive/folders/1onN1rYJfBuTQfcjxC4UdCa6PrSVsAYc7
O que caracteriza a experiência de Deus é que ela experimenta, nesse espaço,
uma presença onipresente, a presença mesma do Sentido radical. Experiência
absolutamente única [...] nenhuma presença particular pode, por definição,
ocupar o campo total do sentido. Por isso mesmo o Sentido radical, como
presença onipresente, é rigorosamente transcendente a toda presença particular.
E como as presenças particulares não se somam numa totalidade de sentido, o
Sentido radical é a um tempo presente e absolutamente transcendente. No
entanto, ele não é inexprimível ou inefável e eis porque podemos falar de uma
experiência de Deus.
 VAZ, Henrique C. de Lima. Escritos de filosofia I: problemas de fronteira. São
Paulo: Loyola, 1986. p. 252. 
 
Analise as afirmações abaixo.
I.A experiência é um movimento de saída de si para perceber a realidade a partir
de outro ponto de vista, de vários lados, e, sobretudo, aprender com o novo, se
aprimorando.
II. Simbolicamente, podemos distinguir “vivenciar” - viver, de colocar a vida em
movimento despreocupadamente -, de “experienciar”, processo reflexivo sobre
vivências.
III. Se religião vem de “religare”, considera-se religião somente aquelas
experiências religiosas que propõem uma relação pessoal e vertical com Deus,
como tentativa de restabelecer vínculos perdidos.
IV. Experiência de Deus é experiência do sentido radical e do amor pleno, algo
que pode acontecer nas mais diversas e inesperadas situação da nossa vida, a
um tempo presente e absolutamente transcendente.
 
25/09/2021 14:45 Teste: Primeira Prova ON LINE
https://pucminas.instructure.com/courses/82931/quizzes/237090/take 5/14
I, II, III e IV.
I e II, apenas.
III e IV, apenas.
I, II e IV, apenas.
A partir do que já tratamos sobre o fenômeno religioso, em “Experiência e
linguagem” e do texto acima, é correto o que se afirma em:
2 ptsPergunta 4
No Capítlo A voz do desejo, do livro O que é religião?, escreve Rubem Alves:
“Freud estava convencido de que os nossos desejos, por mais fortes que fossem,
estavam condenados ao fracasso. E isto porque a realidade não foi feita para
atender aos desejos do coração. A intenção de que fôssemos felizes não se acha
inscrita no plano da Criação. A realidade segue seu curso férreo, em meio às
nossas lágrimas e surda a elas. Envelhecemos, adoecemos, sentimos dores,
nossos corpos se tornam flácidos, a beleza se vai, os órgãos sexuais não mais
respondem aos estímulos do odor, da vista, do tato, e a morte se aproxima
inexorável. Não há desejo que possa alterar o caminhar do ‘princípio da
realidade’”.
(ALVES, Rubem. O que é religião? São Paulo: Loyola, 2008, pp. 90 - 91).
 
A partir texto acima e com base em outros conhecimentos, avalie as afirmações
abaixo.
 
Afirmação Julgamento
I. De acordo com o Capítulo “As flores
sobre as correntes”, os patrões
demonstram preocupação com os
desprovidos da sociedade de consumo,
permitindo-lhes acesso aos bens
desejados.
Verdadeira /
Falsa
25/09/2021 14:45 Teste: Primeira Prova ON LINE
https://pucminas.instructure.com/courses/82931/quizzes/237090/take 6/14
Verdadeira / Falsa / Falsa
Falsa / Verdadeira / Falsa
Falsa / Falsa / Verdadeira
Verdadeira / Falsa / Verdadeira
 
II. O capitalismo atual não permite que as
empresas privadas desenvolvam ações
sociais, pois o seu foco é o lucro dos
acionistas e, cabe exclusivamente ao
Estado a função de implementar ações
afirmativas.
 
