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Resumo Clínica Cirúrgica - Bruna Krug

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CLÍNICA CIRÚRGICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRUNA REIS KRUG ATM 2023/2 MEDICINA ULBRA 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
2 
 
SUMÁRIO 
Ambiente Cirúrgico .......................................................................................................................................................................................................................................................... ...3 
Anestesia loco-regional .................................................................................................................... ..................................................................................................................... ..........6 
Feridas: classificação e tratamento ......................................................................................... ....................................................................................................................... .........9 
Avaliação Pré-operatória .................................................................................................................. .......................................................................................................... ...................12 
Avaliação Pós-operatória .................................................................................................................. ............................................................................................... .............................14 
Lesões Cutâneas de Tratamento Cirúrgico ..................................................................................... .................................................................................................. ...................16 
Fundamentos da Cirurgia ..................................................................................................... ............................................................................................................. .............................18 
Incisões Cirúrgicas ......................................................................................................... ................................................................................................... ................................................19 
Cicatrização ................................................................................................................ ............................................................................... ..........................................................................21 
Antibioticoprofilaxia ....................................................................................................... ...................................................... ...........................................................................................23 
Queimaduras ................................................................................................................. .....................................................................................................................................................26 
Cirurgia Oncológica ......................................................................................................... ............................................................................................................................................ .....29 
Mordeduras e Picadas................................................................................................................................................................................................... ..................................................30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
3 
 
AMBIENTE CIRÚRGICO 
Assepsia: ausência de germes. Ex.: materiais esterilizados com autoclave. 
Antissepsia: diminuição do número de germes. Ex.: escovação do cirurgião, antissepsia do paciente antes da cirurgia. 
 
1. ZONAS DO BLOCO: 
 
• PROTEÇÃO (“AVE”): 
- Área de transferência (entre o bloco e a sala de recuperação); 
- Vestiários; 
- Expurgo; 
• LIMPA: secretaria, conforto médico (estar médico), sala de 
anestesia, sala de recuperação, sala de condicionamento do 
material, sala de serviços auxiliares e sala de equipamentos; 
• ESTÉRIL (“SO L CA”): 
- Sala de Operação; 
- Lavabo; 
- Corredor de Acesso. 
 
2. SALA CIRÚRGICA: 
 
3. EQUIPE CIRÚRGICA: 
 
• Cirurgião; 
• Auxiliares; 
• Instrumentador; 
• Anestesista; 
• Circulante: não precisa estar paramentado! 
 
4. MATERIAIS CIRÚRGICOS: 
A divisão do material é feita em 6 categorias: diérese, hemostasia, preensão, separação, síntese e especiais. 
DIÉRESE 
Objetivo: gerar descontinuidade do tecido – punção, divisão, divulsão, descolamento, curetagem, dilatação. 
Instrumentos: 
Área não restrita: 
Circulação sem 
paramentação. 
 
 
Área 
Restrita 
 
 
Fluxo de Materiais (unidirecional): 
 
EXPURGO (sujo) 
↓ 
REPARO DE MATERIAL E CARGA DE AUTOCLAVE (limpo) 
↓ 
RETIRADA NO MATERIAL E DEPÓSITO NA ÁREA ESTÉRIL 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
4 
 
BISTURI: fazer incisões, possui uma lâmina muito afiada. Há diversos tamanhos de cabo e tipos de lâminas para funções 
específicas. 
• Cabo nº 3: destinado para lâminas pequenas (9 a 17) em cirurgias mais delicadas, cujos formatos são variáveis 
e adaptados a determinada função. 
• Cabo nº 4: se destina para lâminas maiores (18 a 50). 
TESOURA: função de cortar tecidos orgânicos como gaze, fios, borracha, plásticos e de dissecar tecidos. Tesouras de 
pontas curvas são mais usadas para dar melhor visibilidade em regiões profundas. A Tesoura reta mais usada na 
superfície para a secção de fios. 
• Tesoura de dissecção: pontas finas e delicadas, pode executar atos de 
secção e divulsão ou descolamento alternadamente. Não deve ser usada 
para secção de fios ou outros materiais. Ex: Metzenbaum curva e Mayo 
curva, tesoura de Mayo. 
 
• Tesoura de uso geral (tesoura de fio): mais robusta e resistente, usada para 
secção de fios ou outros materiais. Ex: tesoura de fio. 
 
HEMOSTASIA 
São as pinças hemostáticas, destinadas a pinçamentos de pequenos vasos sangrantes para ligadura e para pinçar 
fios de sutura e tecidos orgânicos (aponeurose, peritônio...). Possuem argolas e cremalheiras para manter as pontas 
fechadas em vários graus de preensão. 
• Pinça de Kocher: pontas mais longas e robustas, possui dentes de rato, sendo por isso 
mais usadas para pinçamentos transversais em tecidos ou pinçamentos pela ponta 
para tração da aponeurose. 
 
• Pinça de Crile (Kelly): tem pontas menores, usadas para vasos, 
fios grosso e pinçamentos pela ponta de tecidos menos grosseiros. 
 
• Pinça de Halsted (pinça mosquito): tem pontas muito finas, 
usada em pequenos vasos, em estruturas orgânicas nobres e para 
pinçamento de fios finos para sutura. 
 
PREENSÃO 
Destinados a agarrar e manipular tecidos, e instrumento 
auxiliar. Geralmente usados na mão esquerda sendo empunhado 
como se fosse um lápis. Existe um modelo de pinça com dente de rato, 
outro com estrias transversais – tipo anatômico ou denteamento fino 
atraumático – tipo “atraugrip”. 
Pinça de Adson e Pinça anatômica. 
AFASTAMENTO 
Formado por afastadores e é destinado à exposição, permitindo a melhor visualização da cavidade operatória. 
Os afastadores são divididos em 2 grupos: 
1. Afastadores dinâmicos: exigem tração manual contínua. 
• Afastador farabeuf: afastamento de pele, subcutâneo e músculo plano superficial. 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
5 
 
 
• Afastador de Doyen: possui um cabo para empunhadura longa mais longo, pode atingir planos 
mais profundos e com grande superfície de afastamento. Usado para cavidade abdominal. 
 
• Afastador senn muller: possui garra na parte curva, dando mais 
aderência aos tecidos. 
 
2. Afastadores estáticos: composto por peças acopladas entre si, de tal modo 
que uma vez colocados e abertos eles se mantêm estáveis.• Afastador de Baulfor (ou supra-púbico): usado para afastar a parede 
abdominal. 
 
• Afastador Finochietto: usado em cirurgia de 
tórax para abertura dos espaços intercostais ou 
medioesternal, possuindo engrenagem na barra transversa. 
 
 
SÍNTESE 
Usados para coaptação das bordas de uma feridas, basicamente porta agulhas e fios. 
 
• Porta Agulhas: possui pontas para preensão da agulha e o cabo possui cremalheira 
para se graduar a pressão de fechamento. 
 
ESPECIAIS 
Usados em tempos específicos de determinadas operações. 
• Pinça de Babcock: pinça de preensão atraumática, serve para preensão de tecidos 
ou vísceras, tendo superfície de contato com ranhaduras. Usada em cirurgias 
intestinais. 
• Pinça de Allis: pinça de preensão traumática que tem 
poder maior de preensão por denteamento fino nas superfícies 
de contato. Usada em cirurgias GI. 
 
• Pinça de Backhaus (pinça de campo): pontas agudas 
para preender campos ou fixar objetos nos campos. 
 
 
5. MONTAGEM DA MESA CIRÚRGICA 
 
 
 
 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
6 
 
ANESTESIA LOCO-REGIONAL 
Analgesia: inibição da dor sem perda de consciência. 
Anestesia: insensibilidade geral que pode levar à perda de consciência. A palavra ANESTESIA traduz um estado de 
insensibilidade geral que pode levar a inconsciência, ao pé da letra, significa perda dos sentidos; pode ser produzida 
através da ingestão de drogas ou pode ser sintoma. Pode ser dividida em: 
1. ANESTESIA GERAL OU SISTÊMICA: 
• Tem efeito sobre todo o corpo, deixando o paciente com total insensibilidade e inconsciente; 
• Geralmente necessita de intubação endotraqueal e as drogas são infundidas através de acesso venoso; 
• Cirurgias de grande porte, cirurgias videolaparoscópicas, etc.... 
 
2. LOCO-REGIONAL OU PARCIAL 
 
a. Local: limitada a pequenas áreas. 
Os anestésicos locais são um grupo que bloqueia REVERSIVELMENTE os canais de sódio, impedindo a 
despolarização neuronal que geraria um potencial de ação capaz de transmitir a informação dolorosa das fibras 
nervosas. Importante: possuem pH alcalino, então em casos onde há inflamação purulenta (pH ácido), ocorre 
neutralização da ação anestésica, cessando sua ação (nesses casos, realizar antissepsia primeiro). 
 
 
 
Utilizadas no 
bloco cirúrgico 
(longa duração) 
 
Usada no 
bloquinho 
* EM CIRURGIAS GERAIS: 
- Fentanil = analgésico; 
- Curari = Rx muscular; 
- Propofol = hipnótico; 
Praticamente 
não se usa mais. 
PARA RELEMBRAR AS 
CAMADAS DA PELE! 
Importante para 
aplicação de 
anestesia. 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
7 
 
Técnicas de anestesia local: 
• Infiltrativa Local: 
- Usada em procedimentos cirúrgicos de menor porte (névus, 
verrugas) até 1 cm de lesão. 
- O anestésico é administrado no sítio da cirurgia ou próximo a ele. 
- Por via intradérmica, subcutânea, submucosa, intraóssea, 
intrasseptal ou intraligamentar. 
- Colocar a agulha a 45º de inclinação na pele; 
- Fazer botão anestésico; 
- Ex: cirurgias estéticas, em consultórios médicos, centros 
cirúrgicos ambulatoriais e hospitalares; 
 
 
• Bloqueio de campo: 
- Drenagem de abscessos – para drenar o abscesso tem que ter sinais flogísticos 
e estar flutuando; 
- Bloqueio ao redor da lesão; 
- Paroníquia (unha encravada) – fazer cantoplastia unilateral; 
- Onicocriptose (fungo na unha); 
- Ex: abscessos, cistos sebáceos, lesões infamatórias maiores; 
- OBS: reações inflamatórias e processos infecciosos neutralizam a atividade da 
anestesia. 
 
• Bloqueio Troncular: 
- Tipo de anestesia de determinada região em que se injeta o anestésico no tronco 
nervoso que a inerva; 
- Ex: cantoplastia bilateral, amputação, lesão de plexo braquial, bloqueio de nervo para 
diminuir impulso nervoso. 
 
 
Associação de anestésicos locais com epinefrina: 
• EPINEFRINA = tampa vermelha 
- Vasoconstritor (usado para reduzir sangramentos em locais muito vascularizados); 
- Não usar em extremidades. 
- Prolonga a duração do anestésico por diminuir a velocidade de absorção; 
- Permite usar uma dose maior; 
- Aumento da janela terapêutica. 
• ANESTÉSICO com tampa azul: 
- Sem epinefrina; 
- Utilizado em qualquer local, principalmente em extremidades. 
 
 
Cálculo da dose de Lidocaína 1%: 
COM VASOCONSTRITOR SEM VASOCONSTRITOR 
7mg/kg – dose máxima 500mg 4mg/kg – dose máxima 300mg 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
8 
 
 
Contraindicações: 
• Absolutas: Doenças cardiovasculares , Hipertireoidismo não-controlado, Diabetes melito não-controlado, 
Feocromocitoma e Hipersensibilidade a sulfitos. 
• Relativas: utilização de: Antidepressivos tricíclicos, Inibidores da monoamino oxidase (IMAO) apenas para 
fenilefrina, Compostos fenotiazínicos, Betabloqueadores adrenérgicos não-seletivos e Cocaína 
(cronicamente). 
• Obs.: qualquer fator que aumente ou diminua a FC = avaliação cardíaca, anestesia. 
Intoxicação: 
1º Sinal: gosto metálico na boca; 
2º Sinal: zumbido no ouvido. 
Outros: taquicardia, sudorese, hipotensão, distúrbios visuais, coma, convulsões. 
Causas: dor excessiva, absorção inesperada rápida, injeção intravascular inadvertida, queda de metabolização. 
Mecanismo de ação: 
• Seu mecanismo de ação está ligado ao bloqueio dos canais de sódio, impedindo a despolarização neuronal, 
mantendo a célula em estado de repouso. 
• A anestesia local atua paralisando as terminações nervosas sensitivas periféricas, ou então, interrompendo a 
transmissão da sensibilidade à dor entre terminações (nociceptores) e o encefálo 
 
b. Regional: quando atinge porções maiores do corpo. 
 
• Peridural: o anestésico é colocado entre dura-máter e o periósteo 
que reveste o canal vertebral. Quando punciona só vem ar. O sítio de 
injeção pode ser sacral, lombar, torácico ou cervical, determinando 
anestesias em faixas que correspondem aos metâmeros bloqueados. 
Depois de posicionado o cateter, o anestesista pode utilizar os 
medicamentos em doses repetidas, prolongando o efeito anestésico. Ex: 
analgesia de parto. 
• Raquidiana: o anestésico é injetado no LCR, entrando em contato 
direto com as raízes nervosas ventrais e dorsais. Quando punciona vem 
líquido. Tem início da ação mais rápido e a dose requerida é menor em 
comparação ao bloqueio epidural. A infusão ocorre normalmente a nível 
de L2. Ex: cirurgias em andar inferior do abdome, cirurgias urológicas, 
cirurgias ortopédicas de membros inferiores e perianais, cesarianas. 
 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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FERIDAS: CLASSIFICAÇÃO E TRATAMENTO 
 Um ferimento consiste em toda a lesão, de maior ou menor profundidade e intensidade, que provoca solução 
de continuidade (descontinuidade) na pele. 
 A adequada avaliação de um ferimento é fundamental para iniciar seu tratamento mais indicado. 
 Jamais subestimar a gravidade de um ferimento, lembrar do exemplo do estilete utilizado contra uma 
presidiária. 
1. CLASSIFICAÇÃO GERAL: 
 
a) Contusão: ocorre eritema, edema, ecmose, hematoma, porém sem solução de continuidade da pele; 
b) Ferimento: apresenta solução de continuidade da pele; 
c) Fratura: pode não apresentar solução de continuidade da pele, caracteriza-se por quebra de estruturas 
profundas (osso, cartilagem, baço, fígado...); 
 
2. CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS LESÕES DE ACORDO COM O FATOR CAUSAL: 
 
a) Inciso: 
• Produzido por superfícies lisas e afiadas; 
• Bordos regulares; 
• Ex: navalha, gilete , facas com lâminas regulares e afiadas. 
 
b) Corto-contuso: 
• Ferimento causado por contusão com suficiente intensidade para romper a 
barreira da pele; 
• Bordos irregulares; 
• Ex: trauma que produza corte, faca de serra ou não afiada. 
 
c) Lácero-contuso: 
• Ferimento provocado por trauma grave; 
• Bordos irregulares , mal definidos; 
• Ex: atropelamento, queda de moto. 
 
d) Perfurante 
• Ferimento causado por objeto perfurante; 
• Buscar orifício de saída; 
• Ex: projetil de arma de fogo, estilete. 
 
3. CLASSIFICAÇÃOQUANTO À INTEGRIDADE DA PELE: 
 
a) Superficiais: pele , tecido subcutâneo até o nível da aponeurose sem seccioná-la; 
b) Profundos: secção da aponeurose , músculo e/ou vasos e ramos nervosos profundos; 
 
4. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CONTAMINAÇÃO DA PELE: 
 
a) Limpos: não inflamatórios, assépticos e antissépticos, sem penetração do trato respiratório, TGI, TGU; 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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b) Potencialmente contaminados: exposição ao trato respiratório, TGI, TGU por contaminação (ex.: ferimento arma 
de fogo), assepsia não pode ser garantida; 
c) Contaminados: quebra asséptica, contato com trato respiratório, TGI, TGU, contaminação até 6 horas; 
d) Infectados: após 6 horas de infecção, corpo estranho, abscesso, material asséptico ou fecal. 
 
5. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À COMPLEXIDADE DA PELE: 
 
a) Simples: sem perda tecidual, sem contaminação grosseira; 
b) Complexo: perda tecidual, esmagamento, queimaduras, presença de corpo estranho. 
 
6. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO AGENTE CAUSADOR: 
 
a) Químicos: mecânicos, térmicos, elétricos; 
b) Físicos: coagulantes, luquidificantes, esclerosantes; 
c) Radiação: RX, radioterapia, fissão nuclear. 
 