Verdadeira /
Falsa
III. Em relação à nossa estrutura
desejante, o problema não está em
acessar os objetos desejados, em
alcançá-los, mas sim em acreditar que
eles vão nos tornar completos e felizes
mesmo diante de uma realidade que nega
o desejo.
 
Verdadeira /
Falsa
 
 
As afirmações I, II e III, na sequência, são:
2 ptsPergunta 5
O teólogo Jung Mo Sung, Professor no Programa de Pós-graduação em Ciências
da Religião da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) afirma que “os
centros comerciais contemporâneos assumiram um papel de religiosidade [...]
25/09/2021 14:45 Teste: Primeira Prova ON LINE
https://pucminas.instructure.com/courses/82931/quizzes/237090/take 7/14
I, II e IV.
II, III e IV.
I e II.
II.
Antes ia-se à igreja para se recuperar a pureza. Hoje as pessoas vão ao
shopping. A verdadeira catedral do mundo contemporâneo é o shopping”.
Para ele, a saída de mais esse impasse contemporâneo é uma hipótese: “um
mito se combate com outro mito”. A proposta, defende, é estudar o apóstolo
Paulo, um dos mais importantes escritores do cristianismo, independentemente
de se acreditar ou não em Deus. De acordo com Mo Sung, “Paulo conseguiu uma
coisa que a gente não está conseguindo: criar comunidades de resistência frente
ao império. Ele tem alguma coisa a nos ensinar”.
As citações acima são de uma palestra que o professor ministrou, em São Paulo,
no ano de 2016.
Em 1921, o filósofo Walter Benjamin escreveu um fragmento intitulado “O
capitalismo como religião”, vindo a ser publicado somente em 1985. Na década
de 70, na América Latina, sem ter conhecimento dos textos de Walter Benjamim,
teólogos da Libertação como Hugo Assmann, Pablo Richard, Franz Hinkelammert
e Jung Mo Sung, este último autor de Teologia e Economia, também levantaram
tal hipótese, associando capitalismo e religião.
 
Considere a associação feita entre capitalismo e religião e analise as afirmações
abaixo:
I. Os centros comerciais ou shopping centers corroboram a afirmação de que,
atualmente, não há mais espaço para a religiosidade.
II. Os pobres, considerando o capitalismo como religião, são culpados e excluídos
da graça, conquanto são condenados à exclusão social
III. Onde se afirma a vontade de Deus, a religião capitalista se expressa como a
vontade dos mercados.
IV. Os shopping centers e os centros comerciais são templos da nova religião na
contemporaneidade.
 