PRINCÍPOS DA ORDEM TÉCNICA: Ao tratarmos uma ferida, buscamos recompor a estética, a funcionalidade e a integridade 
anatômica do tecido lesado. O tratamento deve ser realizado de acordo com a técnica abaixo descrita: 
1. Limpeza: 
- Com água e sabão; 
2. Tricotomia: 
- Retirada dos pelos antes de uma cirurgia através de um tricotomizador. 
- Não utilizar em área ciliar ou supraciliar. 
3. Antissepsia: 
- Clorhexidine: para controlar infecções (destruir microrganismos, bem como evitar seu crescimento e 
proliferação). É o soro fisiológico mais utilizado e diminui cerca de 92% das bactérias presentes. Utilizar de 
preferência o aquoso (e não o alcoólico, para melhor conforto do paciente). 
4. Anestesia: 
- Se necessário; 
5. Debridamento: 
- Se necessário; 
- É a remoção de tecidos desvitalizados para preparar o leito da ferida para a cobertura definitiva. 
6. Sutura: 
- Simples é a preferencial (por causar menor chance de isquemia), com fio mononylon 
(que causa menor reação cicatricial e inflamatória) de espessura adequada; 
- A sutura jamais deve tensionar as bordas do ferimento, somente aproximá-las; 
- É indicado quando há exposição de subcutâneo e/ou sangramento ativo em ferimento 
com menos de 6h de evolução (se passar de 6 horas se torna um ferimento 
contaminado); 
- Deve ter uma equidistância de pontos não inferior a 1cm; 
- Suturas na face devem respeitar linhas de força; 
- Pontos infeccionados devem ser retirados precocemente e drenados, se necessário. 
7. Curativo: 
- Com gase e fita micropore em forma de X para não tensionar a sutura; 
- Devem ser higienizados de 1 a 2 vezes por dia, com soro fisiológico; 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
11 
 
- Após 48 horas, os ferimentos já podem ficar descobertos (porque demora cerca de 24 horas para começar 
a criar uma ponte de epitélio entre as paredes do ferimento, e se ficar descoberto, isso pode se tornar uma 
possível porta de entrada para possíveis complicações. 
 
* PARA A PRÁTICA: sempre do mais limpo para o mais sujo!!! 
- “Ferida limpa”: de dentro para fora; 
- “Ferida suja”: de fora para dentro. 
8. Retirada de pontos: : 
- Após 5 a 7 dias se o ferimento é na face; 
- 7 a 14 dias se o ferimento é em MMSS ou tronco; 
- 10 a 21 dias se o ferimento é em MMII; 
 
PRÉ-REQUISITOS PARA A CICATRIZAÇÃO DE UM FERIMENTO: 
• Limpo; 
• Seco; 
• Não usar creme e/ou pomadas em um ferimento limpo; 
 
PROFILAXIA DO TÉTANO: 
1. 3 doses de vacina anti-tetânica: 1 por mês para os não imunizados ou imunizados há mais de 10 anos; 
2. 1 dose para os imunizados há menos de 10 anos; 
3. Nenhuma para aqueles imunizados há menos de 5 anos. 
 
ANTIBIÓTICOS: 
Na pele humana, as bactérias predominantes são estreptococos e estafilococos gram +, por isso, normalmente se 
utiliza alguma cefalosporina (Cefalexina – Keplex – 500mg de 6/6hrs por 10 dias); 
1. Ferimentos provocados por mordedura humana ou animal; 
2. Ferimentos em condições precárias de higiene; 
3. Ferimentos há mais de 6 horas; 
 
ESTÁGIO DAS LESÕES: 
Pele íntegra com área localizada de eritema que não embranquece e que pode parecer diferente em pele de 
cor escura. Presença de eritema que embranquece ou mudanças na sensibilidade, temperatura ou consistência 
(endurecimento) podem preceder as mudanças visuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA 
Conceito: período que decorre entre a primeira consulta do paciente onde é definida a conduta cirúrgica até a indução 
anestésica. Termina quando o paciente é anestesiado e, então, inicia o período transoperatório. 
Processo: 
• História e exame físico; 
• Idade; 
• Diagnóstico; 
• Doenças associadas; 
• Medicações; 
• Alergias. 
Se o paciente tiver idade menor que 35 anos, sem doenças associadas, sem uso de medicações e sem apresentar 
alergias = não há necessidade de nenhum exame pré-operatório. 
Identificação do problema: definição do objetivo da cirurgia, da estratégia a ser utilizada e tática cirúrgica com 
antecedência. 
Doenças associadas: 
• Obesidade: Hipoxemia, embolia pulmonar; 
• Diabete: hiperglicemia, infecção (defesa imunológica alterada); 
• Doenças respiratórias: asma (pode ter um broncoespasmo pelo ar frio da intubação); 
• Insuficiência cardíaca: evitar hiper-hidratação (edema); 
• Cirrose: sangramento, encefalopatia (pode fazer um coma anestésico pelo fígado não metabolizar drogas. 
Paciente só deve ser operado em último caso, por haver inúmeras possíveis complicações); 
• Discrasia sanguínea: hemofilia, deficiência de fator v (paciente não coagula); 
Classificação ASA: 
 
 
 
 
 
O maior risco de óbito pós-operatório é paciente com cardiopatias (cirurgias recentes). 
Medicações: 
• AAS: anticoagulante, suspender 7 dias antes do procedimento; 
• Cumarínico: marcumar, suspender 10 dias antes pelo potente efeito anticoagulante; 
• Antidepressivos: imipramina (potencializa efeito anestésico); 
• Corticóides: dobrar a dose no pré-operatória; 
• Insulina: manter; 
• Uso de drogas em particular a cocaína: potencialização do anestésico. 
Alergia: 
• Pesquisar história; 
• Pesquisar atopia: asma, urticária ou eczemas; 
I Saúde normal 
II Doença sistêmica leve 
III Doença sistêmica grave, não incapacitante (ICC, já infartou) 
IV Doença sistêmica grave, incapacitante, com ameaça grave a 
vida (não pode sair de casa, internado no hospital) 
V Paciente moribundo, com expectativa de sobrevida mínima, 
independente da cirurgia 
VI Doador de órgãos (cadáver) 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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• Medicamentos: frequente alergia a dipirona ou antibióticos; 
Exame físico: 
• Obesidade: dificuldade de intubação e/ou ventilação no transoperatória; 
• Lesões infectadas no local da incisão cirúrgica; 
• Cirurgias prévias; 
• Local correto do procedimento em casos em que pode haver acometimento de ambos os lados. Ex.: hérnia 
inguinal. 
Exames Laboratoriais: 
• Hígido, menos de 35 anos: nada; 
• Mais que 35 anos, hígido: hemograma, glicose, ureia (enzima de função renal), EQU nas mulheres (maior 
chance de infecções urinérias); 
• Mais de 40 anos: os acima mais creatinina e eletrocardiograma; 
• Em qualquer idade: associar com comorbidades. Ex.: bronquite = Rx tórax. 
Comorbidades e exames: 
• Câncer: proteínas totais e frações como albumina e globulina; 
• Diabete: glicose de jejum; 
• Insuficiência ventilatória: gasometria arterial; 
• Insuficiência cardíaca: ECG de esforço, ecocardiografia; 
• Obesidade mórbida: polissonografia; 
• Cirrose: TP, KTTP,EFH; 
Esclarecimento do paciente: 
• Definir com o paciente: 
- Objetivo da cirurgia; 
- Método utilizado (vídeo, cirurgia aberta); 
- Indicação 
- Dor pós-operatória; 
- Eventuais uso de sondas e/ou drenos; 
- Efeitos anestésicos;- Possíveis sequelas (falar de cicatriz); 
- Riscos envolvidos (infecção, embolia pulmonar em obesos); 
• Termo de consentimento informado; 
• Usar palavras acessíveis ao paciente; 
• Esclarecer dúvidas; 
• Conversar com paciente e familiar. 
Conclusões: 
• Estabelecer o objetivo da cirurgia e como fazê-la; 
• Conhecer o paciente na sua integralidade; 
• Na dúvida, investigar; 
• Esclarecer o paciente sobre a cirurgia; 
• A mudança de ideia sobre a cirurgia pode ocorrer até o momento da indução anestésica. 
 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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AVALIAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA 
Período Pós-operatório: 
• Período situado do término da anestesia até 30 dias após o procedimento realizado; 
• Dia da cirurgia é considerado pós-operatório imediato – 0 PO, sendo contado dessa forma -1 PO, 2 PO, ... 30 
PO); 
• Síndrome metabólica pós-operatória: conjunto de alterações neuro-humorais e clínicas pós-trauma cirúrgico 
– CIRURGIA É UM TRAUMA CONTROLADO – monitorização); 
• A resposta orgânica pós-trauma consiste em uma tentativa do organismo em manter a constância do meio 
interno (homeostase), possibilitando a recuperação dos tecidos lesados. 
• Ruptura da homeostase é o ponto de partida para as reações metabólicas fisiológicas pós-operatórias; 
• Fatores que interferem na homeostase: estado geral do paciente, anestésicos, infecção, idade, dor, estresse, 
sangramentos etc.; 
• Indivíduos hígidos: processo de regeneração pós-operatória é mais equilibrado/normalizado. Algumas 
condições dificultam o processo – diabetes, HAS etc. (importância da avaliação pré-operatória). OBS: as 
reações tendem a ser mais intensas em jovens que em idosos (debilitados imunologicamente); 
• Efeitos benéficos da resposta metabólica: estabilização cardiovascular, aumento de ventilação, manutenção 
da volemia e fornecimento de energia; 
• Efeitos deletérios: alterações eletrolíticas, fadiga, diminuição da imunidade, íleo adinâmico e hiperglicemia. 
Síndrome Metabólica Pós-operatória: 
• Tempo de reação metabólica ao trauma: DE 24-72 HORAS; 
• Dependerá da intensidade do trauma e deve seguir uma sequência de melhora (situar os indicadores no tempo 
– “sintomas melhores que ontem?”, uma vez que devem diminuir gradativamente); 
• Se a reação se perpetuar por mais de 72 horas, pensar em complicações (infecções, hemorragias, 
tromboflebite, embolias etc.); 
• A síndrome é dividida em fases: lesão (adrenérgico-corticoide); transição (cessação da atividade corticoide); 
potência muscular (anabolismo proteico); fase de ganho. Na prática, não se consegue diferenciar essas fases 
–o importante é diferenciá-las em catabólicas e anabólicas. 
Fases de Catabolismo: 
• Caracterizada pela liberação de hormônios do eixo 
hipotálamo-hipófise-suprarrenal, e, indiretamente, 
liberação de catecolaminas, cortisol, aldosterona, ADH e 
glucagon (insulina tem seus níveis diminuídos); 
• Trauma: funcionando como um gatilho, transmite 
informações ao hipotálamo, que, frente à 
agressão/estímulo doloroso, libera contraordens para 
acelerar a regeneração; 
• Prostaglandinas: enzimas inflamatórias sofrem um 
aumento na circulação, causando resposta inflamatória (dor, rubor, calor, tumor) – primeira manifestação do 
processo de regeneração; 
• Leucocitose: aumento do número de leucócitos no sangue; 
• Adrenal: liberação de cortisol, catecolaminas e aldosterona - trauma serve de gatilho para os hormônios 
suprarrenais (estresse); 
• Pacientes em uso de corticoides (supressão das adrenais). A cessação do uso associada ao trauma causará 
hiperestimulação adrenérgica (aumentar a dose no pré-operatório). 
• Catecolaminas: adrenalina e noradrenalina, cujos efeitos são – inibição da insulina, glicogenólise, 
gliconeogênese, aumento do glicerol, lipólise e hiperglicemia. Além disso, resultam em vasoconstrição 
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periférica, broncodilatação, íleo paralítico, aumento do DC e da FC (agitação, palidez, aumento das frequências 
respiratória e cardíaca e aumento da pressão); 
• Cortisol: proteólise da musculatura esquelética (substrato 
para a gliconeogênese), linfopenia, aumento da utilização de 
ácidos graxos e aumento da glicemia (pode descompensar a 
diabetes – monitorar HGT de 2 em 2 horas); 
• Aldosterona: baixa volemia estimula sua produção. Retenção 
de sódio, eliminação de potássio, retenção de bicarbonato e 
retenção hídrica (aumento da PA e alcalose). 
• Glucagon: estimula a gliconeogênese, a glicogenólise e 
alipólise (hiperglicemia); 
• ADH: diminuição da diurese (retenção hídrica e concentração 
urinária). Causa edema de membros; 
• GH: estimula hiperglicemia, lipólise, aumento de ácidos graxos e 
inibição da insulina; 
• Sintomas da fase do catabolismo: prostração, apatia, sonolência, 
anorexia, taquicardia, aumento da temperatura, oligúria, íleo 
paralítico, perda de peso, hipernatremia, hipercalemia (liberação 
celular), hiperglicemia, leve alcalose etc. 
Febre pós-operatória: 
• É esperado que aconteça de 24-72 horas depois da cirurgia 
(desencadeada pelo hiperadrenergismo e prostaglandinas do 
pós-operatório); 
• Pelo dia da febre, é possível realizar suposição diagnóstica: 
- Até 3 dias: normal; 
- 3-6 dias: infecção da ferida operatória; 
- 6-10 dias: tromboflebite, fístulas; 
- 10-14 dias: complicação respiratória (mais comum – pneumonia); 
- 14-21 dias: infecção do trato urinário. 
• Cuidados básicos: 
- SNG: mantida até o aparecimento de RHA; 
- Sonda vesical: mantida até a necessidade de controle da diurese; 
- Dreno: retirar quando volume drenado for menor que 500ml/24horas. 
Fase de Anabolismo: 
• Retorno à normalidade hormonal e metabólica, culminando com a alta hospitalar. 
• Fase de inversão metabólica: evolui gradativamente com a volta do balanço do sódio, seguido do potássio e 
do nitrogênio. Normalização dos hormônios anabólicos (insulina) e queda dos hormônios catabolizantes; 
• Fenômeno de reparação e síntese: mais longa (semanas a meses) – dependerá da intensidade dotrauma; 
• Melhora do apetite, retorno da peristalse, poliúria, liberação de Na retido, vigor físico, normalização da 
glicemia, acúmulo de gordura etc. 
 
 
 
 
 
 
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LESÕES CUTÂNEAS DE TRATAMENTO CIRÚRGICO 
Lesões benignas: 
Névus: 
• Lesão melanocística situada na pele (“pinta”); 
• Bordos regulares; 
• Indicações cirúrgicas: crescimento recente, prurido, sinais flogísticos, 
modificações na cor – basta a presença de uma só característica – para 
evitar que se transforme em maligno (melanoma). 
Cisto sebáceo: 
• Lesão nodular causada por obstrução de uma glândula sebácea, pouco 
móvel; 
• Orifício central = externalização do conduto piloso; 
• Sempre indicado tto cirúrgico por potencial de infecção; 
• Quando infectado (abscesso), não remover, apenas drenar. 
Lipomas: 
• Nódulos de gordura em região subcutânea; 
• Móveis, indolores, e com potencial de crescimento lento e contínuo; 
• Região mais frequente: dorsal; 
• Sintoma comum: redução do peso; 
• Sempre tem indicação cirúrgica por não se resolver espontaneamente e, 
pelo potencial de crescimento, tende a causar dor. 
• Sem potencial de malignização. 
Granuloma ungueal: 
• Lesão inflamatória causada por um encravamento ungueal (paroniquia); 
• Recomendação: cantoplastia (retirar porção da unha em casa piora o 
quadro); 
• A cantoplastia libera o caminho para a unha voltar a crescer de maneira 
saudável; 
Lesões malignas: 
• Fator comum = sol; 
• Crônico – ação ultravioleta e cumulativa. 
Carcinoma basocelular: 
• Bordos elevados com ulceração central; 
• Costuma sangrar; 
• Comuns em zonas expostas ao sol (nariz, face, ombros); 
• Mais comum em caucasianos; 
• RS é o estado mais incidente; 
• Conduta: retirada cirúrgica com margens de segurança de 2cm 
periféricos e 1cm de profundidade (presença de celular basocelulares no 
entorno = potencial resíduo = retorno ao local costumaser mais 
agressivo; 
• Sem potencial de disseminação sistêmica (metástase); 
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Melanoma: 
• Névus melânico com alteração de comportamento (cresimento, 
assimentria de bordos, prurido, halo inflamatório); 
• É maligno, qualquer assimetria = retirar! 
• Potencial metástase, sendo as mais comuns em fígado, pulmão, cérebro 
e ossos; 
• Mortalidade considerável; 
• Conduta: remoção cirúrgica com margens de 2cm periféricos e 2 cm profundidade; 
• Acompanhamento por 5 anos para rastreamento de metástases (disseminação além da pele = sem cura – 
tratamento paliativo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FUNDAMENTOS DA CIRURGIA 
Objetivo: entender a dimensão de um procedimento cirúrgico; 
1. A cirurgia é feita em equipe 
- Ser o responsável da cirurgia é diferente de ser o mais importante; 
- Cirurgião é apenas um componente da cirurgia, responsável por ela, não existe um mais importante. 
2. A cirurgia é prioridade 
- Celular é distração; 
- Foco na cirurgia. 
3. Termo de consentimento; 
- Normativa do CFM; 
- Entendível em palavras acessíveis ao paciente; 
- Possíveis efeitos e consequências (ex.: cicatriz); 
- Tem que ser assinado pelo paciente, ciente de tudo. 
4. Apoio de um outro cirurgião capaz de assumir o procedimento se necessário; 
5. Cirurgia tem consequências locais e sistêmicas; 
- Transmitir ao paciente quaisquer tipos de consequências; 
- Ex. local: “Faremos de tudo para que a cicatriz seja mínima”, entretanto, o cirurgião nunca poderá garantir 
que não haja cicatrizes. 
- Ex.: sistêmico: depressão pós-parto. 
6. Preparo de avaliação pré-operatória; 
- Ex.: exames necessários para um paciente cirúrgico; 
7. Conhecer o paciente e a família; 
- Paciente já pesquisou sobre o seu médico antes de consultar com ele; 
- Vínculo médico-paciente; 
- Conversar com a família antes (lembrar do exemplo do prof, depois não adianta mais); 
- Normalmente contam informações que o paciente não passa; 
- No final da cirurgia é com a família que conversamos; 
8. Disponibilidade do cirurgião; 
- O mais difícil; 
- “Ladrão” da qualidade de vida do cirurgião; 
9. Segurança e rotina; 
- Cirurgia segura = checklist 
10. Indicação correta. 
- Saber indicar um procedimento; 
- Mais que saber indicar, importante saber quando não indicar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INCISÕES CIRÚRGICAS 
Cirurgia Laparoscópica 
• VANTAGENS: minimização do trauma, retorno mais precoce às atividades profissionais (tempo de recuperação 
menor), menor risco de infecção, menos complicações decorrentes da incisão (como hérnias incisionais e 
infecção da ferida operatória) e menos dor; 
• DESVANTAGENS: perda da sensação do tato (cirurgião), menor grau de exposição do tecido-alvo (redução da 
visibilidade), dependente da qualidade técnica do vídeo, ainda inicial em cirurgias oncológicas; 
• No Brasil, 70% das colecistectomias são abertas e 30% são por vídeo (questões econômicas). 
• Importante esclarecer ao paciente que há corte e que poderá se tornar aberta caso haja complicações. 
Revisão Anatômica Abdominal: 
• A parede abdominal é formada por 9 camadas: pele, 
tecido subcutâneo, fáscia superficial, músculo 
oblíquo externo, músculo oblíquo interno, músculo 
transverso do abdome, fáscia transversal, tecido 
adiposo pré-peritoneal e peritônio; 
• Tecido subcutâneo: formado por três fáscias – 
Camper (panículo adiposo mais superficial), 
intermediária e de Scarpa (tecido fibroso, mais 
profundo, com pouca ou nenhuma gordura) 
Critérios de Escolha da Incisão: 
1. Adequada exposição do tecido alvo: conferindo fácil acesso à cavidade; 
2. Conforto e segurança: que não limite os movimentos do cirurgião ou reduza a segurança do paciente; 
3. Adequado controle vascular: em caso de extensas ressecções; 
4. Minimização do trauma da parede; 
5. Questão legal: conhecimento prévio do paciente – detalhamento. 
INCISÕES VERTICAIS 
 