É correto apenas o que se afirma em:
25/09/2021 14:45 Teste: Primeira Prova ON LINE
https://pucminas.instructure.com/courses/82931/quizzes/237090/take 8/14
2 ptsPergunta 6
No último capítulo do livro “O que é religião?”, o autor Rubem Alves recorre a
uma fábula para descrever a nossa condição num mundo petrificado pelo hábito.
“Num lugar não muito longe daqui havia um poço fundo e escuro onde, desde
tempos imemoriais, uma sociedade de rãs se estabelecera. Tão fundo era o poço
que nenhuma delas jamais havia visitado o mundo de fora. Estavam convencidas
que o universo era do tamanho do seu buraco. Havia sobejas evidências
científicas para corroborar esta teoria e somente um louco, privado dos sentidos e
da razão, afirmaria o contrário. Aconteceu, entretanto, que um pintassilgo que
voava por ali viu o poço, ficou curioso, e resolveu investigar suas profundezas.
Qual não foi sua surpresa ao descobrir as rãs! Mais perplexas ficaram estas, pois
aquela estranha criatura de penas colocava em questão todas as verdades já
secularmente sedimentadas e comprovadas em sua sociedade. O pintassilgo
morreu de dó. Como é que as rãs podiam viver presas em tal poço, sem ao
menos a esperança de poder sair? Claro que a ideia de sair era absurda para os
batráquios, pois, se o seu buraco era o universo, não poderia haver um ‘lá fora’. E
o pintassilgo se pôs a cantar furiosamente. Trinou a brisa suave, os campos
verdes, as árvores copadas, os riachos cristalinos, borboletas, flores, nuvens,
estrelas. . . o que pôs em polvorosa a sociedade das rãs, que se dividiram.
Algumas acreditaram e começaram a imaginar como seria lá fora. Ficaram mais
alegres e até mesmo mais bonitas. Coaxaram canções novas. As outras
fecharam a cara. Afirmações não confirmadas pela experiência não deveriam ser
merecedoras de crédito, elas alegavam. O pintassilgo tinha de estar dizendo
coisas sem sentido e mentiras. E se puseram a fazer a crítica filosófica,
sociológica e psicológica do seu discurso. A serviço de quem estaria ele? Das
classes dominantes? Das classes dominadas? Seu canto seria uma espécie de
narcótico? O passarinho seria um louco? Um enganador? Quem sabe ele não
passaria de uma alucinação coletiva? Dúvidas não havia de que o tal canto havia
criado muitos problemas. Tanto as rãs dominantes quanto as rãs dominadas (que
secretamente preparavam uma revolução) não gostaram das ideias que o canto
do pintassilgo estava colocando na cabeça do povão. Por ocasião de sua próxima
visita o pintassilgo foi preso, acusado de enganador do povo, morto, empalhado e
as demais rãs proibidas, para sempre, de coaxar as canções que ele lhes
ensinara. . .”
(ALVES, Rubem. O que é religião? São Paulo: Loyola, 2008, pp. 117 - 118).
 
Avalie as asserções abaixo e a relação proposta entre elas.
25/09/2021 14:45 Teste: Primeira Prova ON LINE
https://pucminas.instructure.com/courses/82931/quizzes/237090/take 9/14
as asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta
daI.
a asserção I é uma proposição verdadeira e, a II é uma proposição falsa.
as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
a asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira e I e II se
contradizem.
 
I. Há semelhanças entre o poço das râs e a nossa sociedade capitalista, de
consumo. Estando os interesses individuais acima do bem comum, pessoas se
submetem e são submetidas a situações, muitas vezes, degradantes e até
vexatórias em nome da ordem ideológica, econômica, política e legal
estabelecida (establishment).
PORQUE
II. Ninguém contou uma história diferente daquela que cada pessoa está
acostumada a ouvir. No poço, nenhuma voz cantou a esperança de algo novo;
ninguém ousou indicar novos rumos, como, por exemplo, para a necessidade de
se fazer sacrifícios em função de um bem maior. A nota é uma só: o mundo é o
meu mundo.
 