• INCISÕES MEDIANAS: rápidas e sem seccionar músculos, vasos (linha alba relativamente desprovida de 
sangue) e nervos (predominantemente dispostos transversalmente). Permitem o acesso desde a cúpula 
diafragmática até o Saco de Douglas. As incisões são feitas no plano sagital e podem se estender da margem 
costal até a sínfise púbica. OBS: pode haver necrose e degeneração se as margens não forem bem alinhadas 
(suprimento sanguíneo pobre); 
• XIFOPÚBICA: muito utilizadas em emergências (garante segurança e conforto). Localiza com rapidez a causa 
do trauma. 
• SUPRAUMBILICAL: afecções eletivas do andar supramesocólico (ex.: esplenectomia, ressecção de tumor 
gástrico); 
• INFRAUMBILICAL: afecções eletivas do andar inframesocólico (ex.: mioma uterino, prostectomia, tumor 
ovariano). 
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• Obs.: incisões pararretais/laterais estão em desuso (secção de nervos, paralisia muscular flácida). 
INCISÕES TRANSVERSAS 
 
• Apresentam menor morbidade que as verticais (menor tempo de internação), com menos dor e menos hérnias 
(não há secção de terminações nervosas, não causando paralisia flácida); 
• Maiores índices de sangramento (vasos tendem a se dispor de maneira vertical). Assim, há uso do cautério 
por mais tempo; 
• Costumam ser utilizadas em cirurgias eletivas (em emergências com hemorragias, como em uma gravidez 
ectópica rota, preferese as medianas por menor índice de sangramento); 
• Incisão de Sprengel: do tipo I, é supraumbilical bilateral (bastante utilizada em tumores de pâncreas). Do tipo 
II, é infraumbilical; 
• Incisão de Pfannestiel: incisão transversa que respeita a curvatura púbica (cesarianas – exposição fetal 
adequada e segura); 
• Incisão de Davis: da crista ilíaca anterossuperior direita até à bainha lateral do reto (utilizada em 
apendicectomias); 
• Apendicite: situação de urgência que pode ser identificada por alguns sinais, como – sinal de Aaron (dor no 
epigástrico ao se comprimir o ponto de McBurney); Sinal de Dunphy (dor em fossa ilíaca direita que piora com 
a tosse); Sinais de Blumberg, Obturador,Psoas e Rovsing. 
• Algumas incisões transversas podem ser oblíquas (como a de Davis, McBurney e Kocher). A secção de nervos 
costuma ser limitada também; 
• Incisão de McBurney: muito utilizada em hérnias inguinais; 
• Incisão de Kocher: incisão transversa paralela ao rebordo costal direito (muito utilizada para afecções da 
vesícula e via biliar – quando não há laparoscopia disponível); 
• Incisão de Bazy: subcostalesquerda; 
• Incisão de Leclerc: subcostalbilateral. 
INCISÕES ARCIFORMES E MISTAS 
• Incisões arciformes: obedecem às linhas de força do local 
operado. Bastante utilizadas em tireoidectomia e hérnia 
umbilical; 
• Incisões mistas: combinação de uma incisão transversal e 
uma mediana (maior controle dos vasos) – INCISÃO 
MERCEDES – bastante utilizada para transplantes hepáticos 
ou pancreáticos. 
 
Complicações e Conclusões 
• Complicações: desnutrição, infecção, má técnica, deiscência (abertura dos pontos), evisceração, hérnia 
incisional etc.; 
• Conclusões: a incisão deve ser planejada com antecedência e discutida como paciente; 
• O cirurgião deve estar confortável e seu compromisso é com a segurança do paciente e com a resolutividade 
do problema. 
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CICATRIZAÇÃO 
 
REGENERAÇÃO: processo pelo qual células do próprio tecido se 
dividem para reparar a lesão (epitélio, endotélio, ossos e mesotélio 
peritônio); 
CICATRIZAÇÃO: tecido original substituído por tecido conjuntivo 
(reparo tecidual); 
Alguns tecidos regeneram, mas, em 98% dos casos, há cicatrização. 
 
 
Fases da Cicatrização: 
1ª: FASE INFLAMATÓRIA: inicia-se pela vasoconstrição e adesão de plaquetas, que 
iniciam a cascata de coagulação (formação de coágulos). As plaquetas liberam 
grânulos contendo fator de crescimento transformante beta, que atrai neutrófilospara a ferida (quimiotaxia leucocitária). São os neutrófilos que iniciam a reação 
inflamatória; 
Tempo de duração: primeiras 48h. 
2ª) PROLIFERATIVA: constituída por quatro etapas fundamentais. Epitelização 
(contração do epitélio por cima do tecido cicatricial); angiogênese (formação de 
novos vasos sanguíneos para garantir o aporte nutricional celular necessário); 
formação do tecido de granulação e deposição de colágeno (macrófagos são atraídos 
à área, onde ativam fibroblastos. Há formação de tecido cicatricial fundamental por 
protocolágeno, que, com a ação da enzima oxidrila, é ativado em colágeno. O 
ambiente deve estar limpo, livre de infecções, com aporte de oxigênio 
(funcionamento da oxidrila), vitamina C (carreadora de elétrons) e oligoelementos 
(Ferro e Zinco); Fase dura das primeiras 48 horas até as 96 horas após o ferimento. 
3ª) REMODELAÇÃO: formação e destruição do colágeno por meio da ação da colagenase (equilíbrio entre síntese e 
degradação). Adequação ao tecido original (mesmo sentido das fibras). Essa fase começa em uma semana após o 
ferimento e pode durar um ano. A resistência da cicatriz, desenvolvida pela remodelação, atinge um valor adequado 
no primeiro mês pós-ferimento (valor que continua aumentando gradativamente). Fator importante para o paciente 
voltar a praticar suas atividades (após uma semana, atividades leves. Após um mês, paciente pode viver a vida 
normalmente). 
Processos cicatriciais 
PRIMEIRA INTENÇÃO: feridas cortantes sem contaminação prévia (menos 
de 6 horas). Podem ser fechadas e cicatrizam de fora para dentro. Devido à 
sutura, o fenômeno migratório inflamatório é menor, sendo que a 
aproximação do epitélio contribui para o encontro rápido das margens 
(epitelização em 24 horas); 
 
SEGUNDA INTENÇÃO: feridas com tecido de granulação ou infectadas (mais 
de seis horas ou úlceras crônicas, como a diabética). Não são fechadas 
(cicatrizam de dentro para fora). O processo é o clássico de 3fases; 
 
TERCEIRA INTENÇÃO: tecido que sofreu granulação e sofre novas suturas. 
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Fatores que Prejudicam o Processo: 
• Diabetes melito, HAS, aterosclerose, infecções, HIV, imunossupressão, idade, desnutrição (hipoproteinemia), 
oxigenação, tabagismo, hipotermia, vascularização (insuficiências venosas e arteriais), quantidade de tecido 
necrótico, sutura muito apertada etc.; 
• Antibioticoprofilaxia: em feridas fechadas, deve ser iniciada alguns minutos antes da sutura, parando após 
18/24 horas (ferida já está epitelizada – impermeabilização); 
• Curativos: podem ser evitados (se o paciente preferir, pode ser utilizado. Após a epitelização, não há 
necessidade de proteção externa). 
Fios de Sutura: 
 
Cicatrização Anormal: 
• As disfunções na remodelação do colágeno são as principais responsáveis pelos distúrbios na cicatrização 
(produção excessiva de colágeno X pouca colagenase); 
• CICATRIZ HIPERTRÓFICA: cicatrização excessiva (aumento dos bordos da lesão e desorganização das fibras 
colágenas – se restringido à zona lesada). Comum em indivíduos jovens; 
• QUELOIDE: aumento cicatricial indolor de toda a lesão NÃO RESPEITANDO AS BORDAS DO FERIMENTO. 
Comum na população negra; 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANTIBIOTICOPROFILAXIA 
Infecções em Áreas Cirúrgicas 
• Ocorrem em alguma localização ao longo da área cirúrgica após o procedimento; 
• Infecção do sítio cirúrgico (ISC): é a infecção hospitalar mais comum (38% de todas as infecções em pacientes 
cirúrgicos). Ocorre até 30 dias após a operação ou além de um ano após um procedimento que tenha envolvida 
a implantação de material estranho (ex: próteses); 
• Antibioticoprofilaxia: reduz o risco/evita infecções do sítio cirúrgico (não evita infecções sistêmicas); 
• O patógeno mais comum é o Staphylococcus aureus (Gram +), seguido de Staphylococcus coagulase negativo, 
Enterococcus e E.coli; 
• 60-80% das ISC são incisionais, sendo que as mais letais são as de órgãos/cavidades (93% das mortes são 
relacionadas ainfecções nesses locais). 
• Sinais de ISC: dor, rubor, calor, tumor/edema, superfície brilhosa = SINAIS FLOGÍSTICOS. 
Infecções – Fatores Externos: 
• Mãos do cirurgião e da equipe de apoio (enfermagem, residentes, estudantes etc.) = técnica adequada de 
lavagem de mãos – prevenção (cirurgia segura); 
• A pele do paciente (microrganismos); 
• Hospitalização pré-operatória; 
• Duração e técnica da operação (quanto maior o tempo de exposição da cavidade, maior o risco de infecção); 
• Obesidade, diabetes, imunossupressão e idade avançada (fatores de risco); 
• Tricotomia (deve ser realizada na hora – se o paciente se depilar antes, pode acarretar uma foliculite – risco 
maior); 
• Preparo da pele: soluções degermantes de iodopovidona (PVPI) e clorexidina (sem álcool em mucosas e 
períneo); 
• Uso de drenos: sistemas fechados de curta duração (NUNCA introduzir pela incisão cirúrgica); 
• Próteses: dificultam as defesas (risco de infecção e rejeição). SEMPRE utilizar antibioticoprofilaxia em cirurgias 
que envolvam próteses, além de assepsia rigorosa. 
Tratamento das infecções: 
• ANTIBIOTICO PROFILAXIA: uso de drogas para impedir doenças causadas por agentes sensíveis a sua ação 
(antibióticos profiláticos não substituem os cuidados habituais de antissepsia do corpo e assepsia dos 
materiais – essenciais); 
• PRIMEIRA CONDUTA: frente a uma infecção de ferida operatória, a primeira conduta é a drenagem do 
ferimento; 
• ANTIBIOTICOTERAPIA: empírica X dirigida; 
- Empírica: medicamentos sensíveis aos microrganismos mais comuns (frente aos sinais flogísticos/infecciosos 
iniciais, essa é a medida a ser tomada até os exames identificarem o patógeno); 
- Dirigida: após cultura da bactéria, utiliza-se antibiótico específico. 
Classificação das Cirurgias: 
• LIMPA: 
- Não há contato com os tratos gastrointestinal, respiratório, ginecológico ou urinário; 
- Somente contato com a parede (pele, subcutâneo, aponeurose e tecido muscular); 
- Exemplos: hérnia inguinal, cirurgias estéticas; 
- Não se costuma usar antibioticoprofilaxia, com algumas exceções, como: paciente com fatores de risco 
(imunossuprimidos, diabéticos, obesos, cirurgias muito longas) ou cirurgia com uso de próteses (mamárias, 
telas etc.). 
- Exemplos de prótese mamária e tela para hérnia (indicações para antibioticoprofilaxia em cirurgias limpas). 
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• POTENCIALMENTE CONTAMINADA: 
- Cirurgia com exposição do TGI, TR, TU e TG sem violação e contaminação (mas exposta a esses riscos); 
- Exemplos: colecistectomia, histerectomia, gastrectomia, cistectomia etc.; 
- Nesses casos, utiliza-se antibioticoprofilaxia (principal indicação) – redução do risco de contaminação de 8% 
para1%. 
 
• CONTAMINADA: 
- abertura dos TGI,TR,TU e TG - há contaminação da cavidade por bactérias por menos de seis horas (sem 
resposta inflamatória/necrose); 
- Exemplos: ferimento por arma branca (FAB) com abertura do intestino e vazamento de fezes por4 horas; 
- Se indica remoção das bactérias por lavagem e antibioticoprofilaxia. Se a área exposta for muito extensa, faz-
se necessário antibióticos terapêuticos. 
 
• INFECTADA: 
- Contaminação bacteriana por mais de seis horas. Há pus, necrose e tecidos desvitalizados na cavidade (sinais 
flogísticos e odor fétido); 
- Exemplo: apendicite aguda com peritonite generalizada; 
- Utiliza-se ANTIBIOTICOTERAPIA (empírica, depois dirigida), não profilaxia. 
Antibioticoprofilaxia: 
• Riscos: profilaxias indiscriminada pode causar resistência 
bacteriana, modificação na microbiota normal, efeitos colaterais e 
aumento de custos; 
• Benefícios: redução da mortalidade, morbidade e tempo de 
internação, menor seleção de cepas bacterianas resistentes etc.; 
• Critérios para o uso: além da presença de fatores de risco (diabetes, imunossupressão, anemia, tempo de 
cirurgia, obesidade e uso de próteses),deve-se avaliar o risco de infecção e os benefícios da dose profilática; 
• Deve-se utilizar no pré-operatório imediato ou até 24 horas. 
MODO DE UTILIZAR: 
• Uma dose 1h/30min. antes da indução anestésica, mantendo até 3 doses por 24 horas após o procedimento 
(durante o ato cirúrgico longo, utilizar uma dose a cada 4 horas); 
• Ex: colecistectomia convencional, sendo E. coli a bactéria mais comum desse trat0 (utilizar 2 gramas de 
cefazolina – primeira geração, atuando sobre Gram positivo e negativo – na indução e 1 grama endovenoso 
de 8/8 horas por 24 horas, 
Profilaxia em Cirurgias Limpas: 
• CIRURGIA CARDIOVASCULAR COM CEC E PRÓTESES VALVARES: 
- Antibioticoprofilaxia em cirurgias com circulação extracorpórea, enxertos e/ou próteses por riscos de 
endocardite, endarterite, mediastinite e sepse (letalidade de 50%); 
- Agentes: S. aureus, S. epidermidis, enterobactérias; 
- Cefazolina: dose inicial de 2g + 1g a cada 4 horas; 
- Cefalotina: dose inicial de 2g + 1g a cada 2 horas; 
- Vancomicina: dose inicial de 10-15mg por Kg IV (repetida a cada 4 horas de pré e a cada 8 horas de pós-
operatório). 
• HÉRNIA INGUINAL COM TELA: cefazolina dose única de 2g (não há necessidade de utilizar em cirurgias sem 
tela); 
• CIRURGIA ORTOPÉDICA: inserção de próteses, parafusos e fios metálicos. Contaminação por Estafilococos e 
Estreptococos aeróbicos e anaeróbicos; *Esquema semelhante ao da cardiovascular, além de Amoxicilina 
com Calvulânico (dose única de 2g IV) 
 