É correto o que se afirma em:
12 ptsPergunta 7
A característica verdadeiramente única da nossa linguagem não é sua
capacidade de transmitir informações sobre coisas as coisas. É a capacidade de
transmitir informações sobre coisas que não existem. Até onde sabemos, só os
sapiens podem falar sobre tipos e mais tipos de entidades que nunca viram,
tocaram ou cheiraram.
Lendas, mitos, deuses e religiões apareceram pela primeira vez com a Revolução
Cognitiva. Antes disso, muitas espécies animais e humanas foram capazes de
dizer: “Cuidado! Um leão!”. Graças à Revolução Cognitiva, o Homo sapiens
adquiriu a capacidade de dizer: “O leão é o espírito guardião da nossa tribo”.
25/09/2021 14:45 Teste: Primeira Prova ON LINE
https://pucminas.instructure.com/courses/82931/quizzes/237090/take 10/14
Essa capacidade de falar sobre ficções é a característica mais singular da
linguagem dos sapiens.
Mas a ficção nos permitiu não só imaginar coisas como também fazer isso
coletivamente. Podemos tecer mitos partilhados, tais como a história bíblica da
criação, os mitos do Tempo do Sonho dos aborígenes australianos e os mitos
nacionalistas dos Estados modernos. Tais mitos dão aos sapiens a capacidade
sem precedentes de cooperar de modo versátil em grande número. Formigas e
abelhas também podem trabalhar juntas em grande número, mas elas o fazem de
maneira um tanto rígida, e apenas com parentes próximos. Lobos e chimpanzés
cooperam de forma muito mais versátil do que formigas, mas só o fazem com um
pequeno número de outros indivíduos que eles conhecem intimamente. Os
sapiens podem cooperar de maneiras extremamente flexíveis com um número
incontável de estranhos. É por isso que os sapiens governam o mundo, ao passo
que as formigas comem nossos restos e os chimpanzés estão trancados em
zoológicos e laboratórios de pesquisa.
Adaptado de:
HARARI, Yuval Noah. Sapiens: uma breve história da humanidade. Trad. Janaína
Marcoantonio. Porto Alegre: L&PM, 2015, pp.32-33.
A partir do texto acima e com base no que você já aprendeu aqui sobre o
fenômeno religioso, redija um texto dissertativo argumentativo de, no máximo, 15
linhas (ABNT: tamanho 12, fonte Arial ou Times New Roman, recuo de 3 cm nas
margens sup. e esq. e 2 cm inf. e dir.), mostrando a importância que têm as
faculdades fantasia e imaginação da nossa mente na construção do mundo da
cultura, dos símbolos, na tentativa de atender aos anseios do desejo e às
aspirações do amor.
 Em sua argumentação, aborde, pelo menos, os seguintes aspectos:
 
a) Possibilidades e limites da humanização através da experiência religiosa; (4
pontos)
b) fantasia e imaginação em contraposição à mentira, à falsidade; (4 pontos)
c) a experiência religiosa e a possibilidade da experiência de Deus. (4 pontos)
Editar Visualizar Inserir Formato Ferramentas Tabela
12pt Parágrafo
25/09/2021 14:45 Teste: Primeira Prova ON LINE
https://pucminas.instructure.com/courses/82931/quizzes/237090/take 11/14
p 0 palavras </>
3 ptsPergunta 8
Jeferson é graduando da PUC Minas e, um dia desses, no intervalo para o café,
conversava com alguns colegas de trabalho sobre uma pesquisa acadêmica que
tinha que fazer. O seu grupo de trabalho, na Universidade, havia escolhido,
dentre as diversas tradições religiosas dadas, pesquisar sobre as crenças, a
organização da comunidade e as práticas religiosas de duas das principais
religiões afro-brasileiras: Candomblé e Umbanda.
Bernardo e Ivan, seus colegas de setor, foram veementes na tentativa de
convencer Jeferson de que o final de semana não deveria ser usado para esse
tipo de coisa. Jeferson tentou argumentar, falando do quanto que a Disciplina de
Cultura Religiosa, que ele está cursando neste Semestre, tem ajudado a entender
melhor a sociedade, a diversidade cultural brasileira e, acima de tudo, a
desenvolver habilidade social de aprender a se colocar no lugar dos outros.
Bernardo o interrompeu:
- “Ôhhh, velho, entre no site ..., copie qualquer coisa de lá e entrega. Na
faculdade em que estudei nem tinha nada disso, vai por mim, mano!”
Completou Ivan:
pt a ág a o
25/09/2021 14:45 Teste: Primeira Prova ON LINE
https://pucminas.instructure.com/courses/82931/quizzes/237090/take 12/14
traduzam a linguagem religiosa para uma linguagem acessível a todos.
harmonizem o Estado democrático com uma visão de mundo secularista.
contestem a verdade das visões religiosas do mundo.
apresentem uma fundamentação religiosa para discussões públicas.
- “É... E tem mais, não faz bem ficar mexendo com essas coisas de macumba
não. Isso é perigoso e faz mal. Um amigo meu que é cristão disse que isso é
coisa do demônio. Veio, perde tempo com isso não!”
Um dos líderes do setor, que parecia não estar nem ouvindo a conversa, resolveu
intervir.
- Cidadãos secularizados, ateus, agnósticos, indiferentes etc. deveriam se
esforçar para conhecer as diversas perspectivas religiosas. Pois só assim
vencerão seus preconceitos e, como cidadãos de um Estado Democrático de
Direito, jamais negarão que haja, em princípio, um potencial de racionalidade
embutido nas cosmovisões religiosas, nem contestarão o direito dos cidadãos
religiosos a dar, em uma linguagem religiosa, contribuições para as discussões
públicas. Numa cultura política liberal podemos, inclusive, manter a expectativa
de que os cidadãos mencionados acima participarão dos esforços destinados à
tradução para uma linguagem publicamente acessível das contribuições
relevantes, contidas na linguagem religiosa
 