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Profilaxia em Cirurgias potencialmente Contaminadas: 
• CIRURGIA GINECOLÓGICA: 
- Cesariana com ruptura de bolsa por mais de 6 horas, com trabalho de parto maior que 12 horas, 
histerectomia em paciente obeso, anêmico ou diabético por tempo maior que 3 horas; 
- Risco de infecção por Estafilococos, E. coli, Proteus e B. fragilis. Cefalotina ou cefazolina em dose única de 
2g; 
• CIRURGIA DE ESÔFAGO, ESTÔMAGO E DUODENO: esôfago (cocos gam + e enterobactérias anaeróbicas – 
cefoxitina); trato gastroduodenal (casos de acloridria, hemorragias e obstrução – cefazolina ou cefalotina – 
dose inicial de 2g + 1 ou 2 doses de 1g). 
• CIRURGIA DE VESÍCULA BILIAR: risco maior de infecção por E. coli e Klebsiella em pacientes com mais de 60 
anos, diabéticos, com icterícia obstrutiva ou cálculos no colédoco, cirurgia prévia de via biliar ou episódio de 
colecistite até 1 mês antes da cirurgia; Cefazolina (dose única de 2g) ou dose única de 2g ampicilina + 80mg 
de gentamicina; 
• CIRURGIAS UROLÓGICAS: há recomendação para antibioticoprofilaxia. 
Profilaxia em Cirurgias Contaminadas: 
• APENDICECTOMIA: 
- Risco de contaminação por enterobactérias e B. fragilis; Amoxicilina/clavulanato; sublbactam/ampicilina; 
clindamicina + cefalosporina de 1ª geração; 
- Sem supuração (grau 1): dose única (cefoxitina); 
- Graus 2 e 3 (edema, hiperemia e exsudato fibrinoso): 3 dias; 
- Supurativas (graus 4 e 5): terapia de 5-15 dias (dependerá do grau); 
• TRAUMATISMOS RECENTES: tempo menor que seis horas. Lesões extensas com tecido desvitalizado, feridas 
puntiformes profundas ou penetrantes, que atinjam tendões, articulações, cavidades torácica, abdominal e 
craniana. 
Profilaxia em Cirurgias Infectadas: 
• Tecido com supuração local, trauma com tempo maior que 6 horas, ferida contaminada com sujeira ambiental 
ou fezes, fraturas expostas, perfuração de vísceras ocas; 
• TERAPÊUTICA: 
- Fraturas expostas ou laceradas, penetrantes por mais de 6 horas: estafilococos e clostrídios (cefalotina e 
cefalozina IV ou cefalexina ou cefadroxil VO 1-5 dias); 
- Feridas abdominais com perfuração de alças: enterobactérias e anaeróbicos intestinais 
(gentamicina/ceftriaxona + clindamicina/metronidazol por 24 horas). 
:Resuminho: 
 
Operações limpas 
não usar, exceto – paciente acima de 70 anos, desnutridos, imunossuprimidos, 
implante de próteses, esplenectomias, herniorrafias incisionais com grandes 
descolamentos, diabetes, obesos e tempo de operação prolongado; 
Operações potencialmente 
contaminadas 
potencial pequeno – não usar (colecistectomias, vagotomias + piloroplastia etc.). Usar 
e colectomias, prostatectomias, histerectomias etc.; 
Operações contaminadas usar antibiótico profilático; 
Operações infectadas usar antibiótico terapêutico. 
 
 
 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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QUEIMADURAS 
• Lesões coagulativas envolvendo diversas camadas do corpo causadas por diversos tipos de agentes agressores; 
• São causadas por transferência de energia de uma fonte de calor para o corpo; 
• O calor pode ser transferido por condução ou radiação eletromagnética de diversos agentes causais; 
• Cerca de 500.000 lesões por queimaduras acontecem anualmente nos EUA, sendo que 10% delas exigirão 
internação. As queimaduras graves são devastadoras, afetando quase todos os sistemas orgânicos e com alta 
morbimortalidade. 
Agentes Causais: 
• Físicos: 
- Temperatura: vapor, objetos aquecidos, água, chama, ulcerações por frio. É o tipo mais comum de causa de 
queimaduras; 
- Eletricidade: corrente elétrica, raios etc. É a causa com maior potencial de gravidade (um foco de queimadura 
tem capacidade de invadir outros tecidos – circuito); 
- Radiação: sol, raio-X, raios UV, nucleares etc.; 
• Químicos: ácidos, bases, álcool, gasolina etc. Pode ser por meio de inalação, ingestão e contato direto; 
• Biológicos: animais (lagarta-de-fogo), água-viva etc. Vegetais (látex, urtiga etc.). 
GRADUAÇÃO 
 