O texto acima ilustra um pouco do preconceito presente em nossa sociedade e a
postura esperada de todos os cidadãos numa democracia. De acordo com a fala
do líder do setor de Jeferson, espera-se que os cidadãos secularizados, ateus,
agnósticos, indiferentes etc.
3 ptsPergunta 9
Entre rigidez ao ritual, por um lado, e desconsideração identitária, por outro,
emerge a terceira via, que é o equilíbrio equitativo. O cristianismo divulgou,
durante séculos, a imagem de um Deus rígido, distante e punitivo. Ele registrava
o mal feito pelos fiéis e pouco reconhecia as suas boas ações. A vivência
possível desse Deus era negativa. Sung (1991) caracteriza essas imagens com
as seguintes expressões: “Papai do céu castiga”, “Tudo que é bom é pecado”,
25/09/2021 14:45 Teste: Primeira Prova ON LINE
https://pucminas.instructure.com/courses/82931/quizzes/237090/take 13/14
I e III, apenas.
I e II, apenas.
I, II e III.
I, apenas.
“Deus sabe o que faz”, “Deus explica os mistérios” e “Deus legitima a opressão
social”; caricaturas que apontam para um centramento nas normas e verdades
ditadas e não na vida e no amor revelados, afastando, assim, os fiéis da
experiência profunda do mistério transcendente, sentido radical e amor pleno
(PANASIEWICZ, Roberlei. Categorização de experiências transcendentais: uma
leitura da religiosidade, da fé e da religião. Rev. Pistis Prax., Teol. Pastor.,
Curitiba, v. 5, n. 2, p. 587-611, jul./dez. 2013, p. 607. Disponível em:
<https://periodicos.pucpr.br/index.php/pistispraxis/article/view/12962/12290
 (https://periodicos.pucpr.br/index.php/pistispraxis/article/view/12962/12290) >.
Acesso em: 14/02/2019.Avalie as afirmações a seguir.
I. Tanto no âmbito da fé antropológica, quanto no âmbito da fé religiosa há a
possibilidade de se fazer a experiência do sentido, sem a qual a existência
humana se torna inviável. Contudo a fé religiosa se caracteriza por uma
qualificação maior da fé antropológica.
II. Quando a pessoa passa da experiência da fé religiosa para a experiência de
Deus, ela dá um salto qualitativo, cujas consequências práticas são a percepção
de um sentido mais profundo da vida, estabelecendo uma relação humanamente
rica e respeitosa em todos os sentidos.
III. A experiência de Deus se dá em raros momentos da existência. Trata-se de
algo tão incomum e extraordinário que seu ineditismo exige que se registre, como
ocorrem com os grandes acontecimentos tais como a "sarça ardente" ou
situações em que o céu se abriu e de lá se ouviu fortes vozes (conforme narra a
literatura sagrada).
 
É correto o que se afirma em,
https://periodicos.pucpr.br/index.php/pistispraxis/article/view/12962/12290
25/09/2021 14:45 Teste: Primeira Prova ON LINE
https://pucminas.instructure.com/courses/82931/quizzes/237090/take 14/14
Salvo em 14:41 Enviar teste

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