Primeiro Grau: 
• Lesão localizada na epiderme; 
• São dolorosas (não há destruição das raízes nervosas), eritematosas e empalidecem ao toque; 
• Geralmente seca, sem sangramento, com hiperemia e sem passar da epiderme; 
• Melhora rápida e sem fibrose; 
• Não costumam chegar na emergência, sendo que o tratamento consiste em orientação e conforto do paciente 
– pomadas emolientes com ou sem hidratantes e analgesia leve (anti-inflamatórios não esteroidais); 
• Exemplos: queimaduras solares e pequenas escaldaduras de cozinha. 
Segundo Grau: 
• Atinge epiderme e derme; 
• Podem ser classificadas como superficiais (atingindo a derme papilar) ou profundas (atingindo a derme 
reticular); 
• São queimaduras úmidas, rosadas, hiperemiadas, com exsudação de líquidos e dolorosas (raiz nervosa 
íntegra). Há a presença de flictenas (bolhas – derme separada da epiderme por edema entre elas); 
• Flictenas íntegras na superficial e estouradas na profunda; 
• Não estourar as bolhas no início (aumenta o risco de infecção). Depois de 48/72 horas – avaliar se há formação 
de novo tecido, estourando para melhorar a cicatrização. A conduta envolve curativos, antibióticos e 
analgésicos; 
• Podem cicatrizar de uma a cinco semanas, dependendo da profundidade; 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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• Queimaduras faciais: risco de edema e asfixia (internas); 
• Exemplos: escaldadura em água fervente e curta exposição à chama. 
Terceiro Grau: 
• Atinge todos os apêndices da pele (epiderme, derme e tecido celular subcutâneo). Pode haver exposição de 
ossos, músculos, nervos e vasos; 
• Pouca ou nenhuma dor (destruição das raízes nervosas). Escara dura (semelhante ao couro); 
• Cor branca, amarelada ou marrom (hipercrômica) que não clareia à digito pressão, além de ser úmida e sem 
cicatrização espontânea (enxertos, debridamentos, anestesias, antibióticos tópicos – alto risco de infecção); 
• Há maior desequilíbrio eletrolítico; 
Quarto grau: 
• Há necrose total, com carbonização e presença de tecido negro e seco; 
• Queimadura atinge outros órgãos, como músculos, ossos e cérebro (alto índice de morte); 
• Exemplo: carbonização por queimadura elétrica (para prestar socorro, certificar-se de que a rede de alta 
tensão foi desligada). 
FISIOPATOLOGIA 
• Queimaduras que excedem 25% da área de superfície corporal total podem produzir respostas locais e 
sistêmicas consideradas importantes (alto risco); 
• 1) EDEMA: agressão do tecido expõe o colágeno,liberando substâncias vasoativas (histamina, cininas e 
prostaglandinas) que contribuem para o extravasamento de plasma (eletrólitos e proteínas) = 1º risco: choque 
hipovolêmico. 
- Riscos: asfixia, inalação, perda de volume – desidratação, perda de eletrólitos, redução da filtração 
glomerular (hipotensão, hipovolemia e oligúria), acidose metabólica etc. = 2º risco: perda de eletrólitos. 
• 2) PERDA DA BARREIRA MECÂNICA: alterações no sistema imune (diminuição da ação fagocitária, da atividade 
bactericida de neutrófilos e das imunoglobulinas, aumentando o número de células T). Isso aumenta o risco 
de INFECÇÃO POR BACTÉRIAS, podendo acarretar em choque séptico = 3º risco: choque séptico. 
CÁLCULO DA ÁREA QUEIMADA 
• Importante para o prognóstico e hidratação (evitar choque hipovolêmico). A rigor, não se leva em 
consideração as áreas com queimaduras de 1ºgrau; 
• REGRA DOS 9: 
- Crânio e face: 9% da área corporal; 
- Tronco anterior (abdome e tórax):18% da área corporal; 
- Dorso/tronco posterior: 18% da área corporal; 
- Membro superior completo (anterior e posterior): 9% (pode ser dividido em 
terços- braço, antebraço e mão); 
- Membro inferior completo (anterior e posterior): 18% (pode ser dividido em 
terços – coxa, perna e pé; 
- Períneo: 1% da área corporal; 
* Obs.: crianças = crânio e face valem 18% e cada membro inferior 13,5%. 
HIDRATAÇÃO 
• Fórmula de baxter e parkland: reposição volêmica em queimados (reduz de 60-30% os riscos de morte por 
choque); 
• 4ml de soro fisiológico ou Ringer lactato X kg X área total queimada; 
• Conteúdo do Ringer lactato: sódio, cloro, potássio, lactato = reposição hidroeletrolítica. 
• A solução deverá ser administrada nas primeiras 24 horas pós-trauma (metade nas primeiras 8 horas e o resto 
nas próximas 16 horas); 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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• Exemplo: paciente de 80 kg chega no hospital com 35% dasuperfície corporal queimada; 
• 4X80X35% = 11.200 (11,2 litros de soro nas primeiras 24 horas). 
GRAVIDADE DA LESÃO 
• Piora do prognóstico depende de uma série de fatores: 
- Doença de base; agente causal (piores – eletricidade e químicos); traumas associados às lesões; idade do 
paciente (crianças menores de 2 anos e adultos com idade superior a 65 anos); lesões de vias aéreas e face 
(risco de asfixia); profundidade da lesão; local da lesão (períneo – maior risco de infecção; articulações – 
deformidade motora articular); extensão e superfície corporal queimada; 
• OBS: queimadura circunferencial – risco de edema compartimental (compressão causa cianose, queda da 
temperatura e ausência de pulso distal – SÍNDROMECOMPARTIMENTAL. 
CHOQUE DO QUEIMADO (BURN SHOCK) 
• Aumento da permeabilidade vascular (substâncias vasoativas) associado à diminuição da pressão 
coloidosmótica causam edema tecidual e aumento do hematócrito; 
• Edema + aumento do hematócrito = diminuição da volemia com aumento da viscosidade sanguínea; 
• Resultados: aumento da resistência vascular periférica e diminuição do débito cardíaco – burn shock. 
INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO 
• Lesões de 3º grau atingindo mais de 10% da superfície corporal em adultos e 5% em crianças; 
• Lesões de 2º grau atingindo mais de 20% da superfície corporal em adultos e 10% em crianças; 
• Queimaduras de face, mãos, pés, genitálias e períneo; 
• Queimadura circunferencial de extremidades (síndrome compartimental); 
• Queimaduras elétricas, intoxicação por fumaça (CO), lesões de via aérea e queimaduras menores 
concomitantes a outros traumas. 
• Fasciotomia: abrir a fáscia externalizando a musculatura, reduz a compressão pelo edema do músculo 
(melhora o fluxo sanguíneo local); 
CONDUTAS E AVALIAÇÃO DO PACIENTE 
• AVALIANDO A QUEIMADURA: superfície corporal comprometida, profundidade, localização anatômica, lesão 
de via aérea, idade do paciente, doenças associadas; 
• Intoxicação por monóxido de carbono: respiração rápida e laboriosa, estertores, estridores, tosse curta e seca. 
Risco de asfixia. Sinais de complicação: rouquidão, salivação, incapacidade de controle esfincteriano; 
• Equilibrando o TGI: sondagem gástrica (previne distensão e aspiração de líquidos), administração de 
antagonistas histamínicos e do H2 associados com antiácidos (prevenção de úlcera de Curling – aumento de 
secreção gástrica por atrofia da mucosa); 
• Assistindo a dor: analgésicos e narcóticos, sempre monitorando os sinais de choque (avaliação da resposta). 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR 
• Descobrir o mecanismo da lesão, avaliar a segurança local e o nível de consciência do paciente (alerta, 
responde a estímulos verbais, de dor ou inconsciência). Chamar ajuda; 
• Buscar sinais de traumas associados (ABC do trauma), estimar a área queimada e profundidade. Se instável, 
seguir para o hospital imediatamente. Se estável, examinar no local: sinais vitais, anamnese e administrar 
acesso venoso/hidratação rápida; 
• Queimaduras térmicas: extinguir as chamas, resfriar as queimaduras (água), retirar roupas não aderidas, cobrir 
a ferida, aliviar a dor (não aplicar pomadas e outros líquidos); 
• Não dar água para pacientes com mais de 20% do corpo queimado; não colocar gelo; não retirar pedaços de 
roupa grudados à pele; não aplicar nenhum produto caseiro; não cobrir a queimadura com algodão; 
• Procedimentos gerais da enfermagem: acesso venoso central, cateterismo vesical (acima de 30% da superfície 
corporal), oxigenoterapia, tricotomia, sutura etc. 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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CIRURGIA ONCOLÓGICA 
Câncer 
• Doença sistêmica; 
• Multidisciplinar (oncologia); 
• Quimioterapia/radioterapia (controle = taxa de resposta): antes de operar 
Princípios Cirúrgicos 
• Proteção da ferida operatória com campos secundários; 
• Laqueação das veias antes da artérias; 
• Dissecção centrípeta da peça operatória; 
• Isolamento do tumor com compressas; 
• Manuseio cuidadoso da área afetada; 
• Cuidados para não se cortar com tecido tumoral; 
• Remoção tumoral com margem de segurança; 
• Incisão cirúrgica ampla e adequada; 
• Ressecção em bloco do tumor primário e das cadeias linfáticas, quando indicada; 
• Troca de luvas, de campos operatórios e de instrumental cirúrgico, após o tempo de ressecção tumoral; 
• Marcação com clipes metálicos, sempre que necessário, para orientar o campo de radioterapia pós-
operatório; 
Técnicas Cirúrgicas 
1. Margens livres: critérios de prognóstico - 5 cm; 
2. Proteção dos bordos das feridas operatórias: proteger com campos cirúrgicos; 
3. Ligadura dos vasos que vão para o tumor: antes da manipulação da lesão; 
4. Profilaxia: caso Angelina Jolie (BRCA2). Ver se é paciente de risco e qual a taxa de risco; 
5. Abordagem com o paciente e com os familiares: de forma clara e empática; 
6. Radicalidade: margens muito amplas podem prejudicar os procedimento cirúrgico. 
Novas tendências 
• Cirurgia profilática – mama e cólon; 
• Linfonodo sentinela – mama e melanoma; 
• Ressecção seriada de metástases hepáticas – carcinoma de cólon; 
• Videolaparoscopia e novos tratamentos – câncer gástrico; 
• Padronização de procedimentos – menos cirurgiões operando mais vezes; 
Protocolo câncer gástrico 
• Tumor avançado T3 ou T4: 
1. Videolaparoscopia – sem implantes – cirurgia; 
2. Videolaparoscopia – com implantes – QT de indução – cirurgia. 
 
 
 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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MORDEDURAS E PICADAS 
MORDEDURAS 
• Lesões penetrantes e contaminados, geralmente pequenos e com bordos irregulares 
• Alto grau de contaminação dos tecidos lesados – podendo levar a quadros infecciosos graves 
• TTO: 
A. LIMPEZA E IRRIGAÇÃO DA LESÃO 
B. DEBRIDAMENTO E EXAMES DE ESTRUTURAS MAIS PROFUNDAS 
C. IMOBILIZAÇÃO EM POSIÇÃO E EM FUNÇÃO 
D. FECHAMENTO COM SUTURA SE HOUVE AFASTAMENTO IMPORTANTE DOS BORDOS/PERDA DE SUBSTÂNCIA 
CUTÂNEA – utilizando o mínimo de pontos possível 
E. TROCA DIÁRIA DE CURATIVO PARA EVITAR INFECÇÕES 
F. PROFILAXIA DA VAT (tétano) E PROFILAXIA DA VACINAANTI-RÁBICA (raiva) – animal desconhecido 
G. OBSERVAÇÃO POR 15 DIAS DO ANIMAL E PROFILAXIA DA VAT – animal conhecido 
H. ATB PARA GRAM + (estrepto e estafilococos) E ANAERÓBIOS – ciprofloxacina e quilonas 
PICADAS 
• Trauma tecidual em si é praticamente insignificante – problema normalmente é o veneno, que tem uma 
capacidade proteolítica fazendo a dissolução das proteínas (efeito tóxico pode levar à necrose) 
Picadas de Aracnídeos: 
• Necrose central é a zona central preta da úlcera 
• Irregularidade dos contornos com dor intensa 
• Alto risco de alergia – risco de choque anafilático 
• Área inflamatória e edemaciada periférica – resultado da substância proteolítica do veneno 
A. ATB PARA GRAM + – cefalexina 
B. ANTISSEPSIA E ATB TÓPICO – bacitracina (pomada) 
C. ANTI-ALÉRGICO – se necessário 
D. NÃO HÁ NECESSIDADE DE VACINAÇÃO 
Picadas de Cobras 
• Necrose, edema e dor intensa – podendo levar à perda de substância cutânea 
• Casos mais graves podem resultar em insuficiência renal, choque e perda de consciência 
• Não se deve garrotear a lesão, já que pode levar a uma piora que irá concentrar a substância – piorando o 
efeito 
A. LIMPEZA E IRRIGAÇÃO DA LESÃO 
B. DEBRIDAMENTO E EXAMES DE ESTRUTURAS MAIS PROFUNDAS 
C. ATB PARA GRAM + – cefalexina 
D. SORO (IMUNOGLOBULINA) ANTI-OFÍDICO ESPECÍFICO 
E. HIDRATAÇÃO E TRANSPORTE DO PACIENTE PARA O AMBULATÓRIO, PRONTO-SOCORRO OU HOSPITAL MAIS 
PRÓXIMO 
F. DEITAR E IMOBILIZAR O PACIENTE – estímulo de movimento faz com que o veneno se difunda pelo corpo 
através da corrente sanguínea 
G. ENXERTO TARDIO QUANDO HOUVER PERDA DE SUBSTÂNCIA

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